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Fundamentos e Aplicações

em Engenharia Civil

Brasília-DF.
Elaboração

Msc Eng Gisele Dornelles Pires

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 6

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8

UNIDADE I
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE.................................................................................................... 9

CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO E ORIGENS NA HISTÓRIA DAS SOCIEDADES HUMANAS............................................ 9

CAPÍTULO 2
AS DIVERSAS CIÊNCIAS........................................................................................................... 14

CAPÍTULO 3
OS MÉTODOS CIENTÍFICOS..................................................................................................... 18

UNIDADE II
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA................................................................................................................ 20

CAPÍTULO 1
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL......................................................................... 20

UNIDADE III
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA.......................................................................................................... 27

CAPÍTULO 1
CONCEITOS E FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA ENGENHARIA........................................ 27

UNIDADE IV
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO............................................................................. 33

CAPÍTULO 1
FUNÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL............................................................................................ 33

CAPÍTULO 2
PERFIL PSICOPROFISSIONAL DO ENGENHEIRO......................................................................... 39

CAPÍTULO 3
ÁREAS DE ATUAÇÃO E ATRIBUIÇÕES........................................................................................ 42

CAPÍTULO 4
PÓS-GRADUAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL............................................................................... 45
UNIDADE V
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA.......................................................................................... 50

CAPÍTULO 1
O EMPREENDIMENTO DE ENGENHARIA E SUAS FASES............................................................... 50

UNIDADE VI
A ENGENHARIA DO FUTURO................................................................................................................. 56

CAPÍTULO 1
VISÃO SISTÊMICA, A ERA DA INFORMÁTICA CONDICIONANTES ECONÔMICOS E
AMBIENTAIS, PERSPECTIVAS E MUDANÇAS TECNOLÓGICAS, SOCIAIS E CULTURAIS.................... 56

CAPÍTULO 2
PROBLEMAS DE ENGENHARIA.................................................................................................. 68

REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 70
Apresentação
Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

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Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução
Gostaria de introduzir o nosso tema fazendo uma pergunta a você. Qual a importância da construção
civil no desenvolvimento humano e das cidades? Esta pergunta é de fundamental importância para
iniciarmos os nossos estudos! Você já parou para pensar como procuramos criar um ambiente
confortável para nossa sobrevivência? Estamos sempre buscando melhorar, evoluir e construir
cidades cada vez mais sustentáveis? Você já parou para pensar sobre isto? Você, de fato, já estudou
sobre a engenheira como responsável pela melhoria de vida nas cidades.

Com esta intenção, este módulo sobre “Fundamentos e aplicações em Engenharia Civil” foi
elaborado. Você estudará na Unidade I o percurso que o conhecimento sobre o desenvolvimento
humano, por meio da ciência, tecnologia e sociedade, percorreu ao longo dos tempos para chegar ao
que temos hoje. Estudará, também, sobre a evolução e origens na história da ciência nas sociedades
humanas, as diversas ciências e sobre os métodos científicos.

Já na Unidade II, você terá contato com a história da engenharia. Estudará a origem e a evolução
da engenharia civil no mundo. Na Unidade III, você receberá informações sobre a engenharia civil
brasileira. Na Unidade IV, você conhecerá a caracterização da profissão de engenheiro, por meio
de temas como funções, perfil psicoprofissional, áreas de atuação e pós-graduação. Na Unidade V,
você receberá conceitos e informações básicas sobre concepção e projeto de engenharia. A última
unidade apresenta temas importantes tais como, a engenharia do futuro, em que abordamos uma
visão sistêmica, a era da informática, condicionantes econômicos e ambientais, perspectivas e
mudanças tecnológicas, sociais e culturais, além de problemas na engenharia.

Esperamos que você aproveite bem seus estudos e que eles possam contribuir, de fato, para o seu
sucesso como profissional de Engenharia!

Objetivos
»» Conhecer os principais conceitos e a história da engenharia civil, bem como as suas
contribuições para a sociedade, percebendo que a importância e o grau de influência
das atividades da construção civil no meio ambiente e na sociedade.

»» Compreender a complexidade e a responsabilidade nos projetos de engenharia civil,


abordando o seu desenvolvimento no amplo ambiente das ações do profissional de
engenharia para a construção do conhecimento.

»» Reconhecer os conceitos iniciais, legislações e diversas informações que são base


para o entendimento do projeto e para o aprendizado das disciplinas posteriores
existentes no curso de Engenharia Civil.

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CIÊNCIA,
TECNOLOGIA E UNIDADE I
SOCIEDADE

CAPÍTULO 1
Evolução e origens na história das
sociedades humanas

À medida de sua necessidade, o homem foi criando, por extinto, um ambiente


ideal para sua sobrevivência e, por meio métodos de observação dos elementos
naturais foi aprimorando seus meios de obtenção de informação por experiências
na intenção de obter, criar ou aprimorar algo de forma mais eficiente por meio das
ciências. Este é o porquê de se fazer ciência e tecnologia.

As avaliações dos efeitos da ciência e da tecnologia e de suas repercussões na


sociedade precisam estar em consonância com o desenvolvimento e evolução da
sociedade. E não se trata de avaliar apenas os possíveis impactos que fatalmente a
ciência e a tecnologia causam e causarão no planeta e na vida. Podemos descobrir
os efeitos irreversíveis ou não que tais usos de suas descobertas causarão ao meio
ambiente ou ao homem?

Evolução e origens na história das sociedades


humanas
Segundo “Bazzo,” a ciência e a tecnologia baseiam-se em valores do cotidiano de cada época, que
põem em questão as nossas convicções e o nosso conhecimento de mundo. Elas são, na maioria
de seus aspectos, a aplicação sistemática de alguns valores humanos, tais como a diligência, a
dúvida, a curiosidade, a abertura para novas ideias, a imaginação, e de outros, como a disciplina
e a perseverança, que precisam ser despertados em todos os seres humanos. Não são apenas os
cientistas ou os tecnólogos que devem respeitá-las ou entendê-las. É preciso que todas as pessoas
sejam conscientizadas do amplo universo que a ciência e a tecnologia incorporam e como os seus
valores demonstram dramaticamente o seu grau de importância no avanço do conhecimento,
do bem-estar e também de riscos e prejuízos. Por conseguinte, se a ciência e a tecnologia forem
ensinadas e construídas nessas perspectivas junto a todos, o resultado será o reforço dos valores
humanos indispensáveis para nossa compreensão de mundo.

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UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

Regiões e suas conquistas científicas

Mesopotâmia

É a região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, onde atualmente é o Iraque. Nesta região,
tem a primeira citação da existência de uma esteira movimentada sobre troncos. O povo sumério já
nessa época apresentava conhecimentos para construção de muralhas e casas para as suas cidades.
Existem registros de 2000 a.C. que descrevem o uso de um astrolábio, instrumento de astronomia
que consistia em haste deslizante e círculo graduado em 60 segmentos, base do sistema numérico
por eles utilizado. Esse sistema serviu de base para o nosso sistema atual de 360 graus. Uma das
contribuições substanciais desse povo foi o Código de Hamurabi, que representa o conjunto de leis
escritas. Uma das valiosas contribuições registradas na Mesopotâmia é, sem dúvida, o Código de
Hamurabi, um dos reis da Babilônia, que entre outras leis, especificava a respeito das construções
ás seguintes leis:

1. “O construtor que erguer uma casa e que tal casa sofra desabamento causando a
morte de seu dono será também penalizado com a morte”;

2. “Se o desabamento causar a morte do filho do dono da casa, o filho do construtor


será penalizado com a morte”;

3. “Caso a casa desabe sem perdas humanas, o construtor deverá reerguer a casa às
suas próprias expensas”;

Podemos observar o rigor nas penalidades pelos erros cometidos pelos profissionais da época, em
qualquer tempo a preservação a vida e bem-estar são obrigatórios; uma das ações dos construtores
da Mesopotâmia é também a construção de canais de irrigação, cujos traços permanecem ainda
hoje. Há registros de canais com aproximadamente 120 m por 360 km.

Os egípcios

Um povo que, por muito tempo, intrigou em suas obras pela precisão, complexidade e grandiosidade
de suas construções para época. O construtor, no Egito antigo, tinha tanta importância que a ele era
dispensado o título de “chefe dos trabalhos”, assegurando-lhe, inclusive, um símbolo nas escritas
hieroglíficas. O povo egípcio dominava as técnicas de irrigação e de agricultura; construíram diques,
dominavam o transporte através dos rios. Foi o povo que construiu as maiores e mais resistentes
estruturas até hoje, sendo as pirâmides as mais famosas, Os túmulos dos faraós deveriam refletir
toda sua importância. O povo egípcio acreditava em vida após a morte e, como tal, esta deveria ter
continuidade. Uma das grandiosidades das pirâmides é que podiam chegar a ter dois milhões de
blocos, cada um com 2,5 toneladas. Umas das principais pirâmides construídas foram: Sakara,
Quéops, Quéfren e Miquerinos.

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I

Os gregos

Nenhum povo do mundo antigo contribuiu tanto para a riqueza e a compreensão da Política, no seu
sentido mais amplo, como fizeram os gregos. Os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, no campo
da teoria, de Péricles e de Demóstenes, na arte da oratória, estão presentes em qualquer estudo
erudito que se faça a respeito, e até mesmo nos mais singelos manuais de divulgação.

Aristóteles formalizou o pensamento lógico dedutivo. Na Idade Média, este pensamento lógico
dedutivo foi usado em abundância pelos filósofos escolásticos, e o resultado foi um total vazio
científico durante essa época. Francis Bacon, na Renascença, afirmava que: “A lógica de Aristóteles
é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a
humanidade.”.

A Cloaca Massima ou “Grande Esgoto”, em Roma é uma grande rede subterrânea que foi construída
no final do Século VI a.C, para receber esgoto e lixo, águas pluviais, e funcionam até os dias de hoje,
com mais de dois milênios de existência. Os engenheiros civis romanos desenvolviam projetos de
construção de pontes em arcos constituídos por blocos de rochas, estradas pavimentadas, palácios,
entre outras grades projetos de engenharia civil e arquitetura, que permanecem até hoje.

Heron de Alexandria. Geômetra e engenheiro grego, Heron esteve ativo em torno do ano 62. É
especialmente conhecido pela fórmula que leva seu nome e aplica-se ao cálculo da área do triângulo.
Seu trabalho mais importante no campo da geometria, Metrica, permaneceu desaparecido até 1896.
Ficou conhecido por inventar um mecanismo para provar a pressão do ar sobre os corpos, que ficou
para a história como o primeiro motor a vapor documentado, a eolípila.

Os romanos

Diferentemente da arquitetura grega, na romana a solução dos engenheiros era predominante.


As soluções para novos modelos de construção são mais importantes que a decoração artística,
de forma que a funcionalidade sobressai. Ainda hoje, temos exemplos desse traço da arquitetura
romana nas ruínas de vários edifícios, pontes, aquedutos e outras obras.

Entre as inovações técnicas, pode-se destacar: a construção de aquedutos, arenas, templos, torres,
piscinas públicas, entre diversas outras obras com grande durabilidade. Observa-se que os romanos

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UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

baseavam-se mais na experiência prática do que na teoria. Tinham em sua solução a utilização
da hidráulica e o cimento.

Idade Média

Na Idade Média, o pensamento lógico alheio ao fato experimental já se demonstrou ineficiente para
criação de teorias científicas e para descrever a natureza.

René Descartes, já afirmava que: “Matemática é uma ferramenta para se fazer ciência, mas não é
uma ciência”.

A matemática – inclusa a lógica – é a linguagem com a qual se descreve a natureza. Sócrates, Platão
e Demócrito defendiam que somente a matemática traz clareza ao pensamento.

Meirelles (1996) relata que principiou com a edificação urbana, estendeu-se gradativamente a todos
os domínios da atividade pacífica do homem como fator de progresso e elemento de civilização.
Transformou-se em indústria – a indústria da construção civil descobriu novos campos, aplicou
novas técnicas, utilizou novos materiais, solicitou novas especializações, ensejando, assim, o florescer
da Engenharia Civil e da Arquitetura e, paralelamente, o alvorecer do Urbanismo. Finalmente, a
complexidade da vida urbana e a trama das metrópoles converteram a construção numa atividade
eminentemente técnica e especializada, privativa de profissionais habilitados, que porfiam em
adaptar a estrutura e a forma à função social que a construção desempenha em nossos dias.

Fatos marcantes da ciência e da tecnologia

1637 – Descarte publicou o primeiro tratado da geometria analítica e formula as leis da refração;

1642 – Pascal lança a primeira máquina de calcular;

1660 – Lei de Hooke para resistência dos materiais;

1674 – Cálculo infinitesimal por Newton e Leibniz;

1745 – Von Kleist inventa o capacitor;

1752 – Franklin inventa o para-raios;

1768 – Monge inventa a Geometria Descritiva;

1789 – Lei da Conservação das Massas por Lavoisier;

1800 – Primeira bateria elétrica por Alessandro Volta;

1802 – Gay Lussac formula a Lei de Dilatação dos Gases;

1805 – Fourier cria as suas séries;

1831 – Faraday descobre a indução eletromagnética;

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I

1834 – Babbage inventa a máquina analítica, ancestral do computador;

1837 – Morse inventa o telégrafo;

1878 – Tomas Edison inventa a lâmpada elétrica;

1891 – A primeira linha de transmissão de energia alternada é construída

Princípios na ciência

Pode-se dizer que a ciência apoia-se basicamente, entre outros, sobre cinco pilares:

1. Princípio fundamental: o principal objetivo da ciência é compreender o universo


em sua realidade e totalidade.

2. Princípio uno: a ciência é única, pois o universo tangível também o é.

3. Principio naturalista: nunca usar o sobrenatural para descrever a natureza e o


universo. As ideias propostas devem manter-se compulsoriamente atadas a fatos
naturalmente verificáveis; devem ser inequivocamente corroboradas por tantos
quanto os possíveis, e por pelo menos um.

4. Princípio da falseabilidade: as hipóteses devem ser sempre testáveis (falseáveis);


apenas um novo fato verificável, contudo, contraditório, é suficiente para que as
ideias teóricas conflitantes sejam compulsoriamente recicladas ou abandonadas.

5. Princípio da generalidade e simplicidade: as teorias científicas devem ser as


mais simples e abrangentes possíveis. Trata-se da conhecida navalha de ockham:
“se em tudo o mais forem idênticas às várias explicações de um fenômeno, a mais
simples é a melhor” (William de Ockham). Igualmente, se assume que: se em tudo
o mais forem igualmente complicadas as várias explicações para um conjunto de
fenômenos em enfoque, a mais abrangente é a melhor.

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CAPÍTULO 2
As diversas ciências

A área de Construção Civil tem interfaces com diversas outras áreas profissionais.
Além da nítida integração com a área de Gestão, claramente definida nas atividades
de gerenciamento da execução e de obras, devem ser ressaltadas as relações com
as áreas de Transporte, Tecnologia, Geomática, Mineração, Química, Meio Ambiente,
Agropecuária, Artes, Design, Saúde, Informática e Comércio.

Se a ciência começa com a percepção sensorial, termina com o conhecimento


intelectual.

Em que consiste a natureza humana? O que diferencia o ser humano dos demais
seres vivos? Essas são algumas das questões centrais da antropologia filosófica.
Como se vê, o ser humano produz diversos tipos de informações, conhecimentos e
saberes. Ele é capaz porque pensa, problematiza, raciocina, julga, avalia, decide e age
no mundo. O humano é internacional e relacional, e é, em meio às múltiplas relações
que vivencia no mundo que ele pode construir, representações aproximativas deste
mundo.

As diversas ciências
Semelhante à indagação filosófica, o saber científico também é racional e é produzido mediante a
investigação da realidade, seja por meio de experimentos, seja por meio da busca do entendimento
lógico de fatos, fenômenos, relações, coisas, seres e acontecimentos que ocorrem na realidade
cósmica, humana e natural. Trata-se de um conhecimento que é sistemático, metódico e que não é
realizado de maneira espontânea, intuitiva, baseada na fé ou simplesmente na lógica racional. Ele
prevê, ainda, experimentação, validação e comprovação daquilo a que chega a título de representação
do real. Mediante as leis que formula, o conhecimento científico possibilita ao ser humano elaborar
instrumentos que são utilizados para intervir na realidade e transformá-la para melhor ou para pior.

O termo ciência pode ser encarado sob dois pontos de vista: objetivo e subjetivo.

»» Objetivo: a ciência é um conjunto de verdades certas e logicamente encadeadas


entre si, de maneira que forme um sistema coerente.

»» Subjetivo: a ciência é o conhecimento certo das coisas por suas causas ou por suas
leis. (A pesquisa das causas propriamente ditas (ou o porquê das coisas) é reservada
principalmente à Filosofia.). Só existe ciência do geral e do necessário. Isto resulta
da própria definição da ciência.

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I

As ciências da natureza são disciplinas particulares, abrangendo os diferentes domínios do real.


Seu número é indefinido e elas não cessam de se multiplicar na medida em que o estudo da
natureza chega a colocar em evidência a complexidade dos fenômenos naturais.

A classificação das ciências tem por objeto determinar e ordenar logicamente esses grupos ou
categorias.

Classificações das ciências

As diferentes classificações

Os filósofos, há muito procuram classificar racionalmente as ciências. Tal classificação teria, com
efeito, a vantagem de dar uma espécie de quadro ordenado de todo o real. Os principais ensaios
de classificação são os seguintes:

»» Classificação de Aristóteles. Aristóteles distribui as diversas ciências em teórica


(Física, Matemática, Metafísica) e práticas (Lógica e Moral).

»» Classificação de Bacon. Bacon divide as ciências segundo as faculdades que elas


fazem intervir: ciências de memória (história), de imaginação (poesia), de razão
(filosofia).

»» Classificação de Ampare. Ampare classifica as ciências em cosmológicas (ou


ciências da natureza) e noológicas (ou ciências do espírito).

»» Classificação de Augusto Comte. As classificações precedentes não são


rigorosas, porque as divisões que propõem não são irredutíveis (15). A classificação
de Augusto Comte é melhor porque se baseia num princípio mais rigoroso.
Consiste em classificar as ciências segundo sua complexidade crescente
e sua generalidade decrescente, o que dá a ordem seguinte (corrigindo e
completando a de Augusto Comte): Matemática, Mecânica, Física, Química,
Biologia, Psicologia, Sociologia.

As ciências
O homem é objeto de estudo das diversas ciências, como Filosofia, Física, Biologia, Psicologia,
Sociologia, Antropologia, etc., que procuram descrever e explicar os aspectos multitemáticos de sua
vida, e suas necessidades são objeto de estudos em outras ciências, mas todas têm como objetivo
melhorar a qualidade de vida ou entender a dinâmica do problema.

Filosofia

Filosofia é um termo com variadas definições. A filosofia busca o saber absoluto, as causas de todas
as coisas, a essência do ser, a realidade total e absoluta. As primeiras ideias foram desenvolvidas no

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UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

século VI a.C, com o filósofo grego Tales de Mileto e, mais tarde, com Platão, Sócrates e Aristóteles.
Eis alguns dos principais filósofos:

»» Tales de Mileto (c. 630-545 a.C.), matemático e filósofo grego;

»» Sócrates (470-399 a.C.);

»» Demócrito (460-370 a.C.);

»» Platão (428-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), filósofos gregos;

»» Roger Bacon (1214-1294) e Francis Bacon (1561-1626), filósofos ingleses;

»» Descartes (1596-1650), filósofo francês;

»» La Mattrie (1709-1751);

»» Kant (1724-1804), filósofo alemão.

Física

Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais e as propriedades das matérias, segundo ordem
e critérios teóricos e experimentais. Os mais importantes físicos:

»» Arquimedes (287-212 a.C.);

»» Ptolomeu (100-178);

»» Copérnico (1473-1543);

»» Galileu (1564-1642);

»» Kepler (1571-1630);

»» Newton (16421727), matemático, físico e astrônomo inglês Suas pesquisas causaram


uma verdadeira revolução na história de diversas ciências;

»» Bessel (1784-1846);

»» Einsten (1879-1955), um dos maiores cientistas do século XX.

Biologia

Biologia é a ciência que estuda a estrutura, a função e a evolução dos seres vivos. Destacaram-se
nesse ramo da ciência:

»» Hipócrates (460-380 a.C.), considerado o pai da Medicina;

»» Herófilo e Erasistrato (século III a.C.);

»» Galeno (século II);

»» Vesálio (1514-1564);

16
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I

»» Harvey (1578-1657);

»» Van Leeuwenhoek (1632-1723);

»» Lineu (1707-1778).

Interface da construção civil com outras áreas


Diversas são as interações da engenharia civil com outras áreas à medida que para a sua implementação
faz-se necessário ou o conhecimento ou uso do objeto de estudo. Uma vez que podemos exemplificar
com a produção de materiais de construção que dependem, em grande parte, da Química. Para
melhor desempenhar suas funções, os profissionais da área de construção civil procuram formação
complementar em tecnologia dos materiais. O crescimento do emprego de polímeros na construção
civil demanda profissionais que atuem nessa interface. Esta interação está presente, também, na
produção de cimento, aço, cerâmica, vidro, elastômeros e tintas.

Agropecuária, a interface da construção civil dá-se, por exemplo, no que se refere ao extrativismo da
madeira, quanto à especificação de seus tipos, às suas propriedades físicas e mecânicas, às técnicas
de beneficiamento, conservação e estocagem, à resistência ao ataque de térmitas e fungos, etc.

A informática ou tecnologia computacional é uma área que praticamente está interagindo com
todas as áreas profissionais; na construção civil, está caracterizada no uso e no desenvolvimento de
ferramentas computacionais para auxílio e intervenção na execução em projetos.

Na área de artes, a engenharia auxilia na execução de manutenção e restauração, em que patrimônios


e obras de valor histórico e artístico exigem conhecimentos de história da arte e de técnicas; questão
de uso corrente, por exemplo, entre pintores e escultores.

A geomática interage com a área de construção civil auxiliando no posicionamento e no anteprojeto


de grandes obras, como barragens, estradas, canais, etc. A utilização de bancos de dados
georreferenciados possibilita a prevenção e o controle de riscos ambientais, definindo as obras
necessárias e as formas de execução destas.

A interação da construção civil com a área de telecomunicações ocorre na definição do projeto de


instalações, possibilitando a definição de posicionamentos em consonância com o projeto elétrico,
de modo a não interferir nos sinais que circulam pela rede. A utilização de conhecimentos em
telecomunicações, especialmente quanto às especificidades de ductos, cabos e conectores, definirão
as obras necessárias e as formas de execução.

<http://pt.wikiquote.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>

<http://pt.wikiquote.org/wiki/Special:Search/Categoria:ci%C3%AAncias>

<http://pt.wiktionary.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>

<http://pt.wikinews.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>

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CAPÍTULO 3
Os métodos científicos

A tecnologia predominante no mundo, hoje, é a que inclui no seu desenvolvimento


os valores e os interesses que predominam no jogo social e que servem para
construção desse tipo de sociedade. Se pensarmos em outro tipo de sociedade,
temos de pensar em construir outro tipo de tecnologia. Esta constatação abre-nos a
segunda porta, a da ação.

Diferentes pessoas em diferentes lugares do mundo chegaram a esta compreensão


por caminhos diversos. Alguns compreenderam essa questão teoricamente e
procuraram realizar pesquisas para demonstrá-la

Podemos utilizar novos métodos para organizar o canteiro de obras com a intenção
de que os resíduos da construção sejam menores e não tenham grande impacto
no meio ambiente, mas os impactos provocados por essas novas intervenções
podem criar alguns inconvenientes para as pessoas que moram ou transitam na
região onde foram executadas. A escolha do método e das tecnologias influencia no
desenvolvimento do projeto? As ciências buscam novos métodos e soluções?

Conceitos
O método científico é o conjunto de passos seguidos por uma ciência para alcançar conhecimentos
válidos, podendo estes ser verificados por instrumentos fiáveis. O método científico é, por assim
dizer, o conjunto de passos que permite que o investigador descarte a sua própria subjetividade.
Método é uma palavra que provém do termo grego methodos (“caminho” ou “via”) e que se refere
ao meio utilizado para chegar a um fim.

Tipos de métodos científicos


Na solução de problemas complexos, como aqueles associados a problemas de hidráulica,
hidrologia, mecânica dos solos, mecânica dos fluidos, mecânica estrutural, de estruturas esbeltas
e nanoestruturas, a engenharia civil utiliza a modelagem computacional e a modelagem física.
Apresentação de modelos e métodos.

Segundo o filósofo inglês Francis Bacon, as várias etapas do método científico são:

»» Observação: estuda atentamente um fenômeno tal como se apresenta na realidade.

»» Indução: com base em observações extrai-se o princípio particular de cada uma delas,

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I

»» Hipótese: pela observação e seguindo as normas estabelecidas pelo método


científico, a efetiva prova da hipótese pela experimentação, a demonstração ou a
refutação da hipótese e o estabelecimento das conclusões acerca do objeto estudado.

»» Método experimental: baseia-se no método científico comum à maioria das


ciências. É defendido pelo behaviorismo, mas utilizado por outras correntes de
psicologia. O seu objetivo é permitir conhecimentos sobre comportamentos comuns
a um grupo de pessoas.

»» Modelo matemático: é um tipo de modelo científico, para o qual se recorre a


fórmulas matemáticas ou equações para exprimir relações, proposições substantivas
de faltos, variáveis, parâmetros, entidades e relações entre variáveis e/ou entidades
ou operações.

»» Generalização: estabelecimento das conclusões pela generalização dos dados da


amostra para o universo a estudar.

»» Otimização: procura extrair o melhor rendimento possível de algo, visando


simplificar uma atividade, a fim de obter um resultado mais rápido e eficiente,
reduzindo o tempo de execução de tarefas.

Ferramentas mais usuais na engenharia civil


Como ferramentas científicas mais usuais a engenharia civil utiliza a computação, a matemática, a
física, a química, e um conjunto de técnicas no desenvolvimento de suas atividades, entre as quais
os modelos matemáticos e os modelos físicos nos mais diversos laboratórios de engenharia civil das
diferentes modalidades. Além destas, aplica contribuições da administração e da economia. Trata-
se de ciência aplicada, que incorpora contribuições de diversas áreas de conhecimento, de ciência
básica, para alcançar sucesso em projeto, acompanhamento e gerência de empreendimentos.

19
A HISTÓRIA DA UNIDADE II
ENGENHARIA

CAPÍTULO 1
Origem e evolução da engenharia civil

Observa-se que a engenharia, ao longo do desenvolvimento humano, tem


contribuído como mediadora das relações entre o homem e a natureza; em alguns
momentos, intervindo positivamente e complementar e, em outras, negativamente.
Uma característica muito interessante que se observa ao longo dos tempos
na história da Engenharia é a capacidade do ser humano de dar forma, criar e
recriar a elementos da natureza, empregando-os para diversos fins, tais como
abrigo; inicialmente e ainda hoje são utilizados diversos materiais e técnicas para
construções de habitações.

Desde que a construção civil transformou-se numa atividade, passou a exigir


profissionais habilitados e auxiliares especializados nos vários elementos e serviços
que compõem a edificação particular e a obra pública. Sabemos que a utilização
de conhecimento, tratamento manual e observatório do ser humano, em poder
observar, reconhecer e transferir na aplicação ou no desempenho de sua função
profissional, em algum momento, inegavelmente, poderá vir a ocorrer falhas.
Podemos garantir por meio do conhecimento técnico e profissional a eliminação
total de erros?

Origem e evolução da engenharia civil


Da necessidade de proteção das variações ambientais, habitando em cavernas, mesmo que
temporariamente, o homem por sua necessidade de abrigo, inventou o conceito de habitação. Com a
concentração de indivíduos em uma mesma área ou região, surgiram as comunidades e a formação
de aldeias, tribos e feudos.

Os homens das cavernas criavam, com galhos e pedras, lanças para ajudar na caça e na pesca, com
a necessidade contínua de proteção e expansão territorial. Devido ao aumento de população das
comunidades, começaram a desenvolver ferramentas rudimentares, porém mais elaboradas; eram
artefatos que auxiliariam nas atividades domésticas ou para proteção.

20
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II

Dessa permanência mais constante pelo homem em uma única região, veio a necessidade de proteger
e posteriormente expandir seus territórios.

Inicialmente, existiam apenas duas classificações para a engenharia, quais sejam: civil e militar; o
que as diferenciava eram as naturezas das construções; a engenharia militar destinava-se apenas a
construções de equipamentos militares como muralhas e fortes, e a engenharia civil destinava-se às
construções de obras que beneficiariam os demais cidadãos (habitação, canais, igrejas etc).

A engenharia antiga inicialmente era baseada na observação, na necessidade direta ou no


problema, na utilização de recursos naturais existentes e, fundamentalmente, na experiência
prática acumulada dos seus mestres, construindo-se, assim, pontes, fortificações, canais, estradas,
entre outros, posteriormente. Esse fato divide a história da engenharia em: a pedra fundamental
científica da engenharia moderna. Já engenharia moderna baseia-se na aplicação generalizada
dos conhecimentos científicos, na solução dos problemas, na construção das mesmas obras da
engenharia antiga, porém pautados na ciência e no auxílio da tecnologia e em conhecimentos
como estrutura da matéria, fenômenos eletromagnéticos, leis da mecânica, modelagens
matemáticas e modelos físicos.

Marcos históricos

Principais marcos históricos

»» 1510: Leonardo da Vinci, entre diversos outros projetos criados, inventou uma roda
horizontal que aproveitava uma queda d´água cujo princípio de funcionamento foi
utilizado para a construção da turbina hidráulica;

»» 1590: Galileu, entre diversos outros feitos, criou o experimento científico por meio
da experimentação com queda livre de corpos de massas diferentes.

»» 1638: Galileu calculou e determinou o valor da resistência à flexão que uma viga
poderia suportar, estando esta viga engastada a uma parede de um lado e submetida
a um peso do outro.

»» 1642-1727: Newton formulou suas três leis e mais a Lei da Gravitação Universal,
inventou o cálculo, e descobriu os segredos da luz e das cores.

»» 1663-1729: Thomas Newcomen criou as primeiras máquinas a vapor. Um dos


grandes responsáveis pela “Revolução Industrial” foi a utilização da máquina a
vapor na tecelagem em 1782, e a criação, por Cartwright, em 1785, do tear mecânico.

»» 1832: Pixii criou o primeiro gerador elétrico, e Gramme, definitivamente, em 1871,


deu a partida nos motores elétricos como fontes de energia.

21
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA

O surgimento da engenharia moderna


No século XVIII, com o desenvolvimento da Matemática e da compreensão dos fenômenos da Física,
nasceu a engenharia moderna, dentro dos exércitos; as descobertas dos elementos químicos, que
permitiram maior poder de fogo, obrigaram a uma completa modificação nas obras de fortificação,
que, principalmente a partir do século XVII, passaram a exigir profissionais habilitados para o seu
planejamento e sua execução. A necessidade de realizar construções que fossem ao mesmo tempo
sólidas e econômicas e, também, estradas, pontes e portos para fins militares forçou o surgimento
dos oficiais engenheiros e a criação de corpos especializados de engenharia nos exércitos. Isso
ocorreu na França, em 1716, por iniciativa de Vauban, e em Portugal, em 1763, no reinado de D. José
I, como parte da reorganização do exército português, promovida pelo Conde de Lipe, contratado
para esse fim pelo Marquês de Pombal.

Em Portugal, desde o início do século XVIII, havia começado um surto de progresso da engenharia
e ciências afins (astronomia, cartografia etc.), por iniciativa do Rei D. João V. Para esse progresso
muito contribuíram Manoel de Azevedo Fortes, engenheiro-mor do reino, e o Colégio de Santo
Antão, dirigido pelos padres jesuítas, no qual, desde o século XVI, havia a Aula da Esfera, na
qual se ensinava matemática aplicada à navegação e as fortificações, e de onde provieram muitos
dos engenheiros militares que atuaram no Brasil-colônia. Nesse Colégio, o Rei D. João V mandou
instalar, em 1739, um observatório astronômico que era tido como um dos melhores da Europa
no seu tempo. Azevedo Fortes nunca esteve no Brasil, mas a sua influência foi grande na nossa
engenharia, pelos projetos; principalmente pelo seu livro clássico O Engenheiro Português,
verdadeira enciclopédia de todos os conhecimentos de engenharia de sua época.

Figura livro clássico O Engenheiro Português

Fonte: Biblioteca Nacional Portugal http://purl.pt/14547

Da origem da construção e necessidade do ser


humano
Sabemos que a construção remonta às origens da humanidade. Meirelles (1996) enfatiza que a
intuição do perigo e o instinto de conservação levaram o homem a procurar abrigo nos recôncavos

22
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II

da natureza. Depois, escavou a rocha e habitou a caverna; abateu a árvore e fez a choupana; lascou
a pedra e construiu a casa; manipulou a areia e fez a argamassa e ergueu o palácio; forjou o ferro e
levantou o arranha-céu, num lento e perene aprimoramento da técnica de construir, que marcou o
advento da Engenharia e da Arquitetura.

Cada vez mais, percebe-se que no futuro é necessário tratar a questão da qualidade habitacional
como a busca do atendimento à satisfação das necessidades sociais, do bem-estar e da qualidade de
vida do ser humano.

Engenharia civil
A engenharia civil é uma das mais antigas profissões da humanidade. O engenheiro civil é o
profissional da área na indústria da construção civil; o resultado do trabalho do profissional
permanece por longo período de tempo servindo a humanidade, como uma estrada, um edifício,
uma rede de abastecimento de água, uma rede de esgotos, uma ponte, um túnel etc.

O exercício desta profissão exige uma série de conhecimentos científicos e tecnológicos,


principalmente nas áreas de física, matemática, informática, química, geologia, topografia, meio
ambiente, administração, produção, logística, economia, arquitetura, urbanismo, ética profissional,
humanidades e, modernamente, até biologia, entre outras.

A história da engenharia civil confunde-se com a história da humanidade e, portanto, com a da


civilização, desde a idade antiga até a era moderna.

A engenharia civil é uma profissão-fim, pois é responsável pelo planejamento, coordenação, projeto,
fiscalização, construção, operação e manutenção de qualquer obra ou atividade ligada à indústria da
construção civil.

Contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto sistemático de conhecimentos e técnicas


aplicadas ao projeto, construção e manutenção de estruturas materiais, quer se trate das edificações
de natureza habitacional, industrial, militar e especial.

Fatos históricos

A primeira denominação para a engenharia civil vem dos romanos Ingenium Civitas, isto é,
Engenharia das Cidades ou Engenharia da Civilização, pois era a profissão que durante o
Império Romano era responsável por projetar e construir as estradas, pontes, aquedutos, palácios,
sistemas de esgotos, termas, ou qualquer obra ligada à vida das pessoas em sociedade.

Cloaca Massima ou “Grande Esgoto”, em Roma, é uma das obras monumentais da época dos
romanos. Essa grande rede subterrânea foi construída no final do século VI a.C., para receber
esgoto, lixo e as águas pluviais.

23
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA

Os engenheiros civis romanos também foram eficientes na construção de pontes em arcos


constituídos por blocos de rochas, palácios, estradas pavimentadas, entre outras maravilhas da
engenharia civil e da arquitetura, que permanecem até hoje.

Durante a Idade Média, a engenharia civil passou a ser denominada somente de engenharia e
incorporava tanto a parte civil como a militar. Nessa fase da história, foram construídas grandes
catedrais e castelos e os profissionais começaram a se organizar em sociedades de construtores.

A partir do início do século XVIII, passou a ser utilizada a denominação Engenharia Civil, mais
precisamente em 1744, na Politécnica de Paris, França, quando houve a separação entre engenharia
militar e civil. Sendo nessa época, o engenheiro civil, considerado profissional responsável
pelo projeto e construção das obras de infraestrutura para a sociedade civil, sendo, portanto, o
engenheiro que construía para o bem da humanidade. Na Inglaterra, o primeiro engenheiro civil
foi John Smeaton (1725-1792), criou o Institution of Civil Engineers de Londres, considerado
modernamente o Patrono da Engenharia Civil.

Observa-se, portanto, que a engenharia civil era, naquela época, e continua sendo nos dias atuais,
uma profissão muito ampla e de grande importância para a sociedade civil moderna, implicando
muita responsabilidade para quem a exerce.

Ao longo da história, a engenharia civil teve inúmeros profissionais que contribuíram para o
progresso das ciências e da engenharia e para o desenvolvimento da humanidade por meio da
materialização de suas obras.

A seguir, são apresentados de forma resumida alguns engenheiros civis e sua contribuição na
engenharia civil:

»» William John Macquorn Rankine. Engenheiro civil escocês (1820-1872),


que deu enorme contribuição a diversos ramos da engenharia, incluindo a área de
mecânica dos solos com a teoria sobre empuxos em maciços terrosos, denominada
de método de Rankine, nas áreas de termodinâmica com a escala de Rankine, e
em mecânica. Inicialmente, teve interesse pela matemática e pela música, e, em
seguida, passou a trabalhar com projetos e com a construção de sistemas fluviais,
hidráulica, ferrovias e portos.

»» Henry Philibert Gaspard Darcy (1803-1858). Engenheiro civil francês. Lançou


as bases da hidráulica, publicando a Lei de Darcy, sobre a perda de carga de
fluidos através de condutos.

»» Charles Augustin de Coulomb (1736-1806). Engenheiro civil, matemático e


cientista francês. Graduou-se em 1761 pela École du Génie at Mézières, de Paris.
Coulomb deu enorme contribuição à Engenharia e à Física, principalmente na área
de resistência dos materiais. Como profissional, envolveu-se em diversas áreas,
como projeto de estruturas, mecânica dos solos, fortificações, entre outras. Projetou
e construiu o Forte Bourbon.

24
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II

»» Stephen Prokofyevich Timoshenko (1878-1972). Engenheiro mecânico e


civil russo. Graduado pela St. Petersburg Railway Engineering Institute, em
1901. Dedicou-se ao estudo da resistência dos materiais e sistemas estruturais,
desenvolvendo vários métodos, principalmente em estática e dinâmica das
estruturas. O professor Timoshenko é considerado o pai da mecânica, principalmente
em análise de estruturas.

»» Marie François Eugène Belgrand (1810-1878). Remodelou Paris: sob a


administração do Barão Haussmann e a coordenação do engenheiro civil. Paris
passou por uma intensa reconstrução, tendo produzido grandes avenidas, edifícios
majestosos e um dos mais fabulosos sistemas de esgotos do mundo. Grande parte
da atual Paris deve-se a esses grandes profissionais que tiveram a ousadia e a
capacidade de vislumbrar o futuro e criar uma das mais belas cidades do mundo
moderno

»» Gustave Alexandre Eiffel (1832-1923). Engenheiro civil; projetou a Torre Eiffel:


especializado em projetos de estruturas metálicas, tendo projetado centenas de
outras obras famosas, como a estrutura da Estátua da Liberdade, em Nova York,
o viaduto de Garabit, na França, e a ponte do Porto, em Portugal. Eiffel foi o
primeiro engenheiro a construir um túnel de vento para análise de aerodinâmica
dos primeiros aviões na década de 1910.

»» Ferdinand de Lesseps (1805-1894). Engenheiro civil francês. Projetou e


construiu o Canal de Suess: ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, através
do Egito. Foi também um dos primeiros idealizadores do Canal do Panamá que teve
início entre 1881 e 1889 pelos franceses, com Lesseps à frente do projeto, tendo sido
abandonado devido aos problemas enfrentados pela selva e as condições insalubres.
A partir de 1904, as obras foram retomadas pelos Estados Unidos.

»» Karl Terzaghi (1883-1963). Em 1928, o Professor Karl Von Terzaghi publicou


o primeiro livro denominado Soil Mechacnics, lançando os fundamentos da
Mecânica dos Solos como ciência de Engenharia Civil. Nasceu em Praga, formou-
se engenheiro civil em Viena, na Áustria, onde publicou sua tese de doutoramento.
Emigrou para os Estados Unidos, onde foi professor e pesquisador na Universidade
de Harvard, no MIT (Massachusetts Institute of Technology), e, juntamente com
outros pesquisadores, desenvolveu as bases da mecânica dos solos, publicando uma
quantidade muito grande de artigos na área de geotécnica. Até o início do século
XX, os trabalhos na área de geotécnica eram realizados com base na experiência do
profissional. Terzaghi é considerado o pai da mecânica dos solos e um dos maiores
engenheiros civis do século XX. A ASCE (American Society of Civil Engineers)
concede aos maiores especialistas em geotécnica, que tenham contribuído para o
desenvolvimento da área, o prêmio Terzaghi Lecture.

25
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA

Eminentes engenheiros civis brasileiros

A engenharia civil no Brasil é bem desenvolvida, equiparando-se à dos países mais desenvolvidos.
Isto se deve à construção de grandes obras como usinas hidrelétricas, rodovias, pontes etc., e a
centros de pesquisas avançadas nas diversas áreas da engenharia civil. Ao longo da história, o Brasil
contou com inúmeros profissionais de elevada competência, entre eles, podem-se citar:

»» André Rebouças (1843-1898): nascido na Bahia, seguiu a carreira de engenheiro


civil, tornando-se o responsável por importantes obras ferroviárias, portuárias e
de saneamento em diversas províncias do Brasil. Foi militante do movimento
abolicionista junto com José do Patrocínio, tendo fundado, com Joaquim Nabuco,
o Centro Abolicionista da Escola Politécnica, onde era professor e jornalista.

»» Eugenio Gudin (1886-1986): engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de


Janeiro (1905). Professor da Universidade do Brasil. Atuou como Engenheiro na
construção de Ribeirão das Lages; nas obras do Rio Carioca do abastecimento de
água do Rio de Janeiro, da Exposição Nacional de 1908 e de várias outras obras,
tais como na Construção da grande represa do Acarape no Ceará. Foi Presidente
da Associação das Estradas de Ferro do Brasil da Companhia Paulista de Força e
Luz e da Sociedade Brasileira de Economia Política. Doutor honoris causa pela
Universidade de Dijon, França e pela Universidade da Bahia (1957), recebeu
também, Diploma de Doutor honoris causa da Escola Superior de Guerra (1978).
Professor da Universidade do Brasil (1957). Sócio honorário da American Economic
Association. Homem Global (1973) e Homem Visão (1974).

»» Francisco Paes Leme de Monlevade (1861-1944): engenheiro civil responsável


pela primeira eletrificação ferroviária no Brasil. Diretor (1897) e inspetor geral da
Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1907-1927), implantou a eletrificação da
linha principal da Cia. Paulista, no interior do Estado de São Paulo.

Este feito fez com que de 1921 a 1926, o Brasil ganhasse uma ferrovia eletrificada com o sistema mais
moderno existente na época, superando então quase todos os demais países.

»» Entre outros iminentes engenheiros civis brasileiros, podem-se citar, ainda:


Figueiredo Ferraz, Prestes Maia, Odair Grillo, Ramos de Azevedo, Teodoro Sampaio,
Aarão Reis, Lucas Nogueira Garces, Falcão Bauer, Milton Vargas etc.

A história da engenharia civil confunde-se com a história da humanidade e, portanto, com a história
da civilização, desde a idade antiga até a era moderna. Cada livro de história descreve o homem
inserido com suas manifestações arquitetônicas, disputas territoriais, políticas etc.

26
A ENGENHARIA UNIDADE III
CIVIL BRASILEIRA

CAPÍTULO 1
Conceitos e fundamentos
metodológicos da engenharia

Como fator de impulso do desenvolvimento do País, o setor da engenharia é meio


de encontrar soluções para o atual cenário econômico de crise. Há muito se fala
que a engenharia é a mola propulsora para o desenvolvimento do País. A afirmação
procede. Diante do cenário atual, são necessárias medidas apropriadas para
combater ou, ao menos, diminuir o reflexo da crise econômica que atinge o mundo
inteiro. E a Engenharia é uma das profissões que atua diretamente na qualidade da
vida humana.

O Brasil, em sua fase pujante de desenvolvimento socioeconômico, além dessas


questões, terá que enfrentar o problema de preparar recursos humanos e elevar
o nível educacional de sua população, reduzindo as desigualdades regionais
e equilibrando a distribuição de riquezas. No cenário que se apresenta para os
próximos dez anos, enfrentaremos o grande desafio de formar e educar pessoas
especializadas para atender ao desejável desenvolvimento nas áreas de energia,
crescimento populacional nas metrópoles, preservação do meio ambiente, defesa,
monitoramento e controle do espaço aéreo e de nossas extensas fronteiras terrestres
e marítimas, desenvolvimento de transporte eficiente de pessoas e cargas, ampliação
e melhoria da produção de alimentos, monitoramento e previsão de fenômenos
metrológicos extremos, uso e preservação dos recursos hídricos, exploração
sustentável da biodiversidade e desenvolvimento de produtos e serviços nas áreas
com pouco desenvolvimento no Brasil atual.

Você acha que a engenharia civil brasileira deve desempenhar papel fundamental
para o crescimento econômico e social, de forma sustentável e inovadora para as
cidades?

27
UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA

Engenharia civil no Brasil


O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), considera não apenas a dimensão econômica, mas as sociais,
políticas e culturais, que são aferidos anualmente, tendo como indicador não apenas o Produto
Interno Bruto (PIB) per capita, mas a longevidade e a educação trazem consigo critérios diretamente
ligados à expectativa de vida e à taxa de alfabetização. Como medida de avaliação da qualidade de
vida das pessoas, os números têm influência sob praticamente todos os vetores do desenvolvimento:
saneamento, habitação, infraestrutura, agricultura, produção.

Engenharia civil
Lembremos que contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto sistemático de
conhecimentos e técnicas aplicadas ao projeto, construção e manutenção de estruturas, quer se trate
das edificações de natureza habitacional ou viária, funcional ou produtiva, quer se trate de máquinas
de produção em série, instrumentos, veículos, aparelhos ou máquinas para o prolongamento da
vida humana. O nome também designa a profissão de quem se ocupa de um ou mais desses campos
do saber e fazer tecnológico.

Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma
máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um
sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser apreendido, daquilo
que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará,
com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma
criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as
motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com
exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade. Estas
reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos
com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É
assim que expressa e se forma de início toda a cultura. Quando aconselho
com ardor ‘as Humanidades’, quero recomendar esta cultura viva e não um
saber fossilizado, sobretudo em história e filosofia. Os excessos do sistema
de competição e de especialização prematura, sob o falacioso pretexto da
eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida cultural e
chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim,
tendo em vista a realização de uma educação, desenvolver o espírito crítico
na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas
entrava e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta
de cultura. “O ensino deveria ser assim: quem o receba o recolha como um dom
inestimável, mas nunca como uma obrigação penosa” (Einstein, 1981, p. 29).

Convém destacar, como apresentamos anteriormente, que a engenharia civil é uma das mais antigas
profissões da humanidade. Para a engenharia civil, uma definição geral é: “engenharia civil é a arte
da aplicação da ciência e da tecnologia na utilização racional dos recursos naturais em benefício do
homem em sociedade”.

28
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA │ UNIDADE III

Durante a Idade Média, a engenharia civil passou a ser denominada somente de engenharia e
incorporava tanto a parte civil como a militar. Nessa fase da história, foram construídas grandes
catedrais e castelos e os profissionais começaram a se organizar em sociedades de construtores.

Modernamente, a denominação de engenharia civil passou a ser utilizada a partir do início do


século XVIII, mais precisamente em 1744, na Politécnica de Paris, França, quando houve a
separação entre engenharia militar e civil. Sendo nessa época, o engenheiro civil considerado o
profissional responsável pelo projeto e construção das obras de infraestrutura para a sociedade
civil, sendo, portanto, o engenheiro que construía para o bem da humanidade. Na Inglaterra, o
primeiro engenheiro civil foi John Smeaton (1725-1792), que criou o Institution of Civil Engineers
de Londres, considerado modernamente o Patrono da Engenharia Civil.

Observa-se, portanto, que a engenharia civil era, naquela época, e continua sendo nos dias atuais,
uma profissão muito ampla e de grande importância para a sociedade civil moderna, implicando
muita responsabilidade para quem a exerce.

A engenharia civil é uma profissão-fim, pois é responsável pelo planejamento, coordenação, projeto,
fiscalização, construção, operação e manutenção de qualquer obra ou atividade ligada à indústria da
construção civil.

Na história moderna, a engenharia civil produziu e produz mudanças na geografia da Terra, com
a construção de grandes canais, como o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacifico,
e o Canal de Suez, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, construção de grandes túneis
submarinos, pontes, ferrovias transcontinentais, ilhas artificiais para grandes aeroportos etc.

Engenharia e arquitetura
Tudo indica que, desprezando alguns séculos, a engenharia e a arquitetura, áreas de uma mesma raiz
científica, como exemplos, são tantas, às vezes, em que os projetos arquitetônicos exigem esbeltez
dos pilares, das vigas, das lajes etc., mas o engenheiro civil compromissado com a estática, com os
princípios científicos, com a segurança e com a normalização faz robustecer aquelas estruturas,
causando polêmicas, tanto teóricas como no dia a dia da atuação profissional. Mas, ao mesmo tempo,
devido a essas mesmas discussões e às provocações arquitetônicas, a engenharia civil estrutural tem
evoluído, buscando sempre responder aos desafios (de encontrar soluções ousadas) que sua «irmã
arquitetura» apresenta-lhe.

Arquitetura pode ser definida de acordo com vários autores em diversas partes do mundo, como
a arte de planejar o espaço, tanto no meio ambiente, como em edifícios e obras, dentro de um
partido funcional e estético, procurando atender às necessidades do ser humano e respeitando as
peculiaridades do meio ambiente.

As primeiras escolas de engenharia


Em 1747, atendendo à demanda de conhecimentos para resolver as crescentes conquistas como
extração de minérios, siderurgia, metalurgia, construção de pontes, estradas e canais, surge a
primeira escola, a École des Ponts et Chaussées.

29
UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA

Em 1774 surge a École Polytechnique, na França, apoiada em estudiosos como Poisson, Navier,
Poncelet e outros, para ensinar aplicações matemáticas para problemas de Engenharia, surgindo,
ainda, outras escolas pela França.

No século XIX, surgem as primeiras escolas fora da França, no caso na Alemanha e nos Estados
Unidos (MIT – 1865 West Point – 1794/1802 e outras);

Início da engenharia no Brasil


Obra de Engenharia, como já era entendida na época do Descobrimento, foi de fato iniciada com a
chegada dos oficiais engenheiros europeus destacados para construírem edificações civis e religiosas.

A Engenharia no Brasil não contou com grandes avanços no começo, pois a economia era baseada
na escravidão, fato que não propiciava a criação de indústrias.

O provável primeiro registro de ensino de Engenharia data de 1648, quando foi contratado Miguel
Timermans, um holandês, para transmitir seus conhecimentos.

A primeira escola criada foi a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho, em 1792;
daquela época em diante, foi recebendo diversos nomes, modificando seu enfoque, até que, por fim,
em 1858, tornou-se a Escola Politécnica do Rio de Janeiro.

Surgiram após, fora do Rio de Janeiro, outras escolas, como a Politécnica de São Paulo, em 1893,
entre outras.

Comparando as escolas anteriores com as atuais


A missão francesa chegou ao Rio de Janeiro no início de 1816, chefiada por Le Breton que reunia
entre diversos artistas de renome da Europa, o arquiteto Grandjean de Montigny, acompanhado de
dois assistentes e de diversos artífices.

O objetivo de D. João VI era utilizar os mestres europeus para:

estabelecer no Brasil uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em que


se promova e difunda a instrução e conhecimentos indispensáveis aos homens
destinados não só aos empregos públicos da administração do Estado, mas
também ao progresso da agricultura, mineralogia, indústria e comércio, fazendo-
se, portanto necessário aos habitantes o estudo das Belas Artes com aplicação
referente aos ofícios mecânicos cuja prática, perfeição e utilidade dependem dos
conhecimentos teóricos daquelas artes e difusivas luzes das ciências naturais,
físicas e exatas Decreto de 12 de agosto de 1816. Citado em TAUNAY, A. A Missão
Artística de 1816 – publicação do Sphan – Rio de Janeiro.

30
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA │ UNIDADE III

Grandjean de Montigny/Academia Real de Belas-Artes (Rio: 1826)

Igreja Matriz da Nossa Senhora da Candelária (1775-1811)

No período do governo de Aires de Saldanha foi construído um aqueduto que trazia a água das
nascentes do rio da Carioca, ao longo das encostadas da serra, até o atual Largo da Carioca.

Para atravessar o vale existente entre o morro de Santo Antônio e o de Santa Teresa, foi executada
a obra arquitetônica mais notável do Brasil, no período colonial: uma construção ciclópica de
alvenaria, com dupla arcada e considerável extensão.

Arcos da Lapa (Antigo Aqueduto) Rio, século 1719-1725.

31
UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA

Em resumo, a engenharia civil está presente em todos os lugares da Terra onde existe a presença
da civilização e em todos os momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. Está presente quando
dirigimos nosso automóvel por uma rodovia, circulamos por uma rua ou avenida, no Metrô em
que viajamos, no edifico em que trabalhamos, na residência em que vivemos; na água potável que
bebemos e utilizamos, no lixo ou no esgoto que descartamos; na energia elétrica que consumimos
nos aeroportos, que decolamos e aterrissamos com as aeronaves, nos portos onde são feitos os
transbordos de mercadorias, nas ferrovias que transportam passageiros e cargas, nas hidrovias,
nos túneis, no trânsito urbano, no planejamento dos sistemas de transportes de passageiros e de
mercadorias, no planejamento urbano e territorial, nas barragens e diques, nas pontes e viadutos,
nas escolas, nos hospitais, nas indústrias, nas fundações dos edifícios e pontes, nas áreas de lazer
que frequentamos, enfim, em qualquer espaço construído ou modificado pelo homem na superfície
e subsuperfície terrestre.

32
CARACTERIZAÇÃO
DA PROFISSÃO DE UNIDADE IV
ENGENHEIRO

CAPÍTULO 1
Funções na engenharia civil

Pode-se dizer que o início da edificação da cultura humana deu-se quando o


homem conseguiu ultrapassar a simples ocupação de abrigos dados pela natureza,
como cavernas, transformando-os, concebendo espaços e projetando-os para
determinadas funções. Muitos séculos foram dedicados às observações e análises
dos abrigos oferecidos pela natureza, sobretudo os edificados pelos animais –
e da escolha de materiais in natura, ou de sua produção, adequados à realização
de suas obras. Resultaram em elaborações científicas, tecnológicas e conceituais
que possibilitaram o homem conceber, antecipadamente, ou melhor, projetar,
os diferentes tipos de espaços, necessários às diversas funções originárias de sua
vivência em sociedade.

No exercício da profissão, o engenheiro civil deve ater-se constantemente à ética, pois


é uma profissão que lida diretamente com o ser humano em sociedade e com suas
interferências com o meio ambiente. A importância do trabalho do engenheiro civil é
observada a todo instante, pois esse profissional projeta, constrói e mantém o habitat
do ser humano, considerando-se grande parte da infraestrutura de um país, como
as rodovias, ferrovias, vias públicas urbanas, hospitais, escolas, saneamento básico,
geração de energia e controle do meio ambiente, entre outras, são obras exclusivas da
engenharia civil e envolvem grandes investimentos financeiros públicos.

Áreas da engenharia civil


A engenharia civil é uma profissão de extrema importância e está tão intimamente ligada à sociedade
moderna e à segurança do ser humano nos diversos espaços construídos, que pode ser considerada
uma engenharia social, pois dela depende, em grande parte, a vida do homem em sociedade.

33
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

As principais áreas da engenharia civil são:

»» Estruturas;

»» Estradas e transportes;

»» Geotécnica;

»» Hidráulica e saneamento;

»» Materiais;

»» Construção civil;

»» Meio ambiente.

O engenheiro civil
É o engenheiro da indústria da construção civil, sendo, portanto, um engenheiro pleno. Suas
realizações trazem enorme gratificação ao engenheiro civil, na prática da profissão, pois é uma área
em que o resultado do trabalho do profissional permanece por longo período de tempo servindo
a humanidade, como uma estrada, um edifício, uma rede de abastecimento de água, uma rede de
esgotos, uma ponte, um túnel etc.

O exercício dessa profissão exige uma série de conhecimentos científicos e tecnológicos,


principalmente nas áreas de física, matemática, informática, química, geologia, topografia, meio
ambiente, administração, produção, logística, economia, arquitetura, urbanismo, ética profissional,
humanidades e, modernamente, até biologia, entre outras.

Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966

Do exercício profissional da engenharia, da


arquitetura e da agronomia
A Lei no 5.194 regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo,
e dá outras e providências

As Atividades Profissionais na Seção I apresentam a caracterização e exercício das profissões no seu


art. 1o descrito a seguir:

Art. 1o As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são


caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na
realização dos seguintes empreendimentos:

a) aproveitamento e utilização de recursos naturais;

b) meios de locomoção e comunicações;

34
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus


aspectos técnicos e artísticos;

d) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e extensões


terrestres;

e) desenvolvimento industrial e agropecuário.

Art. 2o O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro


agrônomo, observadas as condições de capacidade e demais exigências legais,
é assegurado:

a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola


superior de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas,
existentes no País;

b) aos que possuam, devidamente revalidados e registrados no País, diploma


de faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de Engenharia,
Arquitetura ou Agronomia, bem como os que tenham esse exercício amparado
por convênios internacionais de intercâmbio;

c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e


Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a escassez
de profissionais de determinada especialidade e o interesse nacional, tenham
seus títulos registrados temporariamente.

Parágrafo único. O exercício das atividades de engenheiro, arquiteto e


engenheiro agrônomo é garantido, obedecidos os limites das respectivas
licenças e excluídas as expedidas, a título precário, até a publicação desta Lei,
aos que, nesta data, estejam registrados nos Conselhos Regionais.

Na Seção II da Lei aborda-se o uso do Título Profissional

Art. 3o São reservadas exclusivamente aos profissionais referidos nesta Lei as


denominações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, acrescidas,
obrigatoriamente, das características de sua formação básica.

Parágrafo único. As qualificações de que trata este artigo poderão ser


acompanhadas de designações outras referentes a cursos de especialização,
aperfeiçoamento e pós-graduação.

Art. 4o As qualificações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo


só podem ser acrescidas à denominação de pessoa jurídica composta
exclusivamente de profissionais que possuam tais títulos.

Art. 5o Só poderá ter em sua denominação as palavras engenharia, arquitetura


ou agronomia a firma comercial ou industrial cuja diretoria for composta, em
sua maioria, de profissionais registrados nos Conselhos Regionais.

35
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e


Agronomia (Confea)
Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), surgiram oficialmente
com esse nome em 11 de dezembro de 1933, por meio do Decreto no 23.569, promulgado pelo então
presidente da República, Getúlio Vargas e é considerado marco na história da regulamentação
profissional e técnica no Brasil.

Em sua concepção atual, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia é regido pela
Lei no 5.194, de 1966, e representa também os geógrafos, geólogos, meteorologistas, tecnólogos
dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas
de títulos profissionais.

O Confea zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com


base nisso, regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam nas
áreas que representa, tendo ainda como referência o respeito ao cidadão e à
natureza. (CONFEA, 2009)

Ainda segundo o site da instituição, em seus cadastros, o Sistema Confea/Crea tem registrado, até a
data atual, 900 mil profissionais que respondem por cerca de 70% do PIB brasileiro, e movimentam
um mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especializações e conhecimentos da
tecnologia, alimentada intensamente pelas descobertas técnicas e científicas do homem.

O Conselho Federal é a instância máxima à qual um profissional pode recorrer no que se refere ao
regulamento do exercício profissional. (CONFEA, 2009).

Segundo o Confea (2009), no seu endereço eletrônico é possível encontrar os normativos que
regulamentam e regem o exercício profissional da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia,
Geografia e Meteorologia, dos tecnólogos e dos técnicos industriais e agrícolas, e o funcionamento
do Confea e dos Creas, tais como:

»» Lei: norma geral de conduta que disciplina as relações de fato incidentes no


direito, e cuja observância é imposta pelo poder estatal, sendo elaborada pelo Poder
Legislativo, por meio do processo adequado.

»» Decreto: ato do Presidente da República para estabelecer e aprovar o regulamento


de lei, facilitando a sua execução.

»» Decreto-Lei: norma baixada pelo Presidente da República que se restringia a


certas matérias e estava sujeita ao controle do Congresso Nacional.

»» Resolução: ato normativo de competência exclusiva do Plenário do Confea,


destinado a explicitar a lei, para sua correta execução e para disciplinar os casos
omissos.

»» Decisão Normativa: ato de caráter imperativo, de exclusiva competência do


Plenário.

36
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

»» Decisão Plenária: ato de competência dos Plenários dos Conselhos para


instrumentar sua manifestação em casos concretos.

O Confea é destinado a fixar entendimentos ou a determinar procedimentos a serem seguidos pelos


Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Creas), visando à uniformidade de ação.

Câmara especializada
Câmara Especializada é órgão decisório da estrutura básica do Crea-RJ. Constitui a primeira
instância de julgamento no âmbito da jurisdição do Conselho Regional.

Segundo o art. 46 da Lei no 5.194/1966, são atribuições da Câmara:

a. julgar os casos de infração da presente lei, no âmbito de sua competência profissional


específica;

b. julgar as infrações do Código de Ética;

c. aplicar as penalidades e multas previstas;

d. apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades


de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região;

e. elaborar as normas para a fiscalização das respectivas profissões;

f. opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações


profissionais, encaminhando-os ao Conselho Regional.

Legislação
Lei n° 4.643, de 31 de maio de 1965 Determina a inclusão da especialização de engenheiro florestal na enumeração do art. 16 do
Decreto-Lei no 8.620, de 10 de janeiro de 1946.
Lei n° 4.950-A, de 22 de abril de 1966 Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura,
Agronomia e Veterinária.
Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966 Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá
outras providências.
Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia, de
Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (Confea), de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências.
Lei n° 6.619, de 16 de Dezembro de 1978 Altera dispositivos da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e dá outras providências.
Lei n 6.838, de 29 de outubro de 1980
°
Dispõe sobre o prazo prescricional para a punibilidade de profissional liberal, por falta sujeita a
processo disciplinar, a ser aplicada por órgão competente.
Lei n° 6.839, de 30 de outubro de 1980 Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões.
Lei n 7.270, de 10 de dezembro de 1984
°
Acrescenta parágrafos ao artigo 145 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Processo Civil).
Lei n° 7.802, de 11 de julho de 1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o
transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação,
o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências.

37
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção do consumidor, e dá outras providências.
Lei n 8.195, de 26 de junho de 1991
°
Altera a Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, dispondo sobre eleições diretas para Presidente
dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e dá outras
providências.
Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993 Com as alterações introduzidas pela Lei no 8.883, de 8 de junho de 1994 (DOU de
9/6/1994) Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Lei n° 8.734, de 25 de novembro de 1993 Acrescenta parágrafo ao artigo 3o e revoga o artigo 4o da Lei no 6.994, de 25 de maio de
1982.
Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente, e dá outras providências.

Definição de Anotação de Responsabilidade


Técnica (ART)
A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) não é apenas uma obrigação legal para todos
os profissionais vinculados ao Crea. Ela valoriza o exercício profissional, confere legitimidade
documental e assegura, com fé pública, a autoria e os limites da responsabilidade e participação
técnica em cada obra ou serviço; gera as garantias jurídicas de um contrato. Com o registro da ART,
todo profissional constrói seu Acervo Técnico. Esse documento é o espelho de suas realizações, de
sua carreira. Tem efeito legal; é indispensável em licitações e representa um grande diferencial de
sucesso individual.

Empresas e profissionais são distinguidos no mercado quando comprovam atividades técnicas de


que participaram quando apresentam seu Atestado de Acervo Técnico.

ART. online – no site do Crea, a situação cadastral de profissionais e empresas registrados pode ser
conferida e, em caso de necessidade, todo procedimento para a emissão da ART pode ser feito de
maneira simples e em poucos minutos, da residência ou escritório, por meio da ART. eletrônica,
pela Internet. (Crea- RJ)

Consultar Manual do Engenheiro

http://www.sengemg.com.br/downloads/manual_engenheiro.pdf

38
CAPÍTULO 2
Perfil psicoprofissional do engenheiro

A engenharia civil é uma profissão de extrema importância e está tão intimamente


ligada à sociedade moderna e à segurança do ser humano nos diversos espaços
construídos, que pode ser considerada uma engenharia social, pois dela depende,
em grande parte, a vida do homem em sociedade. O profissional que aceita o
desafio que as demandas das profissões impõem, deve corresponder em eficácia e
eficiência para melhor atender à sociedade

Na história moderna, a engenharia civil produz mudanças na geografia da Terra,


com a construção de grandes canais, como o Canal do Panamá ligando o Oceano
Atlântico ao Pacifico, e o Canal de Suez, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho,
construção de grandes túneis submarinos, pontes, ferrovias transcontinentais, ilhas
artificiais para grandes aeroportos etc. Pode o profissional da engenharia civil não
ter os conhecimentos necessários para execução de suas ações?

O engenheiro
A apropriação do termo engenheiro, pessoa que tinha engenho, inteligente, criador de artefatos,
aquele que “aprende as ciências e artes mais dificultosas, inventa e obra muitas cousas”, tal qual
Arquimedes foi qualificado por Tito Lívio como exímio engenheiro (BLUTEAU, 1717). A criatividade
e a busca por soluções são os principais desafios do profissional de engenharia.

Perfil do profissional de engenharia civil


O perfil desejado para o profissional de engenharia civil é o de uma sólida formação científica
e profissional com capacidade para apresentar propostas e soluções de problemas técnicos e
experimentais, aplicando os conceitos absorvidos em situações do dia a dia, em seu campo de
atuação.

O profissional da área deverá ter formação humanística e cultural para que lhe possibilite
relacionamento humano adequado com os diferentes grupos com os quais, obrigatoriamente, terá
contato.

Deverá estar apto a ocupar cargos de chefia e coordenação junto a empresas públicas e privadas. A
liderança e o dinamismo são características prioritárias no perfil dos engenheiros egressos, uma vez
que o papel desempenhado no exercício profissional os colocará, continuamente, diante de situações
em que são exigidas posturas arrojadas, iniciativa e firme comunicação dos seus pontos de vista.

39
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

Ética
Ética é um conjunto de princípios ou padrões pelos nos quais se pautam a conduta humana.
Algumas vezes, a ética é chamada de “moral”, e por extensão, seu estudo frequentemente chamado
de Filosofia Moral. Assim, como um ramo da Filosofia, Ética é considerada uma ciência normativa,
já que trata de normas da conduta humana, em diferença às ciências formais (como Matemática e
Lógica) e às ciências empíricas, como a Química e a Física.

Como se trata de um padrão de comportamento e conduta, a ética ou moral tem características


próprias em cada civilização (a exemplo da Oriental e Ocidental) e em cada cultura. Por todo o
tempo em que a humanidade tem vivido em grupos, a regulamentação moral tem sido necessária
para o bem-estar desses grupos. Apesar de que a moral foi formalizada e transformada em padrões
arbitrários de conduta, ela desenvolveu-se, algumas vezes irracionalmente, depois de que tabus
religiosos foram violados, ou por meio de comportamentos fortuitos que se tornaram hábito e então
regra, ou de leis impostas por chefes a fim de prevenir desarmonia em suas tribos. Mesmo as grandes
civilizações egípcias e sumérias não geraram uma ética sistematizada; máximas e preceitos criados
por líderes seculares misturaram-se com uma religião rígida que afetou o comportamento de cada
egípcio. Na China, as máximas de Confúcio foram aceitas como código moral.

Habilidades
O profissional de engenharia civil deve ter as seguintes habilidades no exercício de sua função:

»» compromisso com a ética profissional;

»» iniciativa empreendedora;

»» disposição para autoaprendizado e educação continuada;

»» comunicação oral e escrita;

»» leitura, interpretação e expressão por meios gráficos;

»» visão crítica de ordens de grandeza;

»» domínio de técnicas computacionais;

»» domínio de língua estrangeira;

»» conhecimento da legislação pertinente;

»» capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;

»» capacidade de identificar, modelar e resolver problemas;

»» compreensão dos problemas administrativos, socioeconômicos e do meio ambiente;

»» responsabilidade social e ambiental;

»» pensar globalmente, agir localmente.

40
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

Código de Ética do engenheiro


O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa
e honesta prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da
Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais, e tem
alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, modalidades
ou especializações.

Consultar, conhecer, ler e compreender o Código de ética do engenheiro Civil.

http://www.confea.org.br/media/codigopdf.pdf

41
CAPÍTULO 3
Áreas de atuação e atribuições

A engenharia civil está presente em todos os lugares da Terra onde exista a presença
da civilização e em todos os momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. em
qualquer espaço construído ou modificado pelo homem na superfície e subsuperfície
terrestre. Ao longo dos tempos, foi necessária maior capacitação e especialização
dos profissionais para melhorar e garantir a qualidade dos resultados objetivos. Um
dos desafios era nivelar e normalizar o comportamento profissional para atuação
junto à sociedade.

A construção civil, de imediato, volta para os profissionais: engenheiro civil e


arquiteto. Esses profissionais, ao serem contratados têm o dever de empregar
todo conhecimento técnico ao interesse humano e social, garantindo a solidez e a
segurança de uma obra exercendo a área de atuação e atribuição exigida por lei. Pode
um profissional exercer em uma área não autorizada? Quais as responsabilidades e
as punições para o exercício ilegal?

Áreas de atuação
O engenheiro civil projeta e acompanha todas as etapas de uma construção e/ou reabilitação
(reformas). Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na
obra estejam de acordo com as normas técnicas em vigor. A engenharia civil tem, de alguma forma,
relação com todas as atividades humanas, notadamente com a Arquitetura.

Deve estudar as características dos materiais, do solo, incidência do vento, destino (ou ocupação) da
construção. Com base nesses dados, desenvolve o projeto dimensionando e especifica as estruturas,
hidrossanitárias e gás, bem como os materiais a serem utilizados. No gabinete de obra, chefia as
equipes, supervisionando os prazos, os custos e o cumprimento das normas de segurança, de saúde
e de meio ambiente.

Atribuições: Resolução no 218


A Resolução Confea no 218, de 29/6/1973 estabelece em seu art. 1o que para efeito de fiscalização
do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e
Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:

1. Supervisão, coordenação e orientação técnica;

2. Estudos, planejamento, projeto e especificação;

3. Estudos de viabilidade técnica e econômica;

42
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

4. Assistências, assessoria e consultoria;

5. Direções de obra e serviço técnico;

6. Vistorias, perícia, avaliação, arbitramento, laudo, parecer técnico;

7. Desempenhos de cargo e função técnica;

8. Ensinos, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão;

9. Elaborações de orçamento;

10. Padronizações, mensuração e controle de qualidade;

11. Execuções de obra e serviço técnico;

12. Fiscalizações de obra e serviço técnico;

13. Produções técnica especializada;

14. Conduções de trabalho técnico;

15. Conduções de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

16. Execuções de instalação, montagem e reparo;

17. Operação e manutenção de equipamento e instalação;

18. Execuções de desenho técnico.

Responsabilidades técnicas
Toda obra depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Esta
define para efeitos legais, os responsáveis técnicos, pela execução de obras ou prestações de serviços
de engenharia, objeto do contrato; protege e limita a responsabilidade do profissional, identifica
para o proprietário, em caso de discussões futuras, as possíveis responsabilidades por danos no
projeto, obra ou serviço contratado. O engenheiro civil, ao se responsabilizar tecnicamente por uma
construção tem por obrigação acompanhar a execução do projeto, fiscalizando tudo, desde a qualidade
dos materiais empregados até a sua aplicação na obra. Assume, também, a responsabilidade de
cumprir as leis do Código de Obras. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo demonstrar que a
responsabilidade do engenheiro civil na Anotação de Responsabilidade Técnica. Para tanto, utiliza-
se do método dedutivo bibliográfico tendo como referências bibliográficas, doutrinas, legislação,
artigos de revistas especializadas e jurisprudências.

Direito de construir e a harmonia na vida comunitária

Meirelles (1996) bem inicia sua composição literária, descrevendo que o direito de propriedade é
o que afeta diretamente as coisas corpóreas – móveis ou imóveis, subordinando-as à vontade do
homem. O direito de propriedade é real, no sentido de que incide imediatamente sobre a coisa e
a segue em todas as suas mutações e, o domínio particular vem-se socializando ao encontro da

43
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

afirmativa de Léon Duguit, de que: “a propriedade não é mais o direito subjetivo do proprietário; é
a função social do detentor da riqueza”.

Alves (1999) destaca: “Com efeito, o direito de propriedade é considerado não ilimitado e de exercício
condicionado. Sempre o fora, mas, hoje, o elemento social, nele implícito, aflora de modo palmar”.

Inegavelmente, a afirmativa de René Dekkers, transcrita por Alves (1999), procede em todos os seus
termos, em progressos da tecnologia e o êxodo.

Direito de propriedade: função e evolução

Do campo à cidade densificaram a sociedade, de tal modo que os conflitos entre vizinhos tornaram-
se praticamente inevitáveis, e que, a vizinhança, como círculo social, organismo social, antecedeu a
propriedade imóvel. Essa surgiu com a intervenção operada pelo elemento territorial, causa mesma
de evolução do grupo social.

Construção ou edificação – qual a diferença?

Inicialmente, impõe-se a fixação de alguns conceitos técnicos da construção civil.

Alves (1999) trata o termo construção que, a exemplo de edificação, é obra. Toma-se, com ele,
a obra pelo gênero, de que espécie são a edificação, a demolição, a reforma, a reconstrução e a
reparação. Destina-se, coberta, a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento e
material, a obra de construção denomina-se edificação.

O significado de “prédio”

Comumente, ouvimos e até tratamos, genericamente, em mais de um termo o significado de construção:


o termo construção propriamente dito, a edificação, e atribuímos um terceiro termo: prédio mais
às edificações de médio a grande porte, principalmente quando possui mais de um pavimento. O
vocábulo prédio, em Direito, significa, genericamente, a propriedade fundiária: a terra com suas
construções e servidões; mas, na linguagem comum, o termo prédio vem se tornando privativo da
construção, ou mais propriamente, da edificação, em que se encontra com frequência nas escrituras de
alienação, a referência específica: “terreno e prédio nele construído. (MEIRELLES, 1996).

Alves (1999) bem complementa que no conceito de prédio integram-se o de subsolo, solo e sobressolo.
Ainda, o de edificação ou, mais largamente, o de construção. A ideia de prédio é mais ampla que a de
terreno, pedaço da terra, que está no substrato.

Consultar, ler, compreender RESPONSABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

http://www.crea-pr.org.br/crea3/html3_site/doc/Caderno07.pdf

44
CAPÍTULO 4
Pós-graduação na engenharia civil

Discute-se o reconhecimento do crescente papel de demandas e atores extra-


acadêmicos na dinâmica da formação de recursos humanos para o mercado e,
em particular, para a pesquisa; sua atuação em sinergia com o movimento de
amadurecimento do sistema setorial de inovação para construção civil. Discute a
continuidade e o aprofundamento das iniciativas em curso no sentido de admitir
novos formatos de programas e cursos de pós-graduação, cursos customizados a
demandas do mercado extra-acadêmico, entre outros, sejam sociais ou tecnológico-
empresariais, bem como o aprofundamento das iniciativas para o estímulo aos
estágios pós-doutorais, escassos no Brasil.

As escolas de engenharia civil em todo o País começam a despertar para a


necessidade de não apenas formar engenheiros, mas capacitar e especializar os
futuros profissionais.

Toda nova edificação produz impactos, sejam ambientais, sociais ou econômicos,


levando em consideração que grandes mudanças ocasionadas pela construção civil
interferem na sociedade em virtude da implantação de novas edificações. Estamos
preparados para execução de projetos cada vez mais complexos e inovadores?

Pós-graduação
Em tempos remotos, como vimos anteriormente, os profissionais eram multidisciplinares, sendo,
ao mesmo tempo, estudiosos das áreas de astronomia, física, matemática, química, artes; enfim,
um gênio, se vivessem em nossa época. Com as subdivisões de ênfase, os aspirantes recebiam uma
bagagem de conhecimento especializada fixando sua área de atuação baseados no conhecimento
recebido. A engenharia dividiu-se em diversas modalidades como Civil, Elétrica, Mecânica.
Aprofundando o conhecimento em diversas áreas, as atividades de pós-graduação permitem
ao profissional também se aprofundar cientificamente em determinado tema, gerando maior
compreensão e conhecimento.

Modalidades de pós-graduação
No Brasil, há dois tipos de pós-graduação: lato sensu (conhecida como especialização ou MBA) e
stricto sensu (que abrange os cursos de mestrado e doutorado).

»» Latu sensu: designa todo e qualquer curso que se segue à graduação. Normalmente,
os cursos de especialização e aperfeiçoamento têm objetivo técnico profissional
específico sem abranger o campo total do saber em que se insere a especialidade.

45
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

Sua meta é o domínio científico e técnico de certa e limitada área do saber ou da


profissão, para formar o profissional especializado. São cursos destinados ao
treinamento nas partes de que se compõe um ramo profissional ou científico.

»» Stricto sensu: é o ciclo de cursos regulares em segmento à graduação, visando


desenvolver e aprofundar a formação adquirida no âmbito da graduação e
conduzindo à obtenção de grau acadêmico. Ela se subdivide em dois ciclos:

› Mestrado e doutorado: ambas compreendem a definição de pós-


graduação stricto sensu, com a diferença no grau de profundidade dedicado
ao estudo do objeto de pesquisa. Embora representem um escalonamento
na pós-graduação, esses cursos podem ser considerados relativamente
autônomos. Isto é, o mestrado não constitui obrigatoriamente requisito
prévio para inscrição em um curso de doutorado. A pós-graduação stricto
sensu confere grau acadêmico, e a especialização concede certificado.

Relação de cursos existentes na área engenharia


civil
»» Construção Civil;

»» Construção Metálica;

»» Eficiência Energética e Sustentabilidade;

»» Engenharia Civil;

»» Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas);

»» Engenharia Civil (Recursos Hídricos);

»» Engenharia Civil e Ambiental;

»» Engenharia Civil: Estruturas e Construção Civil;

»» Engenharia de Construção Civil;

»» Engenharia de Edificações e Ambiental;

»» Engenharia de Edificações e Saneamento;

»» Engenharia de Estruturas;

»» Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental;

»» Engenharia Geotécnica;

»» Engenharia Urbana;

46
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

»» Engenharia Urbana e Ambiental;

»» Estruturas e Construção Civil;

»» Geotecnia;

»» Geotecnia e Transportes;

»» Geotecnia, Estruturas e Construção Civil;

»» Gestão de Recursos Hídricos;

»» Habitação: Planejamento e Tecnologia;

»» Inovação na Construção Civil;

»» Processos Construtivos e Saneamento Urbano;

»» Projeto de Estruturas;

»» Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental.

Conselho Nacional de Pesquisas Tecnológicas


(CNPq)
Criado pela Lei no 1.310, de 15 de janeiro de 1951, CNPq é a sigla de Conselho Nacional de Pesquisa,
que atualmente é chamado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
e é um órgão público que tem o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil (CNPq). É o órgão de
fomento à pesquisa, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), compete
ao CNPq participar na formulação, execução, acompanhamento, avaliação e difusão da Política
Nacional de Ciência e Tecnologia, especialmente conforme divulgação em site oficial:

Tem por finalidade promover e estimular o desenvolvimento da investigação científica e tecnológica


em qualquer domínio do conhecimento é

»» promover e fomentar o desenvolvimento e a manutenção da pesquisa científica e


tecnológica e a formação de recursos humanos qualificados para a pesquisa, em
todas as áreas do conhecimento;

»» promover e fomentar a pesquisa científica e tecnológica e capacitação de recursos


humanos voltadas às questões de relevância econômica e social relacionadas às
necessidades específicas de setores de importância nacional ou regional;

»» promover e fomentar a inovação tecnológica;

»» promover, implantar e manter mecanismos de coleta, análise, armazenamento,


difusão e intercâmbio de dados e informações sobre o desenvolvimento da ciência
e tecnologia;

47
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO

»» propor e aplicar normas e instrumentos de apoio e incentivo à realização de


atividades de pesquisa e desenvolvimento, de difusão e absorção de conhecimentos
científicos e tecnológicos;

»» promover a realização de acordos, protocolos, convênios, programas e projetos


de intercâmbio e transferência de tecnologia entre entidades públicas e privadas,
nacionais e internacionais;

»» apoiar e promover reuniões de natureza científica e tecnológica ou delas participar;

»» promover e realizar estudos sobre o desenvolvimento científico e tecnológico;

»» prestar serviços e assistência técnica em sua área de competência;

»» prestar assistência na compra e importação de equipamentos e insumos para uso


em atividades de pesquisa científica e tecnológica, em consonância com a legislação
em vigor; e

»» credenciar instituições para, nos termos da legislação pertinente, importar bens com
benefícios fiscais destinados a atividades diretamente relacionadas com pesquisa
científica e tecnológica.

É muito reconhecido no mundo todo, em especial nos países em desenvolvimento. Inicialmente,


o CNPq tinha o objetivo de dominar o ciclo atômico no País e criar estratégias. Porém, depois
expandiram-se as funções, e o CNPq ficou responsável também por financiar pesquisas científicas e
tecnológicas nas mais diversas áreas de conhecimento.

A sede do CNPq é em Brasília, e o órgão é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O CNPq


também tem vários outros órgãos federais e parceiros estrangeiros em suas funções. O CNPq
incentiva a pesquisa no Brasil por meio de bolsas e auxílios, em especial para indivíduos que queiram
cursar Mestrado e Doutorado, sejam eles no Brasil ou no Exterior.

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de


Nível Superior (Capes)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da
Educação (MEC), desempenha papel fundamental na expansão e na consolidação da pós-graduação
stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação.

As atividades da Capes podem ser agrupadas nas seguintes linhas de ação, cada qual desenvolvida
por um conjunto estruturado de programas:

»» Avaliação da pós-graduação stricto sensu;

»» Acesso e divulgação da produção científica;

»» Investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior;

48
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV

»» Promoção da cooperação científica internacional;

»» Indução e fomento da formação inicial e continuada de professores para a educação


básica nos formatos presencial e a distância.

Mestrados/doutorados reconhecidos no Brasil


Grandes áreas da engenharia reconhecidas pela Capes:

»» Engenharia Aeroespacial (Engenharias III);

»» Engenharia Biomédica (Engenharias IV);

»» Engenharia Civil (Engenharias I);

»» Engenharia de Materiais e Metalúrgica (Engenharias II);

»» Engenharia de Minas (Engenharias II);

»» Engenharia de Produção (Engenharias III);

»» Engenharia de Transportes (Engenharias I);

»» Engenharia Elétrica (Engenharias IV);

»» Engenharia Mecânica (Engenharias III);

»» Engenharia Naval e Oceânica (Engenharias III).

49
CONCEPÇÃO
E PROJETO DE UNIDADE V
ENGENHARIA

CAPÍTULO 1
O empreendimento de engenharia e
suas fases
=

Todo empreendimento inicia-se com a idealização de um projeto de obra de


engenharia, deve ser o mais abrangente e detalhado possível, de fácil entendimento,
perfeitamente exequível para as condições vigentes, com identificação e solução
dos prováveis problemas; observar padronização conforme normas técnicas
estabelecidas, conter todos os elementos qualitativos, quantitativos e técnicos nos
níveis de detalhamento ideal para a sua melhor e integral aplicação.

A execução dos serviços implica possibilidade de riscos, danos ou prejuízos ao meio


ambiente, trabalhadores, moradores e transeuntes; deve, portanto, ser acompanhada
por profissional habilitado consoante suas responsabilidades, inclusive a solidária
perante a legislação vigente.

Um dos grandes desafios é a disseminação e a valorização das atividades que


promovam a preservação do patrimônio público e/ou cultural e do ambiente natural
que, portanto, devem ser executadas por profissionais legalmente habilitados a fim
de evitar acidentes e perdas.

Conceitos
Contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto de conhecimentos e técnicas aplicadas
ao projeto, construção e manutenção de estruturas materiais, quer se trate das edificações de
natureza habitacional ou viária, funcional ou produtiva, quer se trate de máquinas de produção
em série, instrumentos, veículos, aparelhos ou máquinas para o prolongamento da vida humana.
O nome também designa a profissão de quem se ocupa de um ou mais desses campos do saber e
fazer tecnológico. O projeto e a construção de estruturas são áreas da engenharia civil nas quais
muitos engenheiros civis especializam-se. Estes são os chamados engenheiros estruturais.
A engenharia estrutural trata do planejamento, projeto, construção e manutenção de sistemas
estruturais para transporte, moradia, trabalho e lazer.

50
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V

Engenharia civil

Conceitos

É o ramo da engenharia que projeta e executa obras como edifícios, pontes, viadutos, estradas,
barragens e outras obras especiais.

Todas as etapas de uma construção devem ser projetadas e acompanhadas por um engenheiro civil.
Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na obra estejam
de acordo com as normas técnicas em vigor. No gabinete de obra, chefia as equipes, supervisiona os
prazos, controla os custos e fiscaliza o cumprimento das normas de segurança, saúde e meio ambiente.

Planta, plano e projeto


»» Projeto: projeto de uma construção é o conjunto de documentos constituídos por
estudos, cálculos e desenhos necessários à expressão técnica da obra a ser executada.

»» O projeto abrange:
›› estudos preliminares, tais como medições do terreno, sondagens do subsolo e
ensaios de laboratório;
›› os cálculos estruturais dos elementos de fundações, vigas, pilares, lajes e demais
elementos estruturais;
›› desenhos representativos de todos os projetos, como de fundações, estruturas,
instalações hidráulicas e sanitárias, instalações elétricas e comunicações, etc.,
com plantas, cortes, fachadas e detalhamentos;
›› especificações técnicas, com descrição detalhada dos materiais e das técnicas a
serem utilizadas, de acordo com as teorias consagradas e as normas técnicas de
todos os projetos, no que diz respeito à execução da obra;
›› memórias de cálculo;
›› orçamentos e cronogramas financeiros e executivos.

»» Todos os projetos têm que ser confeccionados seguindo as melhores técnicas


consagradas em todas as áreas da engenharia civil, tanto do ponto de vista teórico
quanto experimental e científico. Além disso, devem estar de acordo com as normas
técnicas relativas às metodologias, materiais e sistemas construtivos, relativos a
cada área e descrito de forma detalhada por meio de memória de cálculo.

»» Todos os documentos dos projetos devem ser acompanhados da respectiva Anotação


de Responsabilidade Técnica (ART).

»» Planta: é a representação gráfica e em escala de toda a obra ou de cada parte, na


horizontal e em cortes, com detalhes que possam ilustrar e tornar o projeto fácil de
entender e executar.

51
UNIDADE V │ CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA

»» Escala: é a relação existente entre as dimensões do objeto real e as do desenho. As


escala dos desenhos e as dimensões das folhas são normalizadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

»» Plano: no sentido amplo da palavra, dentro da construção civil é usado para a


designação urbanística ou de outra área, como Plano Viário, Plano Urbanístico,
Plano Diretor, Plano de Zoneamento, etc., mais utilizado pelo poder publico para a
ordenação física regional e social de determinadas áreas.

Características da construção civil

Estrutura do setor

Segundo os autores Filha, Costa e Rocha, a análise da cadeia produtiva da construção civil precisa
levar em consideração as especificidades desse setor. Vergna (2007) lembra que o setor difere
dos demais, dado que seus outputs são projetos únicos e há uma significativa complexidade de
relacionamentos ao longo da cadeia produtiva.

A figura a seguir, de Deconcic/Fiesp (2008), mostra um esquema geral da cadeia produtiva da


construção civil, que se divide em duas edificações e construção pesada, ambas tendo o setor de
materiais de construção como início de seu processo produtivo (elo a montante das cadeias). Os
demais elos a montante e a jusante ou são prestadores de serviços (subcontratados) ou comerciantes
e distribuidores.

Figura 1 | Segmentação geral da cadeia de construção civil

Fonte: Deconcic/Fiesp (2008), p. 13.

52
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V

Nesse contexto, entende-se que existem três principais subsetores a serem estudados: materiais
de construção, construção pesada e edificações, que englobavam, em 2008, 80% do PIB total da
cadeia, segundo trabalho desenvolvido por Abramat/FGV (2009).

Materiais de construção

Segundo Filha, Rocha, Costa, cada material de construção tem sua própria cadeia produtiva, o
que contribui para a heterogeneidade do padrão de concorrência dos segmentos. Materiais cujo
mercado é constituído por grandes empresas de capital intensivo e grande produtividade, como o
cimento, coexistem com outros em que os produtos são fornecidos por empresas em que os processos
produtivos ainda se baseiam em produção com pouco valor agregado, baixa produtividade e pouca
qualificação de mão de obra, como as olarias e a extração de areia.

Construção pesada

Para Filha, Costa e Rocha, o subsetor de construção pesada abrange atividades ligadas à construção
de infraestrutura, ou seja, obras de construção de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos,
relacionados à estrutura de transportes, além da construção de centrais de abastecimento de água,
instalação de redes de esgoto e pavimentação de ruas, vinculadas à estrutura urbana. As atividades
de construção de usinas de geração de energia (hidrelétricas, termelétricas, nucleares etc.) e das
redes de distribuição de energia, assim como a execução de projetos relacionados a serviços de
telecomunicações e a montagem de instalações industriais, também estão incluídas nesse subsetor.

O principal cliente das obras de construção pesada é o setor público, de tal maneira que o crescimento
desse segmento está diretamente relacionado ao nível de investimento público em infraestrutura no
período.

As atividades da construção pesada são marco regulatório e formatações institucionais próprios, que
afetam a dinâmica do mercado e a atuação das empresas como portos, aeroportos, setor elétrico etc.

Edificações

Os autores Filha, Costa e Rocha classificam o subsetor de edificações que abrange a construção de
edifícios residenciais, comerciais e para o setor público, além das reformas e manutenções correntes.
Envolve a integração de diferentes sistemas e materiais de construção e vasta gama de participantes,
os quais formam um acordo temporário concluído após a finalização do empreendimento. Essas
relações ocorrem de forma complexa, não só por causa da quantidade de atores (que muitas vezes
têm objetivos conflitantes), mas, também, da existência de diversas empresas nos ramos envolvidos.
Nesse subsetor, afirma que existem três tipos de regimes de construção: a construção autogerida
residencial, a construção por contrato e a construção imobiliária.

»» Construção autogerida residencial: ocorre quando o próprio dono administra


a construção do imóvel, adquirindo diretamente os materiais de construção
necessários, e constrói ou contrata a mão de obra.

53
UNIDADE V │ CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA

»» Construção por contrato: ocorre quando o contrato é especificamente negociado


para a construção de um ativo ou de uma combinação de ativos que estejam
intimamente inter-relacionados ou interdependentes em termos da sua concepção,
tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final.

»» Construção imobiliária: ocorre quando é necessária a realização de


empreendimentos imobiliários, residenciais ou comerciais.

Procedimentos no canteiro das obras


Segundo o Conselho de Engenharia e Arquitetura (Crea), a documentação técnica para edificações
e obras civis necessitam, além dos estudos preliminares, de levantamento topográfico, de licença
da obra, de estudo de viabilidade etc., devem estar disponíveis para verificação do Agente do Crea,
sendo observados caso a caso:

a. Projeto de arquitetura aprovado pela prefeitura do município;

b. Licença da obra passada pela prefeitura do município;

c. Projeto de execução da obra;

d. Projeto de execução da estrutura;

e. Projeto de instalação hidráulica aprovado pela órgão regulador local;

f. Projeto de instalação de esgoto sanitário aprovado órgão regulador local;

g. Projeto de instalações elétricas;

h. Projeto de instalação de gás aprovado pelo órgão regulador ou concessionária local;

i. Projeto do sistema de refrigeração/climatação caso necessário e previsto;

j. Projeto das instalações mecânicas;

k. Projeto de urbanismo e/ou tratamento paisagístico.

Infraestrutura

a. Projeto de terraplenagem/drenagem e/ou movimentação de terra;

b. Projeto do sistema viário e sua pavimentação;

c. Projeto da rede de alimentação hidráulica;

d. Projeto da rede de alimentação elétrica (luz e força) aprovado pela concessionária;

e. Projeto da Rede de Esgotos Sanitários e/ou tratamento de efluentes aprovado


concessionária;

54
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V

f. Projeto da rede de comunicações de dados/telefonia. A participação efetiva dos


profissionais nos serviços de planejamento, elaboração de projetos, execução e
fiscalização promove trabalhos focados em qualidade, conforto, eficiência, racionalidade,
coerência com aspectos ambientais e legais, que necessitam de conhecimentos técnicos
específicos, tendo em vista que o Crea possui a finalidade de defesa da sociedade
procurando assegurar o uso adequado do conhecimento e da tecnologia, consoante às
recomendações constantes das normas/procedimentos/especificações da ABNT.

Os projetos de grande porte compreendem inúmeros serviços de engenharia civil que são prestados
de forma pontual, no transcorrer das etapas do projeto, que são passíveis de fiscalização, tais como:
estudo de viabilidade, fornecimento de concreto, obras de movimentação de terra, drenagens,
topografia etc.

Normas técnicas na engenharia


As normas NBR (acessibilidade) aqui apresentadas têm sua autorização de divulgação concedida
por meio do Termo de Ajustamento de Conduta, de 24 de junho de 2004, do Ministério Público
Federal.

NBR 9050 Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos.


NBR 13994 Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Deficiência.
NBR 14020 Acessibilidade a Pessoa Portadora de Deficiência – Trem de Longo Percurso.
NBR 14021 Transporte – Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano.
NBR 14022 Acessibilidade a Pessoa Portadora de Deficiência em Ônibus e Trólebus para Atendimento Urbano e Intermunicipal.
NBR 14273 Acessibilidade a Pessoa Portadora de Deficiência no Transporte Aéreo Comercial.
NBR 14970-1 Acessibilidade em Veículos Automotores –Requisitos de Dirigibilidade.
NBR 14970-2 Acessibilidade em Veículos Automotores –Diretrizes para avaliação clínica de condutor.
NBR 14970-3 Acessibilidade em Veículos Automotores –Diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade
reduzida em veículo automotor apropriado.
NBR 15250 Acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário.
NBR 15290 Acessibilidade em comunicação na televisão.
NBR 15320:2005 Acessibilidade à pessoa com deficiência no transporte rodoviário.
NBR 14022:2006 Acessibilidade em veículos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiro.
NBR 15450:2006 Acessibilidade de passageiro no sistema de transporte aquaviário.
Norma ES 278/97 Sistemática empregada no preparo das áreas de implantação do corpo estrada.
Norma ES 279/97 Sistemática empregada na execução dos acessos aos diversos locais utilizados por veículos e equipamentos
necessários para a construção da obra.
Norma ES 281/97 Sistemática empregada na execução de empréstimos de materiais utilizados na execução dos aterros.
Norma ES 282/97 Sistemática empregada na execução de aterro como parte integrante da plataforma da rodovia.
Norma ES 322/97 Procedimentos a serem adotados na construção de pavimentos rígidos - sub-base de concreto rolado, incluindo, os
aspectos relativos ao recebimento de materiais, execução, inspeção (da camada) e critérios de medição.
Norma DNER-PRO 381/98 Projeto de aterros sobre solos moles para obras viárias.

Consultar ler, compreender e resumir as normas apresentadas anteriormente.

http://www.abntcatalogo.com.br/def. aspx.

55
A ENGENHARIA DO UNIDADE VI
FUTURO

CAPÍTULO 1
Visão sistêmica, a era da informática
condicionantes econômicos e
ambientais, perspectivas e mudanças
tecnológicas, sociais e culturais

A construção civil agrega um conjunto de atividades com grande importância


para o desenvolvimento econômico e social brasileiro, influindo diretamente na
qualidade de vida da população e na infraestrutura econômica do País. Além disso, o
setor apresenta forte relacionamento com outros setores industriais, na medida em
que demanda vários insumos em seu processo produtivo, e é intenso em trabalho,
absorvendo parcela significativa da mão de obra com menor qualificação. Essas
características da cadeia da construção civil trazem grande complexidade, uma vez
que ela movimenta amplo conjunto de atividades, que têm impactos diretos no
meio ambiente e na sociedade.

Um dos grandes desafios é a disseminação e a valorização das atividades que


promovam a preservação do patrimônio público e/ou cultural e do ambiente natural
que, portanto, devem ser executadas por profissionais legalmente habilitados a
fim de evitar acidentes e perdas. No mundo moderno, diversos são os elementos
que devem ser considerados para minimizar os efeitos do impacto da construção
civil. Quais as práticas sustentáveis que o setor da construção no Brasil tem
incorporado e deve incorporar no futuro para o desenvolvimento sustentável de
seus empreendimentos, projetos e obras? Como pensar em soluções sustentáveis,
sem afetar os orçamentos e a lucratividade das construtoras e incorporadoras?

Visão sistêmica
A construção civil agrega um conjunto de atividades com grande importância para o desenvolvimento
econômico e social brasileiro, influindo diretamente na qualidade de vida da população e na
infraestrutura econômica do País. Além disso, o setor apresenta forte relacionamento com outros

56
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

setores industriais, na medida em que há demanda de vários insumos em seu processo produtivo, e
é intenso em trabalho, absorvendo uma parcela significativa da mão de obra com baixa qualificação.

O Brasil é um país grande e carente de infraestrutura. A maior parte desta infraestrutura depende
de obras como redes de esgoto e água, estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode
deixar de fora a construção de moradias, que é o maior déficit da área. Portanto, configura-se um
mercado expansível e de grande potencial.

Sustentabilidade na construção
Nos últimos anos, a sustentabilidade vem ganhando força significativa no setor da construção
brasileira. São inúmeros os empreendimentos de diferentes tipologias que vêm sendo objeto
de práticas sustentáveis e certificação ambiental, em diferentes regiões do País. Cresce também
a preocupação das empresas da cadeia produtiva da construção com a adoção de políticas de
sustentabilidade e ações de responsabilidade social empresarial.

Sendo a sustentabilidade e a construção sustentável temas e conceitos ainda novos, que implicam
novos paradigmas, é natural que existam várias abordagens, linhas de atuação, pesquisas ou projetos
em desenvolvimento. No caso da construção sustentável, é importante que seja dada atenção
às questões econômicas, socioambientais e a todas as abordagens que envolvem os impactos, o
desempenho e as tecnologias sustentáveis de um empreendimento ou de uma empresa, e não
apenas a uma abordagem parcial de um ou outro aspecto ambiental da sustentabilidade, pois isto
não garante que um empreendimento ou empresa seja realmente sustentável, mas só responde a
um aspecto da grande gama de soluções a serem implantadas.

Todos os indicadores apontam para um cenário de crescimento acelerado da construção civil no


País. Os indicadores de desenvolvimento econômico são animadores, o mercado imobiliário está em
franca expansão O programa Minha Casa Minha Vida permitiu a entrada de novos segmentos
sociais no mercado e teremos, ainda, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, com muitos investimentos
em infraestrutura e mobilidade urbana.

A incorporação dos conceitos de sustentabilidade nas organizações consiste em um dos


grandes desafios para a diferenciação entre as empresas do setor da construção visando ao seu
desenvolvimento sustentável. A ampliação da visão puramente econômica com a inclusão das
dimensões ambientais e sociais na estratégia empresarial, aliada a ferramentas para a gestão e o
controle das operações de forma transparente e ética, são, certamente, objetivos a serem alcançados
pelas organizações preocupadas com sua atuação em médio e longo prazos.

Principais práticas sustentáveis

As principais práticas sustentáveis que estão sendo adotadas nos empreendimentos no Brasil podem
ser divididas nas seguintes categorias e fases do empreendimento:

»» Estudos preliminares e concepção do produto: análise dos impactos


econômicos e socioambientais; localização próxima aos transportes públicos;
densidade e conectividade urbana.

57
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO

»» Inserção do empreendimento no meio ambiente e na malha urbana:


proteção e maximização de áreas verdes; acessibilidade nos empreendimentos;
gestão da permeabilidade e escoamento das águas pluviais.

»» Uso e conservação de água: aproveitamento de águas pluviais; redução do uso


de água potável para irrigação; medição individualizada de consumo, especificação
de componentes hidráulicos economizadores.

»» Gestão do uso de energia: luminárias de alto rendimento e lâmpadas eficientes;


sistemas de automação; elevadores inteligentes; estudos dos sistemas prediais
para melhor desempenho energético; equipamentos e motores elétricos de alto
desempenho, especificação de componentes de coberturas, fachadas e vidros de alto
desempenho térmico, aumentando a eficiência energética das edificações.

»» Seleção de materiais e resíduos: redução do desperdício de materiais;


sistemas construtivos industrializados, previsão de áreas nos empreendimentos
para depósitos de recicláveis, visando à coleta seletiva do lixo; seleção de materiais
regionais e com conteúdo reciclado e de madeiras com manejo sustentável.

»» Qualidade do ambiente construído: desenvolvimento de projetos e


especificação de matérias visando ao conforto térmico, acústico e lumínico;
aproveitamento da ventilação e iluminação natural.

»» Práticas ambientais nos canteiros de obras: gestão da geração de


resíduos e coleta seletiva nos canteiros de obras; desmobilização do canteiro
com reaproveitamento dos materiais; minimização dos impactos ambientais e
interferências no entorno: manutenção e limpeza de ruas e calçadas, arranjo físico
do canteiro, proteção de bocas de lobo, execução de lava rodas e lava bicas; proteção
de taludes e do solo contra erosão.

»» Práticas sociais nos canteiros de obras: saúde, segurança e condições


de trabalho; educação e desenvolvimento profissional; ações sociais voltadas à
comunidade; alfabetização; áreas de vivência e desenvolvimento cultural para os
trabalhadores; inclusão digital.

Quando questionamos o investimento adicional de um empreendimento sustentável em relação ao


convencional, estamos, na verdade, questionando se vale a pena desenvolver um produto com melhor
desempenho em relação à média. Qualquer produto acima da média já se diferencia no mercado e
possui maior atratividade para os clientes. Somado a isso, existe um movimento gigantesco que está
levando investidores, organizações e consumidores a valorizar os produtos sustentáveis e as ações
de empresas ambientais e socialmente responsáveis.

O edifício sustentável é um produto com maior valor agregado e percebido, ou seja, o edifício
sustentável é um produto melhor em vários aspectos, desde o baixo consumo de água e energia até
o alto nível de conforto para seus usuários, além, é claro, dos benefícios da imagem do produto e
dos empreendedores.

58
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

No segmento de moradias, o que tem mostrado um vigor incomum e apresentado grande


participação no mercado é o da construção e reforma de residências unifamiliares. Estas são, em
geral, conduzidas pelos próprios proprietários e orientadas por profissionais com competências
desenvolvidas por meio de formação escolar específica e/ou da prática no trabalho, apresentando,
por conta disso, qualidade superior à média. Por outro lado, são lentas, pois são financiadas com
recursos próprios, oriundos de poupanças em longo prazo.

Todo este contexto mostra um cenário novo na área de construção civil, caracterizado por empresas
grandes dividindo-se em empresas menores e especializadas, terceirizando parte de suas atividades.
Há empresas especializadas, por exemplo, em fundações, sondagens, projetos arquitetônicos,
estruturais, de instalações, de construção de edifícios residenciais ou comerciais.

Se, por um lado, observa-se uma divisão mais acentuada de trabalho, por outro, percebe-se que
cada um dos profissionais da área, além do domínio das competências de sua especialidade, deve
ter visão ampla do processo de produção envolvido na construção civil e considerar os aspectos de
sustentabilidade e de inovação.

Perspectivas e mudanças tecnológicas, sociais


e culturais instituídas na Carta da Terra
A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século
XXI, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo
sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar
de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de
esperança e um chamado à ação.

A Carta da Terra preocupa-se com a transição para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento
humano sustentável. Integridade ecológica é um tema maior. Entretanto, a Carta da Terra reconhece
que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico
equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis.
Consequentemente, oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição
para um futuro sustentável.

A Carta da Terra é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns
e valores compartilhados. O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa das Nações
Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000
a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o
documento como a carta dos povos.

A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de
uma declaração internacional. Esse processo é a fonte básica de sua legitimidade como um marco de
guia ético. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações,
incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.

59
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO

À luz desta legitimidade, um crescente número de juristas internacionais reconhece que a Carta da
Terra está adquirindo status de lei branca (soft law). Leis brancas, como a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, são consideradas como moralmente, mas não juridicamente, obrigatórias para
os Governos de Estado, que aceitam subscrevê-las e adotá-las, e muitas vezes servem de base para o
desenvolvimento de uma lei stritu senso (hard law).

Neste momento em que é urgentemente necessário mudar a maneira como pensamos e vivemos,
a Carta da Terra desafia-nos a examinar nossos valores e a escolher um melhor caminho. Alianças
internacionais são cada vez mais necessárias, a Carta da Terra encoraja-nos a buscar aspectos em
comum em meio à nossa diversidade e a adotar uma nova ética global, partilhada por um número
crescente de pessoas por todo o mundo. Num momento em que educação para o desenvolvimento
sustentável tornou-se essencial, a Carta da Terra oferece um instrumento educacional muito valioso.

A Carta da Terra nos apresenta que:

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade
deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil,
o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos
reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma
família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para
gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos
universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a
grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

Terra, nosso lar


A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma
comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente
e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade
de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação
de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e
animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é
uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra
é um dever sagrado.

A situação global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento
dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os
benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e a diferença entre ricos e
pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado
e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem

60
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas
tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios futuros
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a
nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos
valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem
supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos
o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no
meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para
construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos,
sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

Responsabilidade universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal,
identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades
locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões
local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-
estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de
parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência,
com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na
natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um
fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos
os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão
comum, por meio dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e
instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

Princípios
I. Respeitar e cuidar da comunidade de vida

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem
valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial


intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

61
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais


vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das
pessoas.

b. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem


a maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas,


sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos


e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de
realizar seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma


condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras


gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas


necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem a


prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra em longo prazo.

II. Integridade ecológica

1. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra,


com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais
que sustentam a vida.

a. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento


sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam
parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras


selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da
Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.

d. Controlar e erradicar organismos não nativos ou modificados geneticamente que


causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
organismos prejudiciais.

62
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

e. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e


vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam
a saúde dos ecossistemas.

f. Administrar a extração e o uso de recursos não renováveis, como minerais e


combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano
ambiental grave.

2. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção


ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura
de precaução.

a. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis,


mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não conclusivo.

b. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta


não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam
responsabilizadas pelo dano ambiental.

c. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as consequências cumulativas,


em longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento


de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

3. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as


capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar
comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e


consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas
ecológicos.

b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com
fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias


ambientais seguras.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de


venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais
altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva


e a reprodução responsável.

63
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material


num mundo finito.

4. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o


intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.

1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade,


com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual


em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar
humano.

3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a


proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao
domínio público.

III. Justiça social e econômica

1. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não
contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e
internacionais demandados.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de
vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não
são capazes de se manter por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e


habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

2. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os


níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e
sustentável.

a. Promover a distribuição equitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações


em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.

c. Assegurar que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos


sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais


atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
consequências de suas atividades.

64
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

3. Afirmar a igualdade e a equidade dos gêneros como pré-requisitos


para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à
educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida


econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias,
tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros


da família.

4. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um


ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana,
a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos
direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça,


cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou
social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos,


terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de
vida sustentáveis.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu


papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. Democracia, não violência e paz

1. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover


transparência e responsabilização no exercício do governo, participação
inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

a. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna


sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades
que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação


significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de
decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de


associação e de oposição.

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UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e


independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela
ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios


ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais
as quais possam ser cumpridas mais efetivamente.

2. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os


conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de
vida sustentável.

a. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que


lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na


educação para sustentabilidade.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da


conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de


vida sustentável.

3. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los


de sofrimento.

b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem


sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não


visadas.

4. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre


todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a


colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos
ambientais e outras disputas.

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A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura


defensiva não provocativa e converter os recursos militares para propósitos
pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em


massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a


paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo,
com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade
maior da qual somos parte.

O caminho adiante
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal
renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos
que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência
global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de
um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural
é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar
esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque
temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis.
Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o
exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.
Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes,
as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as
organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança
criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade
efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu
compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos
internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um
instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso
firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre
celebração da vida. (carta da terra http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/what_is.html)

67
CAPÍTULO 2
Problemas de engenharia

O Brasil é um país em desenvolvimento, com questões sociais ainda não


resolvidas e com grande carência de moradias para a população pobre, de baixa
escolaridade e vulnerabilidade social alta. Isto nos empurra, independentemente
da péssima distribuição de renda, para uma análise. Não seria a atuação da
construção civil, dado que ela tem papel fundamental nas questões habitacional
brasileira, uma grande aliada para o fomento e crescimento do País?

Obras de grande extensão, como hidroelétricas, estradas, barragens e canais, têm


impacto direto sobre o meio ambiente. Além disso, a construção civil consome
muitos produtos, cujo uso agride diretamente a natureza. Entre eles, podem-se
citar a madeira, os produtos cerâmicos, o cimento, a energia e outros. Não se pode
deixar de citar, também, que a manutenção de obras é uma fonte de muitos rejeitos,
como os resíduos de cimento, cal, cerâmica, asfalto, rochas etc. A disposição desses
resíduos causa grande impacto no ambiente. Por tudo isto, a área de construção civil
deve ter uma forte interação com a de meio ambiente Não seriam o homem e o seu
desenvolvimento social, tecnológico um problema para a harmonia e estabilidade
do planeta?

Contextualização geral
O desenvolvimento da cadeia da construção civil é crucial para o Brasil superar seus históricos
déficits habitacional e de infraestrutura. Cabe lembrar ainda dos compromissos assumidos pelo
País para a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos nesta década. Com base em tais
constatações, procurou-se verificar as dificuldades enfrentadas pela cadeia da construção civil nos
segmentos de construção pesada e de edificações. Nesse contexto, o desenvolvimento de inovações
foi avaliado como uma possibilidade de solução especificamente em edificações, permitindo a
utilização de construção industrializada em grande escala, acompanhada de planejamento urbano
e políticas públicas adequadas, sem esquecer as preocupações ambientais. Contudo, apesar da
relevância, não se estudou no artigo a questão urbana.

Tecnologias

Qualificação de mão de obra especializada


Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) “A falta de mão de obra qualificada é o
principal problema da construção civil do País, segundo sondagem feita pela Confederação Nacional

68
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI

Indústria (CNI) com 375 empresas do setor”. Segundo o levantamento, 68,4% dos empresários do
ramo apontam a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em obras como um dos três
maiores entraves da atividade. Nas grandes empresas, o problema é mais crítico. No levantamento
da CNI, realizado entre os dias 3 e 20 janeiro, 85,4% das empresas consultadas apontaram a falta
trabalhadores qualificados como um de seus principais problemas. Entre as pequenas, 61,5% dos
empresários ouvidos reclamaram da falta de mão de obra qualificada.

Contrariando a tendência geral, a área de construção civil não tem apresentado acentuado grau de
automação e modernização. O uso de máquinas na construção é restrito a grandes obras, à chamada
construção pesada. Entretanto, diversas modificações estão surgindo nos sistemas construtivos, de
forma a torná-los mais simples. O uso de componentes industrializados, como as argamassas e os
concretos, é crescente. Por conta disso e, certamente, por razões ligadas à conjuntura política e
econômica, a construção também passa por redução nos postos de trabalho. Esta redução é pequena,
porém sensível.

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