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Priscila Monzato
Pedagoga
Monique Rangel
Conteudista
Diego Fernandes de Oliveira
Diagramação
Creuza Moura
CoCapacit, 2018
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Introdução
Um dos grandes marcos da história da civilização humana foi o domínio do fogo pelo
homem. A partir daí, foi possível aquecer e cozer alimentos, fundir metais para fabricação
de utensílios e máquinas. Essa conquista possibilitou o desenvolvimento e progresso da
sociedade, ainda que associado a essa descoberta tenha surgido o risco de incêndio. Mas
esse mesmo fogo que tanto constrói, pode destruir. E quando o fogo ameaça o homem,
hoje, a sua reação é igual à do homem primitivo: ele FOGE.
Esta é a primeira aula deste tema, onde revisitaremos a teoria do fogo, os tipos de
combustíveis, os agentes extintores e sua forma de utilização.
Vamos começar?
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CAPÍTULO I: O FOGO
1. Teoria do Fogo
Para que haja fogo é necessário que três elementos essenciais interajam entre si para
produzir a combustão. Esses elementos formam o chamado "Triângulo do Fogo", sendo
eles:
Combustível
Comburente (oxigênio)
Calor ou temperatura de ignição
A interação entre tais elementos ocorre por meio de uma reação chamada de Reação em
Cadeia.
1.1. Combustível
O combustível é o material que alimenta o fogo e que serve como campo para sua
propagação. OU seja, é o material o que sofre a queima.
Sólidos;
Líquidos; ou
Gasosos.
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1.1.1. Combustíveis Sólidos
Os combustíveis líquidos são líquidos que apresentam ponto de fulgor maior que 60º C e
menor ou igual 93º C. Líquidos com ponto de fulgor inferior ou igual a 60º C são definidos
como líquidos inflamáveis.
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Ponto de fulgor é a temperatura mínima em que os
combustíveis começam a desprender vapores, que
podem se inflamar em contato com o calor.
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente
em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o peso do ar (no caso do GN), o
gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior que o peso do ar (no caso
do GLP - Gás Liquefeito de Petróleo), o gás permanece próximo ao solo e caminha na
direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno. Espalha-se por todo o
ambiente disponível e queima de forma instantânea.
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1.1.3. Outros tipos de combustíveis:
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1.2. Comburente
Essas partículas menores se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez
calor para o combustível, formando um círculo constante.
2. Propagação do fogo
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2.1. Convecção
2.2. Condução
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2.3. Irradiação
É a transmissão de calor por meio de ondas e raios que se processa através do espaço
vazio, não necessitando de continuidade molecular entre a fonte e o corpo que recebe o
calor.
As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade com que os corpos
são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da
fonte de calor. Isso se deve ao fato de que as moléculas do ar absorvem parte do calor
irradiado fazendo com que a propagação perca força com a distância.
3. Classes de Incêndio
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Os incêndios são classificados a partir do tipo de combustível que o originou.
A tabela abaixo relaciona os tipos classes de incêndios e seus respectivos combustíveis:
No capítulo anterior vimos que, para haver fogo, são necessários três elementos: o
combustível, o comburente e o calor, que formam o triângulo do fogo. Se para a formação
o fogo são necessário esses três elementos, para extinguirmos bastará eliminarmos pelo
menos um deles. É com base nesse princípio que as técnicas de extinção do fogo foram
pensadas.
1.1. Resfriamento
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Observe a imagem abaixo na qual é ilustrada o uso da técnica para extinção do incêndio
em combustíveis sólidos.
1.2. Abafamento
Consiste em impedir (ou diminuir) o contato do oxigênio (comburente) com o combustível,
evitando que o oxigênio, contido no ar, se misture com os vapores gerados pelo
combustível formando uma mistura inflamável.
A eliminação do oxigênio para a extinção da combustão não precisa ser total, basta
diminuir sua porcentagem na atmosfera, uma vez que para a combustão ser sustentada é
necessária uma atmosfera com mais de13% de oxigênio, e, no mínimo, 8% .
A regra básica para extinção por retirada do oxigênio é:
Você pode observar o funcionamento dessa técnica ao reduzir contato de uma vela com a
atmosfera. Se você colocar um copo por cima de uma vela, conforme representado na
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ilustração a seguir, verificará a chama se reduzindo até se apagar. Isso ocorre, pois, o
contato da chama com o oxigênio foi reduzido, limitado a quantidade de oxigênio que se
manteve no copo. Assim, depois de consumido esse oxigênio a vela se apagará.
1.3. Isolamento
2. Tipos de extintores
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Os extintores agem pelas técnicas de abafamento ou
resfriamento.
É o agente extintor de uso mais comum. Ele absorve o calor do material e do próprio fogo
durante uma reação causando o resfriamento.
Observe na imagem que, na etiqueta de sinalização deste extintor é indicado em que tipo
de incêndio ele deve ser utilizado e em que tipos é proibida sua utilização.
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2.3. Extintor de Pó Químico Seco (PQS)
Existem dois tipos de extintores de Pó Químico Seco (PQS):
Foi o primeiro pó químico desenvolvido e, por conta disso, é conhecido como extintor
"regular" ou "comum". Ele interrompe reação química do fogo, e era muito comum nas
cozinhas comerciais antes do aparecimento dos agentes químicos úmidos.
Observe a etiqueta presente nesse tipo de extintor sinalizado seu uso para os incêndios de
classe B e C.
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b) Fosfato de mono amônio:
Quando o extintor é utilizado, o CO2 expande-se formando uma nuvem de gás que abafa e
resfria. O CO2 recobre o fogo em forma de uma camada gasosa expulsando o oxigênio
(indispensável fundamental à combustão), extinguindo o fogo por abafamento.
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2.5. Extintor de Acetato de Potássio
Os extintores de agente úmido Classe K, contém uma solução especial de Acetato de Potássio,
diluída em água, que quando acionado, é descarregada com um jato tipo neblina (pulverização)
como em um sistema fixo. O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma
(saponificação). É dotado de um aplicador, que permite ao operador estar á uma distância segura da
superfície em chamas, e não espalha o óleo quente ou gordura. A visão do operador não é
obscurecida durante ou após a descarga.
Ao considerar-se eficiência na extinção e a segurança do pessoal é o melhor extintor portátil para
cozinhas comerciais/industriais. Desenhado para combate aos mais difíceis fogos (CLASSE K)
como: gorduras e banhas quentes, incêndios de óleos e gorduras de cozinhas e áreas de preparação
de alimentos em restaurantes, lojas de conveniências, praças de alimentação, cafeterias de escolas e
hospitais, e outros. Equipamentos típicos a serem protegidos pelo Classe K fritadeiras, frigideiras,
grelhas, assadeiras, etc...
TIPOS DE EXTINTORES
CLASSE TIPO DE
INCÊNDIO COMBUSTÍVEL CO2
Água Espuma PQS
SIM SIM Só na Só na
A Materiais sólidos
Excelente Regular superfície superfície
PQS
D Metais pirofóricos NÃO NÃO NÃO
Especial
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TABELA RESUMO: TIPOS DE EXTINTORES E UTILIZAÇÃO
Além da identificação do tipo de incêndio em que cada extintor deve ser usado, é
importante também reconhecer as seguintes características dos extintores: Unidade
extintora: quantidade agente extintor presente no interior do extintor.
a) Alcance médio do jato: distância média que o jato do extintor pode alcançar. Essa
informação possibilita a pessoa que está usando o extintor identificar a distância
segura para acionar o extintor.
A tabela a seguir indica o valor de cada uma dessas características para cada tipo de
extintor
TIPOS DE EXTINTORES
CARACTERÍSTICA
Água Espuma PQS CO2
Observe que para combater um princípio de incêndio você deve ter conhecimento dessas
informações para avaliar como irá combater um incêndio ou princípio de incêndio.
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Qual a unidade extintora dos tipos de extintor que você está
usando? Ela é capaz de combater a quantidade de fogo?
Dúvida: Nas etiquetas dos extintores eles encontram essas informações? Acho interessante indicar onde
eles podem encontrá-las. Não é um padrão dos extintores, varia de fabricante para fabricante.
3. Mangueiras
Além dos extintores, outro tipo de equipamento de combate a incêndio é a mangueira. Em
geral, as mangueiras apresentam 30 metros de comprimento e são classificadas em seis
tipos de acordo com o espaço em que estão disponíveis:
• Tipo II: Comercial, industrial e Corpo de Bombeiros (Pressão de ensaio de 1665 kPa
kgf/cm²)
• Tipo III: Naval, industrial ou Corpo de Bombeiros (Pressão de ensaio de 1765 kPa
kgf/cm² - alta resistência à ruptura).
• Tipos IV e V: Industrial Especifica (Pressão de ensaio de 1665 kPa kgf/cm² - alta resistência
à abrasão e a superfícies quentes).
Para que o uso da mangueira seja eficiente no combate a incêndio é fundamental que o
equipamento seja acondicionado de forma adequada e que passe pelas inspeções e
manutenções necessárias. As inspeções devem ser realizadas de seis em seis meses e
manutenção a cada 12 meses, a contar da data de fabricação.
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A data de fabricação das mangueiras ficam disponíveis no próprio equipamento, dispostas
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Profundidade da
Mangueira com Oxidação
ranhura de engate
manchas generalizada alterada pela oxidação
CONCLUSÃO
Portanto aqui conseguimos apresentar nesta apostila voltada para os agentes de segurança da
UERJ os principais pontos da teoria do fogo, conhecimentos sobre a propagação do fogo suas
classes de Incêndio as principais técnicas de extinção de incêndio bem como os tipos de extintores
mais usados no combate a principios de incendios e os tipos de Mangueiras para combates de
maior proporção e suas não conformidades que impossibilitam uso.
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Bibliografia
LIMA, Maj. BM Euler Lucena Tavares - Manual Básico de Bombeiro Militar: Vol. 03 Tecnologia
e Maneabilidade Em Incêndios, Rio de Janeiro - 2017.
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junho de 1978. DOU 06/07/1978. Disponível
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extinção de incêndio: Especificação. Rio de Janeiro, 1992.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12693: Sistema de proteção por
extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 1993.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12962: Inspeção, manutenção e recarga
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TILA%20DE%20BRIGADA%20DE%20INC%C3%8ANDIO%20-%202016.pdf> Acesso em: 24
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