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DAS CONFISSÕES À VIDA NOVA: ASPECTOS LITERÁRIOS EM DOIS ESCRITOS

AUTOBIOGRÁFICOS

Os esboços que formaram as figuras inscritas no fundo das antigas cavernas eram modos de dar
sentido à inexplicável realidade que cercava os primeiros povos. Tal como esses esboços
primitivos, as autobiografias sintetizam, de maneiras diversas, as imagens guardadas na memória
de um único sujeito. Santo Agostinho toma as imagens de sua jornada rumo à conversão religiosa
e cria Confissões, Dante toma as imagens dos encontros fortuitos com sua dama e cria Vida Nova.
Por mais que a jornada rumo à beatitude seja trilhada nos dois escritos de modo parecido, tanto
Dante, quanto Agostinho compartilham de visões diferentes de qual seja a função da literatura e,
desse modo, criam exemplos totalmente diferentes do mesmo gênero autobiográfico. Tomando a
investigação do elemento literário nas obras Confissões, de Santo Agostinho e Vida Nova, de Dante
Alighieri, a pesquisa desenvolvida tem caráter bibliográfico e são pesquisados e comparados os
textos em questão com o auxílio de livros e artigos que tratam dos temas. Tomando a abordagem
qualitativa, será investigada a relação do aspecto literário nos escritos autobiográficos. Num
primeiro momento, será analisada a historicidade da autobiografia, em seguida serão descritas e
depois postas em comparação as obras analisadas à luz do aspecto literário. O modo como
Agostinho trata a literatura em suas Confissões revela que a utilização de elementos literários e a
estrutura narrativa do escrito, ao molde da jornada do herói, são mais um produto retórico do que
poético na descrição de sua história de vida. Tomando a poética como a arte de revelar e a retórica
como a arte de convencer, é possível perceber que o autor chama o leitor para a conversão
utilizando da técnica narrativa e o estilo poético não como objetivos finais, mas como instrumentos
retóricos para a demonstração de uma vida de conversão. Dante, tomando as memórias de sua
juventude como matéria para a escrita de Vida Nova, subverte essa perspectiva. Ao invés de reduzir
a metáfora ao exemplo de um acontecimento, o autor florentino exalta o texto metafórico
construindo uma narrativa repleta de alegorias e símbolos que não dizem apenas a história do autor
em belas palavras, mas revelam os céus, atrevem-se a falar de Deus como se fosse possível vê-lo a
andar nas vestes vermelhas de uma mulher. Enquanto Agostinho transforma poesia em prosa,
Dante transforma a prosa da narrativa de sua vida em poesia e o faz de um modo tão engenhoso
que consegue arrancar a literatura da última posição das ciências da Idade Média e colocá-la na
primeira.
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco
Aluno: Danilo de Arruda Lins
Endereço:2ª Travessa Tancredo Neves - 85
Curso: Letras (Bacharelado)
Contato: (81) 9 98811496
CPF: 112.466.154.95
E-mail: daniloarruda33@gmail.com

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