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UERJ
RIO DE JANEIRO
2018
ANDRE MUHAISEN DA CORTE, KERCIA JESUS DE ALMEIDA, PAMELA
LUANA BATISTA DO CARMO E STEPHANIE DE ABREU BARBOSA
RIO DE JANEIRO
2018
RESUMO
Este trabalho buscou esclarecer os diversos questionamentos acerca do estudo da Química Geral
e Inorgânica, no campo da Teoria Atômica. Em primeiro lugar, buscou-se explicar a evolução
do átomo desde Leucipo (450 a.C.) até Rutherford (1911 d.C.) a partir de suas diferentes
experiências. Além disso, também se explorou a ideia do espectro eletromagnético, a partir das
definições de onda para diferenciar as diversas radiações visíveis e não-visíveis ao olho
humano. Por último, trabalhou-se o conceito de espectroscopia atômica na análise de diferentes
tipos de metais a partir de determinadas técnicas, como a de chama (FAAS), em forno de grafite
(GFAAS) e de geração de vapor (CVAAS). Assim, conseguiu-se explicar a partir do átomo e
da radiação, sua aplicação nas técnicas acima mencionadas.
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 METODOLOGIA DA PESQUISA
2 A EVOLUÇÃO DO ÁTOMO ATÉ O MODELO DE RUTHERFORD
2.1 DE LEUCIPO (450 a.C.) À THOMSON (1898 d.C.)
2.2 O ÁTOMO DE RUTHERFORD
3 O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
3.1 DEFINIÇÕES
4 ESPECTROSCOPIA ATÔMICA
4.1 HISTÓRICO
4.2 TÉCNICAS DE ABSORÇÃO
4.2.1 CHAMA (FAAS)
4.2.2 FORNO DE GRAFITE (GFAAS)
4.2.3 GERAÇÃO DE VAPOR (CVAAS)
4.3 TÉCNICAS DE EMISSÃO
4.3.1 MP-AES
4.3.2 ICP-OES
4.3.3 FLUORESCÊNCIA DE RAIO-X
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PROBLEMAS E RESPOSTAS
1 INTRODUÇÃO
"A ciência, considerada como um projeto que se realiza progressivamente, é tão subjetiva e
está tão condicionada psicologicamente quanto qualquer outra empresa humana." (Einstein).
A partir dessa frase, dita por um dos maiores cientistas da história da humanidade, pode-se
compreender o quão complexo e subjetivo é fazer ciência. Seja no campo da biologia, física,
matemática ou da própria química, para fazer ciência precisa-se, primeiramente, da criação de
uma teoria. Na química, por exemplo, ouve-se muito falar acerca de teorias como a do octeto,
a teoria atômica, que só são chamadas dessa maneira pois houveram experiências que as
comprovassem. A partir do momento que uma teoria deixa de ser testada ou estudada, passa-se
a se chamar de um fato. Entretanto, no campo da ciência, que em sua própria definição significa
conhecimento, precisa-se de um constante estudo acerca de algo, por que se uma teoria, por
exemplo, vira um fato, não há mais a necessidade da pesquisa e, assim, há a regressão da ciência
propriamente dita.
1.1 Objetivos
O objetivo central deste trabalho está em demonstrar uma parte do estudo da teoria atômica no
que se refere ao modelo atômico de Rutherford, o espectro eletromagnético e a espectroscopia
atômica. A união desses grandes assuntos proporciona um saber mais integrado e
correlacionado no estudo do átomo em toda sua estrutura e funcionamento.
Desde antes de Cristo, nos tempos da Grécia Antiga, começou-se a especular acerca do que
seria de fato a matéria. Em sua definição, é tudo aquilo que tem massa e que ocupa espaço no
universo, como por exemplo, as rochas, a água e o ar. Embora existam estudos que comprovam
a existência de outros estados da matéria, os mais comuns são o estado sólido, líquido e gasoso.
Diante disso, filósofos antigos, como Leucipo de Demócrito, passaram a indagar-se acerca do
que é composto a matéria e chegaram à conclusão que era de átomos. A partir deles, muitas
foram as teorias criadas de modo a decifrar a estrutura do átomo, que serão discutidas a seguir.
O antigo filósofo Leucipo foi quem deu início à teoria atômica. Para ele, a matéria seria dividida
até um limite, essa menor parte da matéria seria conhecida como átomo. Portanto, esse átomo
seria indivisível. Contudo, muitos pensadores da época não concordaram com essa teoria e
surgiu, assim, o modelo de Dalton.
Em 1808 surge o modelo atômico de Dalton, conhecido como "modelo da bola de bilhar",
cujo átomo seria uma partícula maciça, indivisível e sem carga. Por manter o carácter não-
divisível do átomo, sua teoria continuou a ser questionada. A grande diferença entre o modelo
de Leucipo e o de Dalton está no fato de o primeiro estar fundamentado unicamente em um
pensamento filosófico e sem nenhuma base experimental, já o segundo foi considerado um
modelo científico pois possuíam resultados experimentais.
Foi somente em 1898 que Thomson elaborou um modelo que reconhecia a divisibilidade do
átomo. Conhecido como "modelo do pudim com passas", para ele o átomo possuía carga
positiva e haviam elétrons presos a ele. Dessa forma, acreditava-se que a carga do átomo era
nula uma vez que a carga positiva e negativa se anulava. Thomson ficou conhecido como "o
pai do elétron", mas com o advento da radioatividade, sua teoria foi substituída. Surge, assim,
o modelo atômico de Rutherford.
Rutherford utilizou o polônio como fonte de partículas alfa uma vez que tinha o poder de emiti-
las continuadamente. Essa partícula possuía massa de aproximadamente 4 x 1.836 vezes maior
que a dos elétrons. Além disso, são invisíveis a olho nu e, uma alternativa para isso foi o fato
de colocar uma substância radioativa, como o sulfeto de zinco (ZnS), na parte interna da placa
circular de modo a produzir cintilações no seu contato com as partículas alfa incididas.
Com esse experimento, notou-se que a maioria das partículas que incidiam a lâmina de ouro,
passavam direto por ela e uma pequena parte era desviada enquanto outras eram refletidas.
Diante disso, Rutherford chegou à conclusão que os átomos da lâmina eram compostos de um
núcleo, de carga positiva, que concentrava quase toda a massa do átomo. Para explicar as
trajetórias da partícula alfa, primeiro Rutherford afirmou que o motivo da maioria das partículas
passarem direto pela lâmina dar-se-ia pelo fato de passarem longe dos núcleos dos átomos e,
assim, como as partículas alfa tinham também carga positiva, não sofreria repelimento devido
à distância.
Diante disso, Rutherford também chegou à conclusão que os núcleos eram muito pequenos
em relação ao átomo, já que para aproximadamente cada 10.000 partículas alfa que incidiam a
lâmina, apenas uma era desviada ou refletida. Assim, chegou-se à conclusão que o raio do
átomo era 10.000 vezes maior que o raio do núcleo.
Por conta disso, pode-se também explicar que as partículas que sofreram desvio foi devido a
passarem perto do núcleo, que promoveu uma repulsão de cargas entre eles. Já as partículas que
foram refletidas, se deram pelo motivo de colidirem frontalmente com o núcleo. Por fim,
Rutherford observou que se houvessem elétrons no núcleo, nenhuma partícula seria desviada
ou refletida haja vista que a massa da partícula é muito maior que a do elétron. Assim, concluiu-
se o núcleo era composto de uma carga positiva enquanto ao redor estavam os elétrons.
Após sua descoberta, logo surgiram as indagações acerca dessa teoria. A primeira delas foi o
fato de, se o núcleo tem carga positiva e os elétrons carga negativa e há atração entre essas
cargas, os elétrons cairiam sobre o núcleo. Essa afirmação foi contornada quando Rutherford
explicou que os elétrons giravam ao redor do núcleo em órbitas circulares, com altíssima
velocidade, de modo que a aceleração centrípeta desenvolvida nesse movimento equilibraria a
atração exercida pelo núcleo. Com isso, seu modelo passou a ser comparado com o sistema
planetário uma vez que os elétrons seriam os planetas e o núcleo seria o Sol, que atraíam os
planetas com uma grande força gravitacional. Os mesmos não caem sobre ele pois seu
movimento em órbita ao redor do Sol gera uma aceleração centrípeta que equilibra a atração
entre eles.
Surgiu, então, outro indagamento acerca da teoria de Rutherford, uma vez que o elétron que
está em movimento ao redor do núcleo irradia energia e, portanto, a perde. Dessa maneira, o
elétron se aproxima cada vez mais do núcleo numa trajetória espiralada até cair sobre ele. Essa
questão somente foi resolvida com o surgimento do modelo atômico de Bohr, em 1913.
Portanto, sua teoria foi de extrema importância na evolução do pensamento atômico, já que
refutou a ideia de um átomo inteiramente positivo imaginado por Dalton para um átomo com
núcleo positivo e uma eletrosfera carregando elétrons ao seu redor.
3 O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
Em sua definição, o espectro eletromagnético é o intervalo que contém todas as radiações
eletromagnéticas, desde as ondas de rádio até os raios gama. Entretanto, nos tempos antigos,
principalmente na Grécia, a luz era a única conhecida. Não sabiam da existência dos vários
tipos de radiação, muito menos da sua relação com o campo magnético e o campo elétrico.
Hoje, após descobertas de William Herschel e Michael Faraday, por exemplo, sabe-se que o
espectro eletromagnético é composto das seguintes ondas: rádio, micro-ondas, infravermelho,
luz visível, ultravioleta, raios x e raios gama.
3.1 Definições
As ondas eletromagnéticas são geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que estão, uma vez que podem se propagar no vácuo e em alguns materiais
com a velocidade da luz. Por apresentarem capacidade de transportar energia, essas ondas se
diferenciam uma das outras por um aspecto denominado comprimento de onda. Esse
comprimento se dá pela distância entre uma crista e a outra. Além disso, como mostra na figura,
o comprimento de onda é inversamente proporcional a frequência (variação da onda por
segundo), podendo chegar na seguinte fórmula: v = λ/f.
Uma das curiosidades que envolvem o espectro eletromagnético é saber, por que o olho
humano fica restrito a luz visível e não as outras radiações? Uma resposta para isso está no fato
do olho apresentar uma sensibilidade de visão somente entre as frequências de radiação
ultravioleta e infravermelha. Nesse caso, sobra somente a luz visível, conhecida nas cores do
arco-íris entre vermelho e o violeta.
Diante disso, percebe-se a grande importância do espectro magnético para a vida humana. A
seguir, será discutido como se aplicam algumas dessas radiações no método de espectroscopia
atômica.
4 ESPECTROSCOPIA ATÔMICA