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Oftalmo
(TRANSCRIÇÃO DA AULA, NÃO É RESUMO/RT)
Aula 1: Anatomia
A oftalmologia abrange cílios, sobrancelha, globo ocular e canal lacrimal.
Órbita: onde se encontra o globo ocular, é composta por sete ossos (Esfenoide,
Etmoide, Frontal,
Lacrimal, Maxilar,
Palatino e
Zigomático), sendo
o Nasal o único
que não faz parte.
Por meios das
fissuras orbitais
inferior e superior
passam os
principais nervos e
vasos que irrigam
o globo ocular. A
parede mais fina
da órbita é a
medial, principalmente devido ao osso lacrimal, porém, por conta do nariz, as fraturas nesta
região são menos frequentes. Já as paredes lateral e superior são as mais grossas, porém a
parede ínfero-lateral (osso zigomático) é a que mais sofre fratura.
O globo ocular está situado na parte anterior da órbita, mais próximo do teto do que
do assoalho e ligeiramente mais próximo da parede lateral do que da medial, sendo este lado
mais utilizado pelos cirurgiões em procedimentos oculares.
Fissura orbitária superior: localizado entre as asas menor e maior do esfenoide, é
dividido pelo anel tendíneo comum (formado pelos quatro músculos oculares) em porção
superior e inferior da fissura orbitária
superior. Lateralmente ao anel, passa o
nervo troclear IV, os ramos frontal e
lacrimal do nervo oftálmico (NC V1/trigêmeo),
e a veia oftálmica superior. Abaixo do anel,
passa o ramo naso-ciliar do nervo
oftálmico (NC V1/trigêmeo), nervo oculomotor
III (ramos superior e inferior), nervo
abducente VI.
Forame óptico: nervo óptico II e artérias
oftálmicas.
Outros forames não são importantes.
Inervação da órbita
Nervo óptico (II): 90% das fibras são aferentes, originadas da camada de célula
ganglionares, é perfurado ínfero-medialmente pelas artéria e veia centrais da retina, termina
no quiasma óptico, onde decussam as fibras mediais.
Gânglio ciliar: é um gânglio periférico do sistema parassimpático do olho, origina os
nervos ciliares curtos.
Vasos da órbita
Músculos
1. Esclera:
Compõe 5/6 posteriores da camada externa, é opaca e densa, avascular (apresenta
vascularização mínima, superificial, chamada de episclera, mas não é visível), constituída
basicamente por colágeno. Obs: os vasos que vemos “no branco do olho” não está na
esclera, está na conjuntiva – um tecido que recobre o olho e está solta/ não está aderida à
esclera, se eu tocar com um cotonete, posso movê-la de lugar.
2. Córnea:
É transparente, avascular, é formada por cinco
camadas (epitélio corneano estratificado,
membrana anterior/membrana basal/ camada
de Bowman, estroma, membrana de Descemet
e uma camada de células endoteliais
hexagonais). Apresenta uma espessura central
de 550 micra e na periferia é um pouco mais
grossa. Apresenta uma curvatura acentuada,
em torno de 44 dioptrias. Quando há alguma lesão na córnea, com lesão do epitélio, ela
fica edemaciada/ entra água e isso diminui a acuidade visual, sendo assim, uma córnea
íntegra é capaz de manter a sua turgência. O epitélio estratificado consegue se regenerar,
já o endotélio não se regenera. Os transplantes e as cirurgias refrativas são feitas, em sua
maioria, na córnea: é possivel mudar a curvatura da córnea, tirar epitélio ou abrir um flap
corneano por meio do laser. A córnea tem como função principal a refração da luz, mas
também protege contra microrganismos.
3. Íris:
Vai dividir o compartimento aquoso em anterior e posterior; junto com o cristalino, divide
o olho em câmera anterior e câmera posterior. Apresenta uma abertura central que é a
pupila e é controlada pelo simpático e parassimpático – a íris é formada por dois músculos
que são antagônicos, capazes de controlar a entrada de luz na retina. Dessa forma, o
colírio para dilatar a pupila pode ter ação parassimpaticolítico ou simpaticomimético (lesão
no parassimpático: sempre em midríase; lesão do simpático: sempre em miose).
Anteriormente, há o tecido estromal, com criptas/rugoso, já posteriormente há o epitélio
pigmentar. Na íris, pode ocorrer o surgimento de melanoma e nevos, por exemplo.
4. Corpo ciliar:
É a estrutura mais complexa, porção
intermediária da úvea (une a íris e a
coroide), se divide em Pars plicata
(anterior, apresenta microvilosidades e
é onde se produz o humor aquoso nos
processos ciliares) e Pars plana
(posterior e forma a ora serrata que
une-se à retina). Os processos ciliares
são responsáveis pela produção de
humor aquoso e o músculo ciliar é
responsável pela acomodação visual
(todo objeto a menos de seis metros
sofre acomodação visual). Essa capacidade de acomodação visual começa a ser perdida
por volta dos 40 anos de idade.
5. Coroide ou úvea:
Basicamente é formada por vasos e é responsável pela nutrição. A coroide é composta por
duas camadas: camada coriocapilar, uma camada vascular interna responsável pela nutrição
da retina, e membrana de Bruch, uma membrana hialina delgada, amorfa e refrigente, que
está grudada na retina. Na região da fóvea, a camada coriocapilar é mais espessa e a rede
capilar é mais densa. Essa camada termina na ora serrata. A membrana de Bruch tem
espessura de 1 a 4 μm e está situada entre a camada coriocapilar e o epitélio pigmentar da
retina. Estende-se do nervo óptico até a ora serrata, em que sofre modificações antes de
continuar até o corpo ciliar.
6. Retina:
Outras estruturas:
Cristalino: lente biconvexa convergente que está ligada por meio da zônula ao processo
ciliar. Com o tempo, o cristalino torna-se opaco (catarata) devido à destruição das fibras e
deposição na parede do cristalino. Para um objeto distante, os músculos ciliares ficam
relaxados, o cristalino fica como uma lente fina e a imagem forma-se no foco máximo, na
retina. Quando o objeto está próximo, o músculo ciliar contrai, o ligamento está frouxo, o
cristalino fica abaulado (gordin) e trás a imagem mais para frente.
Humor aquoso: é um gel produzido pelos processo ciliares, é responsável pela
manutenção da pressão intraocular, ajuda a nutrir o cristalino e a córnea. É
constantemente absorvido no trabeculado, no ângulo irido-corneano.
Humor vítreo: está presente apenas na câmara posterior (na câmara posterior há
aquoso e vítreo, já na anterior é só aquoso). É responsável pela manutenção do globo
ocular, não se regenera, é um gel formado por água e ácido hialurônico, pode ser
substituído por gás, soro fisiológico.
Conjuntiva: membrana vascularizada que reveste 1/3 anterior do globo ocular e a
pálpebra por dentro, forma o fórnice ou fundo de saco (vermelho) superior e inferior
(lente de contato não tem como ir para o fundo/ atrás do olho). A conjuntiva pode ser
acometida por inflamação (conjuntivite), tumores, pterígeo, etc.
Anexos oculares: pálpebras, supercílios/ sobrancelhas.
Aula 2: Ametropias
Emetropia: formação de
imagens nítidas; qualquer alteração
na estrutura do olho pode provocar
imagens borradas (ametropia).
Qualquer alteração nas estruturas
pelas quais a luz passa, provoca a
formação de imagem “borrada”.
Olho normal
Quais as causas de ametropias?
Alterações dos elementos do sistema: alteração do diâmetro ântero-posterior (DAP
normal= 22 a 23 mm), na miopia axial/de eixo há aumento do diâmetro e a imagem se
forma antes, já na hipermetromia, o diâmetro é menor e a imagem se forma depois da
retina; e deslocamento lenticular. Obs: o grau da miopia para de aumentar conforme o fim
do crescimento da estrutura óssea da órbita, porém na miopia maligno-progressiva,
chegando a 40 graus, como a retina é um tecido nervoso, conforme o olho cresce, ela
tende a se adaptar, mas, neste caso ela não acompanha esse crescimento intenso e
provoca degeneração nervosa. Há também casos de miopia no qual o tamanho do olho é
normal, mas a córnea é muito curta (miopia de índice). O tamanho do olho é quantificado
por meio de US (Cada 1mm a mais no olho, provoca um aumento de 3 graus de miopia/
cada 1mm a menos provoca 3 graus de hipermetropia). O deslocamento lenticular,
provoca deslocamento do foco, mas, na prática, não conseguimos quantificar.
Vícios de refração:
Considera-se vício de refração, três possíveis alterações: imagem se forma antes
(miopia); imagem se forma depois (hipermetropia); ou há uma formação alterada da imagem
(astigmatismo).
Normal Hipermetropia
1. Hipermetropia:
Definição: olho com excesso de medida, ou seja, a
imagem acaba se formando depois da retina.
Quadro clínico: não enxerga para perto, já que ele usa
a acomodação. Eles usam a reserva da acomodação
para enxergar para longo, quando vai enxergar para Acomodação
perto, para ler, por exemplo, não tem mais reserva de
acomodação e se queixa (se ler sem óculos, as letras
começam a embaralhar, dá dor de cabeça, dor ocular,
hiperemia, ardência, lacrimejamento, tudo isso
decorrente do uso excessivo da acomodação – são
sintomas astenopeicos). Esses pacientes não são dependentes dos óculos, são os
apelidados “óculos para descanso”, para evitar os sintomas
astenopeicos. A hipermetropia é o vício de refração mais
comum, mas a grande parte da população não usa os óculos.
No exame de fundo de olho de um alto hipermetrope,
observamos papila borrada (pseudopapiledema), mas não se
sabe o motivo. Importante fazer diagnóstico diferencial de
hipertensão intracraniana em emergência.
Tratamento: se a imagem está se formando depois, tenho que
trazer essa imagem para frente, portanto, uso lentes que irão
convergir os raios, também chamadas de biconvexas ou
positivas. A lente, neste caso, é sempre esférica: tanto nos
óculos, quanto na lente de contato. Cirurgicamente: o laser
aumentará a curvatura da córnea (desgasta a periferia da
córnea, deixando com um aspecto final mais curvo), mas o
resultado não é tão bom por que existe uma re-epitelização
periférica, perdendo o efeito da técnica.
Plot twist: na hipermetropia, o tratamento visa corrigir a visão de longe para que a
acomodação seja capaz de corrigir a visão de perto.
Obs: todo laser tem duas técnicas: o PRK (quando só desepiteliza a periferia: “come a
borda e deixa a córnea bicuda no centro” sic.) ou LASIK (quando se levanta um flap e se faz
o laser para desepitelizar). O Flap pode ser feito raspando a córnea ou cortando com uma
gota de álcool, que tira todo o epitélio da córnea, depois seca bem o álcool para não
danificar outras regiões, a seguir, aplica-se o laser, moldando a córnea e, por fim, se coloca
uma lente de contato (temporária/ até ocorrer a re-epitelização) sobre o olho já que está
se a camada externa da córnea. No LASIK, o paciente não sente dor por conta da remoção
do epitélio.
Em casos de hipermetropia com alto grau, o laser não
consegue corrigir o defeito de refração. Com isso, se coloca uma
lente fáscica dentro do olho (a lente é fáscica por que o paciente
tem cristalino). A lente pode ser fixada entre o cristalino e a íris
(em desuso, já que o atrito da lente com o cristalino provocava
lesão e evoluía para catarata) ou na frente da íris.
Obs: uma criança, normalmente nasce hipermétrope com
cerca de 5 graus, conforme o olho começa a crescer, esse vício diminui, aqueles que ficam
com com alguma alteração residual na adolescência/ vida adulta são os que se queixam.
2. Miopia
4. Presbiopia
Alguns autores falam que a presbiopia não é um vício de refração, mas sim, apenas um
estado fisiológico do nosso olho. É um envelhecimento natural que compromete a visão para
perto (menos de 50 cm), por diminuição gradativa da acomodação. O paciente não tem mais a
capacidade de trazer a imagem para perto. Exemplo: miopia + presbiopia = na lente, a parte
superior, usada para a visão de longe, tem um grau x característico do paciente e conforme vai
envelhecendo, na parte inferior da lente (visão para perto) esse grau é diminuído de acordo
com o grau da presbiopia, é a lente progressiva.
Obs: o grau dos óculos para a presbiopia varia conforme o objetivo/ para que os óculos
serão usados. A distância para leitura de livro é considerada 30 cm, já para leitura de
computador é maior, chega a 50. Então os óculos são feitos para uma distância determinada e
só servem para esta distância (por isso muitos paciente que só têm presbiopia reclamam que
usar óculos é muito ruim!)
1. Hiperemia conjuntival
É uma hiperemia difusa.
3. Hemorragia subconjuntival
Pode ocorrer só em uma região, podendo formar
bolsões de sangue, ou acometer todo o olho. O
paciente não se queixa de hiperemia ou algum
desconforto.
4. Sangue na câmara anterior ou hifema
O preenchimento pode ser total ou parcial da câmara
anterior.
2. Órbita
Celulite orbitária: quadro infeccioso, com
febre, prostração, dor, diminuição dos
movimentos oculares, pode ocorrer
exoftalmia. Crianças devem ser internadas
para o tratamento já que pode evoluir para
meningite. Causa mais comum: sinusite
maxilar.
Doença de Graves: também provoca olho vermelho por exoftalmia, deixando a
conjuntiva ressecada.
Pseudotumor inflamatório: quadro muito parecido com a celulite orbitária, mas a
causa é inflamatória e não infecciosa como na celulite (não há febre, prostração,
mas há limitação dos movimentos). Tratamento: corticoide.
Fístula carótido-cavernosa: provoca
febre, dor, prostração, frêmito e
exoftalmia pulsátil. Tratamento: stent.
Fraturas de órbita:
mais comum no assoalho
da órbita.
Tumores de
órbita: linfoma,
rabdomiossarcoma. Olho
que protui de uma hora
para outra nos faz pensa
em tumor.
Distúrbios da
glândula lacrimal também
podem deixar a órbita avermelhada.
3. Conjuntiva:
Irritações por corpo estranho: pode não ser visível ou pode estar escondido sob a
pálpebra. Everter a pálpebra e passar cotonete.
Conjuntivite: tem que ter secreção, se a secreção for purulenta é por infecção
bacteriana (tende a ser mais aguda e acometer os dois olhos de uma vez), se a
secreção for de aspecto mucoso é por causa viral. Quadro clínico: olho vermelho
com quadro insidioso que começa em um olho e depois passa para o outro, dor de
garganta, linfadenopatia submandibular ou retroauricular. Tratamento: para a
bacteriana é colírio de hora em hora; virótica: sintomático (colírio com corticoide 3
vezes ao dia para diminuir sintoma).
Conjuntivite alérgica: também deixa o olho vermelho, é acompanhada por prurido
intenso no olho.
Hemorragia subconjuntival: o ato de espirrar, defecar e levantar peso podem
provocar hemorragia subconjuntival. Causa mais comum: coçar o olho.
Tratamento: esperar absorver. Quando se formam bolsões, podemos drenar.
Pterígio (invade a córnea) ou pinguécula (não invade a córnea): tecido
fibrovascular da conjuntiva que cresce em direção à córnea.
Tumores.
4. Córnea
Abrasão: mais comum, não é visível, mas
se pingar fluorescina, fica mais fácil
identificar a lesão onde a córnea foi
desepitelizada.
Ceratite: Ceratite dendrítica por herpes
simples, é necessário utilizar antiviral.
Ceratites também são muito comuns em
pacientes que usam lente de contato, é
necessário suspender o uso da lente e
iniciar atb.
Abscesso e úlcera: inicia como abscesso e pode evouluir para úlcera, precisa
coletar material drenado e iniciar tto.
Corpo estranho.
Perfuração e neovascularização.
5. Esclera:
Esclerite: só uma área da esclera fica avermelhada. Pode ou não ser nodular.
Geralmente está associada a doença autoimune. TTO: corticoide e investigar se
não há uma doença de base, se não volta. Doenças do colágeno podem afinar a
esclera.
Laceração: suturar
Perfuração
6. Coroide:
Uveítes: Inflamação da úvea. Lembrar do flush ciliar/hiperemia pericerática.
8. Retina:
Descolamento de retina por causa traumática deixa o olho vermelho.
Perfuração por corpo estranho intraocular.
Tumor intraocular: retinoblastoma (muito comum em criança).
9. Sistema lacrimal:
Dacriocistite: inflamação da via lacrimal. Se apertar a região inflamada, o pus sai
no olho, normalmente a via lacrimal está entupida. TTO: atb e depois verificar se a
via lacrimal ainda está pérvia, já que pode provocar fibrose.
Dacrioadenite: inflamação da glândula lacrimal.
No olho, há dois fatores dificultantes para a ação dos fármacos: barreiras oculares
(córnea e hemato-retiniana) e a concentração mínima necessária para ter ação. A córnea é a
barreira mais importante por que os colírios, algumas vezes, não conseguem atravessá-la, já
que enquanto o epitélio é lipofílico, o estroma é hidrofílico e o endotélio também é lipofílico,
desse modo a droga deve ser anfifílica para atravessar todas as camadas da córnea.
Geralmente atb sistêmico não consegue ter ação no olho, desse modo, normalmente se usa
outras vias: oral, endovenosa, intramuscular, a tópica (colírios e pomadas), periocular (injeções
subconjuntivais) e intraocular (injeções na câmara anterior ou no vítreo).
Via sistêmica: baixa penetração pelas barreiras. Em condições normais, o olho é
impermeável para água, atb e outros fármacos. Porém, quando há inflamação, a barreira
torna-se mais debilitada e a maioria das drogas consegue penetrar no olho. Por isso, não
adianta dar atb profilático para cirurgia no olho, não haverá inflamação antes e a droga não
terá efeito. Lembrar que aumentar muito a concentração da via sistêmica para ter uma ação
maior no olho não é muito efetivo, já que aumenta muito a chance de provocar efeitos
colaterais sistêmicos, mas ainda assim, quando queremos uma concentração maior no olho,
precisamos fazer infusão em bolus.
Via tópica: 90% dos fármacos utilizados na oftalmo são colírios, visto que é de fácil
aplicação, fornece uma alta concentração na superfície ocular (maior efeito nas conjuntivites,
ceratites e olho seco), mas o colírio tem pouca penetração no olho, sendo assim, não tem
tanto efeito nas doenças intraoculares, como toxoplasmose. A absorção da câmara anterior é
de 1 a 5% da droga e intraocular é menor que 1%. É importante lembrar também que a
drenagem lacrimal e o reflexo do lacrimejamento podem interferir na absorção – as proteínas
da lágrima podem se ligar aos fármacos e inativa-los. Essa via promove ação e eliminação
rápidas e baixa absorção sistêmica (poucos efeitos colaterais sistêmicos). Colírio se aplica uma
gota só, a segunda gota é eliminada no saco lacrimal, por isso quando aplicamos o colírio,
devemos fazer pressão sobre os pontos lacrimais superior e inferior, para evitar a drenagem
pelo sistema lacrimal. O colírio, ao ser drenado pelo sistema lacrimal, é lançado na concha
nasal inferior, podendo ser absorvido pela mucosa nasal.
Via periocular: subtenoniana, quando aplicada abaixo da cápsula de tenon, a
subconjuntival, quando fica na conjuntiva, ou a retrobulbar. A subconjuntival é a forma mais
utilizada. Essas vias evitam as barreiras corneana e conjuntival. É uma via mais segura e menos
invasiva que a intraocular. É muito utilizada para corticoides de depósito.
Via intracameral é usada dentro da câmara anterior ou intravítrea. Tem que ser
exatamente a 4mm para não atingir retina, nem no corpo ciliar. Nesta via, é preciso injetar
pequenas concentrações pelo risco de toxicidade. Geralmente, só é utilizada para endoftalmite
para injetar atb e em casos de edema macular diabético (drogas anti-vegf).
Corantes pré-cirúrgicos: são injetados dentro do olho, coram a retina, para se fazer
cirurgia.