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Insanidade e decadência do imperialismo

por Daniel Vaz de Carvalho

1 - A esquizofrenia

Imperialismo, significa o domínio político e económico de uma nação sobre outras. O


imperialismo, fase suprema do capitalismo (Lenine), encontra-se numa fase senil, de
que a esquizofrenia – doença mental caracterizada pela dissociação entre o pensamento
e a realidade – é um sintoma.
O problema dos mentirosos e da manipulação é que acabam por acreditar no que dizem,
pois até são recompensados por isso. Como os que os contradizem são marginalizados
ou perseguidos, agentes e mandantes acreditam que o mundo pode ser formatado
segundo os seus desejos. É o fundamento da esquizofrenia imperialista, desligada de
uma realidade de que perdeu o controlo e que derivou em esquizomania, uma patologia
que origina negativismo e reações violentas perante a realidade. Donde as ameaças,
conspirações, sanções, guerras de agressão.
A RTP 3 transmite um programa da CNN designado GPS, segundo o anúncio, é nesta
"Praça Pública Global", que vai compreender o mundo, todos os dias, com o
conhecimento e explicações de Fareed Zakaria.

Este "comentador" considera por exemplo que Trump "não está disposto a confrontar
Putin de forma alguma com qualquer questão". "A grande questão para Washington é:
será que Moscovo se permitirá zombar de outra linha vermelha dos EUA?" "Os Estados
Unidos e a Rússia adotaram posições incompatíveis. Como na Síria, existe o perigo de
que, se Washington não apoiar suas palavras com ações, daqui a um ano, estaremos a
observar a consolidação do regime de Maduro, apoiado com armas e dinheiro da
Rússia". [1]

Recentemente (RTP3, GPS de 20/4 ) Hillary Clinton, com um sorriso de vendedora de


cosméticos, expôs a lógica imperialista que defende: "No século XX deparámos com
gulags, campos de concentração e com as piores coisas de que as pessoas são capazes.
Por que criamos organismos como a NATO e a UE, por que aprovámos algo como a
Declaração Universal dos Direitos Humanos? Visto que queremos controlar esses
impulsos e queremos que as pessoas sejam responsabilizadas.

Se deixarmos de querer isso na Arábia Saudita, na Rússia ou em qualquer outro local


estamos a contribuir para que venham ao de cima esses instintos primitivos. (...) Além
disso conseguimos ganhar a Guerra Fria, porque as pessoas nunca deixaram de querer
a liberdade e nunca deixaram de acreditar na possibilidade de um mundo melhor. Se
deixarem, deixaremos de ser os EUA e abdicaremos do poder e influência que os EUA
têm no mundo."

Esta intervenção tem aspetos curiosos:

1º - A UE é (também) uma criação dos EUA! Não era preciso ir muito longe para o
percebermos, já que se tornou um acessório do belicismo imperialista. Os países da UE
estão subordinados às decisões da NATO que os EUA comandam, numa relação como
que feudal entre suserano e vassalo. Tal é evidente no cumprimento das sanções
aplicadas pelos EUA a outros países, na agressividade em relação à Rússia, na
participação em guerras que nada têm a ver com os interesses europeus, leia-se, dos
povos da Europa.

2º- Muito sintomático é a ONU não ser mencionada. A Carta da ONU define os princípios
básicos do Direito Internacional, como o direito de cada povo poder livremente escolher
o seu destino sem ingerências externas, excluir a guerra para resolução de litígios entre
países e aplicação de sanções ou outras ações que provoquem o sofrimento da
população.

3º - Quanto a Direitos Humanos os EUA não resistem sequer aos relatórios da Amnistia
Internacional, [2]detendo o triste privilégio de cerca de três quartos dos ditadores em
todo o mundo serem apoiados pelos EUA, sem por isso deixarem de se considerar
alfobres de valores democráticos. [3]

4º - Quando HC se refere a campos de concentração devemos incluir: Guantanamo, as


prisões secretas da CIA nos países vassalos; o Plano Condor com o seu cortejo de
horrores na América Latina; os massacres na Indonésia; os crimes dos "contra" na
Nicarágua, em El Salvador, dos "paramilitares" na Colômbia, dos latifundiários contra o
Movimento dos Sem Terra no Brasil, dos "jihadistas" no Afeganistão para derrubar o
governo progressista afegão; os crimes das milícias apoiadas pela NATO e aliados na
Síria; da destruição da Líbia; etc.

5º - Parece que o ridículo e a mentira não afetam a classe dirigente dos EUA. Porém ligar
o seu íntimo aliado Arábia Saudita – agente na criação de grupos islamistas e grande
cliente de armamento que comete crimes de guerra no Iémen – à Rússia, revela uma
total dissociação das realidades.

2 - "O poder e influência que os EUA têm no mundo" postos em causa

É fácil verificar que as intervenções EUA/NATO apenas têm representado mais


instabilidade a nível mundial e caos social, conflitos intermináveis e Estados
disfuncionais, domínio de máfias e de fascismos.

São investidas largas centenas de milhões de dólares na promoção de demagogos e


gente ignara, cujas políticas transformam os seus países em meros protetorados do
império.

Ao porem de parte o Direito Internacional consignado na carta da ONU, arrogaram-se o


direito de decidirem como os países têm de ser governados e as pessoas de viver.
Arrogam-se o direito de serem acusação, juízes e executantes da sentença.
Simplesmente a acusação é sem provas ou com provas forjadas que o domínio das seis
megaempresas mediáticas difunde pelo que designam "comunidade internacional".

Por exemplo, que provas credíveis e sujeitas a contraditório existem evidenciando


fraude nas eleições na Venezuela e que Maduro é um ditador? Que provas existem de
que os serviços de segurança venezuelanos são – como disse um "comentador" – uma
PIDE? Zero. È a técnica da mentira repetida mil vezes.

Para esconder os crimes do imperialismo até o Papa é censurado nesta UE em que a


direita e extrema-direita arvora os valores cristãos para defender o racismo, a
intolerância e a agressividade, limitando-se aliás a copiar os EUA, em que Marco Rubio
defende a política internacional dos EUA com citações da Bíblia... [4] .

Em 6 de abril o Papa disse no Instituto de S. Carlo que a Europa e os EUA são


responsáveis pela morte de crianças na Síria, Iémen e Afeganistão, acrescentando que
os países ricos ocidentais iniciavam os conflitos vendendo armas para as zonas de
guerra, usadas para matar as crianças e o povo. [5]

Os EUA pensam sobre um mundo que não existe. Consideram ter por missão levar aos
países os benefícios da sua civilização e que por consequência têm direitos sobre esses
povos. Quaisquer desvios aos seus modelos são assumidos como ataques à sua
civilização, logo à sua superioridade e ao seu poder, logo à sua segurança.

Esta visão, pode dizer-se, esquizofrénica, coloca o mundo à beira do caos provocado
pelas características de insanidade do imperialismo nesta sua fase senil. Vistas as coisas
do ponto de vista do materialismo dialético, o que está em causa não é a segurança dos
EUA, mas simplesmente os lucros das suas transnacionais e a riqueza dos seus ultra-
ricos.

Porém, as ameaças encontram cada vez mais respostas dos países afetados. Lavrov
(ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia) considerou inaceitáveis as alegações de
Mike Pompeo (secretário de Estado dos EUA) acerca da presença da Rússia na
Venezuela.

O representante de Pequim no Chile afirma que Pompeo perdeu a cabeça, ao atacar os


investimentos da China no Chile como "maliciosos e "absurdos". "Mr Pompeo perdeu a
cabeça e foi demasiado longe". "Mr. Pompeo é um hipócrita, os EUA não fizeram
substanciais contribuições para a economia dos países da América do Sul.
Historicamente os EUA trataram os países da América Latina como o seu "quintal"
impondo frequentemente intervenções militares e sanções." [6]

A "ameaça comunista" intoxicou as mentalidades durante décadas e prossegue. A URSS


foi e é apresentada como uma entidade maléfica, associada ao nazismo. A abertura dos
arquivos soviéticos deitou por terra mentiras baseadas em fantasiosos números
historicamente impossíveis, de pessoas sujeitas a repressão. Claro que aquela
"narrativa" servia para escamotear os crimes do colonialismo, neocolonialismo e
imperialismo, na África, Ásia, América Latina, praticados por países que alardeavam os
mais elevados padrões democráticos e de direitos humanos.

Efetivamente, os objetivos colonialistas e imperiais sempre estiveram envolvidos em


ações tão execráveis, que tinham de ser mascaradas com os mais elevados padrões
civilizacionais. Na atualidade, trata-se fundamentalmente de satisfazer a oligarquia
capitalista a sua constante e absoluta necessidade de alargar mercados, aumentar as
áreas de exploração e obtenção de lucros, sem ser constrangida por nenhum outro
poder.

A "ameaça comunista" foi transferida principalmente para a Rússia. A Rússia é um país


capitalista, tudo o que desejou e deseja é ter uma relação de "parceria" com os EUA,
porém a partir do momento em que com Putin se começaram a avançar políticas de
desenvolvimento económico e intervenção estatal, cessando a propagação de calúnias
contra a URSS, tornou-se um poder, digamos, "alienígena" do império. E o império não
aceita parceiros – ou não pode aceitar – apenas aceita no seu conceito de suserania,
vassalos.

Pior, o segundo partido mais votado na Rússia, a seguir ao de Putin, é o Partido


Comunista, os símbolos soviéticos são preservados e (oh! horror!) numa recente
sondagem 70% dos russos avaliam de forma bastante positiva o papel do líder soviético
Estaline na história do país. [7]

Numa outra sondagem com respostas múltiplas o colapso da URSS é considerada uma
razão para os russos se envergonharem (45%) logo atrás da maior opção (60%), que
considerava maior vergonha a falha da Rússia em não ter erradicado a pobreza.
Respostas que aliás não deixam de estar relacionadas. [7]

Atualmente, os dissidentes soviéticos e a clique neoliberal que conduziu o país ao caos


e à ruína nos anos 90 estão totalmente desacreditados. A maioria da população olha o
Ocidente e em particular os EUA sem qualquer simpatia. Falhadas as tentativas de
infiltração e conspiração, de encontrar "Guaidós" russos, resta ao Ocidente qualificar
Putin como o líder de uma ditadura, pôr em prática provocações, difundidas pelos media
controlados, criar momentos de tensão e justificar medidas agressivas e xenófobas, que
a extrema direita cavalga.

1 - A decadência económica,social e militar

Os EUA não têm política industrial, nem de investimento público além da área militar.
Tudo está nas mãos e em conformidade com os interesses da oligarquia, sendo
prosseguida uma política financeira e monetária derivada das teses monetaristas.

Esta situação conduziu a uma dívida federal superior a 22 milhões de milhões de dólares
(105% do PIB), tendo crescido 1 milhão de milhões por ano desde há mais de uma
década, valor que se acelerou com Trump para 1,5 milhões de milhões num ano. Sem
incluir juros, se os EUA pagassem 100 milhões por dia, levariam 600 anos a pagar aquela
dívida. A dívida total, incluindo empresas e particulares, é de 73,6 milhões de milhões
de dólares (224 mil dólares por habitante, incluindo crianças). O défice comercial atinge
870 mil milhões de dólares de dólares. O PIB encontra-se inflacionado com capital
fictício , resultante das dívidas, dos produtos derivados, da especulação com ações e da
apreciação do dólar.
Embora a UE siga obedientemente as decisões dos EUA quanto a política externa,
alguma contestação existe no campo económico. É o caso dos equipamentos da chinesa
Huawei que a Alemanha e o Reino Unido se têm recusado a proibir. É o caso da Amazon
obrigada ao pagamento de multas no valor de 5 mil milhões de dólares na UE, por abuso
de posição dominante. A UBER foi proibida em vários países da UE e noutros sujeita a
regulamentações que lhe retiram parte da vantagem relativamente aos táxis
tradicionais. Também a tentativa de boicotar o fornecimento de gás natural liquefeito
pela Rússia, com o abandono pela Alemanha do projeto Nord Stream 2, adotando o
fornecimentos dos EUA, teve de Berlim uma resposta negativa. [1]

Em termos sociais os EUA exibem um quadro disfuncional: apesar das imensas fortunas
da oligarquia (os 0,1%) mais de 37 milhões de pessoas alimentam-se através de food
stamps; quase 2 milhões de pessoas estão presas; 40 milhões sofrem de distúrbios
psicológicos; a dependência de drogas tornou-se a principal causa de morte antes dos
50 anos.

Há duas décadas, poucos duvidavam que o mundo inteiro não ficasse ligado à
globalização liderada pelos EUA. A recente reunião em Pequim sobre a "Nova Rota da
Seda", apoiada por 126 países e territórios, tornou evidente que um outro caminho está
a ser construído. Trata-se de um imenso espaço económico eurasiático, para o qual os
EUA não têm respostas, exceto as militares.

Em termos de venda de armamento, a Rússia mostra-se um sério competidor com


vendas para países antes considerados aliados dos EUA como a Turquia ou a Índia.
Contrariamente aos desejos dos EUA os países europeus da NATO têm aumentado os
seus gastos militares muito lentamente. Além disto, países como a Rússia, China, Irão
desenvolveram os seus sistemas militares de forma acelerada tendo em vista contrariar
os sistemas dos EUA, designadamente as forças navais. A Rússia, dispõe inclusivamente
misseis que poderiam atacar o território dos EUA pelo Sul, algo para o qual os EUA não
dispõem neste momento de defesa.

2 - Os "valores" e a "voz do ocidente" entregues ao imperialismo

Os ideais da democracia, do socialismo e do comunismo são fruto da civilização


ocidental, resultado de um processo que nasce (ou renasce) no Renascimento,
prossegue com os ideais da Revolução Francesa nascidos no século XVIII, culmina no
marxismo.

Estes ideais traduziram-se na luta das classes populares contra as oligarquias


aristocráticas ou capitalistas. Aos ideais de paz, soberania e desenvolvimento
independente, opôs-se o imperialismo e o neocolonialismo. Foi assim que,
nomeadamente, Lumumba, Sukarno e Allende foram substituídos por Mobuto, Suharto
e Pinochet.

Em África, conspirações e golpes transformaram um continente imensamente rico em


recursos na zona mais pobre do planeta, levando à destruição países pacíficos e
prósperos como a Líbia, Síria, etc.
Afirmou o ex-presidente Jimmy Carter que "os EUA são a nação mais belicosa da
História". "Os EUA apenas tiveram 16 anos de paz nos 242 anos da sua História"."Os EUA
desperdiçaram 3 milhões de milhões de dólares em gastos militares. As intermináveis
guerras norte-americanas impediram investimentos adequados em infraestruturas e
produção industrial. Esta a razão pela qual a China ultrapassou os EUA". [2]

Os EUA com 5% da população mundial assumem 45% das despesas militares mundiais,
têm mais de 700 bases militares no exterior. As suas guerras, conspirações, golpes de
Estado patrocinados, levaram à morte 20 milhões de pessoas desde o fim da II Guerra
Mundial. Estas guerras e processos de desestabilização são, como disse Martin Luther
King referindo-se à guerra do Vietname, "um sintoma de uma doença do espírito
americano cujos pilares são o racismo, o materialismo e o militarismo". [3]

Um ex-especialista em direitos humanos e direito da ONU, Alfred de Zayas, criticou


duramente a reportagem de um órgão internacional sobre a Venezuela, chamando-a de
"não-profissional", politizada e injustamente inclinada a favor da oposição de direita do
país: "Estamos mergulhados num oceano de mentiras" "Quando fui à Venezuela, estava
predeterminado a encontrar uma crise humanitária". "Eu andei pelas ruas, falei com
pessoas de todos os tipos, e esse não foi o caso. Isso significa que eu fui manipulado, eu
menti e arrependo-me disso. [4]

A visão da Rússia acerca das ações dos EUA veio pela porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em resposta à declaração de que os
EUA estavam a considerar opções militares na Venezuela. [5]

"Washington esconde o seu desdém pelas bases da legalidade internacional de há


décadas, atrás da noção opaca de uma ordem mundial baseada em regras que impõe
em todos os lugares.

"Em relação à ajuda humanitária à Venezuela, (...) gostaria de salientar que a melhor
maneira de ajudar o povo da Venezuela é levantar as sanções ilegais e unilaterais que
visam principalmente o povo da Venezuela. É isso que Washington busca, certificar-se
que todo os venezuelanos sofrem, alterando a sua posição política. Washington testou
essas táticas em muitas regiões do mundo."

"(...) O efeito geral das sanções, segundo a Venezuela, é estimado em mais de 110 mil
milhões de dólares. Se o pacote de medidas que é atualmente usado contra a Venezuela
fosse aplicado a qualquer país chamado ocidental desenvolvido, sem falar em países em
desenvolvimento, o país alvo entraria em colapso."

O desprezo que os EUA mostram pelas resoluções da ONU está patente ao não
cumprirem a resolução da Assembleia-Geral da ONU que pede o fim do embargo contra
Cuba ou nas resoluções sobre ações de Israel nos territórios palestinos.

A nova "voz do ocidente" está patente na parcialidade da desinformação relativa à


Venezuela. Televisões passaram imagens de 2014, como se fossem atuais. Um
"jornalista" relatou uma manifestação frente à embaixada da Venezuela em
Washington, (um participante esclareceu ser o único venezuelano) referindo ser contra
o "grupo que ocupa a embaixada em nome de Maduro". Tristemente ridículo.

3 - O mundo perante os dilemas do imperialismo

Os dirigentes dos EUA perderam a cabeça porque veem ameaçados os interesses dos
seus oligarcas, o domínio do dólar e a sua superioridade militar.

Os EUA estão perante um dilema para manter o "excecionalismo" que lhe permitiria
decidir como os povos devem ser governados e as economias geridas: ou concretizam
as ameaças contra os que não seguem políticas que obtêm o seu "nihil obstat",
liquidando todo o poder que se lhe oponha ou procuram chegar a consensos,
designadamente na base da Carta da ONU.

A questão é que quando se fazem escolhas tem de se aceitar as consequências. A via


que os neoconservadores/neofascistas propalam conduz à confrontação direta com a
Rússia. Isto é, estão a comprar uma guerra com a Rússia e por arrasto com a China e não
só.

Tal está a ser feito através de várias formas de ingerência e agressão a países terceiros
em que os interesses russos ou chineses podem ser seriamente lesados.

O caso venezuelano tem para a Rússia mais um aspeto, por assim dizer, sistémico do
que ameaça direta. Porém, uma derrota da Venezuela, daria toda a força para os
belicistas para avançarem contra Cuba, Irão, Coreia do Norte.

No Irão estão envolvidos interesses diretos da Rússia junto às suas fronteiras, além de
se voltar contra as estratégias económicas e de segurança de China. Seria uma guerra
que alastraria de imediato a todo o Médio Oriente e Afeganistão, inviabilizaria a rota do
estreito de Ormuz com gravíssimas consequências para a economia mundial. A Europa
ver-se-ia desde logo envolvida, caso não garantisse de imediato a neutralidade e
inoperacionalidade das bases EUA/NATO nos seus territórios. A fragilidade da situação
dos países europeus conduziria a uma destruição de proporções inimagináveis.

As novas armas russas tornam o aparelho naval e o próprio território dos EUA,
altamente vulnerável. Neste momento, um ataque à Rússia contaria com uma resposta
que poderia ser devastadora para os EUA e aliados. O novo armamento russo é em
muitos casos superior aos EUA. Além disto foram desenvolvidas capacidades de "contra
medidas eletrónicas" que já demonstraram poder paralisar os sistemas electrónicos de
navios de guerra e bombardeiros dos EUA. [6]

O papel da UE é neste cenário de uma irrelevância total. Os oligopólios dos EUA na


comunicação comandam sem entraves nem critérios deontológicos os processos de
intoxicação. Muito sintomático vai ser a posição dos países da UE perante o conflito que
os EUA preparam contra o Irão.
A hipótese de um acordo com a Rússia corresponde ao abandono do unilateralismo. As
consequências seriam o fim do dólar como moeda de referência – o que já vai
acontecendo – arrastando o euro na sua queda e a um movimento centrifugo dos países
– também já iniciado – em direção a relações preferenciais com a Rússia e com a China.

Será que os EUA o podem permitir? Altamente improvável. Seria o fim do dólar todo
poderoso e o sistema monopolista transnacional, sem o apoio político e militar dos EUA,
ficaria sujeito a uma competição para que não está preparado.

A queda do dólar levaria a um abaixamento brutal dos padrões de vida dos EUA (com
5% da população mundial, consome 20 a 25% dos recursos mundiais). Os EUA ver-se-
iam sem recursos par manter o seu complexo militar industrial e aparelho militar no
exterior. Dificilmente poderiam também manter o financiamento aos seus "Guaidós"
(nova versão dos Quisling nazifascistas), golpes de Estado e contrarrevoluções.

Outras opções não passariam de acordos transitórios, que as realidades dos interesses
prevalecentes iriam anular.

Poderão os EUA deixar passar o tempo? Dificilmente, o tempo está a jogar contra os
seus objetivos. Os seus aliados principais estão em estagnação económica, com fortes
movimentos populares contra a guerra e de contestação às políticas seguidas. Vários
dos seus aliados são dirigidos por gente corrupta e ignara, que se mantém pela força,
pela mentira e corrupção do dólar, são Estados disfuncionais (como a Ucrânia e outros
na América Latina) nos quais a população à primeira oportunidade enveredaria pela via
revolucionária.

Os EUA, para além das vozes silenciadas de muitos dos seus mais distintos cidadãos –
que este site tem dado a conhecer – vivem hoje entre a insanidade de Trump e a de
Hillary Clinton, ambas sofrendo de equizofrenia e esquizomania, acreditando
fanaticamente nas falsidades construidas e propaladas pela sua clientela.

O mundo encontra-se à beira de uma catástrofe, dada a insanidade do centro


imperialista. A questão é: que diálogo pode haver quando uma das partes se acha no
direito de intervir onde quer que seja quando a sua ortodoxia é minimamente posta em
causa, camuflando isso com a defesa da democracia e dos direitos humanos. A luta dos
povos pela verdade e pela paz é uma prioridade.

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