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Faculdade FATESP

Curso: Bacharelado em Enfermagem


Disciplina: Patologia
Profa.: Keyla Christianne
Nome: ___________________________________________

APOPTOSE
(2ª parte- lesões irreversíveis)

Apoptose é a morte celular geneticamente programada, não seguida


de autólise (destruição das células pelas enzimas do próprio indivíduo). É um tipo de
autodestruição celular ordenada com uma finalidade biológica definida e que demanda certo gasto
de energia para a sua execução, ao contrário da necrose, que é uma simples degeneração.
A apoptose pode também ser causada por um estímulo patológico não fisiológico, como
a lesão ao DNA celular, por exemplo.
A apoptose envolve uma série de alterações morfológicas da célula que leva à inativação
e fragmentação dela, ao final de seu ciclo, sem extravasar conteúdo tóxico para o meio
extracelular, portanto, sem causar dano tecidual. Os restos celulares são fagocitados (englobados
e digeridos) por macrófagos teciduais, sem danos para as demais células do tecido.
Está relacionada com a homeostase na regulação fisiológica do tamanho dos tecidos,
exercendo um papel oposto ao da mitose. O termo é derivado do grego "apoptwsiz", que referia-
se à queda das folhas das árvores no outono - um exemplo de morte programada fisiológica e
apropriada que também implica em renovação. Consiste em um tipo de morte programada,
desejável e necessária que participa na formação dos órgãos e que persiste em alguns sistemas
adultos como a pele e o sistema imunológico.
A apoptose é um processo rápido, que se completa em aproximadamente 3 horas e não é
sincronizado por todo o órgão, portanto diferentes estágios de apoptose coexistem em diversas
secções dos tecidos. Devido à taxa rápida de destruição celular é necessário que apenas 2 a 3%
das células estejam em apoptose em determinado momento para que se obtenha uma regressão
substancial de tecido, atingindo mesmo a proporção de 25% por dia.
Microscopicamente, ocorre fragmentação nuclear e celular em vesículas apoptóticas.
Diferente da necrose, não existe liberação do conteúdo celular para o interstício e portanto não
se observa inflamação ao redor da célula morta. Um símile da apoptose celular é a queda das
folhas das árvores: uma morte fisiológica programada que permite a renovação delas.
Os fragmentos celulares, resultantes do processo, são fagocitados por macrófagos
teciduais, sem risco de dano químico ou toxicidade para as demais células do tecido. Este
processo que encerra o ciclo de vida das células, é fundamental em uma série de eventos normais
nos tecidos dos organismos eucariontes. É uma forma natural de remoção de células envelhecidas
ou alteradas, abrindo espaço para o surgimento, por Mitose ou migração, de células jovens e
sadias que irão recuperar e preservar a funcionalidade do tecido ou órgão. É importante na
remoção de células e remodelação de tecidos durante a embriogênese e o crescimento, na
involução normal de tecidos hormônio-dependentes como a próstata, glândula mamária e útero
pós-gravídico, na atresia ovariana ao longo de cada ciclo menstrual, na seleção clonal dos
linfócitos tímicos e dos demais órgãos linfóides, no descarte de células em tecidos com alta taxa
de renovação celular, como pele e intestino.
Nossas células morrem e são renovadas a todo momento. Este ciclo de morte e
multiplicação (consumo e fabricação) mantem-se em equilíbrio durante a vida do indivíduo. Por
exemplo, células da pele são um tipo de célula que vive durante pouco tempo (2 semanas),
neurônios sensitivos do olfato vivem por 6 semanas, hemácias vivem durante mais ou menos
100 dias viajando pela corrente sanguínea. Nestes três exemplos, a cada período, novas células
são produzidas a partir de tecidos de células tronco adultas a fim de manter a quantidade de
células em uma taxa média. Todo este sistema é controlado pelos mecanismos de acionamento
do processo de apoptose. A homeostase destes tecidos acontece por causa da morte (apoptose)
e renovação (divisão de células tronco adultas).
A apoptose pode ocorrer em virtude de estímulos fisiológicos normais, quando então é útil
para manter o equilíbrio interno do organismo, ou por causas patológicas. Entre as primeiras,
contam-se vários processos naturais de involução e desaparecimento de certas estruturas
anatômicas durante a vida do organismo. Entre as apoptoses patológicas, pode-se citar aquelas
causadas por estímulos radioativos, químicos ou virais e por lesão
por isquemia ou hipóxia moderada.
O processo de apoptose é biologicamente fundamental em vários sentidos. É ele que
determina, entre outros fatores, o tamanho dos tecidos e órgãos e remove células envelhecidas
ou alteradas, dando lugar a célulasjovens e sadias. É importante na remoção de células que se
tornam supérfluas durante a embriogênese e o crescimento e na involução natural de
tecidos hormônio-dependentes, quando esses hormônios escasseiam, como ocorre ao longo da
idade com a próstata, a glândula mamária e o útero ou na involução ovariana que ocorre em
determinada fase de cada ciclo menstrual. Tem importância ainda na seleção dos linfócitos dos
órgãos linfoides e na substituição de células da pele e do intestino, por exemplo.
A apoptose pode ser descrita em uma sequência de etapas facilmente identificadas ao
microscópio de luz:

1ª Etapa:
A cromatina, inicialmente esparsa e em transcrição, começa um processo rápido de
condensação e inativação. Formam-se grumos grosseiros de heterocromatina, no interior do
núcleo, com alguma alteração do limite nuclear. A inativação do material genético leva ao
desmonte do citoesqueleto e sua desorganização, fazendo com que a célula deforme seus
contornos e desfaça suas junções, protegendo as células vizinhas da transferência involuntária
de resíduos tóxicos que poderiam causar lesão ou morte. No citoplasma, progride o
empacotamento de organelas pelo retículo endoplasmático e podem surgir vacuolizações.
2ª Etapa:
O transporte celular cessa, a célula retrai, seu citoplasma torna-se cada vez mais denso e
mais corado. Seus limites celulares e nucleares mostram-se irregulares. Há intensa
condensação da cromatina. Pode mostrar-se em corpúsculo único e densamente
heterocromático, ou assumir posição marginal, em anel ou em forma de capuz. Diz-se que o
núcleo está picnótico ou em picnose.
3ª Etapa:
O núcleo colapsa e enruga profundamente, segmentando-se em pequenas esferas,
ou corpúsculos heterocromáticos, para o interior do citoplasma, processo este
denominado cariorréxis.
4ª Etapa:
O citoplasma da célula inicia uma fragmentação derradeira e progressiva. Engloba os
fragmentos nucleares em porções de seu citoplasma que se desprendem da superfície celular,
formando os chamados corpos apoptóticos. Essa fragmentação final do material genético no
interior de corpos apoptóticos libertos no meio extracelular, é denominada cariólise. Também
podem desprender-se porções citoplasmáticas sem fragmentos nucleares, as
denominadas bolhas citoplasmáticas.
5ª Etapa:
Segue-se uma remoção dos restos celulares da célula que sofreu apoptose, por fagocitose
das células vizinhas, por macrófagos teciduais ou macrófagos das cavidades associadas aos
epitélios.

Apoptose durante a resposta imune


A apoptose tem outro papel muito importante no nosso organismo e está relacionado com
o sistema imunológico: Linfócitos-T citotóxicos são capazes de estimular certos tecidos para
entrar em apoptose quando estão infectados por algum vírus ou outro dano. A morte destas
células afetadas é essencial para impedir o aumento da infecção.

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