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Graça?

A Definição da Graça de Elohim

A definição encontrada no dicionário para o termo graça é a seguinte: “O favor imerecido


que D-us concede ao homem”. Embora tal definição seja verdadeira, é incompleta. Graça é
um atributo de D-us, um componente do caráter divino, demonstrada por Ele através da
bondade para com o ser humano pecador que não merece o Seu favor.

Então podemos afirmar que o “favor imerecido” que o Eterno concedeu ao homem foi o
perdão de seus pecados e a salvação através de seu Filho Yeshua.

É interessante que quando fazemos uma busca pela palavra “graça” numa Bíblia eletrônica
– que você deve possuir em seu computador – o resultado é: 141 versos contém esta
palavra.

Somente nestes contextos é que a palavra “graça” não está ligada à perdão de pecados e
salvação. Faremos isso para podermos ter certeza de que a nossa exegese está de acordo
com as regras da Hermenêutica, pois devemos respeitar os contextos nos quais as palavras
aparecem para darmos a elas a interpretação correta.

Nós daremos ao trabalho de falarmos SOMENTE dos contextos em que as ocorrências


NÃO TEM RELAÇÃO com salvação ou perdão de pecados, pois segundo a definição de
“graça” – (favor imerecido do Eterno) o perdão dos pecados e a salvação são os “presentes”
dados ao homem que ele de forma alguma conseguiria fora, ou seja, o ser humano
depende TOTALMENTE do Eterno enviar Yeshua para que isso pudesse se consumar na
vida da humanidade.

Ocorrências da palavra na Brit Hadashah

“Sarai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de


graça recebestes, de graça dai” Mt 10:8.

“E crescia Ieshua em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Elohim e os homens”


Lc 2:52.

“E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da
sua boca, e diziam: Não é este o filho de Iosef?” Lc 4:22.

“louvando a Elohim e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o IHVH
à congregação aqueles que se haviam de salvar” At 2:47.

“E livrou-o de todas as suas tribulações e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do
Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa” At 7:10.

“que achou graça diante de Elohim e pediu que pudesse achar tabernáculo para o Elohim
de Ia´aqov” At 7:46.

“Logo, que prêmio tenho? Que, anunciando as boas novas, proponha de graça as boas
novas do Ungido, para não abusar do meu poder nas boas novas” I Co 9:18.

“E, com esta confiança, quis primeiro ir ter convosco, para que tivésseis uma segunda
graça” II Co 1:15

“Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque
de graça vos anunciei as boas novas de Elohim?” II Co 11:7

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios,
por meio das boas novas, as riquezas inescrutáveis do Ungido” Ef 3:8.

“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom do Ungido” Ef 4:7.

“E disse-me mais: Feito está. Eu sou o Alef e o Tav, o princípio e o fim. A quem tiver sede,
de graça lhe darei da fonte da água da vida” Ap 21:6.

“E o espírito, e a esposa dizem: Vem. E quem ouve diga: Vem. E quem tem sede, venha: e
quem quiser tome de graça da água da vida” Ap 22:17.

Os significados do termo “graça” nos versos acima estão divididos como: “Favor, benefício,
mercê, sem pagamento, sem custo”.

Estas passagens – que são um reduzido número – nos mostram que raramente o termo
“graça” está ligado a outra coisa que não seja salvação e perdão dos pecados. Isso nos faz
refletir sobre esta questão, pois vemos então que a “graça”, fora do contexto de salvação e
perdão, refere-se à “algo sem custo ou a um favorecimento a alguém ou mesmo a mercê –
bondade – dirigida a uma pessoa”. No mais não podemos atribuir ao termo “graça” um outro
significado diferente destes.

Verificamos que a “graça” está ligada intimamente à salvação e ao perdão dos pecados do
homem e Sha´ul diz isso repetidas vezes e quando fala sobre “graça” se analisarmos o
contexto de suas palavras veremos que ele de alguma forma se reporta à questão do
perdão de pecados ou da salvação, que são estas “dádivas” alcançadas pelo homem
através de Ieshua e que seriam impossíveis de serem recebidas de uma outra forma. O
papel primordial de Ieshua foi justamente esse: o de trazer SALVAÇÃO ao homem através
do perdão de seus pecados, que foram “cravados” na estaca de execução e portanto foram
levados por Ieshua que “assume” tais pecados a fim de trazer o perdão para a humanidade.

Isso não significa que não pecamos mais, mas que quando pecamos temos alguém que,
através de nosso arrependimento, de nossa confissão e do perdão faz com que possamos
nos reconectar com o Eterno. A isso chamamos de “salvação”. A salvação é portanto
operacionalizada pela graça, ou seja, nós não tínhamos condições de morrer e sermos
redimidos, então recebemos um presente do Eterno que nos deu Ieshua – nome que
significa “O Eterno salva” – e portanto agora podemos, pela aceitação de Ieshua – a graça –
sermos salvos!

A graça não tem qualquer ligação com nosso estilo de vida ou com aquilo que podemos ou
não fazer; esta não é sua função! A função da “graça” é trazer salvação e perdão dos
pecados.

A “era da graça” ou o “tempo da graça​”

Quando falamos sobre a “era da graça” ou o “tempo da graça”, voltamos à nossa Bíblia
eletrônica para fazermos uma busca que se encaixe nestes termos. O resultado foi:
“Nenhum verso se enquadra nestes critérios”, ou seja, estas frases não existem na Bíblia!

Mas de onde surgiu esta terminologia? Surgiu do dispensacionalismo.

O que é o “dispensacionalismo?”

O dispensacionalismo é uma doutrina escatológica cristã que afirma que a segunda vinda
de Ieshua o Ungido será um acontecimento no mundo físico, envolvendo o arrebatamento e
um período de sete anos de tribulação, após o qual ocorrerá a batalha do Armagedon e o
estabelecimento do reino do Eterno na Terra. A palavra “dispensação” deriva-se de um
termo latino que significa “administração” ou “gerência”, e se refere ao método divino de
lidar com a humanidade e de administrar a verdade em diferentes períodos de tempo.

Usando como base este sistema, os dispensacionalistas entendem que a Bíblia seja
organizada em sete dispensações: Inocência (Gênesis 1:1- 3-7), Consciência (Gênesis 3:8-
8:22), Governo Humano (Gênesis 9:1 – 11:32), Promessa (Gênesis 12:1 – Êxodo 19:25),
Lei (Êxodo 20:1 – Atos 2:4), Graça (Atos 2:4 – Apocalipse 20:3) e o Reino Milenar
(Apocalipse 20:4 – 20:6). Mais uma vez, estas dispensações não são caminhos para a
salvação, mas maneiras pelas quais Deus interage com o homem. O Dispensacionalismo,
como um sistema, resulta em uma interpretação pré-milenar da Segunda Vinda de Cristo, e
geralmente uma interpretação pré-tribulacional do Arrebatamento.

Das sete dispensações, cinco já foram concluídas: inocência consciência, governo humano,
patriarcal e lei, e estamos vivendo a dispensação da graça que dará lugar a milenial. O que
é necessário percebermos é que Deus tendo dividido a história da humanidade em
dispensações deu para cada uma delas um propósito ou missão e todas elas deveriam ter
um inicio e um fim, portanto esta era atual, ou este período de tempo chamado graça em
que vivemos terá um fim, o que marcará este fim? Dois grandes eventos marcarão o fim:

– o arrebatamento da igreja

– e a volta visível de Jesus para inaugurar o milênio (grifo meu).

Verificamos algo muito interessante aqui: as divisões históricas que formam o


dispensacionalismo são um sistema teológico que “fatia” a história em “dispensações” que
teriam um início e um fim, ou seja, cada dispensação que passasse anularia a sua
antecessora.

Bem, se esta afirmação está correta e se o sistema dispensacionalista, que inventou a


dispensação da graça estiver certo, então as dispensações anteriores não existirão mais.

Isso significa que não temos mais a inocência, a consciência, o governo humano, o período
patriarcal e a lei! E já na primeira “dispensação” apareceu o pecado que tirou o homem do
Gan Eden expulsando-o para a terra. Podemos concluir que se não temos mais estas cinco
dispensações – e se o pecado está incluso nelas – naturalmente não teríamos mais o
pecado!

É claro que isso não é verdadeiro, pois o pecado está cada vez mais intenso e mais
“apurado” no sentido de ser mais diversificado em suas formas. O que diremos então das
dispensações? Não existe mais a consciência no ser humano ou mesmo o governo
humano? A Torah – Lei – já não serve mais para nada (e nela estão os Dez Mandamentos)
e podemos então fazer o que bem quisermos? Qual seria o sentido desta teologia que
“fatia” a história em dispensações e que nos induz a crermos que estamos hoje na “era da
graça” e que o restante todo foi abolido pelas Escrituras?

Quando analisamos estas questões de forma fria e honesta descobrimos que a era da
graça não existe! Não da forma como é ensinada hoje, pois o que é dito é que a “graça”
suplantou todas as demais coisas. É impressionante como líderes de todo o Brasil e do
mundo ainda conseguem crer nisso! A graça não “apareceu” com a vinda de Ieshua! Ela
está em toda a Tanach – Velho Testamento. A graça não é exclusividade dada por Ieshua;
já não posso dizer o mesmo da salvação, essa sim é uma exclusividade, uma missão dada
pelo Eterno a Ieshua que veio para trazer ao homem a salvação através de Sua Pessoa!

Graça = libertinagem

O que é Libertinagem?

Libertinagem é o uso da liberdade sem o bom senso, parece liberdade, mas é ao contrário
por auto se contrariar.

Uma pessoa que não tem senso de respeito, usa de liberdade para ultrapassar limites.

Esta definição se encaixa perfeitamente no dia a dia da igreja em nossos dias. Vou dar
alguns exemplos disso:

Os líderes hoje “repetem” o discurso quando me encontram e me questionam sobre


diversas coisas, entre elas:

– A Torah já foi abolida e não precisamos cumprir seus preceitos, pois estamos debaixo da
graça!
– Agora eu posso comer de tudo, pois pela “oração e pela palavra tudo é santificado”!

– Eu não preciso me preocupar com o pecado, pois tenho a graça que me dá o direito de
pecar e Ieshua me perdoará!

– Eu não preciso fazer as Festas determinadas na Torah, pois elas são apenas “sombras”
daquilo que viria e eu não estou mais na sombra!

Estas e outras afirmações eu tenho ouvido ao longo dos anos e por todos os lugares do
Brasil por onde tenho andado.

É interessante que há um padrão: os líderes perguntam ou dizem sempre as mesmas


coisas! Consequentemente minhas “respostas” são praticamente as mesmas!

Vamos abordar somente um ponto aqui para percebermos que o que foi plantado no
coração dos líderes está realmente muito arraigado. Uma pergunta me é feita com muita
frequência: por que você voltou para a “Torah” (Lei)? Ela não foi abolida?

Eu sempre pergunto: “Onde está escrito isso?” – A resposta é imediata: Ieshua a aboliu! –
Retorno perguntando: “Onde está escrito?” – E alguns ainda afirmam que foi Sha´ul quem
aboliu a Torah!

Mas, vamos com calma… Primeiro vamos falar sobre Yeshua. Ele não aboliu a Torah, mas
veio para dar pleno cumprimento a ela! Suas palavras são claras: ​“Não cuideis que vim
ab-rogar a Torah ou os profetas; não vim ab-rogar-los, mas cumprir-los. Porque em verdade
vos digo que, até que os céus e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Torah
sem que tudo seja cumprido. De maneira que qualquer que. violar um destes menores
mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus;
aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus”​ Mt
5.17-19.

Estes versos são extremamente claros quanto a isso; não há dúvida de que o trabalho de
Yeshua foi também mostrar que é possível ao homem cumprir a Torah! Ai vem
imediatamente a resposta: “Ok, mas Ele cumpriu por mim; não preciso mais cumprir!” Esta é
outra resposta que busca “fugir” da responsabilidade que cada homem tem de obedecer.
Ora, vamos pensar um pouco: será que todos nós somos discípulos de Yeshua? A resposta
geralmente é “sim, somos”. Então neste caso devemos IMITAR nosso Rabino fazendo as
mesmas coisas que Ele fez, ou seja, cumprir a Torah!

Neste momento da conversa já vejo “embaraço” em meu interlocutor, pois a possibilidade


de fazer isso é assustadora!

Então, via de regra pergunto se essa pessoa obedece aos Dez Mandamentos. Novamente
a resposta imediata é: “Sim, obedeço”. Então pergunto sobre a guarda do shabat e
geralmente a pessoa diz: “Ele foi abolido pela ressurreição de Yeshua no primeiro dia da
semana!”
Então retorno à pergunta sobre os “Dez mandamentos” e digo: “O quarto mandamento fala
sobre o shabat!” E por vezes me surpreendo com a resposta: “O shabat está lá?” – E
novamente digo, “sim está”. O amado não guarda o shabat? Então não são “Dez
mandamentos”, mas sim nove! E quando faço algumas outras perguntas, descobrimos que
nem isso é “guardado” pela Igreja e por suas lideranças!

Meu amado leitor, não escrevo isso com o intuito de ofender aos meus irmãos líderes e
liderados, pois estamos juntos nesta mesma empreitada rumo à eternidade. Porém busco
abrir os olhos de meus irmãos para uma verdade: a teologia convencional está destruindo a
fé de nosso povo! “Importamos” pregadores de todos os lugares do mundo e os
idolatramos; mas o que eles tem trazido de bom para nós em termos de crescimento no
conhecimento das Escrituras? Quase nada!

E essa “teologia importada” sem conteúdo cauterizou a mente dos líderes de tal forma que
hoje, quando confrontados com estas coisas citadas não tem coragem de mudar! É
impressionante mas eu tenho visto isso em todo o Brasil; os líderes são “confrontados” com
a verdade de que a “graça” da forma como é pregada e vivida tem sido a sua “desgraça”,
mas não tem coragem de tomar uma posição e renunciar a estes ensinos! O Adversário
colocou nos corações dos líderes um temor tão grande que eles imaginam que se disserem
isso ao povo suas igrejas ficarão vazias! Isso é mentira! Tenho conversado com muitas
pessoas que esperam que seus líderes sejam transparentes e honestos! Imagine que uma
atitude dessas causará um impacto na vida de seu rebanho e também na vida de seus
parceiros – líderes. Eu digo isso por que aconteceu comigo. Quando recebi tudo isso eu
lecionava num Seminário Teológico em Belo Horizonte e tive de falar com meus alunos.
Quando isso aconteceu foi uma revolução, pois nossas aulas se transformaram em
momentos de muita unção e a presença de Ieshua era constante, a cada aula nossa…
Ocorreu também que meus alunos passaram a ter um profundo respeito e admiração por
mim pois disseram: “Eu nunca vi um líder dizer que aprendeu errado e agora está admitindo
seu erro, confessando que erou e nos ensinando o correto!” Mas as consequências vieram,
pois o diretor do Seminário, apesar de dizer que eu era o seu melhor professor, me
convidou a “sair e deixar as cadeiras” que eu lecionava!

Para isso é necessário coragem… inclusive, a tradição judaica pergunta: “como saber se
um peixe está vivo ou morto”. A resposta é: “ele está vivo se estiver nadando CONTRA a
correnteza!”

Meu amado leitor, que possamos reavaliar nossas “verdades” e pensar naquilo que temos
feito, pois muitos estão bem “acomodados” com sua posição e não desejam mudanças…
por que mudar se tudo está dando certo? As multidões me seguem; meus discípulos são
tantos, por que mudar agora???

Finalizando, gostaria de deixar uma pergunta: A quem desejamos agradar ou a quem


tememos? Aos homens que vão nos “reconhecer” e nos aplaudir, ou ao Eterno, que nos
dará, no fim de todas as coisas a vida eterna?
Será que não só estamos no “sistema teológico falido” como somos este sistema? O que
fazer então? Qual o melhor caminho a segu

Graça parte II

Dando continuidade ao nosso artigo anterior precisamos esclarecer alguns pontos que
ainda são críticos no conhecimento das Escrituras.

Vamos analisar algumas formas de pensamento referentes à “graça”.

O Pacto da Lei

D-us tinha servos fiéis que o adoravam isoladamente como Enos, Enoque, Noé, Jó, etc.
Porém, D-us não tinha um povo exclusivamente seu, um povo para o adorar como D-us. Em
Abraão D-us formou um povo para si, o povo de Israel. O Senhor D-us viu que precisava
fazer um pacto (testamento) com seu povo, e levantou o seu servo Moshe para através dele
estabelecer um pacto com Israel. E a Lei é este Pacto (Aliança, Acordo, Concerto,
Testamento). D-us fez este pacto somente com o povo de Israel, e não com os outros povos
existente na época, que obviamente não eram obrigados a guardar a Lei, que era um pacto
entre D-us e Israel somente (Êxodo 6:4;19:5;34:27), e a Lei não justifica ninguém (Gálatas
3:11).

Esta é uma das ideias sobre a “graça”. E nela percebemos que segundo o pensamento
deste escritor, o Eterno tem um padrão e este padrão está sendo dado a Israel através
deste “pacto”. A afirmação deque ninguém mais era obrigado a guardar a Lei está explícita
em suas palavras.

Bem vejamos o que nos diz as Escrituras:

“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a Caim, e disse: Alcancei do
IHVH um varão. E teve mais a seu irmão Abel: e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi
lavrador da terra. E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta
ao IHVH. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura: e
atentou o IHVH para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não
atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante” Gn 4.1-5.

Esta passagem nos mostra que havia uma “transmissão” via oral do conhecimento entre as
famílias. Portanto se todos os homens nasceram a partir de Adam e Chava, então a “Lei”
dada pelo Eterno aos nossos primeiros pais alcançou a todos os habitantes da terra! A
teoria de que ninguém precisava obedecer à Lei por falta de conhecimento cai por terra. O
conhecimento estava sendo transmitido não somente oralmente, mas o Eterno passa a
colocar no coração do homem a distinção entre o pecado e a santidade, o certo e o errado,
o bem e o mal. E isso é inegável em todos os tempos e lugares onde o homem habita.

Graça na Torah
Para demonstrarmos que não existiu um “pacto da Lei” que veio a ser substituído pela
“graça” gostaria de mostrar algo muito interessante aos nossos leitores.

Quando o homem pecou ele foi excluído da presença do Eterno e expulso do Gan Eden.
Antes disso o Eterno tomou uma providência em relação ao homem: “E fez o IHVH Elohim a
Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu” Gn 3.21. Para que o homem pudesse ser
“vestido” o Eterno MATOU um animal. Vamos raciocinar: quando alguém morre em meu
lugar, chamamos a isso de “graça”. O animal morreu para que o pecado de Adam e Chava
fosse “coberto”; inclusive sua pele serviu para que a cobertura física se efetivasse. Isso
significa que a “graça” existiu desde o primeiro momento da história do homem; não houve
e não há um período definido em que as “eras” se desenvolvem.

Depois do animal ter morrido então nossos pais foram expulsos do Gan Eden, porém não
antes de terem seu pecado “coberto” pelo animal que morreu para que eles fossem
perdoados. Esta atitude nos mostra que a “graça” sempre esteve presente na história da
humanidade, o que contraria a teoria de que a história foi “fatiada” em eras. É notável que o
Eterno ensinou isso ao homem, ou seja, o padrão que ele deveria usar deste momento em
diante para que houvesse o perdão de seus pecados.

O sacrifício do animal limpo seria então a alternativa para o pecado do homem até que
viesse o Ungido que resolveria essa questão de uma vez por todas.

Levítico: a normatização dos sacrifícios

A pergunta mais comum que me fazem é: “Por que o Eterno criou normas para os
sacrifícios?”

A resposta é simples: As normas são para que o homem não caia na tentação de fazer o
culto ao Eterno da forma como ele acha correta. Caim fez isso e foi duramente repreendido
pelo Eterno. As normas dadas pelo Eterno têm a finalidade de mostrarem ao homem o
caminho pelo qual ele deve seguir enquanto está servindo ao seu Criador.

Vejamos algumas considerações sobre o serviço sacerdotal no Templo:

“O trabalho no Tabernáculo e no Templo centrava-se no serviço de refinamento da


submissão da natureza física, que traz e eleva até a conversão de escuridão em luz.
Portanto, um dos trabalhos que havia no Templo era o serviço dos Corbanót (sacrifícios).
Trazer um sacrifício não era apenas um ato físico. Ao contrário, a participação dos Cohanim
e dos Leviyim nos seus serviços, sua música e seu cântico demonstrou que a principal
importância do sacrifício era espiritual.

Na esfera pessoal, do serviço de um homem para D’us, a idéia de um sacrifício expressa-se


através do versículo: “Um homem que aproximar de vocês um sacrifício ao Eterno, do
animal, do gado, etc.” [leviticos I:2], onde a princípio cabe perguntar: se a intenção era
simplesmente elucidar as leis do Corban, deveria ter dito: “Um homem de vocês que
aproximar um sacrifício ao Eterno, esta e aquela será a lei da oferenda de um sacrifício e
seus estatutos;” por que está escrito “Um homem que aproximar de vocês etc.?” A
transposição da frase mostra-nos que a intenção do versículo não é apenas descrever os
detalhes de como trazer sacrifícios no serviço espiritual da alma do homem.

O termo Corban [cuja origem em hebraico é Carov = perto] tem por objeto a aproximação
das forças e dos sentidos. Assim podemos interpretar o versículo da seguinte maneira: “Se
um homem quer se aproximar da Divindade, então de vocês será o sacrifício para o Eterno;
de vocês e em vocês depende a questão de ser um sacrifício para D’us, ou seja, ser
próximo do Todo Poderoso. A responsabilidade, e a possibilidade de ser uma oferenda ao
Eterno, de aproximar-se da Divindade, depende da própria pessoa”.

Novamente, quando um animal morria em lugar do pecador ele – o pecador – estava sendo
alvo da graça do Eterno que impedia que ele enquanto pecador viesse a sofrer ainda mais
sanções por conta do pecado. O processo de levar o animal para refazer a conexão com o
Eterno não mudou: havia a convicção do pecado, o arrependimento e a sua “caminhada”
até o local apropriado onde ele levava o sacrifício para que seu pecado fosse perdoado. E
mais: enquanto ele se deslocava até o santuário as pessoas que o viam certamente sabiam
que algo de errado havia ocorrido para que esta pessoa estivesse indo a caminho do
Tabernáculo ou do Templo acompanhada de um determinado animal. As pessoas
certamente olhavam e pensavam: “Qual foi o pecado desta pessoa para estar levando o
sacrifício ao sacerdote?” Imagine o sentimento e o constrangimento de ser observado por
pessoas as vezes desconhecidas mas que tinham a noção de que este homem/mulher
havia pecado e por isso levava o animal para o sacerdote.

O melhor era que o pecador não precisava morrer sem a redenção, pois quando se
arrependia e levava o sacrifício esta pessoa já fazia também com base na promessa que o
Eterno havia dado aos nossos primeiros pais: “E disse o IHVH Elohim à mulher: Por que
fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então o IHVH Elohim
disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a besta, e mais que
todos os animais do campo: sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua
vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente: esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a
tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele
te dominará” Gn 3.13-16.

Ou seja, a promessa da semente da mulher que pisaria na cabeça da serpente sempre foi
entendida como a promessa do Redentor! E isso foi passado de geração em geração até a
chegada do Ungido, Ieshua.

Por este motivo as pessoas eram salvas: pela esperança que tinham no Redentor! Caso
contrário não podemos crer que houve qualquer pessoa nos céus, pois para aqueles que
dizem que a salvação veio SOMENTE através de Ieshua, então homens como Noach, Iov,
Avraham, Itshaq, Ia´aqov, etc… estão TODOS NO INFERNO! O que é um absurdo afirmar,
mas para quem é dispensacionalista e pensa desta forma o raciocínio deve ser este.
Podemos afirmar então que a obediência aos mandamentos da Torah juntamente com a
esperança pelo Redentor salvou a vida daqueles que precederam a vinda de Ieshua à terra!

Isso é tão verdadeiro que aparecem algumas passagens na Brit Hadasha que nos
informam:

– “E eis que lhes apareceram Moshe e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra,
disse a Ieshua: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos,
um para ti, um para Moshe e um para Elias” Mt 17.3-4.

– “E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Avraham; e
morreu também o rico e foi sepultado” Lc 16.22.

Estas duas passagens em especial nos informam que homens que viveram antes de Ieshua
estão nos céus! Como conciliar isso com a teoria das dispensações que eliminam uma à
outra? Impossível; ou a Palavra do Eterno está errada ou a teoria do dispensacionalismo
está errada!

A Graça x atos de conduta

Uma outra teoria que circula livremente nos meios cristãos é que a graça aboliu a Torah e
portanto a pessoa pode fazer o que quiser; se pecar o Eterno em nome de Ieshua nos
perdoará!

Esta teologia diz que depois da vinda do Messias tudo está liberado. Agora podemos comer
de tudo, viver uma vida desregrada, fazer o que der vontade, enganar, etc…

Tudo isso está implícito nesta teologia que busca uma “flexibilização” para os mandamentos
do Eterno. É interessante que tais pessoas não se importam em negar a Torah, mas
buscam nela subsídios para seu ministério, como por exemplo:

– Dízimo

– Ofertas

– Sacerdócio do homem

– etc…

Vejamos a forma como pensam os teólogos defensores da “graça”:

D-us sabendo que o povo de Israel jamais cumpriria toda a Lei, enviou seu Filho, que
tornou-se homem e judeu, para cumpri-la pelo povo. Jesus ao iniciar seu ministério terreno
disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim revogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que os céus e a terra passem, nem um jota ou um til
se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mateus 5:17,18).
Jesus disse que não veio revogar ou destruir a Lei, mas sim cumprir a parte que o povo de
Israel jamais conseguiu cumprir, e que por este motivo já havia se tornado uma maldição
para os judeus (Gálatas 3:13). Se Jesus veio para cumprir a Lei, então devemos crer que
Cristo já cumpriu a Lei. Pensar diferente é dizer que Cristo falhou na sua missão, pois ele
mesmo disse: “Eu não vim para revogar, vim para cumprir” (Mateus 5:17).

Jesus disse que o Pacto da Lei não seria revogado sem que fosse cumprido, sendo que
Jesus era o único capacitado e encarregado para esta missão impossível ao homem:
cumprir a Lei. A Lei foi revogada (após ser cumprida) por causa de sua fraqueza e
inutilidade. (Hebreus 7:18,19) Jesus é vencedor, levou até ao fim sua missão, cumpriu a Lei,
revogou-a e ainda estabeleceu um NOVO TESTAMENTO, ou seja, o Pacto da Graça. O fim
da Lei é Cristo (Romanos 10:4).

Vamos dividir em parágrafos o que este teólogo escreveu.

É estranho afirmar que o Eterno institui uma lei que não pode ser cumprida pelo homem e
que somente Ieshua seria capaz de cumpri-la! Não consigo entender um Ser tão sábio, tão
imenso e que faria algo que o homem não pudesse alcançar!

O texto citado de Mt 5.17-18 fala que até que os céus e a terra passem – acabem – nada
seria omitida da Torah! Esta é a interpretação! Em outro detalhe: quando a Torah se tornou
maldição para o homem? Quando ele a desobedeceu! Isso fica muito claro em toda a
Escritura! Mas isso não significa que o homem seja incapaz de cumpri-la, pois as bênçãos
vem sobre o ser humano quando ele obedece. A obediência pressupõe obediência a Torah,
o que põe por terra esta teoria.

Ele fala que “A Lei foi revogada (após ser cumprida) por causa de sua fraqueza e
inutilidade”. Novamente pergunto: por que o D-us Eterno faria algo transitório? Se a Torah
foi revogada então isso inclui os “Dez Mandamentos” e por este raciocínio matar, roubar,
adulterar, dizer falso testemunho, cobiçar, etc… não são mais pecados! Por este raciocínio
o homem pode fazer o que quiser sem ser imputado como culpado por qualquer de seus
atos.

Obs: o verso que diz: “O fim da Lei é Cristo” (Romanos 10:4) utiliza-se de uma palavra “fim”
– que está relacionada à finalidade, propósito, alvo. Em português estes significados
existem, porém esta palavra significa também “cessação”; algo que chega ao fim. A Torah
aponta para o Ungido. É isso que significa o verso, não que o Ungido trouxe a cessação da
Torah!

Por isso podemos afirmar que toda esta teoria não passa de uma forma equivocada de
interpretação das Escrituras.

Graça de Yeshua

Muito se fala que Ieshua trouxe a graça ao mundo. Mas vamos analisar algumas de suas
palavras e concluiremos.

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de maneira
nenhuma entrareis no Reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas
qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo,
se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que disser a seu irmão raca
será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe disser louco será réu do fogo do inferno. Portanto,
se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e
depois vem, e apresenta a tua oferta. Reconcilia-te depressa com o teu adversário,
enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue
ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo, que de
maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito
aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa
mulher doutro para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” Mt 5.20-28.

Pergunta: onde está a graça de Ieshua aqui? Faço esta pergunta por que tanto se fala que
Ele trouxe a graça, mas aqui os mandamentos da Torah são intensificados ainda mais. Se
não vejamos:

– Não matar – este é o sexto mandamento da Torah. Ieshua não o aboliu, mas o
intensificou dizendo que “matar” é muito mais do que tirar a vida de alguém; para Ele até o
fato de se encolerizar contra alguém já é enquadrado como “matar”.

– A entrega da oferta – é um mandamento da Torah, mas nada é dito sobre ter algo contra
o irmão. Na Torah as ofertas eram entregues independente dos sentimentos para com o
próximo. Mas Ieshua agora “amarra” as duas coisas, dizendo que se alguém tem algo
contra o irmão, a oferta deve ser deixada, o problema resolvido e depois a oferta será
entregue!

– Adultério – este é o sétimo mandamento da Torah. O adultério era configurado por uma
relação extra-conjugal entre em homem e uma mulher casados. Ieshua intensifica isso e
amplia tirando somente do nível físico e incluindo a intenção na prática deste pecado. O
adultério passa a ser toda a intenção de estar com outra mulher que não seja a esposa!

Novamente perguntamos: onde está a graça aqui? Que mandamento foi abolido por Ieshua
nestas palavras?

A resposta é: nenhum! A prática de Ieshua com estas palavras é conhecida como “cercas
da Torah”, ou seja, Ele instituiu normas que vão além das Escrituras para proteger o homem
do pecado!

O desconhecimento dos teólogos do judaísmo fez com que eles interpretassem as


Escrituras a seu bel prazer, ou seja, de acordo com a tradição greco-romana recebida por
eles. Essas interpretações foram espalhando-se ao redor do mundo e fazendo assim que
houvessem diversas distorções não somente nas pregações dos líderes como também na
vida de seus ouvintes, pois este tipo de interpretação produziu e ainda produz crentes sem
compromisso com o Eterno e consequentemente sem compromisso com suas
congregações e com seus líderes.

A graça não é um simples “argumento” que faz com que o homem seja “liberto do jugo da
Torah”, pois a Torah não é um jugo; ela é o prazer do homem e nela devemos meditar dia e
noite. Estas palavras foram ditas a Iehoshua pelo Eterno: “Não se aparte da tua boca o livro
desta Torah; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a
tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e então
prudentemente te conduzirás” Js 1.8.

Tenho uma pergunta: quem disse estas palavras? O texto nos diz que foi o Eterno. “E
sucedeu depois da morte de Moshe, servo do IHVH, que o IHVH falou a Josué, filho de
Num, servo de Moshe, dizendo” Js 1.1. Se o Eterno disse isso, então este é um conselho
excelente! Por que Ele daria este conselho a Ieshoshua e depois aboliria tudo o que foi
escrito como uma norma de conduta para seu povo? Se eu preciso meditar na Torah dia e
noite é por que ela contém ensinos que certamente precisam ser assimilados e vividos para
o meu próprio bem!

Bem, gostaria de terminar este artigo pedindo aos meus leitores que possamos ser
honestos: precisamos repensar nossos padrões e nossa teologia urgentemente!

Os “grandes líderes” da nação infelizmente foram ensinados de forma a assimilarem isso


não se preocupando em pensar naquilo que está escrito; eles apenas repetem!

Que a restauração, necessária para a volta de Ieshua, nos alcance rapidamente fazendo
que os céus liberem o Ungido e possamos estar para sempre com Ele!

Que assim seja e se cumpra!

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