Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
4.3 Auto-Regulação
De Jou e Sperb (2006), afirmam que: “A Psicologia Cognitiva através de seu
enfoque do processamento de informação postula que a mente é um sistema cognitivo,
que habilita o ser humano a interagir no seu meio. Este sistema, por sua vez, tem a
capacidade de se monitorar e auto-regular, potencializando o próprio sistema”.
Portanto, a terapia cognitiva propõe um trabalho em torno da negatividade,
autodepreciação e confiança, do paciente com o transtorno da personalidade evitativa.
Segundo Beck e Freeman (1993), o tratamento com pacientes com Transtorno
da Personalidade Evitativa envolve o estabelecimento de uma aliança de confiança entre
paciente e terapeuta, incentivada pela identificação e modificação dos pensamentos e
crenças disfuncionais do paciente acerca desta relação. Esta relação terapêutica pode
servir de modelo para os pacientes questionarem suas crenças acerca de outros
relacionamentos; pode também oferecer um ambiente seguro para tentar novos
comportamentos, tais como assertividade, com outras pessoas. Técnicas de manejo do
humor são empregadas para ensinar os pacientes a manejar depressão, ansiedade e
outros transtornos.
Beck e Freeman em sua obra Terapia Cognitiva dos Transtornos de
Personalidade (1993), concluem que uma das complicações que poderiam interferir no
tratamento cognitivo padrão é que estes pacientes evitam pensar sobre coisas que
causam emoções desagradáveis. Uma vez que a terapia cognitiva requer que o paciente
experimente tais emoções e registre os pensamentos e imagens que acompanham as
várias experiências emocionais, esta evitação cognitiva e emocional pode mostrar-se
um sério impedimento ao tratamento.
O objetivo não é o de eliminar a disforia de vez, mas aumentar a tolerância do
paciente a emoções negativas. Um diagrama esquemático, para ilustrar o processo de
evitação, e uma forte base racional para aumentar a tolerância à disforia, ajudam os
pacientes a concordar em experimentar sentimentos negativos na sessão, uma estratégia
que poderá ser implementada de maneira hierárquica. A tolerância ao afeto negativo
dentro das sessões poderá ter de preceder tal prática de “disforia” ou “antievitação” fora
da terapia. Uma chave importante para aumentar a tolerância consiste no contínuo
desmentido de crenças concernentes ao que os pacientes temem que acontecerá caso
experimentem disforia.
A terapia familiar ou conjugal pode ser indicada, bem como o treino de
habilidades sociais. Finalmente, o tratamento também engloba a identificação e
modificação de esquemas mal adaptativos mediante intervenções envolvendo imagens
mentais, psicodrama, revisão histórica e diários de previsões.