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Número do processo: 70020221271


Comarca: Comarca de Pelotas
Data de Julgamento: 30/01/2008
Relator: Aramis Nassif

TRIBUNAL DE JUSTIÇA - RS -

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AN

Nº 70020221271

2007/Crime

APELAÇÃO. ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE.


NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO

O Ministério Público nacional é, indiscutivelmente, competente e eficiente


na representação jurídico-social que lhe incumbe, como órgão acusador.
Competindo-lhe o ‘dominus litis’ (Art. 129, I, CF), não há margem de
subsistência da norma ordinária que outorga o direito de assistência à
acusação (Art. 268, CPP).

Recurso não conhecido, por maioria.

Apelação Crime Quinta Câmara Criminal


Nº 70020221271 Comarca de Pelotas
PABLO WEEGE MOTA APELANTE/ASSISTENTE DE
ACUSAÇÃO
SERGIO ALMEIDA DE SOUZA APELADO
SOARES
MINISTERIO PUBLICO APELADO

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Desembargadores integrantes da Quinta Câmara Criminal


do Tribunal de Justiça do Estado, por maioria, em não conhecer do recurso,
vencido o Des. Luís Gonzaga da Silva Moura, que o conhecia.

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Custas na forma da lei.

Participaram do julgamento, além do signatário (Presidente), os


eminentes Senhores Des. Luís Gonzaga da Silva Moura e Des. Amilton
Bueno de Carvalho.

Porto Alegre, 30 de janeiro de 2008.

DES. ARAMIS NASSIF,

Relator.

RELATÓRIO
Des. Aramis Nassif (RELATOR)

O MINISTÉRIO PÚBLICO ofereceu denúncia contra SÉRGIO ALMEIDA


DE SOUZA SOARES, por infração as sanções do artigo 155, § 3º e § 4º, inciso
II, do Código Penal, pela prática do seguinte fato delituoso:

No dia 18 de agosto de 2001, em horário contínuo, na


Av. Pinheiro Machado, nº 530, Fragata, nesta cidade, o
denunciado Sérgio Almeida de Souza Soares subtraiu,
para si, mediante fraude, energia elétrica da Companhia
Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

Na oportunidade, o denunciado adulterou os lacres


relativos ao medidor de energia elétrica nº 1533733, o
que permitiu fosse fornecido energia elétrica para
terceiros. Ao tomar conhecimento do fato, através de
denúncia anônima, fiscais da CEEE dirigiram-se até a
residência do denunciado, momento que constataram a
fraude, notificando-o a proceder a troca do medidor.
Posteriormente, os fiscais retornaram ao local,
constatando que o medidor havia sumido.

O prejuízo da empresa vítima foi cerca de R$ 55.000,00


(cinqüenta e cinco mil reais), conforme expediente das
fls. 10/61 do inquérito policial.

A denúncia foi recebida em 10 de março de 2003


(fl. 02).

Citado (fl. 80v), o denunciado foi interrogado (fl. 81


e v), ocasião em que negou a prática dos fatos narrados
na exordial acusatória.

A defesa apresentou alegações preliminares (fl.


82).

Durante a instrução, foram ouvidas a


representante da vítima (fl. 98 e v) e 03 (três)
testemunhas (fls. 99/100 e 116).

No prazo do artigo 499 do CPP, as partes nada


postularam (fls. 120v/122).

Em alegações finais, O Ministério Público,


entendendo inexistirem provas suficientes para a
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condenação, pugnou pela absolvição do acusado, nos


termos do disposto do artigo 386, VI, do CPP (fls.
123/127).

A assistência à acusação, por sua vez, requereu a


condenação do denunciado, como incurso nas sanções
do artigo 155, § 3º, do Código Penal (fls. 129/137).

A defesa, a seu turno, pugnou pela absolvição,


ante a ausência de provas (fls. 139/140).

Sobreveio sentença (fls. 142/145), julgando


improcedente a denúncia, para absolver o réu Sérgio
Almeida de Souza Soares, com fulcro no artigo 386, VI,
do CPP.

Inconformada com a decisão, a assistente da


acusação interpôs recurso de apelação (fl. 150). Nas
razões recursais, requereu a reforma da sentença do
juízo singular, para que o acusado seja condenado, por
infração ao artigo 155, § 3º e § 4º, do Código Penal (fls.
165/173).

Em contra-razões, a defesa pleiteou o


improvimento do apelo (fls. 185/189), enquanto o órgão
ministerial requereu o não conhecimento do recurso e,
no mérito, seu improvimento (fls. 191/193).

Nesta instância, o Procurador de Justiça opinou


pelo improvimento do recurso de apelação (fls.
196/197v).

É o relatório.

VOTOS
Des. Aramis Nassif (RELATOR)

Tenho por não conhecer do recurso interposto pelo


assistente de acusação.

No Brasil, pela ação penal subsidiária da pública,


bem como em outros países, como a Inglaterra e
Argentina, o particular tem a faculdade de denunciar ante
o Poder Judiciário o cometimento de delitos de ação
pública.

Particularmente na Inglaterra, essa iniciativa tem


efetiva realidade jurídica pela inexistência, no sentido
estrito do termo, de Ministério Público, sendo o órgão
acusador, no mais das vezes, a autoridade policial.

Aparentemente salutar, a intervenção particular,


vedada na maioria dos países, pode caracterizar, como
ocorre no Brasil, um excesso acusatório incompatível
com nossa tradição jurídica, uma vez que afligem o “jus
libertatis” do acusado, além do Estado na função
acusatória exclusiva, e a vítima ou seus sucessores.

Essa possibilidade, pretensamente de mera


assistência, vai de encontro a duas realidades
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irrefutáveis:

a. O Ministério Público nacional é,


indiscutivelmente, competente e eficiente na
representação social que lhe incumbe, especialmente
como órgão acusador. Competindo-lhe o ‘dominus litis’
(Art. 129, I, CF), não há margem de subsistência da
norma ordinária que outorga o direito de assistência à
acusação (Art. 268, CPP). O interesse que detona a
ação do Ministério Público é difuso, não se
personificando, como leciona AFRÂNIO:

"O interesse que move o


Ministério Público não se liga à
pessoa do ofendido, mas é um
interesse não personificado:
difuso. Em uma ordem jurídica
democrática não há espaço para
um processo penal derivado de
interesses individuais, ainda que
relevantes, pois o crime atende
valores coletivos reinantes na
sociedade como um todo" (Direito
Processual Penal - pág. 305)

b. O processo transforma-se em instrumento de


vingança particular, o que repugna a consciência social e
moral.

Não discrepa deste entendimento Lenio Streck1,


ao sustentar que “... é antinômica a presença do
Ministério Público, que no Júri defende os interesses da
sociedade, com a figura do assistente de acusação, que
defende os interesses privados da vítima,
transparecendo, disso, resquício de vindita”.

O autor gaúcho, mais adiante, disserta que “... a


sustentação da tese de não inconstitucionalidade do
assistente da acusação caminha na esteira de uma
acusação sistemática no Júri, coisa já de há muito
abolida, pois se sabe que o Ministério Público pode pedir
absolvição, desclassificação e a retirada de qualificadora
em plenário, se assim entender”. (idem, pág. 149).

O brilhante artigo de Marcellus Polastri Lima,


publicado pelo Livro de Estudos Jurídicos nº 3 (1992,
pág. 257), esgota o tema a respeito da situação jurídica
do assistente de acusação, merecendo destaque o
excerto:

“Ao dispor a Lei Maior que a


promoção da ação penal pública é
privativa do Ministério Público,
derrogado está o Código de
Processo Penal no que tange aos
dispositivos atinentes à
assistência do parquet.

É cediço que advindo


promulgação de uma nova Carta

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Constitucional, pelo princípio da


recepção, são recebidas as
legislações ordinárias no que não
conflitem com a Lei Maior.
Destarte, não podem sobreviver
dispositivos ordinários
incompatíveis com a nova ordem
constitucional.

Dispondo a Constituição de 1988


que a promoção da ação penal
pública é privativa do órgão oficial,
eliminado está o instituto da
assistência ao Ministério Público,
face à manifesta
incompatibilidade”.

Certamente, a jurisprudência nacional, ainda


relutante, saberá expurgar do sistema jurídico brasileiro
a figura do assistente de acusação, eis que seu malefício
destaca-se em constrangedora colisão com o
pensamento do Ministério Público quando opina
absolvição, sua atuação, patrocinada pela vítima ou sua
família, obriga-o a acusar, numa estranha e inadequada
similitude com o princípio da obrigatoriedade defensiva.

Em circunstâncias que tais, em caso de


manifestação absolutória formulada pelo MP, e, por isto
mesmo, ou por razões outras, desinteressa-se em
recorrer, interpondo o recurso o assistente da acusação,
este passa a ser, de maneira teratóide, o verdadeiro
titular da acusação, contrariando a opinião do Estado no
caso concreto, revogável apenas por outra manifestação
do órgão oficial acusador.

Imperativo esclarecer que hoje se reconhece a


existência de uma acusação imparcial, a ponto de
registrar-se pedidos de arquivamento por falta de justa
causa, atipicidade, insuficiência probatória, além de
vicejar o princípio do promotor natural, pois "...la
verdadera tarea del Ministerio Público consiste en que,
junto con el Tribunal, aspira a que se dicte una sentencia
justa". (EBERHARD SCHIMIDT - La Ordenanza Procesal
Penal Alemana - Buenos Aires - Depalma, 1978, Vol I, p.
102). Tudo leva a concluir que há verdadeira antinomia
entre esta necessária imparcialidade atuasse a
parcialidade cogente da assistência da acusação.

Alfredo Vélez Mariconde lembra que “…la


ingerencia del particular ofendido es fuente de
anacronismo teórico y de inconvenientes prácticos
reconocidos (Derecho Procesal Penal, Buenos Aires,
1969, p. 293/294), enquanto Ernes Beling preleciona que
“en contra de ella milita el hecho de que una persona
particular no asume el molesto papel de acusador, sino
por motivos personales, existiendo, por el tanto, lo
mismo peligro de que no se acuse, aunque interés del
estado lo requiera, que el peligro contrario de que el
odio, la venganza y otros motivos..." (Derecho Procesal
Penal, Barcelona, 1943)

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A nossa tradição privatista assegura, por outro


lado, a ação reparatória “ex delicto”, sede adequada para
o particular reivindicar os danos, tanto quanto possível.
No plano criminal, todavia, a postulação acusatória deve
ser encargo apenas do Ministério Público, cuja ação
será, pela destinação institucional reservada na Carta,
isenta e, assim, mais próxima do justo idealizado.

Fechar os olhos para o assistente de acusação é


tornar a norma do art. 129, I da CF um preceito vazio,
como esclarece o incomparável LUIGI FERRAJOLI: "...
uma Constituição pode ser avançadíssima pelos
princípios e direitos que sanciona e, sem embargo, não
passar de ser um pedaço de papel se carece de técnicas
coercitivas - de garantias - que permitam o controle e
neutralização do poder e do direito ilegítimo". (Derecho Y
Razón - Teoría Del Garantismo Penal - Ed Trotta, 1995,
p. 852)

Esta Câmara, a partir das observações supra,


decidiu:

ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO.
INCONSTITUCIONALIDADE.

A possibilidade, pretensamente de
mera assistência à acusação, vai
de encontro a duas realidades
irrefutáveis: a) O Ministério
Público nacional é,
indiscutivelmente, competente e
eficiente na representação social
que lhe incumbe, especialmente
como órgão acusador;
Competindo-lhe o ‘dominus litis’
(Art. 129, I, CF), não há margem
de subsistência da norma
ordinária que outorga o direito de
assistência à acusação (Art. 268,
CPP); b)O processo transforma-
se em instrumento de vingança
particular, o que repugna a
consciência social e moral. A
nossa tradição privatista assegura,
por outro lado, a ação reparatória
“ex delicto”, sede adequada para o
particular reivindicar os danos,
tanto quanto possível. No plano
criminal, todavia, a postulação
acusatória deve ser encargo
apenas do Ministério Público, cuja
ação será, pela destinação
institucional reservada na Carta,
isenta e, assim, mais próxima do
justo idealizado”. RSE Nº
70006865224. Rel. Aramis Nassif.
V Câm. Crim.TJRS. )

O III Grupo Criminal já se


manifestou, nos embargos

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infringentes de nº 70005315270,
(leading case nesta Corte), em
voto relatado pelo eminente Des.
Amilton Bueno de Carvalho, pela
inconstitucionalidade da
assistência da acusação, de que
resultou a seguinte ementa:

EI. CONFORMIDADE DO MINISTÉRIO


PÚBLICO COM A SENTENÇA
CONDENATÓRIA DE PRIMEIRO
GRAU. APELO DO ASSISTENTE DE
ACUSAÇÃO. ILEGITIMIDADE
POSTULATÓRIA. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PÚBLICO.
INCONSTITUCIONALIDADE. – O
elemento que distingue os ilícitos penais
dos civis é a irreparabilidade do dano,
ou seja, o interesse público que reside
na parcela de lesão que a indenização /
reparação cível não consegue confortar.
- O Direito Penal, enquanto ramo do
Direito Público, não pode permitir que a
vítima consagre seus interesses
privados através da estrutura estatal-
judiciária penal. - A participação da
vítima no processo penal – com “P”
maiúsculo (sentido forte que a
expressão ao menos deveria ter) –
reforça as doutrinas retributivas cuja
máxima de justiça é a devolução do mal
com o mal – “venganza de la sangre”,
diria Ferrajoli.O Esta de direito,
enquanto negação da vingança privada,
implanta o fim da dominação do mais
forte, tomando para si o monopólio do
direito de punir. A Constituição Federal
admite a intervenção da vítima no
procsso penal, através da ação penal
privada subsidiária da pública (Art. 5º
LIX, da CF), nos casos de inércia do
órgão ministerial. Contrario sensu,
havendo movimentação do Ministério
Público, porém em direção contrária ao
interesse da vítima, cuida-se de conflito
de interesses (público e privado), e não
de omissão do parquet, hipótese
diferenciada da exceção constitucional
à acusatoriedade pública.

Consagra-se, pois, a ilegitimidade


ad processum do assistente da
acusação.

O voto é no sentido de não


conhecer do recurso.

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Des. Amilton Bueno de Carvalho


(REVISOR) - De acordo.

Des. Luís Gonzaga da Silva Moura

Com a vênia do eminente


Relator, não percebo
inconstitucionalidade no atuar do
assistente da acusação no processo
penal.

Com efeito, o monopólio


ministerial para promover a ação penal
pública, consagrado pela Carta
Constitucional de 1988, não afastou a
possibilidade do ofendido - aquele que
sofreu o dano e/ou as diretas
conseqüências do ato criminoso -, de
intervir supletivamente na demanda
penal para auxiliar e também fiscalizar o
atuar do acusador oficial.

Verdade que o Ministério


Público, até pelo incontroverso preparo
técnico de seus agentes, poderia
dispensar a assessoria do acusador
privado. Entretanto, remanesceria a
função fiscalizadora. Ou será que o
atuar processual do Ministério Público
também dispensaria qualquer controle
do ofendido? A Constituição Federal, ao
que me parecer, não o dispensou, tanto
que assegurou a possibilidade do
particular intentar, em não o tendo feito
o Ministério Público no prazo legal, ação
penal privada em crimes de ação
pública.

Ora, se ao ofendido, por força


de norma constitucional expressa (art.
5º, LIX, CF), é concedido o mais -
substituir o acusador oficial na
propositura da ação penal pública (ato
privativo: art. 129, I, CF), quando
ultrapassado, in albis, o prazo de lei -,
evidente que não lhe pode ser subtraído
o menos, ou seja, o direito de
acompanhar a ação penal pública e,
nos limites autorizados na lei,
suplementar o atuar do agente
ministerial e mesmo substituí-lo em
eventuais atos processuais - exemplo:
recorrer da sentença absolutória - que
este deixe de praticar dentro do prazo
legal.

E com estas breves e singelas


considerações, estou conhecendo do
recurso.

É
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É o voto.

DES. ARAMIS NASSIF - Presidente -


Apelação Crime nº 70020221271,
Comarca de Pelotas: "POR MAIORIA,
NÃO CONHECERAM DO RECURSO,
VENCIDO O DES. LUÍS GONZAGA DA
SILVA MOURA, QUE O CONHECIA."

Julgador(a) de 1º Grau: SONIA


ARAUJO PEREIRA

1 STRECK, Lenio Luiz. Tribunal do Júri-


Símbolos e Rituais. 2.Ed. Porto Alegre : Livraria
do Advogado, 1993

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