Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESUMO
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi identificar através de análise qualitativa o conhecimento sobre
a pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força em profissionais de educação física
atuantes em academias de Hortolândia e região. Método: Esta pesquisa possui caráter qualitativo
sobre o conhecimento dos avaliados por meio de um questionário de múltipla escolha. O questionário
foi respondido por 39 sujeitos, sendo 6 estagiários e 33 professores formados. Resultados: ficou
evidenciado um baixo nível de conhecimento sobre o assunto por parte dos participantes, sendo que
os mesmos atingiram ~48% de acerto. Conclusão: Concluiu-se que os entrevistados apresentaram
um nível de domínio do assunto razoavelmente baixo, pois atingiram um valor de ~48% de acerto nas
seis questões.
ABSTRACT
Objective: The objective of this study was to identify through qualitative analysis the knowledge
about training interval during a resistance training session in Hortolandia and region. Method: This
research was conducted by a qualitative analysis. The questionnaire was completed by 39 trained
teachers. Results: the evidenced of this study showed a low level of knowledge on the subject by the
participants, and they reached ~ 48% of accuracy. Conclusion: It was concluded that the respondents
had a low knowledge about interval training, reaching a value of ~ 48% of accuracy.
Autor de correspondência
Charles Ricardo Lopes
Rodovia do Açucar, km 156, s/n – Campus Taquaral – Mestrado e Douto9rado
em Ciências do Mo0vimento Huamno – UNIMEP. Piracicaba-SP, Brasil.
Tel: 55 – 19 – 31241558; Fax: (19) 31241620.
E-mail: chrlopes@unimep.br
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
públicas. Com isso, a busca pelo profissional séries tem recebido pouca atenção em
de educação física vem se tornando necessária detrimento às outras variáveis prescritas, como
O profissional de educação física atua literatura tem verificado que diferentes tempos
dentro de diversas áreas do fitness, que pode de recuperação entre séries no TF podem
tantas outras. Dentro de cada uma dessas metabólicas e endócrinas5,6. Por conseguinte,
morfológicas na população jovem e idosa, que Segundo Ide, Lopes e Sarraipa9 durante
corporal e a saúde2,3. Contudo, tais respostas ocorre pela via oxidativa, de acordo com o
adaptativas são dependentes da manipulação tempo adotado (curto ou longo), ao passo que,
das variáveis agudas que norteiam o contínuo este processo define a característica metabólica
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 2
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
investigaram o grau dos conhecimentos sobre em instituições públicas e uma pessoa não
insuficientes, o que pode prejudicar a qualidade pessoais e do questionário, para tirar qualquer
Esta pesquisa foi de caráter qualitativo Comitê de Ética em Pesquisa do Portal Brasil
ambos os sexos. Dos professores formados, múltipla escolha, sendo que as respostas eram
a graduação em Educação Física e três não na academia, tempo adequado de pausa, entre
graduaram em instituições privadas, dois Este estudo foi realizado nas academias
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 3
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
a) 2 a 5 minutos;
hipertrófico? d) 7 a 9 minutos.
a) 1 a 2 minutos;
a) Glicolítico;
máxima? d) Mitocondrial.
a) 30 segundos a 1 minuto;
de força máxima?
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 4
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
nervoso central (SNC), recuperar a PCr e não que erraram a questão, 38% dos entrevistados
PCr, não estressar o SNC e não induzir acidez 5% dos indivíduos entrevistados acertaram a
pausa entre séries de um treino de hipertrofia, uma ressíntese completa de PCr e uma grande
54% dos entrevistados acertaram a questão recuperação das fibras do tipo IIA e IIX.
assinalando a alternativa (b), que dizia que a Quando a pausa for completa (3 a 8 minutos),
pausa adequada entre séries deveria ser de 30 ocorre a ressintese da fosfocreatina (PCr) de
a 60 s. Para Ide, Lopes e Sarraipa9 durante forma integral, renovando assim as reservas
as pausas, a via oxidativa é requerida para a de PCr 10,11. Dentre os 95% que erraram a
ressíntese de ATP para o trabalho muscular questão 8% afirmaram que a alternativa (a);
pausa (completa ou incompleta) é definida a correta; e por fim 64% afirmaram que era a (c).
magnitude de restauração da PCr . Quando a A questão que perguntava qual era o hormônio
pausa é incompleta (menor que 3 minutos), anabólico que tem grande secreção quando é
a PCr é ressíntetizada parcialmente, assim feita uma pausa curta num treino de resistência
nos próximos exercícios ocorrerá maiores de força, obteve 54% de acertos por parte dos
(H+), e, por conseguinte, fadiga. Dentre os 46% alternativas (a) GH (hormônio do crescimento)
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 5
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
descanso (pausas incompletas) são elevadas 5 minutos. Para Ide, Lopes e Sarraipa9 no treino
mais longos de descanso (pausa completa), também para não fadigar as fibras do tipo IIA
sendo independente de idade e gênero12,13,14. e IIX. Dentre os 43% que assinalaram errado
Fisiculturistas utilizam pausas curtas essa questão, 33% afirmaram ser a alternativa
(incompletas) entre as séries, ocorrendo assim (b), e os outros 10% marcaram a letra (c), e
virtude de uma maior liberação dos hormônios conferido pelas pausas curtas em treinos
entanto, vale reassaltar que o estresse metabólico assinalaram corretamente a questão, marcando
propriamente dito, muito mais do que a ligação a alternativa (a) que afirmava que o metabolismo
hormônios, está relacionado com a hipertrofia Para Senna et al. 18, pausas entre séries que tem
muscular15. Dos que erraram a questão, 46% curta duração podem exercer influência direta
dos professores marcaram a alternativa (b) que na ressíntese da PCr , o que torna a reposição
afirmava que o homônimo anabólico de maior de ATP desse substrato menor, e confere
era o lactato; nenhum indivíduo assinalou a glicolítico. Outros 28% dos professores
alternativa (c) que afirmava ser o estrogênio o pesquisados assinalaram a alternativa (b);
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 6
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
levantadores de peso, que treinam com cargas 1.FILHO JMVM. Perfil dos profissionais de educação
física que atuam nas academias de Fortaleza em relação
muito altas, é necessária a ocorrência de pausas ao conhecimento da bioquímica aplicada ao exercício.
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. 2014; 13
longas (2 a 5 minutos) para o restabelecimento (2).
2.LOPES CR, CRISP AH, SINDORF MAG,
das funções acima descritas 20. Por fim, GERMANO MD, LUTGENS LG, NARDIN CA, et al.
Effect of interval between strength exercise sessions on
outros 15% assinalaram a alternativa (d), 3% neuromuscular performance. Brazilian Journal of Sports
Medicine. 2014; 20(5): 402-405.
assinalaram a alternativa (c) e 23% assinalaram 3.AGUIAR PPL, LOPES CR, VIANA HB, GERMANO
MD. Avaliação da influência do treinamento resistido de
erroneamente a alternativa (b). força em idosos. Revista Kairos de Gerontologia, 17 (3),
Setembro (2014), 201-217.
Abaixo se verifica na tabela 1 o 4.HARRIES SK, LUBANS DR, CALLISTER R.
Systematic review and meta-analysis of linear and
percentual de acertos e erros por questão, e undulating periodized resistance training programs on
muscular strength. Journal of Strength and Conditioning
além de uma média geral de erros e acertos de Research, 29, Setembro (2014).
5.SALLES BF, SIMÃO R, MIRANDA F, NOVAES JS,
todo o questionário. LEMOS A, WILLARDON JM. Rest interval between
sets in strength training. Sports Medicine, 39 (9), (2009),
765-777.
6.WILLARDSON JM, BURKETT LN. The effect
of different rest intervals between sets on volume
components and strength gains. Journal of Strength and
Condition Research, 22 (1), Janeiro (2008), 146-152.
7.FAIGENBAUM AD, RATAMESS NA, McFARLAND
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 7
Análise qualitativa sobre o conhecimento da pausa de treino durante uma sessão de treinamento de força por profissionais de educação fisica.
J, KACZMAREK J, CORAGGIO MJ, KANG J et al. power training: physiological mechains of adaptation.
Effect of rest interval length on bench press performance Exercise and Sports Science Reviews, 24 (1996), 363-
in boys, teens, and men. Pediatric Exercise Science, 20 397.
(4), Novembro (2008), 457-469. 20.MAIA MF, WILLARDSON JM, PAZ GA,
MIRANDA H. Effects of different rest intervals between
8.THEOU O, GARETH JR, BROWN LE. Effect of rest antagonist paired sets on repetition performance and
interval on strength recovery in young and old women. muscle activation. Journal of Strength and Conditioning
Journal of Strength and Conditioning Research, 22 (6), Research, 28 (9), Setembro (2014), 2529-2535.
Novembro (2008), 1876-1881.
9.IDE BN, LOPES CR, SARRAIPA MF. Fisiologia
do treinamento esportivo: Força, potência, velocidade, Observação: Os autores declaram não existir conflitos
resistência, periodização e habilidade psicológicas. São de interesse de qualquer natureza.
Paulo. Phorte, 1 ed, 127-137, 2010.
10.AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE
(ACSM). (2009, Mar.). American College of Sports
Medicine position stand. Progression models in
resistance training for healthy adults. Med. Sci. Sports
Exerc., 41(3), 687-708.
11.SCUDESE E. The effect of rest interval length on
repetition consistency and perceived exertion during near
maximal loaded bench press sets. Journal of Strength
and Conditioning Researc, 20, Novembro (2013).
12.KRAEMER WJ, NOBLE BJ, CLARK MJ, CULVER
BW et al. Physiologic responses to heavy-resistence
exercise, with very short rest periods. International
Journal Sports Medicine, 8 (4), Agosto (1987), 247-252.
13.KRAEMER WJ, GORDON SE, FLECK SJ,
MARCHITELI LJ, MELLO R, DZIADOS JE et al.
Endogenous anabolic hormonal and growth factor
responses to heavy resistence exercise in males and
females. International Journal Sports Medicine, 12 (2),
Abril (1991), 228-235.
14.WILLARDSON JM. A brief review: factors affecting
the length of the rest interval between resistance exercise
sets. Journal of Strength and Conditioning Research, 20
(4), Novembro (2006), 978-984.
15.SCHOENFELD BJ. The mechanisms of muscle
hypertrophy and their application to resistance training.
Journal of Strength and Conditioning Research, 24 (10),
Outubro (2010), 2857-2872.
16.TESCH P, LARSON L. Muscle hypertrophy in
bodybuilders. European Journal Applied Physiology, 49,
(1982), 301-306.
17.TESCH P, WRIGHT, JE. Recovery from short-term
intense exercise: its relation to capillary supply and
blood lactate concentration. Journal Applied Physiol
Occup Physiol, 52 (1), (1983), 99-103.
18.SENNA G, WILLARDSON JM, SALLES BF,
SCUDESE E, CARNEIRO F, PALMA A et al. The
effect of rest interval length on multi and single-joint
exercise performance and perceived exertion. Journal of
Strength and Conditioning Research, 25 (11), Novembro
(2011), 3157- 3157.
19.KRAEMER WJ, FLECK SJ, EVANS WJ. Strength and
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.9| Nº. 3 | Ano 2017| p. 8