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Doação
I) Noção
O Código Civil define a doação como o contrato em que uma das
partes, porliberalidade, transfere bens ou vantagens do seu patrimônio
para terceiro, mediante sua aceitação (art. 538, CC). Trata-se, portanto, de
um contrato gratuito.
II) Características do contrato
A doação tem as seguintes características:
EXTINÇÃO DO COMODATO:
II) Mútuo
É contrato gratuito de empréstimo de coisas fungíveis pelo qual o
mutuário passa a ter o direito ao uso temporário do bem, mas contrai para
si a obrigação de restituí-lo (em seu gênero, qualidade e
quantidade) ao mutuante ao final do prazo estipulado (art. 586, CC).
Mútuo por prazo indeterminado
Via de regra, o mútuo é feito com prazo determinado.
Entretanto, caso seja celebrado por prazo
indeterminado, será extinto nas seguintes hipóteses
(art. 592, CC): a) até a próxima colheita, se o mútuo
for de produtos agrícolas, assim para o consumo,
como para semeadura; b) de trinta dias, pelo menos,
se for de dinheiro; c) do espaço de tempo que
declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa
fungível.
Mútuo realizado a menor
Segundo os arts. 588 e 589 do Código Civil, não
poderá ser reavido nem do mutuário e nem de seus
fiadores, exceto: a) se ratificado posteriormente pelo
seu responsável ou, se ausente esta pessoa, viu-se
obrigado a realizá-lo para aquisição de seus
alimentos habituais; b) se tiver bens ganhos com o
seu trabalho, desde que a execução não ultrapasse
o valor desses bens; c) se o empréstimo reverteu em
seu benefício; d) Se o obteve o empréstimo
maliciosamente.
Mútuo feneratício
Trata-se de empréstimo de dinheiro com cobrança de
juros. Neste caso, o contrato de mútuo será oneroso,
posto que os contratantes auferem vantagens
patrimoniais.
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DAS PARTES:
Em príncipio, e por ser o mútuo um contrato unilateral que se perfaz com a
entrega da coisa, não se pode falar em obrigações do Mutuante. Porém, a
doutrina admite que ele terá responsabilidade se conhecia algum defeito ou
vício na coisa e não informou ao Mutuário.
Já o Mutuário tem a obrigação principal de devolver, no prazo estipulado, a
mesma qualidade e quantidade das coisas recebidas e, na impossibilidade
de isto ser feito, pagar o valor correspondente.
O Mutuante pode, também, exigir garantia da restituição, se antes do
vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica
(art. 590).
Prestação de Serviço e
Empreitada
Prestação de serviço
A prestação de serviço é um contrato que tem por objeto a prestação de
uma atividade de cunho material ou imaterial desenvolvida pelo prestador
do serviço mediante remuneração paga pelo tomador (art. 594, CC). Não
estarão compreendidos no regramento do contrato de prestação civil os
contratos de trabalho (individual ou avulso) regulados pela legislação
trabalhista e demais leis especiais.
Prazo
O prazo máximo de duração do contrato de prestação
de serviço é de quatro anos (art. 598, CC). Por
expressa disposição legal, não se computa no prazo
o tempo em que o prestador de serviços, por sua
culpa, deixou de prestar seus serviços. Se o contrato
não dispuser de maneira clara a especificidade do
serviço a ser prestado, a presunção é de que prestará
todo serviço que tiver compatibilidade com suas
forças e condições (art. 601 do CC).
Prazo indeterminado
Na impossibilidade de se inferir - quer seja da
natureza do contrato, quer seja do costume do lugar
- o prazo de duração do contrato, qualquer das
partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode
resolvê-lo. Neste caso, haverá necessidade de prévio
aviso.
Dispensa do prestador de serviço
No caso do prestador de serviço em contrato por
prazo determinado ou por obra certa ser dispensado
sem justa causa, terá direito à retribuição vencida,
mas responderá por perdas e danos. O mesmo
ocorrerá se despedido por justa causa, conforme art.
602 do Código Civil. Mas, se o prestador de serviço
em contrato por prazo indeterminado for despedido
sem justa causa, a outra parte será obrigada a pagar-
lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a
que lhe tocaria de então ao termo legal do contrato,
(art. 603, CC).
Extinção do contrato
São causas de extinção do contrato de prestação de
serviços: 1) com a morte de qualquer das partes; 2)
pelo escoamento do prazo; 3) pela conclusão da
obra; 4) pela rescisão do contrato mediante aviso
prévio; 5) por inadimplemento de qualquer das partes
ou pela impossibilidade da continuação do contrato,
motivada por força maior.
Empreitada
A empreitada envolve a entrega de uma obra a ser realizada por um dos
contratantes (empreiteiro) mediante o pagamento feito pelo outro (dono da
obra). É possível ao empreiteiro designar outras pessoas para a sua
conclusão. Via de regra, não se extingue com a morte de qualquer dos
contratantes, mas se for celebrado levando-se em consideração
às qualidades pessoais do empreiteiro será personalíssimo (art. 626,
CC). O empreiteiro assume todos os encargos técnicos e riscos econômicos
da obra custeando-a por preço previamente combinado, que não poderá ser
reajustado (exceto convenção em contrário), ainda que as condições de
trabalho se modifiquem.
Espécies
O contrato de empreitada comporta as seguintes
formas: a) empreitada de mão de obra em que
empreiteiro contribui somente com seu trabalho; b)
empreitada mista, na qual o empreiteiro, além da mão
de obra, fornece os materiais necessários para a sua
realização (art. 610, CC). Destaca-se que neste
último caso, não se presume sendo resultado da lei
ou da vontade das partes (art. 610, §1°, CC).
Diferenças entre os contratos de empreitada e de
prestação de serviço
O quadro a seguir demonstra as diferenças pontuais
entre esses dois tipos contratuais:
CONSSEGURO
No consseguro ocorre uma verdadeira pulverização dos riscos, ou seja, há
a distribuição entre vários seguradores da obrigação assumida. O cosseguro
é a participação de mais de um segurador em um mesmo risco, com o intuito
de cobrir tal risco integralmente. Mas na apólice consta qual é a parte da
responsabilidade de cada um.
NATUREZA JURÍDICA:
O Contrato de Seguro é bilateral ou sinalagmático, oneroso, de
adesão, consensual e não solene, embora a forma escrita é exigida para
fins de prova. Discussão interessante se processa sobre a aleatoriedade do
contrato. Ampla doutrina sustenta que o contrato de seguro é
tipicamente aleatório, uma vez que o risco é essencial para sua
constituição. Outra corrente já vê o contrato de seguro como
sendo comutativo, uma vez que comutatividade, diz respeito ao equilíbrio
das prestações de forma que os contratantes pudessem, tanto quanto
possível se sentir seguros quanto ao fato de que a prestação de um deveria
encontrar correspondência na contraprestação do outro. Haveria, portanto,
comutação entre a garantia do segurador e o prêmio pago pelo segurado.
APÓLICE
A apólice é o instrumento do contrato de Seguro. Elas podem ser
nominativas (transferidas por cessão civil), à ordem (transferidas por
endosso) e ao portador.
BRIGAÇÕES DO SEGURADO:
OBRIGAÇÕES DO SEGURADOR:
ATENÇÃO
OS PRAZOS PRESCRICIONAIS EM MATÉRIA DE SEGURO ESTÃO
REGULADOS NOS ARTS. 205 E 206 DO CÓDIGO
CIVIL. PROCEDER ATENTAMENTE A LEITURA DESTES ARTIGOS
Mandato
MANDATO
Pelo contrato de mandato opera-se a transferência do poder de
representação de uma pessoa (mandante) para outra (mandatário). Poderá
ser gratuito ou oneroso(quando o mandatário o exercer por ofício ou
profissão). Neste último caso, caberá ao mandatário a retribuição prevista
no contrato (art. 658, CC).
Pluralidade de mandatários: os mandatários nomeados poderão exercer os
poderes que lhes foram conferidos pelo mandante, desde que: a) não sejam
expressamente declarados conjuntos; b) não sejam especificamente
designados para atos diferentes; c) não sejam subordinados a atos sucessivos.
O ato praticado sem interferência de todos será considerado ineficaz.
Forma: o instrumento do mandato é a procuração. Poderá ser conferido por
instrumento público ou particular. O mandato pode
ser expresso, tácito, verbalou escrito (art. 656, CC). Permite-se
o substabelecimento dos poderes do mandatário, neste caso, o mandante
responsabiliza-se pela insolvência ou incapacidade do substabelecido.
Relativamente incapaz pode ser mandatário? O maior de
dezesseis e menor de dezoito anos, que seja considerado relativamente
incapaz, poderá ser constituído como mandatário (art. 666, CC). Contudo, o
mandante não terá ação contra ele senão de conformidade com as regras
gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores.
Obrigações do mandatário: o mandato é exercitado pelo mandatário que
atuará em nome do mandante. A lei exige que o mandatário aplique toda
a diligência habitual na execução do mandato, sob pena
de indenização por prejuízos causados por sua culpa ao mandante (art. 667,
CC).
Qual a responsabilidade do mandatário? Os negócios jurídicos que firmar irão
vincular somente este último. Entretanto, será pessoalmente obrigado se agir
em seu próprio nome (art. 663, CC). Destaca-se que o mandatário terá direito
de retenção sobre a coisa de que tenha a posse por conta do mandato até que
receba o reembolso do que despendeu para o seu exercício (art. 681, CC).
Obrigações do mandante: terá o dever jurídico de: a) cumprir com as
obrigações contraídas pelo mandatário; b) adiantar a importância das despesas
necessárias à execução do mandato (arts. 675 e 676, CC); c) ressarcir ao
mandatário as perdas que este sofrer com a execução do mandato (art. 678,
CC).
Extinção do mandato: as causas de extinção do mandato estão dispostas no
art. 682 do CC: I – revogação ou renúncia; II – morte ou interdição de uma das
partes; III mudança de estado que não mais habilite o mandante a conferir
poderes; IV – término do prazo ou pela conclusão do negócio.
Revogação do mandato: se o mandato contiver cláusula de irrevogabilidade,
o mandante deverá pagar perdas e danos ao mandatário no caso de sua
revogação.
Mandato “em causa própria” – Converte o mandatário em dono do negócio,
podendo administrá-lo em seu nome e auferir todas as vantagens dele
decorrentes. Neste tipo de mandato haverá cessão de direito ou transferência da
coisa móvel ou imóvel (art. 685, CC).
Notificação da revogação: É imperioso que o mandante notifique o
mandatário acerca da revogação do mandato (art. 686, CC). A lei imputa válidos
os atos e negócios jurídicos realizados com terceiros de boa-fé.
Aceitação e Ratificação:
Como a forma do contrato de Mandato é livre, a aceitação pode ser expressa
ou tácita, lembrando que se, tácita, presume-se do começo da execução da
representação (art. 659).
Se ação do mandatário se der além dos limites da representação ou se
alguém agir sem o Mandato, o mandante pode impugnar o ato ou ratificá -lo
(art. 662).
PROCURAÇÃO
Segundo lição de A. Ferrer Correia, em A Procuração na Teoria da
Representação Voluntária. In:Estudos de Direito Civil, Comercial e Criminal.
2. ed. Coimbra: Almedina, 1985:
"Procuração é o ato pelo qual o representado se vincula, em face de pessoa
determinada ou do público, a receber e suportar na sua esfera jurídica os
efeitos dos negócios que em seu nome realizar o procurador, nos limites
objetivamente assinalados - e, ao mesmo tempo, adquire direito a haver por
seus, diretamente, esses negócios. Se quisermos, o ato pelo qual o
representado se apropria, preventivamente, dos efeitos ativos e passivos de
certos negócios jurídicos, a concluir em seu nome pelo representante"
ATENÇÃO
É comum encontrar afirmações de que Mandato e Representação se
confundem no Direito Civil brasileiro. Precisa e preciosa é a lição do
professor Fábio Maria de Mattia, na obra Aparência de
Representação (1984):
"Pode faltar o direito de representação no mandato, sem que por isso o
contrato degenere em outro diferente ou não produza nenhum efeito.
Ordinariamente ocorre que o mandatário é o procurador do mandante, porém
pode não sê-lo, quando, por estipulação ou por sua única vontade, o
mandatário atua em nome próprio. (...) Em consequência, a representação
é simplesmente um elemento da natureza do mandato, quer dizer, algo que
não lhe sendo essencial, se compreende pertencer-lhe, sem necessidade de
uma declaração especial que, porém, pela mesma razão, pode-se suprimir
mediante uma estipulação em contrário. Ainda quando, por geral, se entenda
que o mandatário tem naturalmente a faculdade de representar o mandante,
mesmo assim pode não ser o mandato representativo."
Depósito