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Curso de Educação Especial    |   Módulo II   

INCLUSÃO E INTEGRAÇÃO

Ao longo da história a relação entre o normal e o


patológico sempre esteve presente.

Mas, o que é normal? O que é patológico?

Autores
A t como Stobäus
St bä e Mosquera
M (2000) definem
d fi
que o que pode ser considerado normal é aquilo que
é muito semelhante dentro de um grupo ou para um
grupo de pessoas,
pessoas e o que é passível de ser
considerado anormal, patológico ou muito diferente,
pode variar de um grupo para outro ou em contextos
diferentes.
diferentes

Módulo II ‐ Inclusão e Integração
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INCLUSÃO E INTEGRAÇÃO
A história humana nos revela que, desde a antiguidade, já se descreviam pessoas com alterações e
anormalidades de origem genética (os chamados erros de nascença), os produzidos no parto ou pós‐parto
e os que aconteciam ao longo da vida do sujeito. A existência de cegos, surdos, pessoas com problemas de
marcha
h e outros
t ti
tipos d transtornos
de t t era relatada
l t d pelal medicina
di i que, durante
d t muito
it tempo,
t procurou
atender essas denominadas anormalidades. Essas pessoas eram tiradas do convívio social, encerradas em
suas casas, escondidas pelos familiares e, às vezes, pelas autoridades, ou em algum outro lugar, para serem
tratadas.

Assim procediam, também os gregos e romanos que escondiam os deficientes, por serem considerados
diferentes do normal, do padrão da sociedade, no qual a beleza, a estética, a inteligência, dentre outros
elementos,
l t eram tidos
tid como os mais i relevantes.
l t Na N Antiga
A ti Grécia,
G é i as crianças
i com máá formação
f ã eram
eliminadas.

Na Idade Média, a deficiência era relacionada a forças demoníacas, levando a julgamentos, perseguições e 
, ç , j g ,p g ç
encarceramento.Os padrões sociais eram determinados em um sentido ético, moral e intelectual, e sob a 
forte influência da Igreja. Aqueles que não se enquadravam dentro dos padrões estabelecidos eram 
punidos ou condenados. Nessa época, ter um filho excepcional, era visto como uma espécie de maldição, 
às e es ligado a algo diabólico Esse mesmo j í o pre alecia em relação às pessoas canhotas chamadas
às vezes ligado a algo diabólico. Esse mesmo juízo prevalecia  em relação às pessoas canhotas, chamadas  
sinistras. Esses “diferentes” podiam ser executados na forca, ou queimados vivos (inquisição).

Nos séculos XVIII e XIX, o preconceito e a exclusão não desapareceram, mas a forma de tratamento 
p p
excludente e desumana em que eram tratados alguns grupos sociais, foi sendo questionada ao longo do 
tempo.
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Com a filosofia iluminista que incorporava as Iluminismo: movimento surgido na
doutrinas de igualdade, da bondade natural, do França do século XVII , defendia o
ilimitado aperfeiçoamento da humanidade, começou‐ domínio da razão sobre a visão religiosa
e o misticismo qque dominavam a Europa p
se a ter
t uma visão
i ã mais
i humanitária
h itá i dos
d deficientes
d fi i t desde a Idade Média. Filósofos
pela influência dos pensadores dessa época, dentre iluministas: entendem o homem como
os quais destacam‐se o filósofo Locke, o educador(a) naturalmente bom, corrompido pela
Rousseau e Pestalozzi,, cujas
j idéias q questionaram a sociedade. Acreditavam q que se todos
forma como eram tratados os prisioneiros de guerra e fizessem parte de uma sociedade justa,
os loucos. com direitos iguais a todos, a felicidade
seria alcançada. Por esta razão, eram
contra as imposições
p ç de caráter
TTambém,
bé tiveram
ti i fl ê i as idéias
influência idéi dos
d pensadores
d religioso, contra as práticas
e políticos liberais da Revolução Francesa, que mercantilistas, contra ao absolutismo do
proporcionaram uma visão mais humana da rei, além dos privilégios dados a nobreza
deficiência. e ao clero.
A deficiência, nessa época, passa a ser objeto de
estudo da medicina, principalmente, porque era
encarada como doença e como tal, precisava ser
tratada.
tratada

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No início do século XX, foram criadas as chamadas Liberalismo: doutrina que
“escolas especiais”, cuja política era separar e isolar as
mantém que o indivíduo tem
crianças com deficiência do grupo de crianças
consideradas
id d normais. i o direito de pensar o que
quiser, de exprimir o que
Nessa fase, embora algumas crianças com deficiência pensa como quizer, e de por
mental fossem consideradas educáveis,, entendia‐se
em prática o que pensa como
que deveriam ser educadas separadamente. Essa
compreensão de que o deficiente seria melhor quiser, desde que essa
atendido, isolado das demais crianças tidas como expressão ou essa prática não
normais,
i predominou
d i até
té a década
dé d ded 60.
60 i f i j diretamente
infrinja di a igual
i l
liberdade de qualquer outro
Nessa época, importantes mudanças ocorreram na
educação
ç especial,
p , conseqüência
q dos movimentos indivíduo.(Fernando Pessoa).
dos pais de crianças deficientes, que começaram a
reivindicar espaços nas escolas regulares para seus
filhos, o que resultou no estabelecimento do direito à
ed cação pública e gratuita
educação grat ita de todas as crianças com
deficiência, conforme decisão dos Tribunais da
Pensilvânia (1971/1972).

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Com essa conquista, a concepção de educação especial paralela à educação regular, começa a declinar.
Passou‐se a utilizar, no lugar da expressão deficiência, o termo “Necessidade Educativa Especial”.
Ampliaram‐se as possibilidades para integração das crianças com deficiência na escola regular, tendo como
principal
i i l objetivo
bj ti a valorização
l i ã dad criança,
i o desenvolvimento
d l i t de
d seus direitos
di it e potencialidades.
t i lid d

Mas, embora a integração, requeresse maior igualdade, se constituísse um grande avanço, poucos
benefícios pproporcionou
p para o desenvolvimento das crianças
p ç com deficiência. Isso pporque,
q , a deficiência
era tratada como um problema da criança, cabendo a ela tornar‐se apta a integrar‐se aos padrões do meio
social, ou seja, no lugar da escola adaptar‐se às necessidades dos alunos, eram eles que deveriam adaptar‐
se à escola.

Aos poucos, a temática da integração vai dando lugar à inclusão.

Vale a p
pena lembrar q que a inclusão não se limita à inserção
ç de criançasç e jjovens com deficiência nas
escolas regulares, mas sim de todos indistintamente. Mais do que matricular, é preciso atender as
necessidades de todos.Como afirma Mittler (2003, p.16) ‐ “a inclusão não diz respeito a colocar as
crianças nas escolas regulares, mas a mudar as escolas para torná‐las mais responsivas às necessidades
de todas as crianças;
crianças diz
di respeito a ajudar
aj dar a todos os professores a aceitarem a responsabilidade quanto
q anto à
aprendizagem de todas as crianças nas suas escolas e prepará‐los para ensinarem aquelas crianças que
estão atual e correntemente excluídas das escolas por qualquer razão. Isto se refere a todas as crianças
que não estão beneficiando‐se
q f com a escolarização
ç e não apenas
p àquelas
q que são rotuladas com o termo
q
“necessidades educativas especiais”.

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O movimento da inclusão se fortalece no início na segunda metade da década de 80 nos países
desenvolvidos e amplia‐se na década de 90.

ÉÉ a partir dessa época que se intensificam os movimentos que irão provocar mudanças na concepção da 
ti d é i t ifi i t iã d ã d
deficiência mental e da educação especial.
Em nível mundial, acontecem diversos eventos, são elaborados diversos documentos oficiais que irão 
reforçar a idéia de inclusão de todas as crianças na escola, com repercussões em vários países, incluindo o 
ç ç , p p ,
Brasil.

Entre os eventos, destaca‐se a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na Tailândia,
em 1990,
1990 que enfatiza
f ti a importância
i tâ i de
d se universalizar
i li o acesso à educação
d ã e de
d se promover a equidade.
id d

A Conferência destacou que as necessidades básicas das pessoas portadoras de deficiência requerem
atenção
ç especial
p e ainda,, q
que é p
preciso tomar medidas qque ggarantam a igualdade
g de acesso à educação
ç da
criança com qualquer tipo deficiência, como parte integrante do sistema educativo.

Em 1994, surge a “Declaração de Salamanca”, um dos textos mais completos sobre inclusão na educação,
e idenciando que
evidenciando q e a Educação
Ed cação Inclusiva
Incl si a não se refere apenas aos deficientes,
deficientes mas a todas as pessoas,
pessoas sem
exceção.

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A “Declaração de Salamanca” representou um marco para as ações em educação especial, ao reafirmar o
direito de todos à educação, incluindo as crianças e jovens com necessidades educativas especiais.

Outro
O t documento
d t relevante
l t é a “Carta
“C t Para
P o Terceiro
T i Milênio”,
Milê i ” aprovadad em Londres,
L d G ã Bretanha,
Grã B t h em 9
de setembro de 1999, pela Assembléia Governativa da Rehabilition Internacional.

A Carta p
para o Terceiro Milênio explicita
p um compromisso
p com a inclusão não apenas
p na escola,, mas
também social, pretendendo o fim da discriminação, do preconceito e da homogeneidade das pessoas.

Considera, que todos os sujeitos tenham ou não deficiência, como seres capazes, que devem ter
assegurado
d o direito
di it e as condições
di õ para viver
i em sociedade.
i d d

Os princípios da Carta para o Terceiro Milênio são reafirmados na “Convenção Interamericana para a
Eliminação
ç de Todas as Formas de Discriminação ç contra a Pessoa Portadora de Deficiência”,, celebrada na
Guatemala, que em seu art.1º, n.2, ”a” deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na
deficiência, definindo a discriminação como toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em
deficiência, antecedente de deficiência, conseqüência de deficiência anterior ou percepção de deficiência
presente ou
o passada,
passada que
q e tenha o efeito ou
o propósito de impedir ou o anular
an lar o reconhecimento,
reconhecimento gozo
go o ou
o
exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades
fundamentais. (Fávero, Pantoja e Mantoan, 2004, p.12).

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Nesse documento, fica evidente que todas as formas 
de discriminação às pessoas com deficiência são 
consideradas crime. O documento afirma também 
que se deve possibilitar em todo o mundo a 
acessibilidade em todo e qualquer contexto. 

No próximo módulo falaremos sobre a Inclusão no 
Brasil

Preparados?

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