Sei sulla pagina 1di 6

UNIVERSIDADE de SÃO PAULO

FACULDADE de ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO e


CONTABILIDADE
DEPARTAMENTO de ECONOMIA
*

EAE0423 – Economia Brasileira I – Prof. Dr. Guilherme Grandi

QUESTÕES DE REVISÃO PARA A 2ª AVALIAÇÃO


Responda VERDADEIRO ou FALSO (justifique a resposta quando a opção for
pelo FALSO)

1. Sobre o período do ajuste recessivo do início da década de 1980, é correto


afirmar que:
a) A política econômica esteve voltada para a redução do nível de absorção
interna, estimulando as exportações e diminuindo as importações.
Verdadeiro
b) A observada interrupção dos fluxos externos de financiamento foi
determinada principalmente pela crise fiscal brasileira. Falso – A crise dos
anos 80 decorreu do segundo choque internacional do petróleo sendo,
portanto, um choque externo. A moratória mexicana de 82 interrompeu os
fluxos para a América Latina até o final da década. A crise fiscal brasileira
não foi, portanto, a causa, mas uma consequência da crise, no sentido de
que a dívida brasileira foi fortemente afetada pelos choques externos.
c) O ajuste impôs à economia um processo de reestruturação financeira das
empresas nacionais, o que só foi possível porque o Estado absorveu os
impactos negativos do ajuste sobre as contas públicas. Verdadeiro
d) O ajuste contribuiu para a desaceleração da inflação. Falso – O efeito de
políticas restritivas de demanda sobre a inflação foi praticamente nulo. Os
preços industriais se aceleraram até meados de 1981, atingindo variação
de quase 100% ao final de 1982.
e) Mesmo com o crescimento dos juros sobre a dívida interna, o controle de
gastos do governo garantiu a diminuição do déficit público em proporção
ao PIB. Verdadeiro
2. Comparando o Plano Real com a proposta apresentada por André Lara
Resende e Pérsio Arida, o chamado plano “Larida”, responda V ou F:
a) A partir da introdução da nova moeda, ambos os planos propunham uma
política de câmbio fixo como forma de garantir a estabilidade de preços.
Falso – Na realidade, não está correto afirmar que o Real adotou um regime
de câmbio fixo stricto sensu, pois pode-se distinguir quatro fases na
condução da política cambial durante o Plano. A 1ª fase corresponde à livre
flutuação para baixo, entre julho e setembro de 1994; a 2ª é a etapa de
âncora cambial rígida, em que o câmbio permaneceu, na prática, fixo nos
R$ 0,84/US$ por cinco meses; frente à crise do México, que levou a uma
significativa perda de reservas, o Banco Central do Brasil decretou uma
minidesvalorização cambial de cerca de 6% em março de 1995, seguida por
pequenas correções aleatórias da cotação do dólar (3ª fase); e, finalmente,
a política cambial na 4ª fase esteve marcada por pequenas desvalorizações
que foram convergindo para 0,6% ao mês, até o final de 1998.
b) A diferença fundamental entre os planos é a ausência de um ajuste fiscal
permanente na proposta Larida. Falso – A principal diferença do Plano Real
em relação à proposta Larida é que ao invés da criação de uma nova moeda
indexada, criou-se uma unidade de conta (a URV) com um caráter de quase
moeda, que não tinha poder liberatório, impedindo assim que uma
hiperinflação na moeda velha acabasse por contaminar a nova. Outra
distinção refere-se a fazer a URV variar diariamente de acordo com uma
média de três índices de preços, tornando o indexador universal. Além
disso, introduziu-se através do Plano Real “custos de cardápio”, porque
mesmo sendo apenas uma unidade de conta, a URV trazia o risco de uma
explosão inflacionaria devido a uma possível superindexação.

c) Se no Plano Real a Unidade Real de Valor (URV) era o indexador, no Larida,


essa função ficaria a cargo das Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional (ORTN). Verdadeiro
d) Diferentemente do Real, no Larida, uma nova moeda indexada à inflação do
mês imediatamente anterior deveria manter a paridade fixa com o dólar.
Falso – Na proposta Larida, a moeda indexada teria o papel de reduzir o
período de reajuste sem a necessidade de se estabelecer uma paridade fixa
com o dólar.
e) Seria correto afirmar que, diferentemente do Larida, o Plano Real buscou
promover uma “dolarização sem o dólar”. Falso – Em verdade, é o Larida
que propõe uma “dolarização sem o dólar”, em função do que se apontou
no item d acima.

3. Do Plano Cruzado ao Plano Collor (passando, portanto, pelos planos Bresser


e Verão), observa-se nítida tendência de se assumir, cada vez mais, uma
visão ortodoxa acerca do processo inflacionário brasileiro em detrimento da
heterodoxia. A partir dessa observação, responda V ou F:
a) Pode-se afirmar que os referidos planos de estabilização privilegiavam o
combate à inflação de demanda. Falso – O Plano Cruzado, por exemplo,
parte do diagnóstico de que a inflação brasileira era puramente inercial em
meados dos 80.
b) Ao contrário do Plano Cruzado, o Plano Bresser autorizou diversos aumentos
de preços públicos e de preços administrados antes de decretar o
congelamento. Verdadeiro
c) A ideia da moeda indexada foi inicialmente proposta pelo Plano Collor,
embora tivera êxito apenas depois com o Plano Real. Falso – Tal ideia já
está presente na proposta “Larida”, de 1984.
d) Tanto o Plano Bresser quanto o Verão propunham o congelamento de preços
e salários, além de uma nova moeda atrelada à ORTN. Falso – Não há
qualquer espécie de reforma monetária no Plano Bresser
e) Diferentemente dos planos Cruzado e Bresser, os planos Verão e Collor
tinham como diagnóstico do problema inflacionário pressões advindas da
demanda e a questão do excesso de liquidez da economia. Falso – A
concepção do Plano Bresser já era a de que a inflação era inercial e de
demanda, o que exigia o controle do déficit público, além do esforço de
desindexação da economia.

4. Na década de 1980, a hipótese da inflação inercial ganhou adeptos no Brasil.


A esse respeito, é correto afirmar que:
a) De acordo com a referida hipótese, variações na base monetária e na
demanda agregada seriam mais importante para explicar as mudanças de
patamar da inflação do que choques de custo, especialmente no início da
década de 1980. Falso – A inflação inercial decorre de cláusulas de
reajustes que reproduzem a inflação passada. Portanto, a inércia resulta da
inflação de custos associada a uma situação de conflito distributivo.
b) Para os defensores da hipótese, a inflação tende a permanecer alta pois o
choque inflacionário é incorporado à tendência. Verdadeiro
c) Francisco Lopes foi o único dentre os teóricos da inflação inercial a defender
o congelamento de preços para combater a inflação no Brasil. Falso – Esse
consistia no principal instrumento de combate à inércia inflacionária,
portanto, havia vários economistas que o defendiam.
d) Segundo os defensores da hipótese, a indexação dos reajustes de preços à
inflação passada impediria a estabilização dos preços, mas não a
estabilidade da taxa de inflação, na ausência de novos choques. Verdadeiro
e) Alguns dos críticos à ideia de inflação inercial afirmavam que havia uma
tendência de aceleração da variação de preços em meio à crise da dívida
externa e as políticas de ajuste devido, sobretudo, à grande incerteza
acerca das taxas de câmbio e juros. Verdadeiro

5. A Constituição de 1988 trouxe importantes modificações institucionais que


influenciaram o papel do Estado na economia, com repercussão em seus
indicadores de desenvolvimento, principalmente no que tange aos direitos
sociais. Sobre isto, pode-se afirmar que:
a) Houve impacto significativo no sistema previdenciário, com a introdução do
fator previdenciário do INSS, e no campo dos direitos dos trabalhadores e
das relações de trabalho. Verdadeiro
b) Houve alterações substantivas dos direitos inscritos anteriormente na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Falso – Não houve alterações dos
direitos garantidos pela CLT.
c) Houve avanços com relação à reforma agrária, em especial quanto a uma
definição mais precisa sobre o uso de terras devolutas. Falso – A
Constituição de 88 estabelece preceitos vagos e pouco precisos no que se
refere à função social da terra, à propriedade produtiva e às razões e
critérios para a desapropriação.
d) Embora tenha universalizado o acesso ao ensino público obrigatório a todas
as idades, não há menção quanto a sua gratuidade. Falso – Pois, de acordo
com a Constituição, é dever do Estado garantir a todos cidadãos ensino
obrigatório e gratuito nos níveis fundamental e médio.
e) A Constituição de 88 definiu o modelo orçamentário brasileiro a partir da
tríade formada pelo Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Verdadeiro

6. A respeito das duas edições do governo Fernando Henrique Cardoso,


responda V ou F:
a) A política de combate à inflação, que marcou o seu 1o mandato, se baseou na
ancoragem dos preços domésticos nos preços internacionais, o que levou a
uma expressiva apreciação da taxa de câmbio. Verdadeiro
b) O aumento dos juros sobre a dívida pública foi utilizado como um
instrumento importante de contenção fiscal durante o 1o mandato. Falso –
Motivada pelas crises internacionais do período, a contração monetária
teve efeitos negativos sobre a situação fiscal.
c) O ritmo de acumulação da dívida pública (desequilíbrio fiscal) e do passivo
externo (desequilíbrio externo) se mostraram insustentáveis ao final do 1o
mandato. Verdadeiro
d) A partir do 2o mandato, a nova âncora para as expectativas inflacionárias
passou a ser o regime de metas de inflação com base no IPCA. Falso – Não
apenas o regime de metas inflacionárias foi mantido, mas também os
outros dois itens do tripé macroeconômico (metas de superávit primário e
câmbio flutuante).
e) Durante o regime de câmbio administrado, o saldo em transações reais
(balança comercial + balança de serviços) se deteriorou como
consequência da ancoragem e da depreciação do câmbio. Falso – Substituir
o termo depreciação por apreciação do câmbio.

7. Sobre a chamada “Era Lula”, pode-se afirmar:


a) Foi um período no qual se observou a elevação do status do Brasil para grau
de investimento (investment grade) por parte das principais agências de
avaliação de risco. Verdadeiro
b) A combinação da estabilidade com reformas estruturais liberalizantes, da
gestão anterior de FHC, viabilizou a modernização da estrutura produtiva.
Verdadeiro
c) Há um consenso na literatura acerca do caráter descontínuo da política
econômica em relação a gestão anterior de FHC. Falso – Não há tal consenso
na literatura, pois autores como Paulani veem no Lula 1 um governo que
deu prosseguimento à política macroeconômica do seu antecessor.
d) No 1o governo Lula houve um relaxamento quanto ao controle da inflação
por meio do gradual abandono da política de metas inflacionárias. Falso –
Houve, na verdade, a manutenção do tripé macroeconômico, portanto, do
regime de metas de inflação.
e) A relação dívida/PIB sofreu gradativa elevação a partir do 2o mandato de
Lula, o que fez com que o perfil de financiamento da economia brasileira
piorasse pela maior exposição à variação cambial e aos títulos pós-fixados.
Falso - A relação DLSP/PIB que em 2002 foi de 51,3% e em 2003 de 53,5%,
caiu para 38,8% em 2008.

Potrebbero piacerti anche