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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
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Sumário
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Capı́tulo 1
Suponha que seu telefone tenha ficado ruim, sem linha. Dentro de alguns minutos
depois ele volta a funcionar. Dentre as duas opções à seguir, qual considera que há
mais chance de ter acontecido? (ou que seja mais plausı́vel).
1. A linha ter sido reestabelicida por pessoas que trabalham para a empresa de
telefonia.
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CAPÍTULO 1. NAVALHA DE OCCAM E VARIAÇÕES. 4
1. mais simples;
• Neste princı́pio se considera que uma melhor aproximação inicial pode ser
sintetizada na expressão: ‘‘não multiplique hipóteses desnecessariamente",
proveniente aa expressão em latim :‘‘Entia non sunt multiplicanda praeter
necessitatem", as entidades não devem se multiplicar além da necessidade.
• Uma hipótese não deve ser considerada se não for absolutamente necessária
para explicar algum fenômeno.
• Se uma explicação simples basta, não há necessidade de buscar outra mais
complicada.
CAPÍTULO 1. NAVALHA DE OCCAM E VARIAÇÕES. 5
1. {H1 , · · · Hn };
2. {H1 , · · · Hn , Hn+1 }.
1.1.1 Variação
• Considere inicialmente (das hipóteses bem fundamentadas) as com maior pro-
babilidade (mais comuns) de acontecer e adote o menor número delas que
seja suficiente para explicar o fenômeno. Posteriormente, caso seja necessário
aumente a complexidade, se o conjunto inicial de hipóteses não se mostrar
adequado para explicar o fenômeno analisado.
Vamos aplicar esse princı́pio acima para escolher entre explicações para um dado
fenômeno.
1.2.1 Limitações
• ‘‘Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e
completamente errada-H. L. Mencken
A explicação mais simples nem sempre é a correta. Uma explicação simples pode não
ser, por exemplo, bem fundamentada. Considere o seguinte exemplo em Matemática:
16 1
Z Exemplo 1. Vale que 64 = , pois cancelamos os algarismos 6
4
16 1
6 1
= = .
64 64 4
77 7A7 7
= = = 7.
71 7A1 1
O resultado está errado.
Simplicidade ? · · ·
Simplicidade pode ser um conceito não tão claro em alguns casos, como decidir
o que é mais simples dentre duas teorias?. Simplicidade de um modelo também não
garante que o resultado será capaz de deduzir de forma correta um evento fora do
escopo do que já foi observado.
Considere por exemplo os dados que foram gerados por uma certa função.A função
foi escolhida, mas mantida em segredo e depois diremos qual função gerou esses
dados.
Tabela 1.1:
f(x) 0 1 2 3 4
x 0 1 2 3 ?
Uma hipótese simples, em termo de maneira fácil de fazer as contas seria supor
a função f(x) = x. Porém, vamos dar mais um valor gerado pela função (função que
foi escolhida a priori mas mantida em segredo),
f(4) = 5.
A função f(x) = x, apesar de simples não deu o valor correto para o próximo ponto.
Questões Didáticas
Algumas vezes um conjunto de hipóteses maior pode ser mais didático de ser
apresentado, ou então poupar algum tipo de trabalho extra de demonstração. Em
Matemática, por exemplo:
1.3 Apêndice-Demonstrações
Nesse texto iremos considerar a princı́pio que o corpo F seja o corpo dos números
reais R. Sejam u , v e w ∈ V e a e b ∈ R, então para que V seja um espaço
vetorial a adição deve satisfazer as seguintes propriedades
• S2 Associatividade
(u + v) + w = u + (v + w).
0v + v = v + 0v ,
v + (−v) = 0v
• S5 Comutatividade
u + v = v + u.
Com isso temos que a adição no espaço vetorial forma um grupo abeliano
(comutativo) (V, +). É definido também um produto de um vetor v por um
escalar a sendo o resultado um vetor av = u, que têm as seguintes propriedades
(considere a, b, c escalares arbitrários em K , v e u vetores em V )
• P1 O produto é fechado
cv ∈ V.
• P2 Distributividade escalar
(a + b)v = av + bv.
CAPÍTULO 1. NAVALHA DE OCCAM E VARIAÇÕES. 10
• P3 Distributividade vetorial
a(v + u) = av + au.
• P4 Identidade escalar
1.v = v.
(c.a)(v) = c(a.v),
onde c é um escalar
2(u + v) = 2u + 2v = (u + u) + (v + v).
2(u + v) = (u + u) + (v + v) = (u + v) + (u + v) =
= u + (u + v) + v = u + (v + u) + v,
u + v = v + u.