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O nível de pressão é cada vez maior e o número de ações violentas também aumentou
bastante
Um dos principais desafios que a igreja enfrenta no país é a ideologia islâmica que é
colocada na mente de crianças e jovens através das madrassas (escolas islâmicas).
Normalmente, essas madrassas não são controladas pelo governo e as ideias radicais são
inseridas à sociedade de maneira rápida e efetiva. Os professores instigam os alunos a
sentir ódio pelas minorias religiosas.
Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2017/02/como-vivem-os-cristaos-no-
paquistao
Missionários levam igreja até cristãos
perseguidos utilizando caminhão, no
Paquistão
O projeto enviará pessoas treinadas para pilotar um caminhão
oferecendo cultos com música, filmes sobre a Bíblia e sobre Jesus.
Uma realidade no Paquistão são os "cristãos sem igreja". São aqueles que nasceram em
uma família cristã, mas não têm a experiência do novo nascimento. No entanto, eles
enfrentam perseguição por justamente serem cristãos.
Mas, finalmente um projeto irá melhorar as circunstâncias desses irmãos que vivem em
regiões distantes. Através de uma organização associada, ALIVE (Vivo, em português),
a Portas Abertas vai proporcionar uma vida melhor para esses cristãos.
Através de vários projetos que serão executados em 2018, eles pretendem dar um maior
apoio. "Este ano, enviaremos equipes com as que chamamos de ‘Igreja Sobre Rodas’,
onde pessoas treinadas dirigirão caminhões com música cristã, filmes sobre a Bíblia e
sobre Jesus”, compartilha um dos líderes da ALIVE.
“Também haverá distribuição de literatura para aqueles que podem ler. Encontraremos
pessoas onde quer que estejam. Ensinaremos os alicerces do cristianismo, vamos falar
sobre Jesus e mostraremos seu amor", ressalta.
Fazendo a diferença
Com orações e ajuda financeira da Igreja em todo o mundo, o projeto irá construir
escolas para crianças e dar uma educação de boa qualidade à comunidade cristã. Outro
projeto é o início de um movimento para ler a Bíblia.
Entre os séculos XVI e XVIII o Império Mughal dominou toda aquela área,
influenciando profundamente o território. O domínio que se seguiu foi
repartido entre os impérios Sikh e Maratha. A história do Paquistão é muito
interessante.
https://www.paquistao.org/bandeira-paquistao/
Paquistão
O Paquistão continua como um dos países onde é mais difícil se viver como cristão. Os
índices basicamente inalterados em todas as esferas da vida mostram que a situação para
os nossos irmãos é muito difícil. A pontuação relativa à violência continua no nível
máximo (historicamente, poucos países atingiram esse nível). O ataque a bomba em
uma igreja em dezembro de 2017 foi um lembrete de quanta violência os cristãos e
outras minorias religiosas enfrentam. A lei de blasfêmia do país continua a fazer suas
vítimas.
Até o final de dezembro de 2018, Asia Bibi ainda estava sendo mantida sob custódia
pelo governo para proteção em um lugar não revelado no Paquistão, sem poder deixar o
país. Além disso, mais de dez cristãos foram mortos por sua fé, a maioria em conexão
com a lei de blasfêmia do país.
No Paquistão, grupos radicais não apenas existem, eles estão entrando cada vez mais na
esfera pública e expandindo sua influência, visto que alguns deles são cortejados por
partidos políticos, pelo exército e pelo próprio governo.
As reuniões aos domingos para adoração ainda são possíveis, mas todas as outras
atividades cristãs são fortemente desaprovadas. São comuns os relatos de igrejas
atacadas, cristãos mortos, mulheres sequestradas e vítimas de violência sexual, quando
não forçadas a se casar com muçulmanos, despejadas de casa ou enviadas para fora do
país. Outras minorias religiosas têm enfrentado o mesmo tipo de ataque.
Em 2017, o governo anunciou um novo foco no combate à blasfêmia ocorrida nos blogs
de redes sociais. Consequentemente, houve um número crescente de prisões de pessoas
acusadas de terem cometido blasfêmia nas redes sociais. Isso parece contrariar os
esforços do governo para limitar o impacto devastador das leis de blasfêmia sobre as
minorias religiosas em particular. Em suma, é difícil encontrar melhorias para os
cristãos e outras minorias religiosas até agora.
Devido à forte pressão crescente nos últimos anos, muitos cristãos fugiram para
países como Sri Lanka ou Tailândia. Desde a introdução das leis de blasfêmia em
1986, os cristãos são vítimas de cerca de um quarto de todas as acusações de
blasfêmia.
As leis de blasfêmia são muito conhecidas por serem usadas para resolver
questões pessoais. Sua discussão chegou à comunidade internacional quando, em
2010, a cristã Asia Bibi foi acusada de blasfemar contra o islã e condenada à
morte. Ela é a primeira mulher que esteve no corredor da morte no Paquistão.
À medida que essas leis continuam ganhando destaque, torna-se cada vez mais
difícil para o governo e tribunais lidar com elas, já que têm um significado
simbólico para grupos extremistas em todo o país.
Essa violência explícita ofusca a violência diária nos bastidores contra meninas e
mulheres cristãs que são frequentemente raptadas, violentadas e convertidas ao
islamismo – uma estimativa de 700 cristãs por ano.
Em um país que luta para preservar suas tradições tribais, as mulheres paquistanesas
enfrentam a brutalidade – e até a morte – caso se apaixonem pela pessoa errada.
Arifa, de 25 anos, enfrentou sua família e fugiu com o homem que amava, com quem se
casou em segredo.
Eles levaram Arifa e passaram-se cinco dias até que seu marido, Abdul Malik, tivesse
notícias dela.
"Recebi uma mensagem dizendo que ela havia sido morta. Foi o dia mais difícil da
minha vida", relembra, tentando evitar as lágrimas.
"Depois de muito sofrimento, consegui provar que minha mulher está viva e foi
escondida em algum lugar."
"No Paquistão, o amor é um pecado grave. Séculos se passaram, o mundo fez tanto
progresso – homens chegaram até os céus. Mas nossos homens ainda seguem tradições
e costumes da Idade das trevas", diz.
Essas tradições e costumes – com foco em negar liberdade às mulheres – têm cada vez
mais aceitação no Paquistão e são encoraadas por estudiosos religiosos linha dura.
'Crimes de honra'
Este é um mundo em que, na prática, a mulher tem poucos direitos – ela é propriedade
da família até o momento em que se casa.
Seus "donos", então, passam a ser os familiares de seu marido, e ela pode morrer se for
considerado que desonrou a família.
Só em 2014, mais de mil mulheres foram mortas nos chamados "crimes de honra" – este
é a apenas o número de casos dos quais as autoridades têm conhecimento.
Em maio, o caso da jovem Farzana Parveen chocou o mundo. Ela estava grávida quando
foi apedrejada até a morto pela própria família, por ter se casado com um homem por
quem se apaixonou, ao invés de casar-se com o homem que os familiares escolheram
para ela.
O detalhe mais chocante é que o caso aconteceu diante do supremo tribunal de Lahore,
de policiais e de transeuntes.
Em novembro, por causa da atenção que o caso recebeu da mídia internacional, o pai, o
irmão o primo e o ex-noivo de Parveen foram condenados à pena de morte por
assassinato. Outro de seus irmãos foi condenado a 10 anos de prisão.
Mas na maior parte das vezes, os perpetradores desses atos brutais contra mulheres
nunca são acusados, já que são protegidos pelas leis tribais.
Alguns religiosos linha dura acreditam que só através da morte do membro da família
que a ofendeu – geralmente uma mulher – a honra pode ser restituída ao resto dos
familiares e à tribo.
Nas ruas de Karachi, encontro uma madrassa (espécie de seminário) onde milhares de
garotos recebem ensinamentos religiosos. Quero perguntar ao clérigo local o que ele
pensa sobre adultério, razão pela qual as mulheres também são mortas em "crimes de
honra".
"A punição deve ser aquela prescrita na sharia, que é de apedrejamento e chicotadas",
diz o mulá. Seus alunos o apóiam.
Direito de imagem BBC World Service Image caption Religiosos linha dura defendem punição
de apedrejamento e chicotadas para adúlteros; ideias tem aceitação até entre jovens
Em 2006, o então presidente Pervez Musharraf tentou relaxar algumas dessas leis para
proteger as mulheres, mas suas mudanças tiveram pouca aplicação prática. Adultério
ainda é crime no país.
Uma prisão central para mulheres em Karachi é onde muitas das acusadas de adultério
vão parar.
É o caso de Sadia, de 24 anos. Ela chegou à prisão 14 meses atrás, depois que seu
marido há nove anos a acusou de dormir com outro homem. Ela aguarda julgamento.
"Meu marido se divorciou de mim, me bateu e me expulsou de casa. Depois ele foi à
polícia e disse que eu fugi com outro homem. Na verdade, ele e sua família me
expulsaram", diz.
Sadia afirma que não tem acesso a um advogado e não sabe quando conseguirá sair da
prisão. No momento da minha visita, há 80 mulheres no local – muitas não sabem por
que estão lá e acabam ficando presas por anos, sem julgamento.
Algumas das mulheres com mais sorte vão para algum dos abrigos espalhados pelo país.
Image caption Em abrigo, mulheres cuidam dos filhos umas das outras e prometem não
entregar-se à polícia, caso sejam acusadas de adultério
"Se uma mulher está tendo um caso fora daqui, não nos importamos, não perguntamos.
Ela pode ficar aqui o tempo que quiser. Se a família quiser levá-la de volta e ela tiver
vontade de ir, está livre para ir", diz Samina, que trabalha como voluntária no abrigo.
Samina diz, no entanto, que se a polícia for à procura de alguma das mulheres por
acusações de adultério, as funcionárias do abrigo não a entregarão.
Ayesha diz já ter deixado sua casa cinco vezes, levando seus dois filhos pequenos, para
encontrar segurança no abrigo.
Todas as vezes, seu marido volta para levá-la, mas os abusos e a tortura aos quais ela é
submetida ao voltar a fazem fugir de novo.
"Meus filhos gritavam: 'Por favor, alguém ajude nossa mãe'. Mas ninguém ouvia,
ninguém aparecia."
Ayesha diz que agora não vai mais voltar para casa. O futuro ainda é incerto, mas ela diz
ter sorte de estar viva.
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141214_mulheres_paquist
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