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I, NIETZSCHE E A DIFERENCA Por o problema «Nietzsche © a diferengan apens significa repensar numa perpectva panicular a qustio mais geral que se podera também formular como ada acualidade ou inactus- Tidade de Nietzsche. Toduvia,justiea-se a escola desta pers- pectva enquani se ever no ambito daguilo a que se pode thamar, com uma expressio bem precisa, pensamento da di- ferenga, onde Nieusche € hoje reomado e discuido de uma maneirapartcslamente fecundaeestimulant. Por out lado, {so fdas rma conexdo intema que o persamento da die renga tem com o préprio Nieische, na medida em que ainda Stes de descobri e indviduaizar Niewsche como problema isorogriico explicit, ese pensamento 6 por ele profun- amenteinfluencado e determinado, A jusificagSo da pers pctivaespctica do problema &, como se é, uma jusifiagto o tipo circular que, embora sja hemencutcamente corecta fo seu reconhecimenio enguanio tal deixa econudo subsitir luna tensio enue 0 hodiero spensamento da diferenga» € [Nietsche;¢ € nesta tens ou, se se quiser, no &mbito abet pores eiferenga»expoctfica, que se desenvolve a nossa ds- cuss, ‘0 que proponbo chamar pensamento da diferenga define-se antes de mais, como € fc imaginar, em rlagho a Heidegger. F, por out lado éprecisamente Heidegger — nto 36 com os itdos recolhids nos dois volumes de Niersche (1961), mas tambon com os enaios nos quas os resultados destes estudos ‘io parcakmente anccipados (publicados em Holzwege, Vor- Urge und Auftse, Was hesst Denken?) — 0 pensador que termina decisivamente toda a letra conemportnea de Nistz- She. Tanto na sua interpreig3o de Niezsche como no conjun- toda sua medtagto filosstica a diferenga ocupa em Heidegger tm fuga fuera. Sabe-se que na disposigao do Sein und Zelt (Gta que tem enteos seus momentos constiutveso programa ‘de uma desiruigo da histria da ontologa (SuZ, § 6) € da die renga que se tata, A problemica de Sein und Zeit € movida friginaramente por uma isuficincia da nog de ser wansmi- tida pela mtalfsica em deserever ecompreender o que, cm sen- tido eminenie, é: a existnela ¢ a historeidade do homem. ‘ho 56: em Sein and Zeit, € 0 homem que pBe o problema do Seta medida em que coloca a questo sobre osenido dose, ‘mas, mais raicalmente, € 0 homem que problematiza a noglo 4o ser, tl como a metafsica a conheces ¢ praticou, enquanto tal gio no se saplica» 20 mado de ser do prOprio home. 1s resultados de Sein und Zeit no chegam a subsitir a nolo retfisica dose por uma noglo emai adequada» ecompresn- ‘Siva, que abranja também ahstricidade da exsénca sto nfo ‘depend apenas do facto de Sein und Zei ter fieado incomple fer mesmo que Heidegger tvesse Leminado o plano da obra ‘que apresenta no pardrafo conclusive da itodugo, o resulta nto podia sera desooberea de uma defnigio mais satsatd- iad pogo de ser. A concluso apontada por Sein und Zeit 6, pelo cntrfno, a indicapto do facto de que ser da metafsca Pr éefinido em relago& simples presenga — se dé no interior ‘ como momento de um horzont cua insttuig 6 wm acon ‘imento stemporals, nfo no sertigo de que seja um facto no tempo, masa propia ineituigto da temporaidade como uni- dade dos trs Exases, das Us dimenstes de pasado, presente fe futuro, Or, foi nesta orientago em rela ao problema do Ser (que todavia nio dé ou no pode dar lugar a uma «def rigio> dose que se extaelecem as bases do pensamento da Gifernga, Num certo senido, a diferenga jf 0 problems de n

tio eminent, €: a exstcl es hstridade do homem. E "Ho sem Sin und Zt, € 0 bomem gue pe problema do Sera media em que colors queso sobre o send 6 sr; ‘mas, mis radcalmers,€9 home que poblematiza x nogSo {sor tal como a metea a conece © pao, exguanio {a ogo no se calcas a0 modo de sr do pedro home. Os elds de Sen und Ze io eg 3 ssa noo Inetasca do ser por ua pogo «nal adequate ecompren- Sa, qe bray tambln astride da exist. 50 no Aepene aera do facto e Sin und Za ter fiado Incomple- times ave Heer ee min o pao cra sera o pargfoconlsivo da inroduto, 0 msul- Gove posta descobona de uma defiilo mas sasia- fa da topo de se. A coco sponta por Sen und Zl 6 flo emideo,aindeag do lac de qu 0st da mea i etna em rego simples presenga — se dd no intior @ como moreno de un boiz exjainsiniga € um acon Siento stemports nfo 0 sno de qo um fo 0 tempo, mas a propa iniuigo da temporidade como uni dade dos ues Extenda rts dimenses de pasado, presente ‘fu, Ora, fo nesta oretagdo em rag a0 problema do Ser que todavia do ou io pode dat gar a uma ede ‘glow do et) gue se exabelsem as tases do pesamento da Gifernga, Num cena senido, a dleega € jf problema de n ‘qe Sein und Zelspat: 0 esabelecimento de um problems do sentido do ser tesemunna te facto, o seu no-darse nos en tes enquano enes. Do pont de vita da tevizacdo expla da dierenga, os resultados de Sein und Zeit podem verse rei midos numa pégina da Esténcia do fundamen, que Ihe € ‘pouco posterior (1929): wo nio-estar-culto(Umverborgentt, ‘esvelamento) do ser significa sempre a verdade do set do em te, ja ele real ou no. Reciprocamene, no facio de um ene ‘nlostar-oculoesté sempre implica a verdad do seu se. A verdade Ontica € a verdade onoiica diem respeito, respec: tivamemte, 20 ente no seu ser © 30 ser do ene, Els interpe ‘netram-seessencialmente com base na sua elaglo com & ie renga (Unterschied)enreo ser eo ent (iferenga toga) (ontlogtche diferen). A esstecia da verdade qu resulta ‘necesariamentebifurcada em éntcae omoldgica — 6 € pos sfvel,regrageral, em conjunto com a abertura desta dierenga> (WG, pp. 635-636). A diferenga de que Heidegger agi fla € 2 que s sempre ‘entre aquilo que aparece num cero horizonte o pio ho- zone como aberuraabera que em stoma possvel 0 St ‘imento do ene. Esta diferenga, como se acentuoa, est bem Jonge de aparece como um pont de chegada, como um resul- tado da pesquisa com base no qual o pensamenta possa se de ter. $6 assim podert ser se 0 pensmento, como acontced em rmuits fomas de historicismo e de neokatismo, se eontentar com fazer da diferenga ontoldgca a base meiodoogica de uma ‘osofa da cultura que, guiad por aquela nogo, se caractriza pela sua capacidade de inser os emteddos eos produos expi- Finns da vias humanidadeshisricas no horiaonte das suas diversas epistemal. Em Heidegger, a nogio de diferenga nso se esenote nea dele pra citrenea sre sobre fem primeiro plan e € poblemalizada como tal is que 5 ‘véno parigrafo conclusive de Sein und Ze, onde a queso € ‘roposta como intrrogago sobre o porgué do esquerimento da ierenga, Se escreve Heidegger —nem 0 esar-af nem oe te intramundano sto pensaves ob a categoria da objcividade da simples presenga, «por que € que 0 ser & concebio, antes de mais, com base na simples presnga?. Porque € que 4 n

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