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A Lenda do Pelicano

O simbolismo do pelicano assenta-se sobre uma comovente lenda com origem


na idade média, que afirma que o pelicano, quando não encontra alimento para
sustentar sua prole, rasga seu próprio ventre para alimentá-la com seu sangue.
O pelicano é uma ave de grande porte que vive nas regiões aquáticas em
todos os continentes, possui bico avantajado e tem, no bico inferior uma bolsa
onde acumula os peixes pescados. As fêmeas alimentam os filhotes
despejando as reservas acumuladas na bolsa membranosa. Para esvaziá-la,
comprime o peito com o bico, fato este, que deu origem a essa antiga lenda,
onde o pelicano abre o próprio peito para dele extrair sua carne a fim de
alimentar os filhotes , quando não encontra alimento. Simboliza, portanto, o
amor com desprendimento. O pelicano é também o símbolo alado da
dedicação e das obrigações sociais. É a mente provida de asas para que possa
pairar sobre o mundo, desprendendo-se da matéria, e contemplar sob o prisma
da Verdade, toda a obra da Maçonaria. Os sete filhotes, que usualmente se
encontram junto ao Pelicano, representam justamente, as sete cores do arco-
íris ou sete estados de consciência representados por cada cor, ou ainda a
hierarquia dos seres, onde os Maçons que exercem a verdadeira filosofia
ocupam seu lugar dentre os mais elevados. No simbolismo católico, o pelicano
é Jesus Cristo dando seu sangue para a salvação da humanidade, ou
alimentando o homem na eucaristia. Também é o símbolo da Redenção. O
símbolo do pelicano pertence também ao domínio da vida cotidiana, que não é,
contudo, menos comovedor, sobretudo para aqueles a quem as circunstâncias
e as responsabilidades impõem uma escolha, pondo em jogo ao interesses
vitais e mesmo a existência. Escolha muitas vezes difícil, diante da qual o
profano recua, mas não o Maçom, que não hesita, sacrificando-se à sua
família, ao seu país, à humanidade inteira. Sacrificar o egoísmo, os interesses
as vezes legítimos, a sua própria vida se preciso for, e a mais forte razão, seu
orgulho e suas ambições, a fim de colocar em seu lugar, o altruísmo e a
caridade. Tal como o pelicano, o Maçom alimenta simbolicamente os fracos
com suas próprias entranhas, perecendo para permitir aos outros viverem. Às
vezes é preciso que a célula pereça para que o organismo perdure, é preciso
ao indivíduo morrer e renascer para que a humanidade continue. Essa é a lição
simbólica que se aprende na lenda do pelicano, mostrando ao maçom a
conduta que deve ter a todo instante. O pelicano é o emblema mais
característico da caridade. É também o símbolo da morte e do renascimento
perpétuo da natureza. Num contexto um tanto Druida: é a terra que nutre os
seus filhos, é a mãe que cumpre os seus sagrados deveres, é a caridade para
com nossos irmãos. A lenda do pelicano foi uma tradição que se enraizou
também dentro da igreja cristã como símbolo, tomando aspectos muitas vezes
inusitados e inesperados. As igrejas medievais a aceitaram em suas
decorações, mais de um católico o adotou em suas armas e Henrique VIII
chegou a mudar as armas do Arcebispo de Granmer por três pelicanos. No
intuito de ajudar a guerra que os cruzados sustentavam na Terra Santa contra
os muçulmanos, o Papa Inocêncio III ordenara que em todas as igrejas fossem
colocados cofres, muitos feitos de troncos de árvores cavados, cujo objetivo
seria recolher donativos dos fiéis, já que o clero medieval, embora detivessem
suas mãos grande parte das riquezas da época, não se mostrava
suficientemente generoso. Dessa forma, os construtores das catedrais
medievais, tomaram o costume de colocar troncos ao lado das pias de água
benta, para que os fiéis pudessem neles depositar o "dinheiro da vida". E a fim
de melhor inspirar o sentimento da caridade, estes artistas deram a esses
troncos a forma do pelicano, como ainda pode ser visto em algumas catedrais
européias. Nenhum outro símbolo podia melhor expressar o que se pretendia.
Só o símbolo da abnegação da ave que se sacrificava a si mesma para
alimentar a sua prole, podia representar aquele que se priva de seus haveres
em benefício dos pobres. O pelicano é o símbolo do próprio sacrifício, que
indica que na medida em que damos, desenvolvemos o nosso caráter e a
nossa personalidade, e a medida que os anos passam o próprio sacrifício se
reflete em boas ações que perduram além da nossa vida e são reflexo dos
sacrifícios que fizemos.O mestre deve fazer-se amar, e não poderá ter êxito a
não ser amando ele mesmo com uma generosidade que o leve até a dedicação
absoluta, até o sacrifício de si mesmo. Deste ponto de vista, o pelicano é o
emblema dessa caridade, sem a qual, na iniciação, tudo será
irremediavelmente vão. Os dons mais brilhantes da inteligência e da vontade
não farão outra coisa do adepto que não tenha cultivado as qualidades do
coração, a não ser um falso Mago. A lenda do pelicano, de certa forma comove
pela sua extrema generosidade, encontra-se no cerne dos princípios da
Maçonaria, o total sacrifício do ego em favor do próximo. Os ensinamentos
exigem que o maçom que se encaminha na senda da perfeição, deve
desprender-se de todos os sentimentos negativos do egoísmo, orgulho e
ambição negativa, transformando-os alquimicamente em sentimentos de
altruísmo, humildade e abnegação. É preciso que o verdadeiro maçom, através
do sacrifício do seu próprio eu, chegue ao conhecimento do amor. Cumprirá
assim a sua finalidade de iniciado e atingirá por esse meio a meta almejada: a
completa superação de sua personalidade humana para alcançar sua própria
Redenção Crística, e se tornará um verdadeiro mestre!É justamente dessa
forma que o Maçom consegue a transmutação alquímica do que era inferior, do
fogo em luz, do humano em Divino. É assim que terá encontrado a Pedra
Filosofal e realizado a Grande Obra, a transmutação total do chumbo em ouro,
do homem em Deus.

Bibliografia:

Guilherme de Tyr

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