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Um pouco de:

Rosa Maria Cheixas Dias

Nasci na Zona Norte da capital São Paulo, no Bairro de Vila Nova Cachoeirinha; nasci em casa, sou a
segunda filha de 6 irmãos. Minha mãe é dona de casa e meu pai mecânico autodidata e autônomo.

Estudei em escolas públicas até desistir dos estudos convencionais no final do 2ºano colegial,
surpreendendo a família que me imaginava formada em curso superior.

Desde o início da adolescência participava de muitos concursos avaliativos e competitivos,


promovidos por grandes marcas, instituições públicas e de ensino, geralmente na área de humanas;
ganhei muitas bolsas de estudo, certificados e outras premiações. A importância e o significado deles à
época, me pareciam interessantes. Não pela periodicidade, pois eram aleatórios e sem calendários;
mas avaliavam indiretamente a evolução humana pessoal, qual o aproveitamento do conhecimento. Isto
estimulava a apreciação tanto na participação quanto na vitória. Representavam o aproveitamento
pessoal do conhecimento e de seu real destino: a evolução humana. Via de regra, eu não usufruia da
premiação, caso fosse matrícula em excelente escola por exemplo. O valor estava no reconhecimento
selado por nomes confiáveis, aptos, expoentes verdadeiros do pensamento.

Quando abandonei os estudos, eu já me relacionava com o final do movimento hippie aqui no


Brasil, final da década de 70; e me identificava muito com o estilo alternativo, comportamento social
com dinâmica fora do convencional, sem que isso criasse atritos com todas as outras vertentes sociais.
Encontrei naquele comportamento, ainda que de forma instintiva digamos, respostas para as complexas
perguntas da juventude das décadas entre 50 e 70.

Nada na vida é mais saudável e promissor à segurança pessoal, em quaisquer iniciativas, do


que ter fundamentado o chão que se pisa quando se procura um caminho.

Quando meu pai faleceu eu tinha 18 anos, decidi usufruir a independência legalizada e sair do seio
familiar, descobrir o mundo, construir o meu caminho, assumir inteiramente a minha vida, responder por
mim mesma; aceitando o desafio de superar os incontáveis obstáculos desta escolha. Durante dois
anos morei na USP, que tinha à época um nível de excelência acadêmica excepcional. Assistia aulas
como ‘ouvinte’. Eu era artesã e hippie, sempre que podia participava de aulas de sociologia, letras,
artes, até química. A convivência natural com os alunos sempre foi totalmente saudável e produtiva.
- Sempre associando o conhecimento à existência, colocando em prática conceitos de
subsistência o mais próximo possível do que se pretende de humano civilizado. O que implica
necessariamente a não agressões de quaisquer espécies por exemplo, respeito irrestrito a outrem,
muita responsabilidade e consciência ativa. Não era luta contra nada ou contra ninguém. É cuidado
íntegro pessoal. Quando nos promovemos de fato, promovemos junto o próximo. De vez em quando
encontra-se quem não percebe esse fundamento da existência, que é lei natural, não institucionalizada;
poderá ser uma dificuldade, um obstáculo. Um desafio. Entrar em acordo com o diverso. A consciência
entra em ação, subsidiando um diálogo que promova a solução da remoção do obstáculo. Ou seja,
apenas um passo de cada vez.

Quis conhecer mais costumes, mais formas diferentes de vivências, viajava o país, conheço o
litoral, os sertões, os pampas.

Um dia ouvi falar de um festival em Iacanga/SP. Rumei então para este lugar, ainda um tanto
impressionada com a idéia. Uma viagem agradável de São Paulo para Iacanga. Era edição de 1983,
fiquei encantada com tudo e todos, foram momentos maravilhosos que alguns da minha geração
puderam compartilhar. Durante os dias antecedentes ao festival, aproveitei para conhecer toda a
vizinhança: Reginópolis, Ibitinga, Arealva, Bauru, Pirajuí, e tudo o possível. O povo era simplesmente
fantástico na minha interpretação! Pessoas simples, independente dos valores na carteira, eram
exatamente iguais em comportamento, gentileza, alegria, honestidade, generosidade, disposição.
Guardei no coração.
O festival então aconteceu, fiz amigos, encontrei outros de outras viagens, fomos plenos
naqueles três dias e então fomos embora.
Segui viagem pelo país, convivendo com índios, caiçaras, sertanejos e tantos perfis sutis deste
território.
Também expondo meu artesanato, à época eu confeccionava brincos em ‘alpaca’, um metal
branco. Conhecia os diversos minérios, fauna e flora em diversas cidades, lá eu criava uma linha de
brincos com a cultura local. - Em Cristalina/GO por exemplo, eu comprava ou colhia muitos cristais,
confeccionava lindos brincos de pedras para a população; em Minas Gerais era muito comum o uso de
penas das aves nos brincos, assim com cristais também e dentes de caça; na BA as sementes coloridas
rendiam trabalhos lindos; no litoral utilizava corais e outras conchas; e assim por diante.
Eu estava ganhando muito bem. Acima de São Paulo o artesão era muito bem recebido, seus
trabalhos muito requisitado e a vida financeira de uma hippie era estável.

Era meados de 1984 quando eu estava na BA e fiquei gestante de meu filho mais velho. Por
coincidência, meu metal de alpaca também acabou, o consumo foi acima do esperado e precisei voltar
para a capital São Paulo a fim de comprar mais arame de metal. Na hora de decidir o caminho, escolhi
passar pelo interior de SP com a finalidade de rever a cidade onde há quase 1(um) ano havia ocorrido o
festival que participei, era o município de Iacanga. Ao passar na cidade, resolvi tentar alugar uma casa e
passar uns dois a três meses para conviver e conhecer um pouco mais com a população que havia
recebido milhares de visitantes recentemente. A cidade então contava com seus três mil habitantes,
aproximadamente. Não achando imóvel disponível, resolvi partir. Mas o então vereador à época,
conhecido por Sunab, nos convidou a ficar hospedados em sua casa, convivendo com sua família.
Aceitamos ao irresistível e tão carinhoso convite. Mas foi estadia curta. Em dois dias ele providenciou
junto à prefeitura, autorização para que ocupassemos um imóvel ali no centro da cidade. Este imóvel
era incomum digamos, um prédio de arquitetura perfeita (que infelizmente precisou ser demolido no ano
de 2000), tratava-se de local conhecido como o ‘barracão do Fuad Jorge’; que no passado era utilizado
para beneficiamento de grãos, e sua estrutura era quase artesanal - tijolo, barro e vigas de madeira
nobre de excelente qualidade - não destinado à moradia, portanto. Mas facilmente adaptável para tal.

Foi ali que minha história em Iacanga começou. Morei ali de 1984 até o ano de 2000. - Tentei
incansavelmente o tombamento do prédio como patrimônio histórico. Eu que dormia olhando para
aquele telhado, reconheci o trabalho de construção tão esmerado e simbólico local. Já iniciava contato
com a UNESCO Paris, a ​Maison de l'UNESCO. Mas foi em vão, não houve tempo hábil para segurar o
velho prédio cansado e sem manutenção apropriada.
Mas minha vida ali foi divertida, produtiva humanamente. Meus 3 filhos nasceram e cresceram
ali. Eu recebia alegremente a visita de inúmeros desconhecidos, curiosos, simpáticos, que me faziam
perguntas pessoais me deixando impressionada com tanta amabilidade e desenvoltura social. Somando
a alegria da maternidade, crianças rodeando, pessoas afáveis, ao lado do lago municipal - que apesar
de diferente era agradabilíssimo igualmente - o tempo passava e eu nem percebia que já estava
adotando a cidade como minha segunda origem. Vi meus filhos brincando com os amigos pelo laguinho,
pelo rio, nos parques, faziam-se muitas reuniões de vizinhança na rua, as crianças brincando em volta,
parecia sonho aquela família diferente, formada por pessoas absolutamente desconhecidas. E foram
essas pessoas que me ajudaram a aprender muita coisa sobre tudo. Devo àquela época muito de quem
sou hoje. O acolhimento fraterno mas disciplinado dos vizinhos, foi a riqueza de uma escola de boa
conduta que talvez faltasse ao meu currículo.
Quando meus filhos entraram para a escola, traziam seus amigos para fazerem a tarefa escolar
em casa. As vezes me pediam ajuda e eu estranhava - na minha época de escola isso era improvável, a
lição de casa é de responsabilidade do aluno. De qq forma, eram tantas e infinitas surpresas enfim, que
eu aceitava aquela também. Mas percebendo um défict de aprendizado nos pequenos, comecei
realmente a melhorar-lhes o desempenho e capacidade de saber estudar, até que me vi voluntária
escolar, e vi que aquilo me dava esperança e alegria. Cada aluno 100% recuperado era a garantia de
um cidadão apto a responsabilidade pessoal satisfatória. E isso não é pouco.
- Retomei os estudos para concluir oficialmente o 2ºgrau.
Mas alguns anos e me vi voluntária social e escolar. Abraçava as necessidades de informações
e pequenos serviços essenciais, administrativos e sociais em geral que as pessoas me encaminhavam,
eu executava com muito carinho e mais esperança, pois notei que é tão tênue o degrau que pode
impedir uma pessoa de dar um passo à frente com mais robustez; e aí nunca medi esforços. Depois, já
em outro endereço, houve dias em que houve fila na porta de casa, pessoas com documentos em mãos
para serviços burocráticos simples: recadastramentos, preenchimentos de fichas, etc. Algumas vezes
meus filhos precisaram me ajudar. Eram ações edificantes, e isso era bom.
Não encontrando área de atuação laboral remunerada, onde eu pudesse ser atuante e eficiente,
ao final nunca pude desenvolver profissão oficial, digamos. Também não encontrei outra atividade
laboral onde eu tivesse capacidade produtiva na cidade de Iacanga. Fiz alguns concursos públicos
temporários, na área estadual e federal, mas nada que garantisse subsistência estável.
- Não posso negar ou omitir que ocorreram situações de bulling e discriminação algumas vezes, e isto
obviamente comprometeu o crescimento econômico pessoal, por isso não posso dizer que minha vida
tem sido abastada ou fácil; mas está dentro das previsões de minhas escolhas, e nas minhas escolhas
sempre está o respeito ao próximo, a lisura e transparência. Isto me faz exuberante de alegria a cada
dia, isso me faz ter uma noite de sono tranquila: optei também por praticar aquela visão antiga que tive,
pessoas com carteiras de valores bem diferentes, mas unidas pelo bom senso.
Mas fui colunista de vários jornais, revistas, periódicos, colaboradora dos mesmos, depois e ainda,
blogueira, criadora de conteúdo, etc - nada remunerado.

Um dia qualquer na minha vida, tive algo como um despertar. Olhei ao redor e não haviam mais
crianças. Perguntei-me num relance ‘o que estou fazendo aqui?’ Frequentadora ávida de teatros,
reuniões beatniks, baladas alternativas, frenesi sem relógio, procurei tudo que conheço e aprecio ao
meu redor mas não econtrei; um súbito rompante me fez lembrar do ido Festival de Águas Claras. Ao
consultar imediatamente a nova então ‘internet’, vi que nenhum conteúdo havia sobre tal. Muito
impressionada saí pela ‘rede’ sondando eventuais grupos que ao menos pudessem ter ouvido falar.
Para minha agradável surpresa, a resposta foi positiva e mais que isso, as pessoas me agradeceram a
lembrança e me enviavam material para que eu pudesse incluir em acervo de acesso público digital que
eu estava construindo. Também manifestaram interesse em me visitar, me conhecer, rever como eu, a
cidade que abrigou o ‘Festival Hippie’. Aí já foi no início do ano de 200, e nunca mais parou. Comecei a
organizar anualmente os encontros entre as pessoas que participaram do festival, e as que ouviram
falar mas gostariam de ter participado, os simpatizantes. São momentos ricos e agradáveis que
compartilhamos anualmente em Iacanga. Discreto talvez por timidez e outras questões, mas tem dado
alegria a mais pessoas do que imaginamos.

Ainda residindo no ‘barracão do Fuad Jorge’, conheci o Padre César, meu vizinho, se tornou
importante amigo. Com ele vi a radiestesia pela primeira vez. Na época nos distraíamos com o bate
papo sempre divertido. Anos depois ao lembrar dele, resolvi conhecer mais sobre a atividade que ele
exerceu com excelência em Iacanga. Hoje também pratico radiestesia, inspirada por ele. Exerço a
atividade com regularidade e periodicidade por considerar prática de alta contemporaneidade. E claro,
me identifico com a vertente e sou feliz por aqui ter encontrado mais uma vocação tão rica.
Nasci:
Rosa Maria Cheixas Dias
Em 07/Julho/1962
em: Vila Nova Cachoeirinha - São Paulo / SP

- Voluntária Social e Escolar (todas as faixas etárias)


- Terapêuta Holística
- Colaboradora de Jornais e Revistas
- Blogueira
- influencer
- Hippie / Beatnik - contemporânea

- Administradora da história do Festival de Águas Claras

- Escolaridade:
2º grau completo

- Solteira

- Filha de:
João de Souza Dias e Dirce Cheixas Dias

- Mãe de:
. Tayguara Dias Reis
. Diego Xauene Dias Reis
. Luana Luara Miraira Dias Reis

- Alguns canais digitais:


. Festival de Águas Claras = ​https://aguasclarasfestival.blogspot.com/​ e
https://festival-de-aguas-claras.negocio.site/?m=true​ e
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_%C3%81guas_Claras

. Encontros em Iacanga = ​https://reencontrandoaguasclaras.blogspot.com/​ e


https://luau-de-aguas-claras.negocio.site/?m=true

. Satélite alternativo = ​https://satelite-alternativo.negocio.site/?m=true

. Além de páginas e grupos nas redes sociais & outros

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