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PORTUGUÊS
527 QUESTÕES
COM GABARITO
CADERNO ENEM
ENEM 2009 a 2018
Este material reúne todas estas provas, organizando suas questões segundo a respecti-
va disciplina abordada. No total, temos 12 cadernos: Matemática, Biologia, Física, Quí-
mica, História, Geografia, Filosofia/Sociologia, Inglês, Espanhol, Português, Redação e
Literatura.
João diz: oi
Pedro diz: blz?
João diz: na paz e vc?
Pedro diz: tudo trank ☺
João diz: oq vc ta fazendo?
(...)
Pedro diz: tenho q sair agora...
João diz: flw
Pedro diz: vlw, abc
Questão 04 (2009.1)
Questão 02 (2009.1)
A maioria das declarações do imposto de renda Iscute o que tô dizendo,
é realizada pela Internet, o que garante maior Seu dotô, seu coroné:
eficiência e rapidez no processamento das in- De fome tão padecendo
formações. Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Os serviços oferecidos pelo governo via Internet Meça desta grande terra
visam: Umas tarefa pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dêxe deserdado
A) gerar mais despesas aos cofres públicos.
Daquilo que Deus me deu.
B) criar mais burocracia no relacionamento com
o cidadão. (PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá)
C) facilitar e agilizar os serviços disponíveis.
D) vigiar e controlar os atos dos cidadãos. A partir da análise da linguagem utilizada no
E) definir uma política que privilegia a alta soci- poema, infere-se que o eu lírico revela-se como
edade. falante de uma variedade linguística específica.
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Esse falante, em seu grupo social, é identificado Na língua portuguesa, a escolha por "você" ou
como um falante: "senhor(a)" denota o grau de liberdade ou de
respeito que deve haver entre os interlocutores.
A) escolarizado proveniente de uma metrópole.
B) sertanejo morador de uma área rural. No diálogo apresentado anteriormente, observa-
C) idoso que habita uma comunidade urbana. se o emprego dessas formas. A personagem
D) escolarizado que habita uma comunidade do Sílvia emprega a forma "senhora" ao se referir à
interior do país. Irene. Na situação apresentada no texto, o em-
E) estrangeiro que imigrou para comunidade do prego de "senhora" ao se referir à interlocutora
sul do país. ocorre porque Sílvia:
Questão 07 (2009.1)
A escrita é uma das formas de expressão que
as pessoas utilizam para comunicar algo e tem
várias finalidades: informar, entreter, convencer,
A figura é uma adaptação da bandeira nacional. divulgar, descrever.
O uso dessa imagem no anúncio tem como
principal objetivo: Assim o conhecimento acerca das variedades
linguísticas sociais, regionais e de registro tor-
A) mostrar à população que a Mata Atlântica é
na-se necessário para que se use a língua nas
mais importante para o país do que a ordem e o
mais diversas situações comunicativas.
progresso.
B) criticar a estética da bandeira nacional, que
Considerando as informações acima, imagine
não reflete com exatidão a essência do país que
que você está à procura de um emprego e en-
representa.
controu duas empresas que precisam de novos
C) informar à população sobre a alteração que a
funcionários. Uma delas exige uma carta de
bandeira oficial do país sofrerá.
solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:
D) alertar a população para o desmatamento da
Mata Atlântica e fazer um apelo para que as
A) fará uso da linguagem metafórica.
derrubadas acabem.
B) apresentará elementos não verbais.
E) incentivar as campanhas ambientalistas e
C) utilizará o registro informal.
ecológicas em defesa da Amazônia.
D) evidenciará a norma padrão.
E) fará uso de gírias.
Questão 06 (2009.1)
Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela
Questão 08 (2009.1)
chácara com Irene.
Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mu-
— A senhora tem um jardim deslumbrante, lher de um rei grego. Isso provocou um san-
dona Irene! — comenta Sílvia, maravilhada di- grento conflito de dez anos, entre os séculos
ante dos canteiros de rosas e hortênsias. XIII e XII a.C. Foi o primeiro choque entre o
ocidente e o oriente. Mas os gregos consegui-
— Para começar, deixe o "senhora" de lado e
ram enganar os troianos. Deixaram à porta de
esqueça o "dona" também — diz Irene, sorrindo.
seus muros fortificados um imenso cavalo de
— Já é um custo aguentar a Vera me chamando
madeira. Os troianos, felizes com o presente,
de "tia" o tempo todo. Meu nome é Irene.
puseram-no para dentro. À noite, os soldados
Todas sorriem. Irene prossegue: gregos, que estavam escondidos no cavalo,
saíram e abriram as portas da fortaleza para a
— Agradeço os elogios para o jardim, só que
invasão. Daí surgiu a expressão “presente de
você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é
grego”.
quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na
jardinagem. (MARCELO DUARTE. O guia dos curiosos)
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A) ênfase na magreza tem levado muitas mulhe- da cidade, pois locais de trabalho, escolas,
res a depreciar sua autoimagem, apresentando complexos médicos, postos de atendimento ao
insatisfação crescente com o corpo. consumidor, áreas recreativas, ruas comerciais,
B) as pessoas adquirem a liberdade para de- shopping centers, estádios de esportes e par-
senvolver seus corpos de acordo com critérios ques ainda existem e continuarão existindo. E
estéticos que elas mesmas criam e que rece- as pessoas deslocar-se-ão entre todos esses
bem pouca influência do meio em que vivem. lugares com mobilidade crescente, exatamente
C) a modelagem corporal é um processo em devido flexibilidade recém-conquistada pelos
que o indivíduo observa o comportamento de sistemas de trabalho e integração social em
outros, sem, contudo, imitá-los. redes: como o tempo fica mais flexível, os luga-
D) o culto ao corpo produz uma busca incansá- res tornam-se mais singulares a medida que as
vel, trilhada por meio de árdua rotina de exercí- pessoas circulam entre elas em um padrão cada
cios, com pouco interesse no aperfeiçoamento vez mais móvel.
estético.
E) o corpo tornou-se um objeto de consumo (CASTELLS, A Sociedade em rede)
importante para as pessoas criarem padrões de As tecnologias de informação e comunicação
beleza que valorizam a raça à qual pertencem. tem a capacidade de modificar, inclusive, a for-
ma das pessoas trabalharem. De acordo com o
proposto pelo autor:
Questão 12 (2009.1)
A) a teatralidade da casa' tende a concentrar as
pessoas em suas casas e, consequentemente,
reduzir a circulação das pessoas nas áreas
comuns da cidade, como ruas comerciais e
shopping centers.
B) as pessoas irão se deslocar por diversos
lugares, com mobilidade crescente, propiciada
pela flexibilidade recém-conquistada pelos sis-
temas de trabalho e pela integração social em
redes.
C) cada vez mais as pessoas trabalham e ad-
ministram serviços de suas casas, tendência
que deve diminuir com o passar dos anos.
D) o deslocamento das pessoas entre diversos
lugares é um dos fatores causadores do estres-
se nos grandes centros urbanos.
E) o fim da cidade será uma das consequências
inevitáveis da mobilidade crescente.
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Para convencer o leitor da veracidade das in- A) ética é a vivência da realidade das classes
formações contidas no texto, o AUTOR recorre pobres, como mostra o fragmento “é uma reali-
à estratégia de: dade de fome e miséria”.
B) ética é o cultivo dos valores morais para en-
A) Citar autoridade especialista no assunto em contrar sentido na vida, como mostra o fragmen-
questão. to “de desespero e desencanto frente a um sen-
B) Destacar os cientistas da Grã-Bretanha. tido da vida”.
C) Apresentar citações de diferentes fontes de C) experiência democrática deve ser um projeto
divulgação científica. vivido na coletividade, como mostra o fragmento
D) Detalhar os procedimentos efetuados duran- “um projeto que se realiza nas relações da soci-
te o processo da pesquisa. abilidade humana”.
E) Elencar as possíveis consequências positivas D) experiência democrática precisa ser exerci-
que a descoberta vai trazer. tada em benefício dos mais pobres, com base
no fragmento “tornar possível o enfrentamento
da vida com dignidade”.
Questão 15 (2009.1) E) democracia é a melhor forma de governo
Luciana trabalha em uma loja de venda de car- para as classes menos favorecidas, como mos-
ros. Ela tem um papel muito importante de fazer tra o fragmento “É neste ponto que somos re-
a conexão entre os vendedores, os comprado- metidos diretamente à questão da democracia”.
res e o serviço de acessórios. Durante o dia, ela
se desloca inúmeras vezes da sua mesa para
resolver os problemas dos vendedores e dos Questão 17 (2009.1)
compradores. No final do dia, Luciana só pensa
em deitar e descansar as pernas. DIGA NÃO AO NÃO
Quem disse que alguma coisa é impossível?
Na função de chefe preocupado com a produti- Olhe ao redor. O mundo está cheio de coisas
vidade (número de carros vendidos) e com a que, segundo os pessimistas, nunca teriam
saúde e a satisfação dos seus funcionários, a acontecido.
atitude correta frente ao problema seria: “Impossível.”
“Impraticável.”
A) propor a criação de um programa de ginásti- “Não”.
ca laboral no início da jornada de trabalho. E ainda assim, sim.
B) sugerir a modificação do piso da loja para Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a
diminuir o atrito do solo e reduzir as dores nas decolar a bordo de um avião, impulsionado por
pernas. um motor aeronáutico.
C) afirmar que os problemas de dores nas per- Sim, Visconde de Mauá, um dos maiores em-
nas são causados por problemas genéticos. preendedores do Brasil, inaugurou a primeira
D) ressaltar que a utilização de roupas bonitas e rodovia pavimentada do país.
do salto alto são condições necessárias para Sim, uma empresa brasileira também inovou no
compor o bom aspecto da loja. país.
E) escolher um de seus funcionários para con- Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro.
duzir as atividades de ginástica laboral em inter- Foi a primeira empresa privada a produzir petró-
valos de 2 em 2 horas. leo na Bacia de Campos.
Desenvolveu um óleo combustível mais limpo, o
OC Plus.
Questão 16 (2009.1) O que é necessário para transformar o não em
A ética nasceu na pólis grega com a pergunta sim?
pelos critérios que pudessem tornar possível o Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar.
enfrentamento da vida com dignidade. Isto signi- E quando o problema parece insolúvel, quando
fica dizer que o ponto de partida da ética é a o desafio é muito duro, dizer: vamos lá.
vida, a realidade humana, que, em nosso caso,
é uma realidade de fome e miséria, de explora- O texto publicitário apresenta a oposição entre
ção e exclusão, de desespero e desencanto “impossível”, “impraticável”, “não” e “sim”, “sim”,
frente a um sentido da vida. É neste ponto que “sim”. Essa oposição, usada como um recurso
somos remetidos diretamente à questão da argumentativo, tem a função de:
democracia, um projeto que se realiza nas rela-
ções da sociabilidade humana. A) minimizar a importância da invenção do avião
por Santos Dumont.
O texto pretende que o leitor se convença de B) mencionar os feitos de grandes empreende-
que a: dores da história do Brasil.
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Questão 19 (2009.1)
As imagens seguintes fazem parte de uma campanha do Ministério da Saúde contra o tabagismo.
O emprego dos recursos verbais e não-verbais nesse gênero textual adota como uma das estratégias
persuasivas:
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Questão 23 (2009.1)
Metáfora
Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo,
Mas quando o poeta diz: “Lata”
Pode estar querendo dizer o incontível
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Pois ao poeta cabe fazer não marcou de forma lúgubre sua obra, embora
Com que na lata venha caber em seu humor lírico haja sempre um toque de
O incabível funda melancolia, e na sua poesia haja sempre
um certo toque de morbidez, até no erotismo.
Deixe a meta do poeta não discuta, Tradutor de autores como Marcel Proust e Willi-
Deixe a sua meta fora da disputa am Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu
Meta dentro e fora, lata absoluta mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal
Deixe-a simplesmente metáfora. idealizado por nós, brasileiros, órfãos de um
país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pa-
A metáfora é a figura de linguagem identificada sárgada. Descrever seu retrato em palavras é
pela comparação subjetiva, pela semelhança ou uma tarefa impossível, depois que ele mesmo já
analogia entre elementos. o fez tão bem em versos.
O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem
A coesão do texto é construída principalmente a
remetendo-nos a essa conhecida figura. O tre-
partir do(a):
cho em que se identifica a metáfora é:
A) “Uma lata existe para conter algo”. A) repetição de palavras e expressões que en-
B) “Mas quando o poeta diz: ’Lata’”. trelaçam as informações apresentadas no texto.
C) “Uma meta existe para ser um alvo”. B) substituição de palavras por sinônimos como
D) “Por isso não se meta a exigir do poeta”. “lúgubre” e “morbidez”, “melancolia” e “nostal-
E) “Que determine o conteúdo em sua lata”. gia”.
C) emprego de pronomes pessoais, possessi-
vos e demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nos-
so”, “ele”.
Questão 24 (2009.1)
D) emprego de diversas conjunções subordina-
Manuel Bandeira tivas que articulam as orações e períodos que
compõem o texto.
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obri- E) emprego de expressões que indicam se-
gado a abandonar os estudos de arquitetura por quência, progressividade, como “iminência”,
causa da tuberculose. Mas a iminência da morte “sempre”, “depois”.
Questão 25 (2009.1)
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O homem desenvolveu seus sistemas simbólicos para utilizá-los em situações específicas de interlocu-
ção. A necessidade de criar dispositivos que permitissem o diálogo em momentos e/ou lugares distintos
levou à adoção universal de alguns desses sistemas.
A) recepção das mensagens que utilizam o sistema simbólico da figura 1 pode ser feita horas depois de
sua emissão.
B) recepção de uma mensagem codificada com o auxílio do sistema simbólico mostrado na figura 2 in-
depende do momento de sua emissão.
C) mensagem que é mostrada na figura 4 será decodificada sem o auxílio da língua falada.
D) figura 3 mostra um sistema simbólico cuja criação é anterior à criação do sistema mostrado na figura 2.
E) figura 4 representa um sistema simbólico que recorre à utilização do som para a transmissão das
mensagens.
A) à adequação de sua fala à conversa com um Depreende-se, a partir desse conjunto de infor-
amigo, caracterizada pela informalidade. mações, que o teste que deu origem a esses
B) à iniciativa do cliente em se apresentar como resultados, além de estabelecer um perfil para o
funcionário do banco. usuário de sites de relacionamento, apresenta
C) ao fato de ambos terem nascido em Uber- preocupação com hábitos e propõe mudanças
lândia (Minas Gerais). de comportamento direcionadas:
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Questão 30 (2009.2)
Texto para as questões 28 e 29 No programa do balé Parade, apresentado em
18 de maio de 1917, foi empregada publicamen-
te, pela primeira vez, a palavra sur-realisme.
Pablo Picasso desenhou o cenário e a indumen-
tária, cujo efeito foi tão surpreendente que se
sobrepôs à coreografia. A música de Erik Satie
era uma mistura de jazz, música popular e sons
reais tais como tiros de pistola, combinados com
as imagens do balé de Charlie Chaplin, caubóis
e vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos
não eram propícios para receber a nova men-
sagem cênica demasiado provocativa devido ao
repicar da máquina de escrever, aos zumbidos
de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano
previstos por Cocteau para a partitura de Satie.
Já a ação coreográfica confirmava a tendência
marcadamente teatral da gestualidade cênica,
dada pela justaposição, colagem de ações iso-
ladas seguindo um estímulo musical.
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Questão 35 (2009.2)
Diferentemente do texto escrito, que em geral
compele os leitores a lerem numa onda linear –
da esquerda para a direita e de cima para baixo,
na página impressa – hipertextos encorajam os
leitores a moverem-se de um bloco de texto a
outro, rapidamente e não sequencialmente.
Considerando que o hipertexto oferece uma
multiplicidade de caminhos a seguir, podendo
ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas
decisões como novos caminhos, inserindo in-
formações novas, o leitor-navegador passa a ter
um papel mais ativo e uma oportunidade dife-
rente da de um leitor de texto impresso. Dificil-
mente, dois leitores de hipertextos farão os
mesmos caminhos e tomarão as mesmas deci-
sões.
A) é o leitor que constrói a versão final do texto. A) em que a imagem pouco contribui para facili-
B) o autor detém o controle absoluto do que tar a interpretação da mensagem contida no
escreve. texto, como pode ser constatado no primeiro
C) aclara os limites entre o leitor e o autor. quadrinho.
D) propicia um evento textual-interativo em que B) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida
apenas o autor é ativo. e clara, que facilita a compreensão, como se
E) só o autor conhece o que eletronicamente se percebe na fala do segundo quadrinho: “</DIV>
dispõe para o leitor. </SPAN> <BR CLEAR = ALL> < BR> <BR>
<SCRIPT>”.
C) em que o uso de letras com espessuras di-
Questão 36 (2009.2) versas está ligado a sentimentos expressos
pelos personagens, como pode ser percebido
La Vie em Rose no último quadrinho.
D) que possui em seu texto escrito característi-
cas próximas a uma conversação face a face,
como pode ser percebido no segundo quadri-
nho.
E) que a localização casual dos balões nos
quadrinhos expressa com clareza a sucessão
cronológica da história, como pode ser percebi-
do no segundo quadrinho.
Questão 37 (2009.2)
A partir da metade do século XX, ocorreu um
conjunto de transformações econômicas e soci-
ais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a
chamada explosão da informação. Embora essa
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Considerando-se o novo contexto social e eco- A) atraem o leitor por meio de previsões para o
nômico aludido no texto apresentado, as novas futuro.
tecnologias de informação e comunicação: B) apelam à emoção do leitor, mencionando a
morte de animais.
A) desempenham importante papel, porque sem C) orientam o leitor a respeito dos modos de
elas não seria possível registrar os aconteci- usar conscientemente as sacolas plásticas.
mentos históricos. D) intimidam o leitor com as nocivas conse-
B) facilitam os processos educacionais para quências do uso indiscriminado de sacolas plás-
ensino de tecnologia, mas não exercem influên- ticas.
cia nas ciências humanas. E) recorrem à informação, por meio de consta-
C) limitam-se a dar suporte aos meios de comu- tações, para convencer o leitor a evitar o uso de
nicação, facilitando sobretudo os trabalhos jor- sacolas plásticas.
nalísticos.
D) contribuem para o desenvolvimento social,
pois permitem o registro e a disseminação do
conhecimento de forma mais democrática e Questão 39 (2009.2)
interativa. Na comparação dos textos, observa-se que:
E) estão em estágio experimental, particular-
mente na educação, área em que ainda não A) o texto I apresenta um alerta a respeito do
demonstraram potencial produtivo. efeito da reciclagem de materiais plásticos; o
texto II justifica o uso desse material reciclado.
B) o texto I tem como objetivo precípuo apre-
Textos para as questões 38 e 39 sentar a versatilidade e as vantagens do uso do
plástico na contemporaneidade; o texto II objeti-
Texto I va alertar os consumidores sobre os problemas
ambientais decorrentes de embalagens plásti-
É praticamente impossível imaginarmos nossas cas não recicladas.
vidas sem o plástico. Ele está presente em em- C) o texto I expõe vantagens, sem qualquer
balagens de alimentos, bebidas e remédios, ressalva, do uso do plástico; o texto II busca
além de eletrodomésticos, automóveis etc. Esse convencer o leitor a evitar o uso de embalagens
uso ocorre devido à sua atoxicidade e à inércia, plásticas.
isto é: quando em contato com outras substân- D) o texto I ilustra o posicionamento de fabrican-
cias, o plástico não as contamina; ao contrário, tes de embalagens plásticas, mostrando por que
protege o produto embalado. Outras duas gran- elas devem ser usadas; o texto II ilustra o posi-
des vantagens garantem o uso dos plásticos em cionamento de consumidores comuns, que bus-
larga escala: são leves, quase não alteram o cam praticidade e conforto.
peso do material embalado, e são 100% reciclá- E) o texto I apresenta um alerta a respeito da
veis, fato que, infelizmente, não é aproveitado, possibilidade de contaminação de produtos
visto que, em todo o mundo, a percentagem de orgânicos e industrializados decorrente do uso
plástico reciclado, quando comparado ao total de plástico em suas embalagens; o texto II
produzido, ainda é irrelevante. apresenta vantagens do consumo de sacolas
(Revista Mãe Terra. Minuano) plásticas: leves, descartáveis gratuitas.
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Questão 40 (2009.2)
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Questão 47 (2009.2)
Questão 48 (2009.2)
O texto exemplifica um gênero textual híbrido
entre carta e publicidade oficial. Em seu conteú-
do, é possível perceber aspectos relacionados a
gêneros digitais. Considerando-se a função
social das informações geradas nos sistemas de
comunicação e informação presentes no texto,
infere-se que:
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A) “A princípio com tranquilidade, e logo com A) atitude crítica do autor quanto à gramática
obstinação, quis novamente dormir”. que as nações a serviço de Portugal possuíam
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S.O.S. Português
Por que os pronomes oblíquos têm esse nome e
quais as regras para utilizá-los?
As expressões “pronome oblíquo” e “pronome
reto” são oriundas do latim (casus obliquus e
casus rectus). Elas eram usadas para classificar
as palavras de acordo com a função sintática.
Quando estavam como sujeito, pertenciam ao
caso reto. Se exerciam outra função (exceto a
de vocativo), eram relacionadas ao caso oblí-
quo, pois um dos sentidos da palavra oblíquo é
“não é direito ou reto”. Os pronomes pessoais
da língua portuguesa seguem o mesmo padrão:
os que desempenham a função de sujeito (eu,
tu, ele, nós, vós e eles) são os pessoais do caso
reto; e os que normalmente têm a função de
Para o uso cotidiano de qualquer gênero de complementos verbais (me, mim, comigo, te, ti,
texto que circula em nossa sociedade, é neces- contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo,
sário que se conheça sua finalidade, função nos, conosco, vos e convosco) são os do caso
social e organização textual. Pela leitura da oblíquo.
história em quadrinhos, infere-se que o gênero
estatuto: Na descrição dos pronomes, estão implícitas
regras de utilização adequadas para situações
A) caracteriza-se pelo uso da linguagem colo- que exigem linguagem formal. A estrutura que
quial. está de acordo com as regras apresentadas no
B) pertence à esfera jurídica, por tratar de leis e texto é:
ter como finalidade estabelecer normas e regras
de conduta. A) Traga a tinta para eu.
C) apresenta elementos não verbais. B) Esse acordo é entre eu e você.
D) estabelece o direito de todos os cidadãos. C) Eu observei ela.
E) caracteriza-se pelo uso de uma variedade D) Eu a vi no quarto.
linguística regional não padrão. E) Traga tinta para mim pintar.
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Questão 60 (2009.3)
Nas falas do 1.º e do 3.º quadrinhos, observam-se características que demonstram a intenção do cartu-
nista em adotar uma:
A) variação de registro, para distinguir o discurso do cientista da fala de garotos, personagens de gera-
ções diferentes, em situações comunicativas bem diferenciadas.
B) linguagem bastante formal na fala do cientista, com emprego de termos técnicos de sua área de pes-
quisa.
C) linguagem culta na fala de Ataliba e do cientista, de acordo com as regras gramaticais do português
padrão.
D) linguagem coloquial na fala dos dois personagens, sem preocupação com as normas da língua, obje-
tivando uma comunicação mais eficaz.
E) variante regional na fala de um dos clones, típica da região brasileira em que os meninos nasceram e
foram criados.
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Questão 74 (2010.1)
Questão 76 (2010.1)
S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um
jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre
este aspecto da língua com base em duas pers-
pectivas. Na primeira delas, fala e escrita são
dicotômicas, o que restringe o ensino da língua
ao código. Daí vem o entendimento de que a
escrita é mais complexa que a fala, e seu ensi-
no restringe-se ao conhecimento das regras
gramaticais, sem a preocupação com situações
de uso. Outra abordagem permite encarar as
diferenças como um produto distinto de duas
modalidades da língua: a oral e a escrita. A
questão é que nem sempre nos damos conta
disso.
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da, que se manifesta nas situações cotidianas e mesmo tempo, o que chamamos de comunica-
das maneiras mais prosaicas. ção síncrona. São muitos os sites que oferecem
a opção de bate-papo na internet, basta esco-
(SIMURRO, S. A. B. Ser gentil é ser saudável) lher a sala que deseja “entrar”, salas são dividi-
das por assuntos, como educação, cinema,
No texto, menciona-se que a gentileza extrapola esporte, música, sexo, entre outros. Para entrar,
as regras de boa educação. A argumentação é necessário escolher um nick, uma espécie de
construída: apelido que identificará o participante durante a
conversa. Algumas salas restringem a idade,
A) apresenta fatos que estabelecem entre si mas não existe nenhum controle para verificar
relações de causa e de consequência. se a idade informada é realmente a idade de
B) descreve condições para a ocorrência de quem está acessando, facilitando que crianças
atitudes educadas. e adolescentes acessem salas com conteúdos
C) indica a finalidade pela qual a gentileza pode inadequados para sua faixa etária.
ser praticada.
D) enumera fatos sucessivos em uma relação (AMARAL, S. F. Internet novos valores)
temporal.
E) mostra oposição e acrescenta ideias. Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrên-
cia de diálogos instantâneos com linguagem
específica, uma vez que nesses ambientes inte-
Questão 81 (2010.1) rativos faz-se uso de protocolos diferenciados
de interação. O chat, nessa perspectiva, cria
Carnavália uma nova forma de comunicação porque:
Repique tocou
O surdo escutou A) possibilita que ocorra diálogo sem a exposi-
E o meu corasamborim ção da identidade real dos indivíduos, que po-
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela dem recorrer a apelidos fictícios sem compro-
passou por mim? meter o fluxo da comunicação em tempo real.
[...] B) disponibiliza salas de bate-papo sobre dife-
(ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M.) rentes assuntos com pessoas pré-selecionadas
por meio de um sistema de busca monitorado e
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, atualizado por autoridades no assunto.
que é a junção coração + samba + tamborim, C) seleciona previamente conteúdos adequados
refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que à faixa etária dos usuários que serão distribuí-
compõem uma escola de samba e à situação dos nas faixas de idade organizadas pelo site
emocional em que se encontra o autor da men- que disponibiliza a ferramenta.
sagem, com o coração no ritmo da percussão. D) garante a gravação das conversas, o que
possibilita que um diálogo permaneça aberto,
Essa palavra corresponde a um(a): independente da disposição de cada participan-
te.
A) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos
E) limita a quantidade de participantes conecta-
originados em outras línguas e representativos
dos nas salas de bate-papo, a fim de garantir a
de outras culturas.
qualidade e eficiência dos diálogos, evitando
B) neologismo, criação de novos itens linguísti-
mal-entendidos.
cos, pelos mecanismos que o sistema da língua
disponibiliza.
C) gíria, que compõe uma linguagem originada
em determinado grupo social e que pode vir a Questão 83 (2010.1)
se disseminar em uma comunidade mais ampla. Texto I
D) regionalismo, por ser palavra característica
de determinada área geográfica.
E) termo técnico, dado que designa elemento de
área específica de atividade.
Questão 82 (2010.1)
O Chat e sua linguagem virtual
O significado da palavra chat vem do inglês e
quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece
em tempo real, e, para isso, é necessário que
duas ou mais pessoas estejam conectadas ao
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Texto II
CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL
Onde haverá cobertura de telefonia celular para
baixar publicações para o Kindle
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Questão 87 (2010.1)
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verda-
deira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho,
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez
mais completos. A cozinha era enfim espaçosa,
o fogão enguiçado dava estouros. O calor era
Da comparação entre os textos, depreende-se
forte no apartamento que estavam aos poucos
que o texto II constitui um passo a passo para
pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que
interferir no comportamento dos usuários, diri-
ela mesma cortara lembrava-lhe que se quises-
gindo-se diretamente aos leitores, e o texto I:
se podia parar e enxugar a testa, olhando o
calmo horizonte. Como um lavrador. Ela planta-
A) adverte os leitores de que a internet pode
ra as sementes que tinha na mão, não outras,
transformar-se em um problema porque expõe a
mas essas apenas.
vida dos usuários e, por isso, precisa ser inves-
tigada. (LISPECTOR, C. Laços de família)
B) ensina aos leitores os procedimentos neces- A autora emprega por duas vezes o conectivo
sários para que as pessoas conheçam, em pro- mas no fragmento apresentado. Observando
fundidade, os principais meios de comunicação aspectos da organização, estruturação e funcio-
da atualidade. nalidade dos elementos que articulam o texto, o
C) exemplifica e explica o novo serviço global conectivo mas:
de mensagens rápidas que desafia os hábitos
de comunicação e reinventa o conceito de pri- A) expressa o mesmo conteúdo nas duas situa-
vacidade. ções em que aparece no texto. O conectivo mas
D) procura esclarecer os leitores a respeito dos B) quebra a fluidez do texto e prejudica a com-
perigos que o uso do Twitter pode representar preensão, se usado no início da frase.
nas relações de trabalho e também no plano C) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu
pessoal. uso na abertura da frase.
E) apresenta uma enquete sobre as redes soci- D) contém uma ideia de sequência temporal que
ais mais usadas na atualidade e mostra que o direciona a conclusão do leitor.
Twitter é preferido entre a maioria dos internau- E) assume funções discursivas distintas nos
tas. dois contextos de uso.
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Questão 89 (2010.1)
A Internet que você faz
Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou o
jeito de lidarmos com informações na rede. Tra-
ta-se de uma enciclopédia virtual colaborativa,
que é feita e atualizada por qualquer internauta
que tenha algo a contribuir. Em resumo: é como
se você imprimisse uma nova página para a
publicação desatualizada que encontrou na
biblioteca.
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Estados Unidos, 88% dos não fumantes aca- C) influenciar a opinião dos leitores sobre o
bam fumando passivamente. A Sociedade do tema, com as marcas argumentativas de seu
Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo posicionamento.
passivo é a terceira entre as principais causas D) induzir o leitor a pensar que os satélites arti-
de morte no país, depois do fumo ativo e do uso ficiais representam um grande perigo para toda
de álcool. a humanidade.
E) exercitar a ironia ao empregar “avenida con-
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I gestionada”; “tráfego celeste tão intenso”; “mon-
e II procuram demonstrar que: tanha de lixo”.
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A) uma denúncia de quadrilhas que se organi- Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe
zam em torno do narcotráfico. os nervos em carne viva.
B) a constatação de que o narcotráfico restrin- [...]
ge-se aos centros urbanos.
C) a informação de que as políticas sociais A excelente dona Inácia era mestra na arte de
compensatórias eliminarão a atividade crimino- judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora
sa a longo prazo. senhora de escravos – e daquelas ferozes, ami-
D) o convencimento do leitor de que para haver gas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau.
a superação do problema do narcotráfico é pre- Nunca se afizera ao regime novo – essa inde-
ciso aumentar a ação policial. cência de negro igual.
E) uma exposição numérica realizada com o
(LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I.
fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é Os cem melhores contos brasileiros do século)
vantajoso e sem riscos.
A narrativa focaliza um momento histórico-social
de valores contraditórios. Essa contradição infe-
Questão 95 (2010.1) re-se, no contexto, pela:
No Editorial, o autor defende a tese de que “as
políticas sociais que procuram evitar a entrada A) falta de aproximação entre a menina e a se-
dos jovens no tráfico não terão chance de su- nhora, preocupada com as amigas.
cesso enquanto a remuneração oferecida pelos B) receptividade da senhora para com os pa-
traficantes for tão mais compensatória que dres, mas deselegante para com as beatas.
aquela oferecida pelos programas do governo”. C) ironia do padre a respeito da senhora, que
Para comprovar sua tese, o autor apresenta: era perversa com as crianças.
D) resistência da senhora em aceitar a liberdade
A) instituições que divulgam o crescimento de dos negros, evidenciada no final do texto.
jovens no crime organizado. E) rejeição aos criados por parte da senhora,
B) sugestões que ajudam a reduzir a atração que preferia tratá-los com castigos.
exercida pelo crime organizado.
C) políticas sociais que impedem o aliciamento
de crianças no crime organizado.
D) pesquisadores que se preocupam com os Questão 97 (2010.1)
jovens envolvidos no crime organizado. O Flamengo começou a partida no ataque, en-
E) números que comparam os valores pagos quanto o Botafogo procurava fazer uma forte
entre os programas de governo e o crime orga- marcação no meio campo e tentar lançamentos
nizado. para Victor Simões, isolado entre os zagueiros
rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola,
o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade
de chegar à área alvinegra por causa do blo-
Questão 96 (2010.1)
queio montado pelo Botafogo na frente da sua
Negrinha área.
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Pre-
No entanto, na primeira chance rubro-negra,
ta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos
saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ib-
ruços e olhos assustados.
son, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça
para o meio da área. Kléberson apareceu na
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus
jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan.
primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros
Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defe-
da cozinha, sobre velha esteira e trapos imun-
sa e empurrou para o fundo da rede quase que
dos. Sempre escondida, que a patroa não gos-
em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
tava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona O texto, que narra uma parte do jogo final do
do mundo, amimada dos padres, com lugar campeonato Carioca de futebol, realizado em
certo na igreja e camarote de luxo reservado no 2009, contém vários conectivos, sendo que:
céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira
de balanço na sala de jantar), ali bordava, rece- A) após é conectivo de causa, já que apresenta
bia as amigas e o vigário, dando audiências, o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola
discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em de cabeça.
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Questão 99 (2010.2)
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Segundo pesquisas recentes, é irrelevante a diferença entre sexos para se avaliar a inteligência. Com
relação às tendências para áreas do conhecimento, por sexo, levando em conta a matrícula em cursos
universitários brasileiros, as informações do gráfico asseguram que:
A) os homens estão matriculados em menor proporção em cursos de Matemática que em Medicina por
lidarem melhor com pessoas.
B) as mulheres estão matriculadas em maior percentual em cursos que exigem capacidade de compre-
ensão dos seres humanos.
C) as mulheres estão matriculadas em percentual maior em Física que em Mineração por tenderem a
trabalhar melhor com abstrações.
D) os homens e as mulheres estão matriculados na mesma proporção em cursos que exigem habilida-
des semelhantes na mesma área.
E) as mulheres estão matriculadas em menor número em Psicologia por sua habilidade de lidarem me-
lhor com coisas que com sujeitos.
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os participantes eram homossexuais). E Mil- para estabelecer uma ligação com outro termo
lions’ Poet detonou uma discussão sobre os presente no texto, isto é, fazer referência ao:
direitos da mulher no mundo árabe.
A) Brasil, lugar onde há o programa BBB.
(GARATTONI, B. O American Idol islâmico) B) vencedor, que é um poeta árabe.
C) poeta, que mora na região da Arábia.
No trecho “Mas lá, como aqui, o reality gera D) programa, que há no Brasil e na Arábia.
controvérsia”, o termo destacado foi utilizado E) mundo árabe, local em que há o programa.
Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma lingua-
gem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque:
A) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma criança.
B) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este último.
C) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos.
D) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresentação de
sua obra de arte.
E) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal.
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A) apresentar um conteúdo de natureza científi- Fazendo uso da norma padrão da língua, que
ca. se pauta pela correção gramatical, seria correto
B) divulgar informações da vida pessoal do pes- o Ministro ler, em seu pronunciamento, o se-
quisador. guinte trecho:
C) anunciar um determinado tipo de botijão de
gás. A) Diante da gravidade da situação e do risco
D) solicitar soluções para os problemas apre- com que nos expomos, tem a necessidade de
sentados. se evitarem aglomerações de pessoas, para
E) instruir o leitor sobre como utilizar correta- que se possa conter o avanço da epidemia.
mente o botijão. B) Diante da gravidade da situação e do risco
de que nos expomos, há a necessidade de se
evitar aglomerações de pessoas, para que se
Questão 112 (2010.2) possa conter o avanço da epidemia.
As doze cores do vermelho C) Diante da gravidade da situação e do risco a
que nos expomos, há a necessidade de se evi-
Você volta para casa depois de ter ido jantar tarem aglomerações de pessoas, para que se
com sua amiga dos olhos verdes. Verdes. Às possa conter o avanço da epidemia.
vezes quando você sai do escritório você quer D) Diante da gravidade da situação e do risco a
se distrair um pouco. Você não suporta mais que nos expomos, há a necessidade de se evi-
tem seu trabalho de desenhista. Cópias plantas tarem aglomerações de pessoas, para que se
réguas milímetros nanquim compasso 360º. De possam conter o avanço da epidemia.
cercado cerco. Antes de dormir você quer estu- E) Diante da gravidade da situação e do risco os
dar para a prova de história da arte mas sua quais nos expomos, há a necessidade de se
menina menor tem febre e chama você. A mão evitar aglomerações de pessoas, para que se
dela na sua mão é um peixe sem sol em irradia- possa conter o avanço da epidemia.
ções noturnas. Quentes ondas. Seu marido se
aproxima os pés calçados de meias nos chine-
los folgados. Ele olha as horas nos dois relógios
de pulso. Ele acusa você de ter ficado fora de Questão 114 (2010.2)
casa o dia todo até tarde da noite enquanto a Estamos em plena “Idade Mídia” desde os anos
menina ardia em febre. Ponto e ponta. Dor per- de 1990, plugados durante muitas horas sema-
fume crescente... nais (jovens entre 13 e 24 anos passam 3h30
(CUNHA, H. P. As doze cores do vermelho) diárias na Internet, garante pesquisa Studio
Ideias para o núcleo Jovem da Editora Abril),
A literatura brasileira contemporânea tem abor- substituímos as cartas pelos e-mails, os diários
dado, sob diferentes perspectivas, questões íntimos pelos blogs, os telegramas pelo Twitter,
relacionadas ao universo feminino. No fragmen- a enciclopédia pela Wikipédia, o álbum de fotos
to, entre os recursos expressivos utilizados na pelo Flickr. O YouTube é mais atraente do que a
construção da narrativa, destaca-se a: TV.
(PERISSÉ, G. A escrita na Internet)
A) ausência de metáforas, que é responsável
pela objetividade do texto.
B) repetição de “você”, que se refere ao interlo- Cada sistema de comunicação tem suas especi-
cutor da personagem. ficidades No ciberespaço, os textos virtuais são
C) ausência de vírgulas, que marca o discurso produzidos combinando-se características de
irritado da personagem. gêneros tradicionais. Essa combinação repre-
D) descrição minuciosa do espaço do trabalho, senta,
que se opõe ao da casa.
E) auto ironia, que ameniza o sentimento de A) na produção de textos em geral, a soberania
opressão da personagem. da autoria colaborativa no ciberespaço.
B) no uso do Twitter, a falta de coerência nas
mensagens ali veiculadas, provocada pela eco-
Questão 113 (2010.2) nomia de palavras.
Diante do número de óbitos provocados pela C) na redação do e-mail, o abandono da forma-
gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, lidade e do rigor gramatical.
o Ministro da Saúde fez um pronunciamento D) na produção de um blog, a perda da privaci-
público na TV e no rádio. Seu objetivo era escla- dade, pois o blog se identifica como um diário
recer a população e as autoridades locais sobre íntimo.
a necessidade do adiamento do retorno às au- E) no uso do Twitter, a presença da concisão,
las, em agosto, para que se evitassem a aglo- que aproxima os textos às manchetes jornalísti-
meração de pessoas e a propagação do vírus. cas.
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cam do uso de outras ferramentas virtuais, co- traduzi-las em outra língua e se originam de
mo o correio eletrônico. gírias e culturas de cada região. Nas diversas
B) interferem nas rotinas de encontros e come- regiões do país, há várias expressões idiomáti-
morações de determinados segmentos, porque cas que integram os chamados dialetos.
supervalorizam o contato a distância.
C) contribuem para o analfabetismo digital dos O texto esclarece o leitor sobre as expressões
leitores de blog, uma vez que não se preocu- idiomáticas, utilizando-se de um recurso meta-
pam com os usos padronizados da língua. linguístico que se caracteriza por:
D) promovem discussões sobre diversos assun-
tos, expondo seus pontos de vista particulares e A) externar atitudes preconceituosas em relação
incentivando a troca de opiniões e consolidação às classes menos favorecidas que utilizam ex-
de grupos de interesse. pressões idiomáticas.
E) definem previamente seus seguidores, de B) divulgar as várias expressões idiomáticas
modo a evitar que pessoas que não compactu- existentes e controlar a atenção do interlocutor,
am com as mesmas opiniões interfiram no de- ativando o canal de comunicação entre ambos.
senvolvimento de determinados assuntos. C) influenciar o leitor sobre atitudes a serem
tomadas em relação ao preconceito contra os
falantes que utilizam expressões idiomáticas.
Questão 121 (2010.2) D) definir o que são expressões idiomáticas e
como elas fazem parte do cotidiano do falante
Expressões Idiomáticas pertencente a grupos regionais diferentes.
Expressões idiomáticas ou idiomatismo são E) preocupar-se em elaborar esteticamente os
expressões que se caracterizam por não identi- sentidos das expressões idiomáticas existentes
ficar seu significado através de suas palavras em regiões distintas.
individuais ou no sentido literal. Não é possível
Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem empregada, percebe-se que a garota:
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Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma forma
que em outras áreas a internet também inovou as maneiras de vivenciar a amizade. Da leitura do info-
gráfico, depreendem-se dois tipos de amizade virtual, a simétrica e a assimétrica, ambas com seus prós
e contras. Enquanto a primeira se baseia na relação de reciprocidade, a segunda:
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cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais Amapá. “Essa quantidade de água seria sufici-
horríver que briga de cego no escuro.” ente para abastecer a população mundial duran-
te 500 anos”, diz Milton Matta, geólogo da
Ao que o delegado não teve como deixar de
UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão
confessar, um pouco secamente: "É a minha
tem quase o dobro do volume de água do Aquí-
mãe." E o cabôco, em cima da bucha, não per-
fero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos).
de a linha: "Mais dotô, inté que é uma feiura
Até então, Guarani era a maior reserva subter-
caprichada.”
rânea do mundo, distribuída por Brasil, Argenti-
na, Paraguai e Uruguai.
(BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular)
Por suas características formais, por sua função Essa notícia, publicada em uma revista de
e uso, o texto pertence ao gênero: grande circulação, apresenta resultados de uma
pesquisa científica realizada por uma universi-
A) anedota, pelo enredo e humor característi- dade brasileira. Nessa situação específica de
cos. comunicação, a função referencial da linguagem
B) crônica, pela abordagem literária de fatos do predomina, porque o autor do texto prioriza:
cotidiano.
C) depoimento, pela apresentação de experiên- A) as suas opiniões, baseadas em fatos.
cias pessoais. B) os aspectos objetivos e precisos.
D) relato, pela descrição minuciosa de fatos C) os elementos de persuasão do leitor.
verídicos. D) os elementos estéticos na construção do
E) reportagem, pelo registro impessoal de situa- texto.
ções reais. E) os aspectos subjetivos da mencionada pes-
quisa.
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A) informar os consumidores em geral sobre a O texto propõe uma reflexão acerca da língua
atuação do Conar. portuguesa, ressaltando para o leitor a:
B) conscientizar publicitários do compromisso
ético ao elaborar suas peças publicitárias. A) inauguração do museu e o grande investi-
C) alertar chefes de família, para que eles fisca- mento em cultura no país.
lizem o conteúdo das propagandas veiculadas B) importância da língua para a construção da
pela mídia. identidade nacional.
D) chamar a atenção de empresários e anunci- C) afetividade tão comum ao brasileiro, retrata-
antes em geral para suas responsabilidades ao da através da língua.
contratarem publicitários sem ética. D) relação entre o idioma e as políticas públicas
E) chamar a atenção de empresas para os efei- na área de cultura.
tos nocivos que elas podem causar à socieda- E) diversidade étnica e linguística existente no
de, se compactuarem com propagandas enga- território nacional.
nosas.
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De acordo com o texto, há no Brasil uma varie- esconderem seu desconhecimento da norma
dade de nomes para a Manihot utilissima, nome padrão.
científico da mandioca. Esse fenômeno revela E) usuários que desvendam os mistérios e suti-
que: lezas da língua portuguesa empregam forma do
verbo ter quando, na verdade, deveriam usar
A) existem variedades regionais para nomear formas do verbo haver, contrariando as regras
uma mesma espécie de planta. gramaticais.
B) mandioca é nome específico para a espécie
existente na região amazônica.
C) “pão-de-pobre” é designação específica para Questão 146 (2011.1)
a planta da região amazônica.
D) os nomes designam espécies diferentes da Palavra indígena
planta, conforme a região.
E) a planta é nomeada conforme as particulari- A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o
dades que apresenta. idioma guarani os artefatos da era da computa-
ção que ganharam importância em sua vida,
como mouse (que eles chamam de angojhá) e
Questão 145 (2011.1) windows (oventã).
Há certos usos consagrados na fala, e até Quando a internet chegou àquela comunidade,
mesmo na escrita, que, a depender do estrato que abriga em torno de 400 guaranis, há quatro
social e do nível de escolaridade do falante, anos, por meio de um projeto do Comitê para
são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até Democratização da Informática (CDI), em parce-
mesmo em falantes que dominam a variedade ria com a ONG Rede Povos da Floresta e com
padrão, pois, na verdade, revelam tendências antena cedida pela Star One (da Embratel),
existentes na língua em seu processo de mu- Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibi-
dança que não podem ser bloqueadas em nome lidades de comunicação que a web traz.
de um “ideal linguístico” que estaria representa-
do pelas regras da gramática normativa. Usos Ele conta que usam a rede, por enquanto, so-
como ter por haver em construções existentes mente para preparação e envio de documentos,
(tem muitos livros na estante), o do pronome mas perceberam que ela pode ajudar na pre-
objeto na posição de sujeito (para mim fazer o servação da cultura indígena.
trabalho), a não-concordância das passivas com A apropriação da rede se deu de forma gradual,
se (aluga-se casas) são indícios da existência, mas os guaranis já incorporaram a novidade
não de uma norma única, mas de uma plurali- tecnológica ao seu estilo de vida. A importância
dade de normas, entendida, mais uma vez, da internet e da computação para eles está
norma como conjunto de hábitos linguísticos, expressa num caso de rara incorporação: a do
sem implicar juízo de valor. vocabulário.
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parcialmente, o instrutor como o condutor do olhava o mundo e comunicava que não havia
processo de ensino. assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte
que também dava no mesmo: a crônica estava
(PEREIRA, J. Meu Próprio Negócio)
feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de
A utilização de meios eletrônicos no processo Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a
de ensino e aprendizagem é uma realidade da Lagoa ― posso não ver melhor, mas vejo mais.
vida contemporânea. O aluno acessa informa- [...] Nelson Rodrigues não tinha problemas.
ções e segue instruções visando agregar co- Quando não havia assunto, ele inventava. Uma
nhecimento na aprendizagem por meio da edu- tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord
cação a distância, a qual: na calçada do jornal. Ele estava com o papel na
máquina e provisoriamente sem assunto. Inven-
A) promove, no âmbito da educação profissio- tou que eu descia de um reluzente Rolls Royce
nal, a reflexão teórica em detrimento da prática. com uma loura suspeita, mas equivalente à
B) potencializa a autonomia dos sujeitos de suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve,
aprendizagem e o caráter colaborativo do pro- eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o
cesso. guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura.
C) prescinde da atuação de um profissional da Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson
área pedagógica, substituído pelas ferramentas não ficou sem assunto.
tecnológicas.
D) proporciona mudança de status social aos O autor lançou mão de recursos linguísticos que
estudantes no novo milênio, pela facilidade de o auxiliaram na retomada de informações dadas
interação. sem repetir textualmente uma referência. Esses
E) depende de conhecimento técnico específico recursos pertencem ao uso da língua e ganham
da área de informática, o que demonstra sua sentido nas práticas de linguagem. É o que
ineficácia atual. acontece com os usos do pronome “ele” desta-
cados no texto. Com essa estratégia, o autor
conseguiu:
Questão 151 (2011.2)
O acesso à educação profissional e tecnológica A) referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues
pode mudar a vida de milhões de jovens em usando igual recurso de articulação textual.
todo o país: há uma nova lei do estágio. Com a B) comparar Rubem Braga com Nelson Rodri-
nova lei, o governo federal define o estágio pro- gues, dando preferência ao primeiro.
fissional como ato educativo e determina medi- C) produzir um texto obscuro, cujas ambiguida-
das para que esta atividade contribua para fami- des impedem a compreensão do leitor.
liarizar o futuro profissional com o mundo do D) confundir o leitor, que fica sem saber quando
trabalho. Entre as medidas estabelecidas, es- o texto se refere a um ou a outro cronista.
tão: a obrigatoriedade da supervisão por parte E) sugerir que os dois autores escrevem crôni-
do professor da instituição de origem do estu- cas sobre assuntos semelhantes.
dante com o auxílio de um profissional no local
de trabalho, a definição de jornada máxima de
trabalho de quatro a seis horas. Questão 153 (2011.2)
Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova,
Ao listar as mudanças ocorridas na legislação seja velha, é um ser muito compreensivo, que
referente ao estágio, o autor do texto tem como dança conforme a música: se está no Maraca-
objetivo: nã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com
um ar dramático, mantendo sempre a mesma
A) mostrar que as políticas públicas favorecem pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas
os trabalhadores da educação. mãos de um gandula. Em compensação, num
B) familiarizar o leitor com as instituições que racha de menino, ninguém é mais sapeca: ela
definem o ensino profissionalizante. corre para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio,
C) apresentar as novas normas que definem o para de estalo no canteiro, lambe a canela de
estágio profissional para estudantes. um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois
D) familiarizar milhões de jovens estudantes escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece
com o seu futuro profissional. um bichinho.
E) incentivar a obrigatoriedade da supervisão
por parte do professor. (NOGUEIRA, A. Peladas)
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A) descrever objetivamente uma determinada seção. Se ele tivesse sido capturado pelo cam-
realidade. po gravitacional do nosso planeta e colidido, o
B) manifestar o seu sentimento em relação ao impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas
objeto bola. de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil
C) buscar influenciar o comportamento dos bombas de hidrogênio, conforme calcularam os
adeptos do futebol. computadores operados pelos astrônomos do
D) explicar o significado da bola e as regras programa de Exploração do Sistema Solar da
para seu uso. Nasa; se caísse no continente, abriria uma cra-
E) ativar e manter o contato dialógico com o tera de cinco quilômetros, no mínimo, e destrui-
leitor. ria tudo o que houvesse num raio de milhares
de outros; se desabasse no oceano, provocaria
maremotos que devastariam imensas regiões
Questão 154 (2011.2) costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.
Uma luz na evolução Com base na leitura do fragmento, percebe-se
Dois fósseis descobertos na África do Sul, dota- que o texto foi construído com o objetivo de:
dos de inusitada combinação de características
arcaicas e modernas, podem ser ancestrais A) destacar o seu processo de construção, dan-
diretos do homem do enfoque, principalmente, a recursos expres-
sivos.
Os últimos quinze dias foram excepcionais para B) persuadir o leitor, levando-o a tomar medidas
o estudo das origens do homem. No fim de para evitar os problemas ambientais.
março, uma falange fossilizada encontrada na C) manter um canal de comunicação entre leitor
Sibéria revelou uma espécie inteiramente nova e autor por meio de mensagens subjetivas.
de hominídeo que existia há 50 000 anos. Na D) transmitir informações, fazendo referência a
semana passada, cientistas da Universidade de acontecimentos observados no mundo exterior.
Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram E) transmitir os receios e reflexões do autor no
uma descoberta similar. São duas as ossadas que se refere ao fim do mundo.
bastante completas ― a de um menino de 12
anos e a de uma mulher de 30 ― encontradas
na caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johan-
Questão 156 (2011.2)
nesburgo. Devido à abundância de fósseis, a
região é conhecida como Berço da Humanida-
de.
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B) à escrita dos livros em linguagem muito re- A) incompatibilizar as bebidas alcoólicas com a
buscada, o que dificulta o entendimento dos direção de automóveis.
leitores. B) prevenir-se quanto aos efeitos do álcool no
C) à falta de assistência familiar no que se refe- organismo humano.
re à educação escolar dos filhos. C) associar o consumo de bebidas à ideia de
D) à língua em si, cheia de regras e normas morte na juventude.
gramaticais desnecessárias. D) reconhecer que tipo de bebida alcoólica deve
E) ao ensino da língua que, devido à metodolo- ser evitada no trânsito.
gia utilizada, desestimula os alunos. E) reduzir gradativamente a ingestão de álcool
antes de dirigir.
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São 68 milhões num universo de 190 milhões de brasileiros conectados nas redes virtuais. O e-mail,
irmão moderno da carta, ainda é uma ferramenta imprescindível de comunicação, mas já começa a dar
espaço para ferramentas mais ágeis de interação, como MSN, Orkut, Facebook, Twitter e blogs.
Da leitura dos dois textos, depreende-se que a internet tem se expandido muito nos últimos anos. Apesar
disso, a atitude do rapaz no Texto I revela a:
A) opinião de quem necessita das ferramentas da internet para realizar novas conquistas.
B) adequação dos jovens às redes sociais como Twitter, Facebook, Msn, Orkut, blog etc.
C) constatação da importância do acesso à internet para a comunicação com outras pessoas.
D) aceitação das redes sociais pela internet como veículo de relacionamentos pessoais.
E) demonstração de uma postura resistente à interferência das tecnologias na comunicação.
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Os argumentos utilizados no texto indicam que A situação social em que o falante está inserido
seu público-alvo é o consumidor e seu objetivo é determinante para o uso da língua. Dessa
é estimular: forma, cabe ao usuário adequar-se a cada con-
texto, a seus condicionantes: formalida-
A) o abandono do uso de sacolas de plástico. de/informalidade, intimidade/hierarquias etc.
B) o engajamento em campanhas de consumo Considerando-se a situação comunicativa, há,
consciente. na charge,
C) a divulgação dos perigos das sacolas plásti-
cas para os animais marinhos. A) displicência de ambos os falantes, já que
D) a compra de sacolas de pano em supermer- desconsideram a situação em que estão inseri-
cados. dos e usam um registro inadequado ao contex-
E) a reutilização das sacolas de plástico. to.
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B) dualidade de registros entre os dois falantes, O exemplo de gênero textual citado é largamen-
já que ambos usam regras distintas quanto à te utilizado em bibliotecas. Suas características
concordância. o definem como pertencente ao gênero:
C) inadequação, do ponto de vista da norma
padrão, do registro de um e de outro falante. A) formulário, que contém informações sobre o
D) consenso entre os registros dos dois falantes autor.
no tocante à norma padrão, já que ambos usam B) manual, que define os passos da busca.
as mesmas regras de regência. C) lista, por relacionar os assuntos da obra.
E) inobservância do personagem vestido de D) aviso, por instruir o leitor a identificar o autor.
preto quanto à informalidade da situação e o E) ficha, que é utilizada para identificar uma
consequente uso de um registro bastante for- obra.
mal.
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sentado revela que o surgimento das novas jornal, autor de peças de teatro, advogado, de-
tecnologias: putado federal e até ministro da Justiça. Para
ajudar na descoberta das múltiplas facetas des-
A) proporcionou mudanças no paradigma de se personagem do século XIX, parte de seu
consumo e oferta de revistas e livros. acervo inédito será digitalizada.
B) incentivou a desvalorização das revistas e
livros impressos. Com base no texto, que trata do papel do escri-
C) viabilizou a aquisição de novos equipamen- tor José de Alencar e da futura digitalização de
tos digitais. sua obra, depreende-se que:
D) aqueceu o mercado de venda de computado-
res. A) a digitalização dos textos é importante para
E) diminuiu os incentivos à compra de eletrôni- que os leitores possam compreender seus ro-
cos. mances.
B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi
importante porque deixou uma vasta obra literá-
Questão 172 (2012.1) ria com temática atemporal.
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu C) a divulgação das obras de José de Alencar,
biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista por meio da digitalização, demonstra sua impor-
que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro tância para a história do Brasil Imperial.
II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José D) a digitalização dos textos de José de Alencar
de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O terá importante papel na preservação da memó-
guarani e Iracema, tido como o pai do romance ria linguística e da identidade nacional.
no Brasil. Além de criar clássicos da literatura E) o grande romancista José de Alencar é im-
brasileira com temas nativistas, indianistas e portante porque se destacou por sua temática
históricos, ele foi também folhetinista, diretor de indianista.
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adaptações
benéficas à saúde de um indivíduo:
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outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane. O efeito de sentido da charge é provocado pela
Ririam da sugestão. [...] Dificilmente encontro combinação de informações visuais e recursos
alguém, agora, que saiba quem é Stephen Cra- linguísticos. No contexto da ilustração, a frase
ne ou lembre-se de algo dele. Para os jovens proferida recorre à:
escritores que estão surgindo ele simplesmente
não existe.” A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da
expressão “rede social” para transmitir a ideia
20 DE DEZEMBRO [1919] que pretende veicular.
Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jor- B) ironia para conferir um novo significado ao
nal. Sou reconhecido como o maior escritor vivo termo “outra coisa”.
da língua inglesa. Já se passaram dezenove C) homonímia para opor, a partir do advérbio de
anos desde que Crane morreu, mas eu não o lugar, o espaço da população pobre e o espaço
esqueço. E parece que outros também não. The da população rica.
London Mercury resolveu celebrar os vinte e D) personificação para opor o mundo real pobre
cinco anos de publicação de um livro que, se- ao mundo virtual rico.
gundo eles, foi “um fenômeno hoje esquecido” e E) antonímia para comparar a rede mundial de
me pediram um artigo. computadores com a rede caseira de descanso
da família.
(FONSECA, R. Romance negro e outras histórias)
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D) propiciar entretenimento e acesso a produtos país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”,
e serviços. no meio de uma frase, ergueu entre nós um
E) expandir os canais de publicidade e o espaço muro frio e triste.
mercadológico.
Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que
me acontece essa tristeza; mas também não
era a vez primeira.
Questão 180 (2012.1)
(BRAGA, R. A borboleta amarela)
O senhor
Carta a uma jovem que, estando em uma roda A escolha do tratamento que se queira atribuir a
em que dava aos presentes o tratamento de alguém geralmente considera as situações es-
você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”: pecíficas de uso social. A violação desse princí-
pio causou um mal-estar no autor da carta. O
Senhora: trecho que descreve essa violação é:
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de
peito magoado e cara triste, para vos dizer que A) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma fra-
senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. se ergueu entre nós um muro frio e triste.”
B) “A única nobreza do plebeu está em não
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do querer esconder a sua condição.”
plebeu está em não querer esconder sua condi- C) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria
ção, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre nas rugas de minha testa.”
tantos senhores ricos e nobres a quem chamá- D) “O território onde eu mando é no país do
veis você escolhestes a mim para tratar de se- tempo que foi.”
nhor, é bem de ver que só poderíeis ter encon- E) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa
trado essa senhoria nas rugas de minha testa e tristeza; mas também não era a vez primeira.”
na prata de meus cabelos. Senhor de muitos
anos, eis aí; o território onde eu mando é no
Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?
Questão 182 (2012.1) maioria das aves e mamíferos tem algum tipo
de raciocínio.
Não somos tão especiais
Todas as características tidas como exclusivas AMOR
dos humanos são compartilhadas por outros O amor, tido como o mais elevado dos senti-
animais, ainda que em menor grau. mentos, é parecido em várias espécies, como
os corvos, que também criam laços duradouros,
INTELIGÊNCIA se preocupam com o ente querido e ficam de
A ideia de que somos os únicos animais racio- luto depois de sua morte.
nais tem sido destruída desde os anos 40. A
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CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários
exemplos de cetáceos e primatas que são ca-
pazes de aprender novos hábitos e de transmiti-
los para as gerações seguintes. O que é cultura
se não isso?
(BURGIERMAN, D. Superinteressante)
A) definição e hierarquia.
B) exemplificação e comparação.
CONSCIÊNCIA C) causa e consequência.
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Oran- D) finalidade e meios.
gotangos observam e enganam humanos distra- E) autoridade e modelo.
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A) faz uma síntese do que foi abordado na re- Questão 186 (2012.1)
portagem.
E-mail com hora programada
B) discute problemas conjugais que conduzem à
Agende o envio de e-mails no Thunderbird com
separação.
a extensão SendLater
C) aborda a importância dos advogados em
processos de separação. Nem sempre é interessante mandar um e-mail
D) oferece dicas para orientar as pessoas em na hora. Há situações em que agendar o envio
processos de separação. de uma mensagem é útil, como em datas co-
E) rebate o enfoque dado ao tema pela reporta- memorativas ou quando o e-mail serve para
gem, lançando novas ideias. lembrar o destinatário de algum evento futuro. O
Thunderbird, o ótimo cliente de e-mail do grupo
Mozilla, conta com uma extensão para esse fim.
Questão 185 (2012.1) Trata-se do SendLater. Depois de instalado, ele
cria um item no menu de criação de mensagens
que permite marcar o dia e a hora exatos para o
envio do e-mail. Só há um ponto negativo: para
garantir que a mensagem seja enviada na hora,
o Thunderbird deverá estar em execução. Se-
não, ele mandará o e-mail somente na próxima
vez que for rodado.
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rox da página do dicionário com a “varroa” no informação devem escolher, uma vez que o
topo. Porque para eles não é o dicionário que homem contemporâneo apressado, estressado,
faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas monta- desorientado busca uma linha diretriz, uma
nhas de Minas Gerais, fala “varreção” quando classificação mais clara, um condensado do que
não “barreção”. O que me deixa triste sobre é realmente importante.
esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada
(*) fome excessiva, desejo descontrolado.
sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é
(**) miséria, pobreza.
feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre
ela, mas reclama sempre que o prato está ra- (VOYENNE, B. Informação hoje)
chado.
(ALVES, R. Mais badulaques) Com o uso das novas tecnologias, os domínios
midiáticos obtiveram um avanço maior e uma
De acordo com o texto, após receber a carta de presença mais atuante junto ao público, marca-
um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um da ora pela quase simultaneidade das informa-
xerox da página 827 do dicionário” sinalizando ções, ora pelo uso abundante de imagens. A
um erro de grafia, o autor reconhece: relação entre as necessidades da sociedade
moderna e a oferta de informação, segundo o
A) a supremacia das formas da língua em rela- texto, é desarmônica, porque:
ção ao seu conteúdo.
B) a necessidade da norma padrão em situa- A) o jornalista seleciona as informações mais
ções formais de comunicação escrita. importantes antes de publicá-las.
C) a obrigatoriedade da norma culta da língua, B) o ser humano precisa de muito mais conhe-
para a garantia de uma comunicação efetiva. cimento do que a tecnologia pode dar.
D) a importância da variedade culta da língua, C) o problema da sociedade moderna é a abun-
para a preservação da identidade cultural de um dância de informações e de liberdade de esco-
povo. lha.
E) a necessidade do dicionário como guia de D) a oferta é incoerente com o tempo que as
adequação linguística em contextos informais pessoas têm para digerir a quantidade de infor-
privados resolução. mação disponível.
E) a utilização dos meios de informação aconte-
ce de maneira desorganizada e sem controle
Questão 188 (2012.1) efetivo.
A marcha galopante das tecnologias teve por
primeiro resultado multiplicar em enormes pro-
porções tanto a massa das notícias que circu- Questão 189 (2012.1)
lam quanto as ocasiões de sermos solicitados
por elas. Os profissionais têm tendência a con- Entrevista com Marcos Bagno
siderar esta inflação como automaticamente Pode parecer inacreditável, mas muitas das
favorável ao público, pois dela tiram proveito e prescrições da pedagogia tradicional da língua
tornam-se obcecados pela imagem liberal do até hoje se baseiam nos usos que os escritores
grande mercado em que cada um, dotado de portugueses do século XIX faziam da língua. Se
luzes por definição iguais, pode fazer sua esco- tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso
lha em toda liberdade. Isso jamais foi realizado do verbo “ter” no lugar de “haver”, como em
e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os
ouvintes, telespectadores, mesmo se se aban- portugueses, em dado momento da história de
donam a sua bulimia*, não são realmente nutri- sua língua, deixaram de fazer esse uso existen-
dos por esta indigesta sopa de informações e cial do verbo “ter”.
sua busca finaliza em frustração. Cada vez mais No entanto, temos registros escritos da época
frequentemente, até, eles ressentem esse bom- medieval em que aparecem centenas desses
bardeio de riquezas falsas como agressivo e se usos. Se nós, brasileiros, assim como os falan-
refugiam na resistência a toda ou qualquer in- tes africanos de português, usamos até hoje o
formação. verbo “ter” como existencial é porque recebe-
mos esses usos de nossos excolonizadores.
O verdadeiro problema das sociedades pós Não faz sentido imaginar que brasileiros, ango-
industriais não é a penúria**, mas a abundância. lanos e moçambicanos decidiram se juntar para
As sociedades modernas têm a sua disposição “errar” na mesma coisa. E assim acontece com
muito mais do que necessitam em objetos, in- muitas outras coisas: regências verbais, coloca-
formações e contatos. Ou, mais exatamente, ção pronominal, concordâncias nominais e ver-
disso resulta uma desarmonia entre uma oferta, bais etc. Temos uma língua própria, mas ainda
não excessiva, mas incoerente, e uma demanda somos obrigados a seguir uma gramática nor-
que, confusamente, exige uma escolha muito mativa de outra língua diferente. Às vésperas de
mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de comemorarmos nosso bicentenário de indepen-
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dência, não faz sentido continuar rejeitando o Estudos contemporâneos mostram que cada
que é nosso para só aceitar o que vem de fora. língua possui sua própria complexidade e dinâ-
Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões mica de funcionamento. O texto ressalta essa
de brasileiros para só considerar certo o que é dinâmica, na medida em que enfatiza:
usado por menos de dez milhões de portugue-
ses. Só na cidade de São Paulo temos mais A) a inexistência de conteúdo comum a todas as
falantes de português que em toda a Europa! línguas, pois o léxico contempla visão de mundo
particular específica de uma cultura.
Na entrevista, o autor defende o uso de formas B) a existência de línguas limitadas por não
linguísticas coloquiais e faz uso da norma pa- permitirem ao falante nativo se comunicar per-
drão em toda a extensão do texto. Isso pode ser feitamente a respeito de qualquer conteúdo.
explicado pelo fato de que ele: C) a tendência a serem mais restritos o vocabu-
lário e a gramática de línguas indígenas, se
A) adapta o nível de linguagem à situação co- comparados com outras línguas de origem eu-
municativa, uma vez que o gênero entrevista ropeia.
requer o uso da norma padrão. D) a existência de diferenças vocabulares entre
B) apresenta argumentos carentes de compro- os idiomas, especificidades relacionadas à pró-
vação científica e, por isso, defende um ponto pria cultura dos falantes de uma comunidade.
de vista difícil de ser verificado na materialidade E) a atribuição de maior importância sociocultu-
do texto. ral às línguas contemporâneas, pois permitem
C) propõe que o padrão normativo deve ser que sejam abordadas quaisquer temáticas, sem
usado por falantes escolarizados como ele, dificuldades.
enquanto a norma coloquial deve ser usada por
falantes não escolarizados.
D) acredita que a língua genuinamente brasilei-
Questão 191 (2012.1)
ra está em construção, o que o obriga a incorpo-
A substituição do haver por ter em construções
rar em seu cotidiano a gramática normativa do
existenciais, no português do Brasil, correspon-
português europeu.
de a um dos processos mais característicos da
E) defende que a quantidade de falantes do
história da língua portuguesa, paralelo ao que já
português brasileiro ainda é insuficiente para
ocorrera em relação à ampliação do domínio de
acabar com a hegemonia do antigo colonizador.
ter na área semântica de “posse”, no final da
fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa
Questão 190 (2012.1) as vitórias de ter sobre haver e discute a emer-
gência de ter existencial, tomando por base a
O léxico e a cultura obra pedagógica de João de Barros. Em textos
Potencialmente, todas as línguas de todos os escritos nos anos quarenta e cinquenta do sécu-
tempos podem candidatar-se a expressar qual- lo XVI, encontram-se evidências, embora raras,
quer conteúdo. A pesquisa linguística do século tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos
XX demonstrou que não há diferença qualitativa clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto
entre os idiomas do mundo — ou seja, não há de haver como verbo existencial com concor-
idiomas gramaticalmente mais primitivos ou dância, lembrado por Ivo Castro, e anotado
mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
ser efetivamente utilizada, essa igualdade po- Como se vê, nada é categórico e um purismo
tencial precisa realizar-se na prática histórica do estreito só revela um conhecimento deficiente
idioma, o que nem sempre acontece. Teorica- da língua. Há mais perguntas que respostas.
mente, uma língua com pouca tradição escrita Pode-se conceber uma norma única e prescriti-
(como as línguas indígenas brasileiras) ou uma va? É válido confundir o bom uso e a norma
língua já extinta (como o latim ou o grego clás- com a própria língua e dessa forma fazer uma
sicos) podem ser empregadas para falar sobre avaliação crítica e hierarquizante de outros usos
qualquer assunto, como, digamos, física quânti- e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma
ca ou biologia molecular. Na prática, contudo, norma por outra?
não é possível, de uma hora para outra, expres-
sar tais conteúdos em camaiurá ou latim, sim- (CALLOU, D. A propósito de norma)
plesmente porque não haveria vocabulário pró-
prio para esses conteúdos. É perfeitamente Para a autora, a substituição de “haver” por “ter”
possível desenvolver esse vocabulário específi- em diferentes contextos evidencia que:
co, seja por meio de empréstimos de outras
línguas, seja por meio da criação de novos ter-
mos na língua em questão, mas tal tarefa não A) o estabelecimento de uma norma prescinde
se realizaria em pouco tempo nem com pouco de uma pesquisa histórica.
esforço. B) os estudos clássicos de sintaxe histórica
(BEARZOTI FILHO, P. Mini Aurélio) enfatizam a variação e a mudança na língua.
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C) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos A publicidade, de uma forma geral, alia elemen-
da língua fundamenta a definição da norma. tos verbais e imagéticos na constituição de seus
D) a adoção de uma única norma revela uma textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a
atitude adequada para os estudos linguísticos. sustentabilidade, o autor procura convencer o
E) os comportamentos puristas são prejudiciais leitor a:
à compreensão da constituição linguística.
A) assumir uma atitude reflexiva diante dos fe-
nômenos naturais.
Questão 192 (2012.1) B) evitar o consumo excessivo de produtos reu-
Lugar de mulher também é na oficina. Pelo me- tilizáveis.
nos nas oficinas dos cursos da área automotiva C) aderir à onda sustentável, evitando o consu-
fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina mo excessivo.
tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres D) abraçar a campanha, desenvolvendo proje-
matriculadas em 2005, a quantidade saltou para tos sustentáveis.
79 alunas inscritas neste ano nos cursos de E) consumir produtos de modo responsável e
mecânica automotiva, eletricidade veicular, inje- ecológico.
ção eletrônica, repintura e funilaria. A presença
feminina nos cursos automotivos da Prefeitura
— que são gratuitos — cresceu 1 480% nos Questão 194 (2012.1)
últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.
Aquele bêbado
Na produção de um texto, são feitas escolhas — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da
referentes a sua estrutura, que possibilitam infe- cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álco-
rir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho ol.
apresentado, o enunciado “Lugar de mulher
O mais ele achou que podia beber. Bebia pai-
também é na oficina” corrobora o objetivo textu-
sagens, músicas de Tom Jobim, versos de Má-
al de:
rio Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos
fins de semana, embebedava-se de Índia Recli-
A) demonstrar que a situação das mulheres
nada, de Celso Antônio.
mudou na sociedade contemporânea.
B) defender a participação da mulher na socie- — Curou-se 100% do vício — comentavam os
dade atual. amigos.
C) comparar esse enunciado com outro: “lugar
Só ele sabia que andava mais bêbado que um
de mulher é na cozinha”.
gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de
D) criticar a presença de mulheres nas oficinas
uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu
dos cursos da área automotiva.
féretro ostentava inúmeras coroas de ex-
E) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher
alcoólatras anônimos.
é na cozinha”.
(ANDRADE, C. D. Contos plausíveis)
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vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, quando o pronome é colocado depois do verbo,
porque não olha para fora, logo se acostuma a o que acontece quando este estiver no imperati-
não abrir todas as cortinas. E, porque não abre vo afirmativo ou no infinitivo impessoal regido da
as cortinas, logo se acostuma a acender mais preposição “a” ou quando o verbo estiver no
cedo a luz. E, à medida que se acostuma, es- gerúndio. Mesóclise, usada quando o verbo
quece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. estiver flexionado no futuro do presente ou no
futuro do pretérito.
(COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia)
A progressão é garantida nos textos por deter- A mesóclise é um tipo de colocação pronominal
minados recursos linguísticos, e pela conexão raro no uso coloquial da língua portuguesa. No
entre esses recursos e as ideias que eles ex- entanto, ainda é encontrada em contextos mais
pressam. Na crônica, a continuidade textual é formais, como se observa em:
construída, predominantemente, por meio:
A) Faz muito tempo que lhe falei essas coisas.
A) da repetição de estruturas, garantindo o pa- B) Referia-se à D. Evarista ou tê-la-ia encontra-
ralelismo sintático e de ideias. do em algum outro autor?
B) da apresentação de argumentos lógicos, C) Acabou de chegar dizendo-lhe que precisava
constituindo blocos textuais independentes. retornar ao serviço imediatamente.
C) do emprego de vocabulário rebuscado, pos- D) Nunca um homem se achou em mais aperta-
sibilitando a elegância do raciocínio. do lance.
D) da estruturação de frases ambíguas, constru- E) Não lhe negou que era um improviso.
indo efeitos de sentido opostos.
E) da ordenação de orações justapostas, dis-
pondo as informações de modo paralelo. Questão 198 (2012.2)
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Essa peça publicitária foi construída relacionando elementos verbais e não verbais. Considerando-se as
estratégias argumentativas utilizadas pelo seu autor, percebe-se que a linguagem verbal explora, pre-
dominantemente, a função apelativa da linguagem, pois:
A) utiliza o artifício das repetições para manter a atenção do leitor, potencial consumidor de seu produto.
B) mantém o foco do texto no leitor, pelo emprego repetido de “você”, marca de interlocução.
C) veicula informações sobre as características físicas do lugar, balneário com grande potencial turístico.
D) imprime no texto a posição pessoal do autor em relação ao lugar descrito, objeto da propaganda.
E) estabelece uma comparação entre a paisagem e uma pintura, artifício geralmente eficaz em propa-
gandas.
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O internetês na escola
Questão 210 (2012.2)
O internetês — expressão grafolinguística cria-
da na internet pelos adolescentes na última Uma tuiteratura?
década — foi, durante algum tempo, um bicho As novidades sobre o Twitter já não cabem em
de sete cabeças para gramáticos e estudiosos 140 toques. Informações vindas dos EUA dão
da língua. Eles temiam que as abreviações fo- conta de que a marca de 100 milhões de adep-
néticas (onde “casa” vira ksa; e “aqui” vira aki) tos acaba de ser alcançada e que a biblioteca
comprometessem o uso da norma culta do por- do Congresso, um dos principais templos da
tuguês para além das fronteiras cibernéticas. palavra impressa, vai guardar em seu arquivo
Mas, ao que tudo indica, o temido internetês todos os tweets, ou seja, as mensagens do mi-
não passa de um simpático bichinho de uma croblog. No Brasil o fenômeno não chega a
cabecinha só. Ainda que a maioria dos profes- tanto, mas já somos o segundo país com o mai-
sores e educadores se preocupe com ele, a or número de tuiteiros. Também aqui o Twitter
ocorrência do internetês nas provas escolares, está sendo aceito em territórios antes exclusivos
vestibulares e em concursos públicos é insignifi- do papel. A própria Academia Brasileira de Le-
cante. Essa forma de expressão parece ainda tras abriu um concurso de microcontos para
estar restrita a seu hábitat natural. Aliás, aí está textos com apenas 140 caracteres. Também se
a questão: saber separar bem a hora em que fala das possibilidades literárias desse meio que
podemos escrever de qq jto, da hora em que se caracteriza pela concisão. Já há até um neo-
não podemos escrever de “qualquer jeito”. Mas, logismo, “tuiteratura”, para indicar os “enuncia-
e para um adolescente que fica várias horas dos telegráficos com criações originais, citações
“teclando” que nem louco nos instant messen- ou resumos de obras impressas”. Por ora, per-
gers e chats da vida, é fácil virar a “chavinha” no gunto como se estivesse tuitando: querer fazer
cérebro do internetês para o português culto? literatura com palavras de menos não é preten-
“Essa dificuldade será proporcional ao contato são demais?
que o adolescente tenha com textos na forma (VENTURA, Z.)
culta, como jornais ou obras literárias. Depen-
As novas tecnologias estão presentes na socie-
dendo deste contato, ele terá mais facilidade
dade moderna, transformando a comunicação
para abrir mão do internetês” — explica Eduar-
por meio de inovadoras linguagens. O texto de
do de Almeida Navarro, professor livre-docente
Zuenir Ventura mostra que o Twitter tem sido
de língua tupi e literatura colonial da USP.
acessado por um número cada vez maior de
(RAMPAZZO, F.) internautas e já se insere até na literatura. Neste
contexto de inovações linguísticas, a linguagem
Segundo o texto, a interação virtual favoreceu o do Twitter apresenta como característica rele-
surgimento da modalidade linguística conhecida vante:
como internetês. Quanto à influência do interne- A) a frequência de neologismos criados com a
tês no uso da forma culta da língua, infere-se finalidade de tornar a mensagem mais popular.
que: B) o emprego de palavras pouco usuais no dia a
dia para reafirmar a originalidade e o espírito
A) a alternância de variante linguística é uma crítico dos usuários desse tipo de rede social.
habilidade dos usuários da língua e é acionada C) a concisão relativa ao texto ao adotar como
pelos jovens de acordo com suas necessidades regra o uso de uma quantidade predefinida de
discursivas. toques.
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D) o uso de palavras e expressões próprias da — A outra é que você está escalado para jogar
mídia eletrônica para restringir a participação de no meu time amanhã cedo.
usuários.
E) o uso de expressões exclusivas da nova (DIAS, M. V. R. Humor na Marolândia)
forma literária para substituir palavras usuais do
português. Esse texto pode ser analisado sob dois pontos
de vista que incluem situações diferentes de
interlocução: a primeira, considerando seu pro-
dutor e seus potenciais leitores; e a segunda,
Questão 211 (2012.2)
considerando os interlocutores Francisco e Se-
Era uma vez bastião. Para cada uma dessas situações o
produtor do texto tem um objetivo específico
Um rei leão que não era rei.
que se determina, não só pela situação, mas
Um pato que não fazia quá-quá.
também pelo gênero textual.
Um cão que não latia.
Um peixe que não nadava. Os verbos que sintetizam os objetivos do produ-
Um pássaro que não voava. tor nas duas situações propostas são, respecti-
Um tigre que não comia. vamente,
Um gato que não miava.
Um homem que não pensava... A) alegrar e intimidar.
E, enfim, era uma natureza sem nada. B) entreter e seduzir.
Acabada. Depredada. C) recrear e assustar.
Pelo homem que não pensava. D) distrair e comover.
E) divertir e informar.
(LAURA ARAÚJO CUNHA)
São as relações entre os elementos e as partes
do texto que promovem o desenvolvimento das Questão 213 (2012.2)
ideias. No poema, a estratégia linguística que
contribui para esse desenvolvimento, estabele- O que a internet esconde de você
cendo a continuidade do texto, é a: Para cada site que você pode visitar, existem
pelo menos 400 outros que não consegue aces-
A) escolha de palavras de diferentes campos sar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis.
semânticos. Estão presos num buraco negro digital maior do
B) negação contundente das ações praticadas que a própria internet. A cada vez que você
pelo homem. interage com um amigo nas redes sociais, vá-
C) repetição de estrutura sintática com novas rios outros são ignorados e têm as mensagens
informações. enterradas num enorme cemitério on-line. E,
D) intertextualidade com o gênero textual fábula quando você faz uma pesquisa no Google, não
infantil. recebe os resultados de fato — e sim uma ver-
E) utilização de ponto final entre termos de uma são maquiada, previamente modificada de
mesma oração. acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é
verdade — e não é nenhuma grande conspira-
ção. Acontece todos os dias sem que você per-
Questão 212 (2012.2) ceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e
vamos explorar a web perdida.
Notícias do além
(GRAVATÁ, A.)
Aquele que morrer primeiro e for para o céu
deverá voltar à Terra para contar ao outro como Os gêneros do discurso jornalístico, geralmente
é a vida lá no paraíso. Assim ficou combinado a manchete, a notícia e a reportagem, exigem
entre Francisco e Sebastião, amigos insepará- um repórter que não diz “eu”, nem mesmo que
veis e apaixonados pelo futebol. Francisco teve se refira ao leitor do texto explicitamente. No
morte súbita e, passado algum tempo, no meio trecho lido, ao contrário, é recorrente o emprego
da noite, sua alma apareceu ao colega: de “você”, o qual:
— Nossa Senhora, Chico! Você veio mesmo!
A) deixa claro o leitor esperado para o texto,
— Estou aqui, Tião, para cumprir a minha pro- aquele que visita redes sociais e sites de busca
messa, trazendo-lhe duas notícias. no dia a dia.
— Então me fala. B) estabelece conexão entre o fatual e o opina-
tivo, o que descaracteriza o texto como reporta-
— O céu é uma maravilha, um colosso, uma gem.
beleza. Tem futebol todo dia. C) explicita uma construção metalinguística que
— E a outra? se volta para o próprio dizer.
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Em um texto literário, é comum que os recursos Pessoa jurídica - É a existência legal de uma
poéticos e linguísticos participem do significado sociedade, associação ou instituição, que aferiu
do texto, isto é, forma e conteúdo se relacionam o direito de ter vida própria e isolada das pesso-
significativamente. Com relação ao poema de as físicas que a constituíram. É a união de pes-
Mário de Andrade, a correlação entre um recur- soas capazes de possuir e exercitar direitos e
so formal e um aspecto da significação do texto contrair obrigações, independentemente das
é: pessoas físicas, através das quais agem. É,
portanto, uma nova pessoa, com personalidade
A) a ausência de rima nos versos, recurso muito
distinta da de seus membros (da pessoa natu-
utilizado pelos modernistas, que aproxima a
ral). Sua existência legal dáse em decorrência
linguagem do poema da linguagem cotidiana.
de leis e só nascerá após o devido registro nos
B) a sonoridade do poema, carregada de sons
órgãos públicos competentes (Cartórios ou Jun-
nasais, que representa a tristeza do eu lírico ao
tas Comerciais).
longo de toda a viagem. (POLONI, A. S.)
C) o emprego de versos curtos e irregulares em
sua métrica, que reproduzem uma viagem de TEXTO II
bonde, com suas paradas e retomadas de mo-
vimento.
D) a sucessão de orações coordenadas, que
remete à sucessão de cenas e emoções senti-
das pelo eu lírico ao longo da viagem.
E) a elisão dos verbos, recurso estilístico cons-
tante no poema, que acentua o ritmo acelerado
da modernidade.
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O documento foi retirado de uma exposição on-line de manuscritos do estado de São Paulo do início do
século XX. Quanto à relevância social para o leitor da atualidade, o texto:
A) funciona como veículo de transmissão de valores patrióticos próprios do período em que foi escrito.
B) cumpre uma função instrucional de ensinar regras de comportamento em eventos cívicos.
C) deixa subentendida a ideia de que o brasileiro preserva as riquezas naturais do país.
D) argumenta em favor da construção de uma nação com igualdade de direitos.
E) apresenta uma metodologia de ensino restrita a uma determinada época.
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Esse evento ratifica o argumento de que: hábitos alimentares, de modo geral, mudaram
muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da
A) a internet atribui verdadeiros valores culturais
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Meta-
aos seus usuários.
bologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas
B) a consciência das sociedades foi estabeleci-
mostram que, aqui no Brasil, estamos exage-
da com o advento da internet.
rando no sal e no açúcar, além de tomar pouco
C) a revolução tecnológica tem como principal
leite e comer menos frutas e feijão.
objetivo a deposição de governantes antidemo-
cráticos. Outro pecado, velho conhecido de quem exibe
D) os recursos tecnológicos estão a serviço dos excesso de gordura por causa da gula, surge
opressores e do fortalecimento de suas práticas como marca da nova geração: a preguiça, “Cem
políticas. por cento das meninas que participam do Pro-
E) os sistemas de comunicação são mecanis- grama não praticavam nenhum esporte”, revela
mos importantes, de adesão e compartilhamen- a psicóloga Cristina Freire, que monitora o de-
to de valores sociais. senvolvimento emocional das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as con-
Questão 226 (2013.1) sequências de uma rotina sedentária e cheia de
gordura. “E não é novidade que os obesos têm
Secretaria de Cultura uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer,
EDITAL endocrinologista da Associação Brasileira para
NOTIFICAÇÃO – Síntese da resolução publica- o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabó-
da no Diário Oficial da Cidade, 29/07/2011 – lica. Mas, se há cinco anos os estudos projeta-
página 41 – 511.a Reunião Ordinária, em vam um futuro sombrio para os jovens, no cená-
21/06/2011. rio atual as doenças que viriam na velhice já são
parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão
Resolução n.o 08/2011 – TOMBAMENTO dos sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifi-
imóveis da Rua Augusta. n.o 349 e n.o 353, ca Claudia.
esquina com a Rua Marquês de Paranaquá, n.o (DESGUALDO, P.)
315. n.o 327 e n.o 329 (Setor 010, Quadra 026,
Lotes 0016-2 e 00170-0), bairro da Consolação. Sobre a relação entre os hábitos da população
Subprefeitura da Sé, conforme o processo ad- adolescente e as suas condições de saúde, as
ministrativo n.o 1991-0.005.365-1. informações apresentadas no texto indicam que:
Um leitor interessado nas decisões governa- A) a falta de atividade física somada a uma ali-
mentais escreve uma carta para o jornal que mentação nutricionalmente desequilibrada cons-
publicou o edital, concordando com a resolução tituem fatores relacionados ao aparecimento de
sintetizada no Edital da Secretaria de Cultura. doenças crônicas entre os adolescentes.
Uma frase adequada para expressar sua con- B) a diminuição do consumo de alimentos fontes
cordância é: de carboidratos combinada com um maior con-
A) Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo sumo de alimentos ricos em proteínas contribuí-
estado de conservação devem ser derrubados. ram para o aumento da obesidade entre os ado-
B) Até que enfim! Os edifícios localizados nesse lescentes.
trecho descaracterizam o conjunto arquitetônico C) a maior participação dos alimentos industria-
da Rua Augusta. lizados e gordurosos na dieta da população
C) Parabéns! O poder público precisa mostrar adolescente tem tornado escasso o consumo de
sua força como guardião das tradições dos mo- sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio
radores locais. metabólico.
D) Justa decisão! O governo dá mais um passo D) a ocorrência de casos de hipertensão e dia-
rumo à eliminação do problema da falta de mo- betes entre os adolescentes advém das condi-
radias populares. ções de alimentação, enquanto que na popula-
E) Congratulações! O patrimônio histórico da ção adulta os fatores hereditários são preponde-
cidade merece todo empenho para ser preser- rantes.
vado. E) a prática regular de atividade física é um
importante fator de controle da diabetes entre a
população adolescente, por provocar um cons-
Questão 227 (2013.1) tante aumento da pressão arterial sistólica.
Adolescentes: mais altos,
gordos e preguiçosos Questão 228 (2013.1)
A oferta de produtos industrializados e a falta de O cartum a seguir faz uma crítica social. A figura
tempo têm sua parcela de responsabilidade no destacada, na sequência, está em oposição às
aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos outras e representa a:
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A) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma ção à luz do sol, mas ela também existe em
série de contágios entre línguas.” alguns alimentos comuns. Entretanto, como
B) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe fonte dessa vitamina, certos alimentos são me-
[...]”. lhores do que outros. Alguns possuem uma
C) “O primeiro era um termo derivado do latim quantidade significativa de vitamina D, natural-
medieval influentia, que significava ‘influência mente, e são alimentos que talvez você não
dos astros sobre os homens’.” queira exagerar: manteiga, nata, gema de ovo e
D) “O segundo era apenas a forma nominal do fígado.
verbo gripper [...]”.
TEXTO II
E) “Supõe-se que fizesse referência ao modo
Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalci-
violento como o vírus se apossa do organismo
ferol) é crucial para sua saúde. Mas a vitamina
infectado.”
D é realmente uma vitamina? Está presente nas
comidas que os humanos normalmente conso-
mem? Embora exista em algum percentual na
Questão 235 (2013.1) gordura do peixe, a vitamina D não está em
Para Carr, internet atua no nossas dietas, a não ser que os humanos artifi-
comércio da distração cialmente incrementem um produto alimentar,
Autor de “A Geração Superficial” analisa a in- como o leite enriquecido com vitamina D. A
fluência da tecnologia na mente natureza planejou que você a produzisse em
sua pele, e não a colocasse direto em sua boca.
O jornalista americano Nicholas Carr acredita Então, seria a vitamina D realmente uma vitami-
que a internet não estimula a inteligência de na?
ninguém. O autor explica descobertas científicas
sobre o funcionamento do cérebro humano e Frequentemente circulam na mídia textos de
teoriza sobre a influência da internet em nossa divulgação científica que apresentam informa-
forma de pensar. Para ele, a rede torna o racio- ções divergentes sobre um mesmo tema. Com-
cínio de quem navega mais raso, além de frag- parando os dois textos, constata-se que o Texto
mentar a atenção de seus usuários. Mais: Carr II contrapõe-se ao I quando:
afirma que há empresas obtendo lucro com a
recente fragilidade de nossa atenção. “Quanto A) comprova cientificamente que a vitamina D
mais tempo passamos on-line e quanto mais não é uma vitamina.
rápido passamos de uma informação para a B) demonstra a verdadeira importância da vita-
outra, mais dinheiro as empresas de internet mina D para a saúde.
fazem”, avalia. “Essas empresas estão no co- C) enfatiza que a vitamina D é mais comumente
mércio da distração e são experts em nos man- produzida pelo corpo que absorvida por meio de
ter cada vez mais famintos por informação fra- alimentos.
gmentada em partes pequenas. É claro que elas D) afirma que a vitamina D existe na gordura
têm interesse em nos estimular e tirar vantagem dos peixes e no leite, não em seus derivados.
da nossa compulsão por tecnologia.” E) levanta a possibilidade de o corpo humano
produzir artificialmente a vitamina D.
(ROXO, E.)
A crítica do jornalista norte-americano que justi-
fica o título do texto é a de que a internet: Questão 237 (2013.1)
A) mantém os usuários cada vez menos preo-
cupados com a qualidade da informação.
B) torna o raciocínio de quem navega mais raso,
além de fragmentar a atenção de seus usuários.
C) desestimula a inteligência, de acordo com
descobertas científicas sobre o cérebro.
D) influencia nossa forma de pensar com a su-
perficialidade dos meios eletrônicos.
E) garante a empresas a obtenção de mais lu-
cro com a recente fragilidade de nossa atenção.
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Os objetivos que motivam os seres humanos a Na piada, a quebra de expectativa contribui para
estabelecer comunicação determinam, em uma produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre
situação de interlocução, o predomínio de uma porque um dos personagens:
ou de outra função de linguagem. Nesse texto,
predomina a função que se caracteriza por: A) reconhece a espécie do animal avistado.
B) tem dúvida sobre a pronúncia do nome do
A) tentar persuadir o leitor acerca da necessida- réptil.
de de se tomarem certas medidas para a elabo- C) desconsidera o conteúdo linguístico da per-
ração de um livro. gunta.
B) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que D) constata o fato de um bicho cruzar a frente
projeta para sua obra seus sonhos e histórias. do carro.
C) apontar para o estabelecimento de interlocu- E) apresenta duas possibilidades de sentido
ção de modo superficial e automático, entre o para a mesma palavra.
leitor e o livro.
D) fazer um exercício de reflexão a respeito dos
princípios que estruturam a forma e o conteúdo Questão 240 (2013.1)
de um livro.
E) retratar as etapas do processo de produção O que é bullying virtual ou cyberbullying?
de um livro, as quais antecedem o contato entre
leitor e obra. É o bullying que ocorre em meios eletrônicos,
com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários
Questão 238 (2013.1) virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que dizem e fazem na escola, mas
com o agravante de que as pessoas envolvidas
não estão cara a cara.
Dúvida
Questão 241 (2013.1)
Dois compadres viajavam de carro por uma
estrada de fazenda quando um bicho cruzou a Casados e independentes
frente do carro. Um dos compadres falou:
— Passou um largato ali! Um novo levantamento do IBGE mostra que o
O outro perguntou: número de casamentos entre pessoas na faixa
— Lagarto ou largato? dos 60 anos cresce, desde 2003, a um ritmo
O primeiro respondeu: 60% maior que o observado na população brasi-
— Num sei não, o bicho passou muito rápido. leira como um todo...
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(SPYE, J.)
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Mais uma vez, reacende-se o desgastante de- A) apresentar uma paisagem de um local espe-
bate sobre “linguagem de televisão” e “lingua- cífico, conteúdo recorrente em um cartão-postal.
gem de cinema”. B) comemorar a data da instituição do cartão-
No mesmo país em que pagar ingresso ainda é postal no Brasil, ainda na época do Império.
luxo para milhões de pessoas, alguns críticos C) instituir um novo tipo de cartão-postal, o vir-
utilizam o termo “televisivo” para depreciar uma tual, a ser comercializado em um site da inter-
obra. E “cinematográfico” para enaltecê-la. net.
D) incentivar as pessoas de uma cidade a envi-
Como se houvesse um juiz onipotente a permitir ar cartões postais umas para as outras.
ou não que se sinta uma história da maneira E) fazer propaganda de um ponto turístico ro-
que se pretende senti-la. mântico específico, atraindo a visitação por ca-
Todos os sentidos ficam de fora da análise igno- sais.
rante, tipicamente política, que divorcia a técni-
ca da percepção sensorial. E é exatamente aí
que reside o único interesse de um realizador: o Questão 253 (2013.2)
momento do encontro do espectador com a A aptidão física, em termos gerais, pode ser
obra. definida como a capacidade que um indivíduo
(MONJARDIM, J.) possui para realizar atividades físicas. Ter uma
boa amplitude nos movimentos das diversas
Ao comentar o ressurgimento do debate sobre partes corporais é um dos componentes da
“linguagem de televisão” e “linguagem de cine- aptidão física relacionada à saúde, pois permite
ma”, o autor mostra a: maior disposição para atividades da vida diária,
como, por exemplo, maior facilidade para alcan-
A) neutralidade dos críticos no uso das palavras çar os próprios pés.
“televisivo” e “cinematográfico”.
B) validade do debate para o aprimoramento da (NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de
linguagem do cinema e da televisão. vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida)
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O componente da aptidão física destacado no Acontece que uma parte não negligenciável dos
texto é: malhadores não encontra saúde nenhuma. Só
nos Estados Unidos, as pesquisas mostram
A) força. que, para quase 1 milhão deles, a insatisfação
B) agilidade. com seu corpo deixa de ser um incentivo e
C) flexibilidade. transforma-se numa obsessão doentia. Eles
D) equilíbrio. sofrem de uma verdadeira alteração da percep-
E) velocidade. ção da forma de seu próprio corpo. Por mais
que treinem, “sequem” e fiquem fortes, desen-
volvem preocupações irrealistas, constantes e
Questão 254 (2013.2) angustiadas de que seu corpo seja feio, despro-
porcionado, miúdo ou gordo etc. Passam o tem-
Informações ao paciente — Nimesulida po verificando furtivamente o espelho. São as
Ação esperada do medicamento: Nimesulida primeiras vítimas do uso desregrado de qual-
possui propriedades anti-inflamatórias, analgé- quer substância que prometa facilitar o cresci-
sicas e antipiréticas. mento muscular.
(CALLIGARIS, C.)
Cuidados de armazenamento: Nimesulida gotas
deve ser conservado em temperatura ambiente O modelo de corpo perseguido pelos sujeitos
(entre 15 e 30 ºC), protegido da luz. descritos no texto possui como característica
principal o(a):
Gravidez e lactação: Informe a seu médico a
ocorrência de gravidez durante o tratamento ou A) hipertrofia, com o intuito de ampliar o deline-
após o seu término. Informe ao médico se está amento da massa corporal.
amamentando. O uso de Nimesulida não é re- B) equilíbrio, com o intuito de impedir oscilações
comendado para gestantes e mulheres em fase ou desvios posturais.
de amamentação. C) agilidade, com o intuito de realizar ações
com maior performance atlética.
Cuidados de administração: Siga a orientação
D) relaxamento, com o intuito de alcançar uma
do seu médico, respeitando sempre os horários,
sensação de satisfação, beneficiando a autoes-
as doses e a duração do tratamento. Caso os
tima.
sintomas não melhorem em 5 dias, entre em
E) flexibilidade, com o intuito de evitar lesões
contato com o seu médico.
musculares e outros riscos da atividade física.
Recomenda-se utilizar Nimesulida depois das
refeições. Agite antes de usar.
Questão 256 (2013.2)
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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B) o emprego da expressão “Um grande ato”, sentido, é claro que a tecnologia da computa-
despertando a consciência das pessoas para o ção, por oferecer uma nova perspectiva de uso
sentimento de solidariedade. da escrita num meio eletrônico muito maleável,
C) a apresentação da imagem de pessoas sau- traz mais possibilidades de inovação.
dáveis, estratégia adequada ao público-alvo da
campanha. (MARCUSCHI, L. A.)
D) a relação entre a palavra “corrente”, a ima-
gem das pessoas de mãos dadas e a mão es- O avanço das tecnologias de comunicação e
tendida ao leitor. informação fez, nas últimas décadas, com que
E) a ligação estabelecida entre as palavras “há- surgissem novos gêneros textuais. Esses novos
bito” e “hemocentro”, explorando a ideia de fre- gêneros, contudo, não são totalmente originais,
quência. pois eles inovam em alguns pontos, mas reme-
tem a outros gêneros textuais preexistentes,
como ocorre no seguinte caso:
Questão 257 (2013.2)
A) O gênero lista de discussão mantém caracte-
rísticas do gênero palestra.
B) O gênero bate-papo virtual mantém caracte-
rísticas do gênero conferência.
C) O gênero e-mail mantém características dos
gêneros carta e bilhete.
D) O gênero videoconferência mantém caracte-
rísticas do gênero aula presencial.
E) O gênero aula virtual mantém características
do gênero reunião de grupo.
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− Assisti a um fita de cinema com um artista que Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse
representa muito bem. texto publicitário:
Os que acharam natural essa frase, cuidado!
A) afirma, com a frase "Queremos seu talento
Não saberão dizer que viram um filme com um
exatamente como ele é", que qualquer pessoa
ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar
com talento pode fazer parte da equipe.
em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho
B) apresenta como estratégia a formação de um
em vez de biquíni, carregando guarda-sol em
perfil por meio de perguntas direcionadas, o que
vez de barraca. Comprarão um automóvel em
dinamiza a interação texto-leitor.
vez de comprar um carro, pegarão um defluxo
C) utiliza a descrição da empresa como argu-
em vez de um resfriado, vão andar no passeio
mento principal, pois atinge diretamente os inte-
em vez de passear na calçada. Viajarão de trem
ressados em informática.
de ferro e apresentarão sua esposa ou sua se-
D) usa estereótipo negativo de uma figura co-
nhora em vez de apresentar sua mulher.
nhecida, o nerd, pessoa introspectiva e que
(SABINO, F. Folha de S. Paulo) gosta de informática.
E) recorre a imagens tecnológicas ligadas em
A língua varia no tempo, no espaço e em dife- rede, para simbolizar como a tecnologia é inter-
rentes classes socioculturais. O texto exemplifi- ligada.
ca essa característica da língua, evidenciando
que:
Questão 279 (2014.1)
A) o uso de palavras novas deve ser incentivado
em detrimento das antigas. Psicologia de um vencido
B) a utilização de inovações no léxico é perce-
bida na comparação de gerações. Eu, filho do carbono e do amoníaco,
C) o emprego de palavras com sentidos diferen- Monstro de escuridão e rutilância,
tes caracteriza diversidade geográfica. Sofro, desde a epigênesis da infância,
D) a pronúncia e o vocabulário são aspectos A influência má dos signos do zodíaco.
indentificadores da classe social a que pertence Profundíssimamente hipocondríaco,
o falante. Este ambiente me causa repugnância...
E) o modo de falar específico de pessoas de Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
diferentes faixas etárias é frequente em todas Que se escapa da boca de um cardíaco.
as regiões.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Questão 278 (2014.1) Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(ANJOS, A. Obra completa)
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D) a manutenção de elementos formais vincula- Dizer também que são coisas mutáveis...
dos à estética do Parnasianismo e do Simbolis- E quando em muitos a não pulsar
mo, dimensionada pela inovação na expressivi- — do amargo e injusto e falso por mudar —
dade poética, e o desconcerto existencial. então confiar à gente exausta o plano
E) a ênfase no processo de construção de uma de um mundo novo e muito mais humano.
poesia descritiva e ao mesmo tempo filosófica,
que incorpora valores morais e científicos mais (CAMPOS, G. Tarefa)
tarde renovados pelos modernistas. Na organização do poema, os empregos da
conjunção “mas” articulam, para além de sua
função sintática,
Questão 280 (2014.1)
A última edição deste periódico apresenta mais A) a ligação entre verbos semanticamente se-
uma vez tema relacionado ao tratamento dado melhantes.
ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a B) a oposição entre ações aparentemente in-
dia. A informação agora passa pelo problema do conciliáveis.
material jogado na estrada vicinal que liga o C) a introdução do argumento mais forte de uma
município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infe- sequência.
lizmente, no local em questão, a reportagem D) o reforço da causa apresentada no enuncia-
encontrou mais uma forma errada de destinação do introdutório.
do lixo: material atirado ao lado da pista como E) a intensidade dos problemas sociais presen-
se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por tes no mundo.
exemplo, retiram o lixo de suas residências e,
em vez de um destino correto, procuram dis-
pensá-lo em outras regiões. Uma situação no Questão 282 (2014.1)
mínimo incômoda. Se você sai de casa para Em uma escala de 0 a 10, o Brasil está entre 3
jogar o lixo em outra localidade, por que não o e 4 no quesito segurança da informação. “Esta-
fazer no local ideal? É muita falta de educação mos começando a acordar para o problema.
achar que aquilo que não é correto para sua Nessa história de espionagem corporativa, te-
região possa ser para outra. A reciclagem do mos muita lição a fazer. Falta consciência insti-
lixo doméstico é um passo inteligente e de tucional e um longo aprendizado. A sociedade
consciência. Olha o exemplo que passamos aos caiu em si e viu que é uma coisa que nos afeta”,
mais jovens! Quem aprende errado coloca em diz S.P., pós-doutor em segurança da informa-
prática o errado. Um perigo! ção. Para ele, devem ser estabelecidos canais
de denúncia para esse tipo de situação. De
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de acordo com o conselheiro do Comitê Gestor da
uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença Internet (CGI), o Brasil tem condições de de-
traz à tona uma das funções sociais desse gê- senvolver tecnologia própria para garantir a
nero textual, que é: segurança dos dados do país, tanto do governo
quanto da população. “Há uma massa de co-
A) apresentar fatos que tenham sido noticiados nhecimento dentro das universidades e em em-
pelo próprio veículo. presas inovadoras que podem contribuir pro-
B) chamar a atenção do leitor para temas rara- pondo medidas para que possamos mudar isso
mente abordados no jornal. [falta de segurança] no longo prazo”. Ele acredi-
C) provocar a indignação dos cidadãos por força ta que o governo tem de usar o seu poder de
dos argumentos apresentados. compra de softwares e hardwares para a área
D) interpretar criticamente fatos noticiados e da segurança cibernética, de forma a fomentar
considerados relevantes para a opinião pública. essas empresas, a produção de conhecimento
E) trabalhar uma informação previamente apre- na área e a construção de uma cadeia de pro-
sentada com base no ponto de vista do autor da dução nacional.
notícia. (SARRES, C.)
Morder o fruto amargo e não cuspir A) alertar a sociedade sobre os riscos de ser
Mas avisar aos outros quanto é amargo espionada.
Cumprir o trato injusto e não falhar B) promover a indústria de segurança da infor-
Mas avisar aos outros quanto é injusto mação.
Sofrer o esquema falso e não ceder C) discutir a espionagem em fóruns internacio-
Mas avisar aos outros quanto é falso nais.
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D) incentivar o aparecimento de delatores. que for soará. Dizia os ditados todos, procuran-
E) treinar o país em segurança digital. do interpretar os desígnios de Deus, transformar
os seus desejos nos desígnios de Deus. Se
achava um instrumento de Deus.
Questão 283 (2014.1)
(DOURADO, A. Uma vida em segredo)
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poderosa rede de interfaces que se conectam a Arábia Saudita a disputar uma Olimpíada. Isso
partir de princípios básicos e que permitem uma depois de superar não só o preconceito em seu
"interação amigável". As particularidades do país como também o quase veto da Federação
hipertexto virtual, como sua dinamicidade e Internacional de Judô (FIJ), que não queria
seus aspectos multimidiáticos, devem-se ao seu permitir que a atleta competisse vestindo o hi-
suporte ótico, magnético, digital e à sua interfa- jab, o tradicional véu islâmico.
ce amigável.
No âmbito do esporte de alto rendimento, o uso
A influência do hipertexto é tanta, que as repre-
do véu pela lutadora saudita durante os Jogos
sentações de tipo cartográfico ganham cada vez
Olímpicos de Londres 2012 representa o(a):
mais importância nas tecnologias intelectuais de
suporte informático.
A) descumprimento da regra oficial do judô.
Esta influência também é devida ao fato de a B) risco para a integridade física das atletas
memória humana, segundo estudos da psicolo- adversárias.
gia cognitiva, compreender e reter melhor as C) vantagem para a atleta saudita na competi-
informações organizadas, especialmente em ção de judô.
diagramas e em mapas conceituais manipulá- D) influência de aspectos culturais e religiosos
veis. Por isso, imagina-se que o hipertexto deva no esporte.
favorecer o domínio mais rápido e fácil das in- E) dificuldade da mulher islâmica para vencer
formações, em contraponto a um audiovisual preconceitos.
tradicional, por exemplo.
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Para cumprir sua função social, o gênero notícia D) induzir o usuário a fazer uso criminoso e
precisa divulgar informações novas. No texto malicioso de seu computador.
Giocondas gêmeas, além de ser confirmada a E) usurpar dados do computador, mediante sua
existência de uma tela gêmea de Mona Lisa e execução pelo usuário.
de serem destacadas as diferenças entre elas, o
valor informativo do texto está centrado na:
Questão 290 (2014.2)
A) afirmação de que a Gioconda genuína estava
na fase da meia-idade. O Veneno do bem
B) revelação da identidade da mulher pintada Imagine que você cortou o rosto e, em vez de
por Da Vinci, a florentina Lisa Gherardini. dar pontos, o seu médico passa uma supercola
C) consideração de que as produções artísticas feita de sangue de boi e veneno de cascavel.
de Da Vinci datam do período renascentista. Isso pode mesmo acontecer. Mas não se assus-
D) descrição do fato de que a tela original mos- te. A história moderna das serpentes não tem
tra um manto sobre o ombro esquerdo da per- nada a ver com o medo ancestral que inspiram.
sonagem. Para a ciência, elas guardam produtos utilíssi-
E) confirmação da hipótese de que Da Vinci mos nas glândulas letais. O mais recente é uma
teve assistentes que o auxiliaram em algumas cola de pele genuinamente brasileira, que, se-
de suas obras. gundo os testes já feitos, dá uma cicatrização
perfeita.
A descoberta pertence à equipe do professor
Questão 289 (2014.2)
Benedito Barraviera, da Universidade Estadual
Saiba impedir que os cavalos de troia abram Paulista, em Botucatu. E não é a primeira feita
a guarda de seu computador no Brasil. Nos anos 1960, o médico Sérgio Fer-
reira, atual presidente da Sociedade Brasileira
A lenda da Guerra de Troia conta que gregos
para o Progresso da Ciência, descobriu na jara-
conseguiram entrar na cidade camuflados em
raca uma molécula que em 1977 virou remédio
um cavalo e, então, abriram as portas da cidade
contra a hipertensão.
para mais guerreiros entrarem e vencerem a
batalha. Silencioso, o cavalo de troia é um pro-
Nos diferentes textos, pode-se inferir, entre ou-
grama malicioso que abre as portas do compu-
tras informações, quais são os objetivos de seu
tador a um invasor, que pode utilizar como qui-
produtor e quem é seu público-alvo. No trecho,
ser o privilégio de estar dentro de uma máquina.
para aproximar-se do interlocutor, o autor:
Esse malware é instalado em um computador
de forma camuflada, sempre com o "consenti-
A) emprega uma linguagem técnica de domínio
mento" do usuário. A explicação é que essa
do leitor.
praga está dentro de um arquivo que parece ser
B) enfatiza informações importantes para a vida
útil, como um programa ou proteção de tela —
do leitor.
que, ao ser executado, abre caminho para o
C) introduz o tema antecipando possíveis rea-
cavalo de troia. A intenção da maioria dos cava-
ções do leitor.
los de troia (trojans) não é contaminar arquivos
D) explora um tema sobre o qual o leitor tem
ou hardwares. Atualmente, o objetivo principal
reconhecido interesse.
dos cavalos de troia é roubar informações de
E) apresenta ao leitor, de forma minuciosa, a
uma máquina. O programa destrói ou altera
descoberta dos médicos.
dados com intenção maliciosa, causando pro-
blemas ao computador ou utilizando-o para fins
criminosos, como enviar spams. A primeira re-
gra para evitar a entrada dos cavalos de troia é: Questão 291 (2014.2)
não abra arquivos de procedência duvidosa. Os esportes podem ser classificados levando-se
em consideração diversos critérios, como a
Cavalo de troia é considerado um malware que quantidade de competidores, a relação com os
invade computadores, com intenção maliciosa. companheiros de equipe, a interação com o
Pelas informações apresentadas no texto, de- adversário, o ambiente, o desempenho compa-
preende-se que a finalidade desse programa é: rado e os objetivos táticos da ação. Os chama-
dos esportes de invasão ou territoriais são
A) roubar informações ou alterar dados de ar- aqueles nos quais os competidores entram no
quivos de procedência duvidosa. setor defendido pelo adversário, objetivando
B) inserir senhas para enviar spams, através de atingir a meta contrária para pontuar, além de
um rastreamento no computador. se preocupar em proteger simultaneamente a
C) rastrear e investigar dados do computador sua própria meta.
sem o conhecimento do usuário. (F. J. Gonzalez)
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no", ontem). Aqueles que percebem que a mãe A criação dos e-books oferece vantagens e
envelheceu sempre têm atitudes diversas. Ou facilidades para a leitura. No texto, ressalta-se a
não a procuram mais, porque essa é uma forma influência desse meio virtual, sobretudo no con-
de negar que um dia perderão o amparo mater- texto atual, pois:
no, ou resolvem estar ao lado dela o maior tem-
po possível, pois têm medo de perdê-la sem ter A) as livrarias e bibliotecas estão se tornando
retribuído plenamente o amor que receberam. lugares pouco atrativos para os leitores, uma
vez que os livros impressos estão em desuso.
(LEONOR SOUZA) B) a semi-materialidade dos e-books garante
maior interação entre o leitor e o texto.
Os gêneros textuais desempenham uma função C) os e-books possibilitam maior difusão da
social específica, em determinadas situações de leitura, tendo em vista a velocidade e a dinami-
uso da língua, em que os envolvidos na intera- cidade da informação.
ção verbal têm um objetivo comunicativo. Con- D) as obras clássicas e contemporâneas fica-
siderando as características do gênero, a análi- ram gratuitas, devido às digitalizações propicia-
se do texto Mães revela que sua função é: das com o surgimento da internet.
E) a velocidade de proliferação e captação de
A) ensinar sobre os cuidados que se deve ter informações transforma a leitura fragmentada
com as mães, especialmente na velhice. em uma solução para o acesso às obras.
B) influenciar o ânimo das pessoas, levando-as
a querer agir segundo um modelo sugerido.
C) informar sobre os idosos e sobre seus senti- Questão 296 (2014.2)
mentos e necessidades.
D) avaliar matéria publicada em edição anterior Miss Universo: "As pessoas racistas
de jornal ou de revista. devem procurar ajuda"
E) apresentar nova publicação, visando divulgá- SÃO PAULO — Leila Lopes, de 25 anos, não é
la para leitores de jornal. a primeira negra a receber a faixa de Miss Uni-
verso. A primazia coube a Janelle "Penny"
Commissiong, de Trinidad e Tobago, vencedora
Questão 295 (2014.2) do concurso em 1977. Depois dela vieram Chel-
si Smith, dos Estados Unidos, em 1995; Wendy
A leitura nos tempos do e-book Fitzwilliam, também de Trinidad e Tobago, em
1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, em
Não é só nas bibliotecas e livrarias que se en- 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi
cerra o conhecimento. A internet, por meio de a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou
seu infinito conteúdo, e através de sites como em sexto lugar na classificação geral. Ainda
Domínio Público e muitos outros similares, de- assim a estupidez humana faz com que, vez ou
monstra as transformações ocorridas na dispo- outra, surjam manifestações preconceituosas
nibilização de obras literárias ou de todas as como a de um site brasileiro que, às vésperas
outras áreas. Sites, como o citado acima, con- da competição, e se valendo do anonimato de
têm arquivos com textos digitalizados dos mais quem o criou, emitiu opiniões do tipo "Como
variados autores, dos clássicos aos contempo- alguém consegue achar uma preta boni-
râneos. Antes, esse conteúdo todo só seria ta?"Após receber o título, a mulher mais linda do
passível de consulta em suporte material. O mundo — que tem o português como língua
suporte virtual, também conhecido como e- materna e também fala fluentemente o inglês —
book, é, digamos, semimaterial, pois nos põe disse o que pensa de atitudes como essa e
em contato com o texto através do computador, também sobre como sua conquista pode ajudar
mas não nos põe o livro nas mãos, a não ser os necessitados de Angola e de outros países.
que queiramos imprimir o texto digital.
Nossa geração passa por um período de transi- O uso da expressão "ainda assim" presente
ção lento que transformará profundamente o nesse texto tem como finalidade:
hábito da leitura. Paradoxalmente, a alta veloci- A) criticar o teor das informações fatuais até ali
dade com que se proliferam as informações faz veiculadas.
com que também seja aumentada a nossa velo- B) questionar a validade das ideias apresenta-
cidade de captação dessas informações, ou das anteriormente.
seja, aos poucos e de modo geral a leitura vai C) comprovar a veracidade das informações
ficando cada vez mais fragmentada. Isso já expressas anteriormente.
apresenta reflexos no modo como lemos os D) introduzir argumentos que reforçam o que foi
diversos textos contidos em revistas, jornais ou dito anteriormente.
internet, e igualmente na produção literária con- E) enfatizar o contrassenso entre o que é dito
temporânea. antes e o que vem em seguida.
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Questão 297 (2014.2) jovens. Com o passar do tempo, ele foi se trans-
formando num programa sobre a linguagem
Sem flecha, na rima
usada em letras de música, no jornalismo, na
O grupo de rap Brô Mc’s, criado no final de literatura de ficção e na poesia. Como não sou
2009, é formado pelos pares de irmãos (daí o um cara de TV, trago a experiência de escritor e
"bro", de brother) Bruno/Clemerson e Kel- músico, e sempre participo de forma mais ativa
vin/Charles, jovens que cresceram ouvindo hip do que como um mero apresentador. Estou nas
hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo, em reuniões de pauta e faço sugestões nos rotei-
Dourados, Mato Grosso do Sul. ros. Mas o conteúdo é feito pelo pessoal do
Futura.
— Desde o começo a gente não queria impor
uma cultura estranha que invadisse a cultura Quais as vantagens e desvantagens do ensi-
indígena —afirma o produtor, chamando a aten- no da língua por meio das letras de música?
ção para o grande destaque do Brô Mc’s: as Não sou pedagogo ou educador, então só vejo
letras em língua indígena. Expressar-se em vantagens, porque as letras de música usam
língua originária e fazer com que os jovens indí- uma linguagem que é a do dia a dia, principal-
genas percebam a vitalidade do idioma nativo é mente, dos jovens. A música é algo que lhes dá
uma das motivações do grupo. prazer e, didaticamente, pode fazer as vezes de
A dificuldade maior vem dos críticos, que não algo que o aluno tem a noção de ser entediante
aceitam o fato de que a cultura indígena é di- — estudo da língua, sentar e abrir um livro. Ao
nâmica e sempre incorpora novidades. ouvir uma música, os exemplos surgem. É a
grande vantagem e sempre foi a ideia do pro-
— "Mas índio cantando rap?", tem gente que grama.
questiona. O rap é de quem canta, é de quem
gosta, não é só dos americanos — avalia Dani Os gêneros textuais são definidos por meio de
[o vocal feminino]. sua estrutura, função e contexto de uso. To-
(BONFIM, E.) mando por base a estrutura dessa entrevista,
observa-se que:
Considerando-se as opiniões apresentadas no
texto, a indagação "Mas índio cantando rap?" A) a organização em turnos de fala reproduz o
traduz um ponto de vista que evidencia: diálogo que ocorre entre os interlocutores.
B) o tema e o suporte onde foi publicada justifi-
A) desqualificação dos indígenas como músi- cam a ausência de traços da linguagem infor-
cos, desmerecendo sua capacidade musical mal.
devido a sua cultura. C) a ausência de referências sobre o entrevista-
B) desvalorização da cultura rap em contraparti- do é uma estratégia para induzir à leitura do
da às tradições musicais indígenas, motivo pelo texto na íntegra.
qual os índios não devem cantar rap. D) o uso do destaque gráfico é um recurso de
C) preconceito por parte de quem não concebe edição para ressaltar a importância do tema
que os índios possam conhecer o rap e, menos para o entrevistador.
ainda, cantar esse gênero musical. E) o entrevistado é um especialista em aborda-
D) equívoco por desconsiderar as origens cultu- gens educacionais alternativas para o ensino da
rais do gênero musical, ligadas ao contexto língua portuguesa.
urbano.
E) entendimento do rap como um gênero ultra-
passado em relação à linguagem musical dos
Questão 299 (2014.2)
indígenas.
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Essa propaganda visa convencer as mães de que o canal de televisão é adequado aos seus filhos. Para
tanto, o locutor dirige-se ao interlocutor por meio de estratégias argumentativas de:
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Desde a cabeça ao bico dos sapatos, A) do pronome possessivo como em "O seu
São mensagens, cérebro é capaz de quase qualquer coisa".
Letras falantes, B) de verbos na primeira pessoa do plural como
Gritos visuais, "entendemos" e "somos".
Ordens de uso, abuso, reincidência. C) de pronomes em primeira pessoa do plural
Costume, hábito, permanência, como "nossa" e "nós".
Indispensabilidade, D) de verbos no modo imperativo como "siga" e
E fazem de mim homem-anúncio itinerante, "aproveite".
Escravo da matéria anunciada. E) de estruturas linguísticas avaliativas como
Estou, estou na moda. "tão bom quanto a leitura".
(Carlos Drummond de Andrade)
O anúncio publicitário Garoto propaganda e o Questão 310 (2014.3)
poema Eu etiqueta, embora pertençam a gêne-
ros textuais diferentes, abordam a mesma temá- SAÚDE NO MAPA
tica, com vistas a:
SITES AJUDAM A ACHAR MÉDICOS POR PERTO
A) submeter à crítica do leitor a sujeição a que a E VER SE ELES ACEITAM SEU PLANO DE SAÚDE
sociedade é obrigada pelo mercado.
B) manifestar desagrado aos anúncios- O funcionamento deles é mais ou menos o
itinerantes e às etiquetas impostas pelo merca- mesmo: você procura pelos médicos usando
do. filtros por especialidade, convênios e local de
C) descrever minuciosamente o cotidiano do atendimento. As opções aparecem num mapa e
homem que anuncia desde seu nascimento. você dica nelas para ver a ficha dos profissio-
D) caracterizar o mercado da moda como ele- nais. Aí entra o diferencial: alguns sites têm
mento de inserção do homem à sociedade. muitos cadastrados, com quase nenhum dado
E) comparar as diversidades de etiquetas e sobre eles; outros têm poucos, com perfis deta-
modas existentes na sociedade capitalista. lhados e agenda, para marcar consulta no alto.
Depois, você recebe a confirmação por e-mail
ou SMS.
Questão 309 (2014.3) O bom é que tudo é prático e de graça: um dos
O seu cérebro é capaz de quase qualquer coisa. sites já cobra mensalidade dos médicos cadas-
Ele consegue parar o tempo, ficar vários dias trados e a tendência é que os outros façam o
numa boa sem dormir, ler pensamentos, mover mesmo a seguir. O problema é que eles não
objetos a distância e se reconstruir de acordo garantem os dados fornecidos pelos médicos –
com a necessidade. Parecem superpoderes de nenhum dos médicos consultados pela reporta-
histórias em quadrinhos, mas são apenas algu- gem disse ter enviado diplomas na inscrição. Os
mas das descobertas que os neurocientistas sites dizem checar os dados dos médicos via
fizeram ao longo da última década. Algumas conselhos de medicina, mas assim só é possí-
dessas façanhas sempre fizeram parte do seu vel confirmar suas especializações e se há pro-
cérebro e só agora conseguimos perceber. Ou- cessos contra eles.
tras são fruto da ciência: ao decifrar alguns me-
canismos da nossa mente, os pesquisadores (OLIVEIRA, M. Galileu)
estão encontrando maneiras de realizar coisas
que antes pareciam impossíveis. O resultado é A praticidade e a gratuidade dos sites de busca
uma revolução como nenhuma outra, capaz de por profissionais de saúde são vantagens apon-
mudar não só a maneira como entendemos o tadas no texto. No entanto, uma desvantagem
cérebro, mas também a imagem que fazemos desses sites diz respeito ao (à):
do mundo, da realidade e de quem somos nós.
Siga adiante e entenda o que está acontecendo A) acesso a algumas especialidades.
(e aproveite que, segundo uma das mais recen- B) seleção de informações relevantes.
tes descobertas, nenhum exercício para o seu C) veracidade das informações fornecidas.
cérebro é tão bom quanto a leitura). D) dificuldade no manuseio do mapa do site.
E) excesso de informações desnecessárias.
(KENSKI, R. A revolução do cérebro)
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O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Sa-
muel? Faça um esforço.
O trecho em destaque "Consulte aéreo", que — Lamento muito, minha senhora, mas não me
aparece na publicidade sobre o Havaí, tem por lembro. Pode dizer-me de quem se trata?
objetivo:
(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz)
A) argumentar que os preços do trecho aéreo
variam em função da data. Pela insistência em manter o contato entre o
B) incentivar os turistas para que pesquisem emissor e o receptor, predomina no texto a fun-
suas próprias passagens aéreas. ção:
C) alertar que passagens aéreas não estão
inclusas nesse roteiro de viagem. A) metalinguística.
D) convencer os turistas a só comprarem pas- B) fática.
seios que tenham passagens aéreas. C) referencial.
E) recomendar que os turistas adquiram passa- D) emotiva.
gens aéreas em outra companhia. E) conativa.
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dança para esta nova realidade só foi possível C) compreensão de que a imagem corporal é
graças à evolução dos meios de comunicação e construída a partir de influências sociais, cultu-
dentre estes, em especial, temos a internet. rais, políticas e econômicas.
Você pode estar pensando, mas isto ainda está D) adoção de uma mudança de hábitos alimen-
longe do ideal. Tenho que concordar com esta tares escolhendo uma dieta padronizada, a fim
afirmação, mas comparando com a situação de de conseguir o "corpo ideal".
um passado não muito distante já dá para ver E) valorização de ideias de beleza e saúde,
que evoluímos muito. buscando adequar-se ao padrão corporal que a
sociedade exige.
Na internet encontramos uma classe de ferra-
mentas de software que permite não só o aces-
so às informações de forma livre, como também Questão 320 (2014.3)
a colaboração entre indivíduos no desenvolvi- De um lado, as doenças relacionadas ao seden-
mento de um projeto (mesmo que distantes tarismo (hipertensão, diabetes, obesidade etc.),
geograficamente). São os chamados wikis (pro- e de outro lado, o insistente chamamento para
nuncia-se "uiquis"). determinados padrões de beleza corporal, as-
Entre, leia e participe. Os wikis e o trabalho sociados a produtos e práticas alimentares e de
colaborativo através da internet são a maior exercício físico, colocam os jovens na "linha de
prova de que a soma de dois mais dois pode ser frente" dos cuidados com o corpo e a saúde.
cinco ou muito mais. (FINI, M. I. (Org.) Proposta Curricular de São Paulo)
(SUDRÉ, G.)
Nesse contexto, considera-se que, atualmente,
Com base no texto de Gilberto Sudré, conclui-se os assuntos relacionados à saúde, beleza, hábi-
que a ferramenta wiki seria mais adequada para tos alimentares saudáveis têm sido objeto de
a: discussões que:
A) realização de trabalhos escolares individuais. A) promovem uma diminuição na venda de pro-
B) impressão de textos extraídos da internet. dutos como suplementos alimentares e seus
C) formatação de revistas para impressão. derivados.
D) produção coletiva de um dicionário on-line. B) estimulam ações que tenham por propósito a
E) publicação de livros de autores clássicos. aquisição e manutenção de um corpo saudável.
C) proporcionam um aumento da prática de
esportes coletivos em todo o país, como o fute-
Questão 319 (2014.3) bol.
Dietas radicais são perigosas, que o diga o pro- D) possibilitam a diminuição do número de pes-
tagonista da comédia O Professor Aloprado. soas ao redor do mundo que são acometidas
Mesmo sem recorrer a poções explosivas como pela diabetes.
o personagem de Eddie Murphy, muitas vezes E) questionam a busca de padrões de beleza
as pessoas se dispõem a correr certos riscos pelos jovens por meio de suplementos e ativi-
para perder alguns quilinhos. As estatísticas dade física.
mostram que os distúrbios alimentares graves
como a anorexia (redução extrema ou perda de
apetite) e bulimia (apetite compulsivo seguido Questão 321 (2014.3)
de vômito provocado) se manifestam, sobretu- Os discursos referentes à prática de exercícios
do, entre as adolescentes. Com a pressão esté- físicos estão imbricados de valores sociais, cul-
tica exercida principalmente sobre os jovens e turais e educativos influenciados, principalmen-
por desconhecerem os aspectos positivos de te, pelos discursos midiáticos. O processo natu-
uma dieta equilibrada associada a exercícios ral de envelhecimento passa a ser visto como
físicos, "fecham a boca" e trilham um caminho um descuido por aqueles que assim o aparen-
bastante perigoso para a saúde. tam, especialmente nos cuidados com o corpo.
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Ao analisarmos a imagem, podemos considerar Os dois textos apresentam pontos de vista críti-
que ela apresenta: cos sobre os usos sociais que são feitos dos
sistemas de comunicação e informação. Em
A) os valores do corpo visto enquanto conjunto ambos, problematiza-se a:
de partes funcionando como uma máquina, fruto
dos valores mecanicistas. A) distância existente entre o avanço das tecno-
B) a ideia do corpo ideal jovem, musculoso e logias da informação e comunicação e o efetivo
atlético e o exercício como a fórmula para se acesso de todas as classes sociais a esse apor-
alcançar a juventude eterna e, por sua vez, o te tecnológico.
sucesso. B) política de introdução de computadores nas
C) a prática de exercícios como promoção de escolas e a restrição de apoio financeiro a de-
saúde e respeito ao desenvolvimento humano. terminadas regiões do Brasil.
D) um corpo em toda a sua essência, físico, C) carência de laboratórios de informática e a
psíquico, biológico e cultural e o exercício auxi- falta de acesso à rede mundial de computado-
liando o entendimento de todas essas dimen- res nas escolas públicas.
sões. D) falta de formação dos alunos para o acesso
E) o exercício físico como possibilidade de ao mundo digital e o uso inapropriado dos equi-
atender às pessoas de qualquer idade e classe pamentos.
para o aprimoramento estético. E) quantidade insuficiente de professores para
trabalhar com as tecnologias da informação e
ensiná-las aos alunos.
Questão 322 (2014.3)
TEXTO I
Questão 323 (2014.3)
Convivemos com o modelo de pirâmide social,
no qual uma grande base de excluídos sustenta
alguns poucos privilegiados situados no topo da
pirâmide socioeconômica, modelo esse que se
repete, ipsis litteris, no caso do acesso ao cha-
mado mundo da cibercultura. E, mesmo com
todas as políticas públicas de implantação de
telecentros, infocentros, pontos de cultura e
programas de introdução de computadores nas
escolas, ainda percebemos que os conectados,
no Brasil, são, em grande maioria, os que estão
nas camadas mais altas da sociedade.
TEXTO II
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Essa tirinha tem como tema a nova ortografia da Questão 325 (2014.3)
língua portuguesa e os diversos tipos de lingua-
É possível ter cãibras no coração?
gem hoje existentes. A situação apresentada no
último quadrinho indica que: É impossível ter cãibras no coração, apesar de
ser comum pacientes se queixarem de dores
A) o sobrinho não compreendeu a linguagem
semelhantes a uma contratura no órgão. A
mais conservadora utilizada pelo seu tio.
musculatura cardíaca é diferente da musculatu-
B) o tio não está familiarizado com a linguagem
ra esquelética das pernas e braços, onde senti-
de chats e de mensagens instantâneas.
mos as cãibras. Isso porque o coração possui
C) a informalidade presente na linguagem do
um tipo especial de fibra muscular estriada, que
sobrinho impede a comunicação com o tio.
tem movimento involuntário. O órgão contrai e
D) o tio deve evitar utilizar a norma padrão da
relaxa automaticamente. Não há registro de
língua no contexto da internet.
casos em que ele permaneça contraído sem
E) o sobrinho desconhece a norma padrão da
relaxamento imediato, que é como a cãibra se
língua portuguesa.
apresenta.
O mapa apresenta o conflito interno na Síria, com a apresentação de um quadro onde estão indicados os
tipos de relação entre os países da região e os acontecimentos que caracterizam a situação. Os índices
presentes no quadro estão estrategicamente dispostos sobre determinadas regiões do mapa, orientando
a compreensão de que:
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Questão 327 (2014.3) do, que não é organizado para ser jogado, mas
José tinha um verso do poeta morto tatuado na para impedir que se jogue. A tecnocracia do
barriga, logo abaixo do umbigo. Um dia, a famí- esporte profissional foi impondo um futebol de
lia viva do poeta morto viu José refestelando-se pura velocidade e muita força, que renuncia à
na areia da praia, com o tal verso bem à vista, alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia.
logo acima da sunga amarela. Horrorizada com
(GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra)
o acinte, a família o processou. Era um inequí-
voco oferecimento da obra ao conhecimento As transformações que marcam a trajetória his-
público — e num local de frequência coletiva. A tórica do futebol, especialmente aquelas identifi-
família ganhou a causa e a tatuagem, que hoje cadas no texto, se caracterizam pelo(a):
está emoldurada na grande sala de estar, logo
acima do sofá vermelho. A) redução dos níveis de competitividade, o que
(STIGGER)
tornou o futebol um esporte mais organizado e
No texto, o verso tatuado no corpo de José é mundialmente conhecido.
reivindicado pelos herdeiros do poeta, que não B) processo de mercadorização e espetaculari-
aceitam sua exposição pública. Nesse sentido, zação que tem possibilitado o crescimento do
o texto tem como objetivo: número dos praticantes e dos espaços usados
para sua prática.
A) abordar a questão dos limites dos direitos C) redução às formas mais padronizadas, se-
autorais. guida de uma crescente tendência ao apareci-
B) fazer uma reflexão sobre as diversas formas mento de regionalismos na forma de vivenciar a
de circulação do texto poético. prática do futebol.
C) explicar que a poesia pertence à coletividade D) tendência de desaparecimento de sentidos
e não à família herdeira do poeta. sociais e estéticos, característicos nos jogos e
D) evidenciar a perda do caráter sagrado da nas brincadeiras populares.
poesia, ao mencionar a localização da tatua- E) processo de espetacularização e elevação
gem. dos indicadores estéticos do futebol, resultado
E) chamar atenção do leitor para as políticas de da aplicação dos avanços científicos e tecnoló-
divulgação de obras literárias. gicos.
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remediar ocorrências que poderiam ter sido D) estabelecer relação entre uma lei que está
evitadas. sendo discutida no parlamento francês e outra
aprovada recentemente em Israel.
A nota positiva é que o Centro Nacional de Ge-
E) antecipar a informação de que embalagens
renciamento de Riscos e Desastres (Cenad) foi
de produtos e imagens de campanhas políticas
inaugurado em agosto pela presidente Dilma
deveriam informar o uso de editor de imagens.
Rousseff.
O órgão já emitiu alertas a mais de 400 municí-
pios e prepara-se para aperfeiçoar seu sistema Questão 331 (2015.1)
de monitoramento. De pouco valerão esses
esforços se o descaso e a omissão continuarem
a contribuir para a sinistra contabilidade de víti-
mas que se repete a cada ano.
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Não demoraram a circular, a partir de então, contraram uma forte correlação entre as carac-
formas populares como rangódromo, beijódro- terísticas descritas a partir dos dados da rede e
mo, camelódromo. o comportamento dos universitários no ambien-
te de trabalho.
(AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss)
As redes sociais são espaços de comunicação e
TEXTO II interação on-line que possibilitam o conheci-
Existe coisa mais descabida do que chamar de mento de aspectos da privacidade de seus usu-
sambódromo uma passarela para desfile de ários. Segundo o texto, no mundo do trabalho,
escolas de samba? Em grego, -dromo quer esse conhecimento permite:
dizer “ação de correr, lugar de corrida”, dai as
palavras autódromo e hipódromo. É certo que, A) identificar a capacidade física atribuída ao
às vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e candidato.
é obrigada a correr para não perder pontos, mas B) certificar a competência profissional do can-
não se desloca com a velocidade de um cavalo didato.
ou de um carro de Fórmula 1. C) controlar o comportamento virtual e real do
(GULLAR. F. ) candidato.
D) avaliar informações pessoais e comporta-
Há nas línguas mecanismos geradores de pala- mentais sobre o candidato.
vras. Embora o Texto II apresente um julgamen- E) aferir a capacidade intelectual do candidato
to de valor sobre a formação da palavra sambó- na resolução de problemas.
dromo, o processo de formação dessa palavra
reflete:
Questão 340 (2015.1)
A) o dinamismo da língua na criação de novas
palavras. Assum preto
B) uma nova realidade limitando o aparecimento Tudo em vorta é só beleza
de novas palavras. Sol de abril e a mata em frô
C) a apropriação inadequada de mecanismos Mas assum preto, cego dos óio
de criação de palavras por leigos. Num vendo a luz, ai, canta de dor
D) o reconhecimento da impropriedade semân-
tica dos neologismos. Tarvez por ignorança
E) a restrição na produção de novas palavras Ou mardade das pió
com o radical grego. Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum preto veve sorto
Questão 339 (2015.1) Mas num pode avuá
Rede social pode prever desempenho pro- Mil veiz a sina de uma gaiola
fissional, diz pesquisa Desde que o céu, ai, pudesse oiá
(GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H)
Pense duas vezes antes de postar qualquer
item em seu perfil nas redes sociais. O conse- As marcas da variedade regional registradas
lho, repetido à exaustão por consultores de car- pelos compositores de Assum preto resultam da
reira por aí, acaba de ganhar um status, diga- aplicação de um conjunto de princípios ou re-
mos, mais científico. De acordo com resultados gras gerais que alteram a pronúncia, a morfolo-
da pesquisa, uma rápida análise do perfil nas gia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado
redes sociais pode prever o desempenho profis- de uma mesma regra a:
sional do candidato a uma oportunidade de em-
A) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
prego. Para chegar a essa conclusão, uma
B) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
equipe de pesquisadores da Northern Illinois
C) flexão verbal encontrada em “furaro” e “can-
University, University of Evansville e Auburn
tá”.
University pediu a um professor universitário e
D) redundância nas expressões “cego dos óio” e
dois alunos para analisarem perfis de um grupo
“mata em frô”.
de universitários.
E) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
Após checar fotos, postagens, número de ami-
gos e interesses por 10 minutos, o trio conside-
rou itens como consciência, afabilidade, extro- Questão 341 (2015.1)
versão, estabilidade emocional e receptividade. Exmº Sr. Governador:
Seis meses depois, as impressões do grupo
foram comparadas com a análise de desempe- Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos reali-
nho feita pelos chefes dos jovens que tiveram zados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em
seus perfis analisados. Os pesquisadores en- 1928. [...]
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Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de atingir o
público alvo, influenciando seu comportamento. Considerando as informações verbais e não verbais
trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se que:
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A) o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação do pacto de confiança entre o médico e a
população.
B) a figura do profissional da saúde é legitimada, evocando-se o discurso autorizado como estratégia
argumentativa.
C) o uso de construções coloquiais e específicas da oralidade são recursos de argumentação que simu-
lam o discurso do médico.
D) a empresa anunciada deixa de se autopromover ao mostrar preocupação social e assumir a respon-
sabilidade pelas informações.
E) o discurso evidencia uma cena de ensinamento didático, projetado com subjetividade no trecho sobre
as maneiras de prevenção.
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A) do termo “fácil” no início do anúncio, com A) construção de frases curtas a fim de conferir
foco no processo. dinamicidade ao texto.
B) de adjetivos que valorizam a nitidez da im- B) presença de advérbios de lugar para indicar
pressão. a progressão dos fatos.
C) das formas verbais no futuro e no pretérito, C) alternância de tempos do pretérito para or-
em sequência. denar os acontecimentos.
D) da expressão intensificadora “menos do que” D) inclusão de enunciados com comentários e
associada à qualidade. avaliações pessoais.
E) da locução “do mundo” associada a “melhor”, E) alusão a pessoas marcantes na trajetória de
que quantifica a ação. vida do escritor.
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notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como quando o professor saiu ... eu chamei umas
no paradoxo psicanalítico, só alguém que se duas colegas minhas pra mostrar a experiência
acha muito superior procura o analista para que eu tinha achado fantástico ... só que ... eu
tratar um complexo de inferioridade, porque só achei o seguinte ... se o professor colocou um
ele acha que se sentir inferior é doença. [...] pouquinho ... foi aquele desfile ... imagine se eu
colocasse mais ... peguei o mesmo béquer ...
O tímido tenta se convencer de que só tem pro-
coloquei uma colher ... uma colher de cloreto de
blemas com multidões, mas isto não é vanta-
sódio ... foi um fogaréu tão grande ... foi uma
gem. Para o tímido, duas pessoas são uma
explosão ... quebrou todo o material que estava
multidão. Quando não consegue escapar e se
exposto em cima da mesa ... eu branca .. eu
vê diante de uma plateia, o tímido não pensa
fiquei ... olha ... eu pensei que eu fosse morrer
nos membros da plateia como indivíduos. Multi-
sabe ... quando ... o colégio inteiro correu pro
plica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois
laboratório pra ver o que tinha sido ...
olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para
receber suas gafes. Não adianta pedir para a (CUNHA, M. A. F. (Org.). Corpus discurso & gramáti-
plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ca: a língua falada e escrita na cidade de Natal)
ouvido para cortar o desconforto do tímido pela Na transcrição de fala, especialmente, no trecho
metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é “eu branca ... eu fiquei ... olha ... eu pensei que
uma pessoa convencida de que é o centro do eu fosse morrer sabe...", há uma estrutura sintá-
Universo, e que seu vexame ainda será lembra- tica fragmentada, embora facilmente interpretá-
do quando as estrelas virarem pó. vel. Sua presença na fala revela:
(VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola) A) distração e poucos anos de escolaridade.
Entre as estratégias de progressão textual pre- B) falta de coesão e coerência na apresentação
sentes nesse trecho, identifica-se o emprego de das ideias.
elementos conectores. Os elementos que evi- C) afeto e amizade entre os participantes da
denciam noções semelhantes estão destacados conversação.
em: D) desconhecimento das regras de sintaxe da
norma padrão.
A) “Se ficou notório por ser tímido" e "[...] então E) característica do planejamento e execução
tem que se explicar." simultânea desse discurso.
B) "[...] então tem que se explicar" e "[...] quan-
do as estrelas virarem pó."
C) “[...] ficou notório a pesar de ser tímido [...]" e
"[...] mas isto não é vantagem." Questão 356 (2015.2)
D) “[...] um estratagema para ser notado [...]" e O mundo das grandes inovações tecnológicas,
"Tão secreto que nem ele sabe." dos avanços das pesquisas médicas e que já
E) “[...] como no paradoxo psicanalítico [...]" e presenciou o envio de homens ao espaço é o
"[...] porque só ele acha [...]" mesmo lugar onde 1 bilhão de pessoas dormem
e acordam com fome. A desnutrição ocupa o
primeiro lugar no ranking dos 10 maiores riscos
à saúde e mata mais do que a aids, a malária e
Questão 355 (2015.2) a tuberculose combinadas. O equivalente às
E: Diva ... tem algumas ... alguma experiência populações da Europa e da América do Norte,
pessoal que você passou e que você poderia juntas, está de barriga vazia. E um futuro famé-
me contar ... alguma coisa que marcou você? lico aguarda a raça humana. Em 2050, apenas
Uma experiência ... você poderia contar agora... por razões ligadas às mudanças climáticas, o
I: É ... tem uma que eu vivi quando eu estudava número de pessoas sem comida no prato vai
o terceiro ano científico lá no Atheneu ... né ... aumentar em até 20%.
é:: eu gostava muito do laboratório de química Considerando a natureza do tema, a forma co-
... eu ... eu ia ajudar os professores a limpar mo está apresentado e o meio pelo qual é vei-
aquele material todo ... aqueles vidros ... eu culado o texto, percebe-se que seu principal
achava aquilo fantástico ... aquele monte de objetivo é:
coisa ... né ... então ... todos os dias eu ia ...
quando terminavam as aulas eu ajudava o pro- A) divulgar dados estatísticos recentes sobre a
fessor a limpar o laboratório ... nesse dia não fome no mundo e sobre as inovações tecnológi-
houve aula e o professor me chamou pra fazer cas.
uma limpeza geral no laboratório ... chegando lá B) esclarecer questões científicas acerca dos
... ele me fez uma experiência ... ele me mos- danos causados pela fome e pela aids nos indi-
trou uma coisa bem interessante que ... pegou víduos.
um béquer com meio d’água e colocou um pou- C) demonstrar que a fome, juntamente com as
quinho de cloreto de sódio pastoso ... então foi doenças endêmicas, também é um problema de
aquele fogaréu desfilando ... aquele fogaréu ... saúde pública.
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colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, do telecommuting determina regras para se
mas também com novos colegas, que perten- trabalhar em casa em dias específicos da se-
cem à nova geração, em cujas mãos, com toda mana e, nos demais dias, trabalhar no escritó-
certeza, está também o destino do Galego na rio. O local de trabalho pode ser a casa ou,
Galiza, e principalmente o destino do Galego temporariamente, por motivo de viagem, outros
incorporado à grande família lusófona. escritórios.
(FERREIRA JR., J.C.)
E, portanto, é com muito prazer que teço algu-
mas considerações sobre o tema apresentado. Com o advento das novas tecnologias, a socie-
Escolhi como tema como os fundadores da dade tem vivenciado mudanças de paradigmas
Academia Brasileira de Letras viam a língua em vários setores. Nesse sentido, o telecommu-
portuguesa no seu tempo. Como sabem, a nos- ting traz novidades para o mundo do trabalho
sa Academia, fundada em 1897, está agora porque proporciona prioritariamente o(a):
completando 110 anos, foi organizada por uma
reunião de jornalistas, literatos, poetas que se A) aumento da produtividade do empregado.
reuniam na secretaria da Revista Brasileira, B) equilíbrio entre vida pessoal e profissional do
dirigida por um crítico literário e por um literato trabalhador.
chamado José Veríssimo, natural do Pará, e C) fortalecimento da relação entre empregador
desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a e empregado.
Academia Brasileira, depois anexada ao seu D) participação do profissional nas decisões da
título: Academia Brasileira de Letras. organização.
E) maleabilidade dos locais de atuação do pro-
Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o fissional da empresa.
primeiro presidente desde a sua inauguração
até a data de sua morte, em 1908, imaginava
que a nossa Academia deveria ser uma acade-
mia de Letras, portanto, de literatos. Questão 364 (2015.2)
(BECHARA, E.)
No trecho da palestra proferida por Evanildo
Bechara, na Academia Galega da Língua Portu-
guesa, verifica-se o uso de estruturas gramati-
cais típicas da norma padrão da língua. Esse
uso:
A) torna a fala inacessível aos não especialistas
no assunto abordado.
B) contribui para a clareza e a organização da
fala no nível de formalidade esperado para a
situação.
C) atribui à palestra características linguísticas
restritas à modalidade escrita da língua portu-
guesa.
D) dificulta a compreensão do auditório para
preservar o caráter rebuscado da fala.
E) evidencia distanciamento entre o palestrante
e o auditório para atender os objetivos do gêne-
ro palestra.
Nesse texto, associam-se recursos verbais e
não verbais na busca de mudar o comportamen-
Questão 363 (2015.2) to das pessoas quanto a uma questão de saúde
Telecommuting redefine o tradicional entendi- pública. No cartaz, essa associação é ressalta-
mento sobre o espaço de trabalho. Atualmente, da no(a):
as organizações estão se focando em novos
valores, tais como, inovações, satisfação, res- A) destaque dado ao laço, símbolo do combate
ponsabilidades, resultados e ambiente de traba- à aids, seguido da frase "Use camisinha".
lho familiar. A alternativa do telecommuting B) centralização da mensagem "Previna-se".
complementa esses princípios e oferece flexibi- C) foco dado ao objeto camisinha em imagem e
lidade aos patrões e empregados. É um concei- em palavra.
to novo que, a cada dia, ganha mais força ao D) laço como elemento de ligação entre duas
redor do mundo. Grandes empresas escolheram recomendações.
o trabalho de telecommuting pelas facilidades E) sobreposição da imagem da camisinha e da
que ele gera para o empregador. A implantação boia, relacionada à frase "Salve vidas".
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Questão 365 (2015.2) O impacto, porém, pode ser ainda maior nas
sociedades e nas políticas empresariais e, aci-
Perder a tramontana
ma de tudo, na maneira como encaramos o
A expressão ideal para falar de desorientados e mundo e nós mesmos dentro dele. O impacto
outras palavras de perder a cabeça psicológico da Revolução da Informação, como
É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, o da Revolução Industrial, foi enorme. Talvez
"perder a tramontana" significa deixar de ver a tenha sido mais forte na maneira como as crian-
estrela polar, em italiano stella tramontana, situ- ças aprendem. Já aos 4 anos (e às vezes até
ada do outro lado dos montes, que guiava os antes), as crianças desenvolvem habilidades de
marinheiros antigos em suas viagens desbrava- computação, logo ultrapassando seus pais. Os
doras. computadores são seus brinquedos e suas fer-
ramentas de aprendizado. Daqui a 50 anos,
Deixar de ver a tramontana era sinônimo de talvez concluamos que não houve nenhuma
desorientação. Sim, porque, para eles, valia crise educacional no mundo — apenas ocorreu
mais o céu estrelado que a terra. O Sul era re- uma incongruência crescente entre a maneira
gião desconhecida, imprevistal; já o Norte tinha como as escolas do século XX ensinavam e a
como referência no firmamento um ponto lumi- maneira como as crianças do fim do século XX
noso conhecido como a estrela Polar, uma es- aprendiam.
pécie de farol para os navegantes do Mediterrâ-
(DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker)
neo, sobretudo os genoveses e os venezianos.
Na linguagem deles, ela ficava transmontes, O artigo apresenta uma reflexão sobre a Revo-
para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de lução da Informação, que, assim como a Revo-
vista era perder a tramontana, perder o Norte. lução Industrial, provocou impactos significati-
vos nas sociedades contemporâneas. Ao tratar
No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões,
da Revolução da Informação, o autor enfatiza
muita gente não resiste a elas e entra em para-
que:
fuso. Além de perder as estribeiras, perde a
tramontana... A) o comércio eletrônico é um dos canais mais
(COTRIM, M.) importantes dessa revolução.
B) o computador desenvolve na criança uma
Nesse texto, o autor remonta às origens da ex- inteligência maior que a dos pais.
pressão "perder a tramontana". Ao tratar do C) o aumento no número de empregos via inter-
significado dessa expressão, utilizando a função net é uma realidade atualmente.
referencial da linguagem, o autor busca: D) o colapso educacional é fruto de uma incon-
A) apresentar seus indícios subjetivos. gruência no ensino do século XX.
B) convencer o leitor a utilizá-la. E) o advento da Revolução da Informação cau-
C) expor dados reais de seu emprego. sará impactos nos próximos 50 anos.
D) explorar sua dimensão estética.
E) criticar sua origem conceitual.
Questão 367 (2015.2)
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Com a imagem de um relógio despertador e o slogan “Sempre é hora de combater a dengue”, a Campa-
nha Nacional de Combate à Dengue objetiva convencer a população de que é preciso:
A) eliminar potenciais criadouros, quando aparecer a doença.
B) posicionar-se criticamente sobre as ações de combate ao mosquito.
C) prevenir-se permanentemente contra a doença.
D) repensar as ações de prevenção da doença.
E) preparar os agentes de combate ao mosquito.
Esse infográfico resume as conclusões de diversas pesquisas científicas sobre a adolescência. Tais
conclusões:
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As redes sociais permitem que seus usuários A charge retrata um comportamento recorrente
facilmente compartilhem entre si ideias e opini- nos dias atuais: a insatisfação das pessoas com
ões. Na tirinha, há um tom de crítica àqueles o peso. No entanto, do ponto de vista orgânico,
que: o peso corporal se torna um problema à saúde
quando:
A) fazem uso inadequado das redes sociais
para criticar o mundo. A) estimula a adesão à dieta.
B) são usuários de redes sociais e têm seus B) aumenta conforme a idade.
desejos atendidos. C) expressa a inatividade da pessoa.
C) se supõem críticos, porém não apresentam D) provoca modificações na aparência.
ação efetiva. E) acomete o funcionamento metabólico.
D) são usuários das redes sociais e não criticam
o mundo.
E) se esforçam para promover mudanças no Questão 372 (2015.2)
mundo. O rap constitui-se em uma expressão artística
por meio da qual os MCs relatam poeticamente
a condição social em que vivem e retratam suas
Questão 370 (2015.2) experiências cotidianas.
Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena,
com apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos (SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J.
Hip hop: da rua para a escola)
dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O
importante não é competir, e sim, celebrar". A O “relato poético” é uma característica funda-
proposta é recente, já que a primeira edição dos mental desse gênero musical, em que o:
jogos ocorreu em 1996, e tem como objetivo a
integração das diferentes tribos, assim como o A) MC canta de forma melodiosa as letras, que
resgate e a celebração dessas culturas tradicio- retratam a complexa realidade em que se en-
nais. A edição dos jogos de 2003, por exemplo, contra.
teve a participação de sessenta etnias, dentre B) rap se limita a usar sons eletrônicos nas mú-
elas os kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yano- sicas, que seriam responsáveis por retratar a
mami. A última edição ocorreu em 2009, e foi a realidade da periferia.
décima vez que o torneio foi realizado. A perio- C) rap se caracteriza pela proximidade das no-
dicidade dos jogos é anual, com exceção do tas na melodia, em que a letra é mais recitada
intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008, do que cantada, como em uma poesia.
quando não houve edições. D) MC canta enquanto outros músicos o acom-
(RONDINELLI, P.) panham com instrumentos, tais como o contra-
baixo elétrico e o teclado.
Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indí- E) MC canta poemas amplamente conhecidos,
genas assemelham-se aos Jogos Olímpicos em fundamentando sua atuação na memorização
relação à: de suas letras.
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Apenas pessoas saudáveis e que não sejam de A coesão textual é responsável por estabelecer
risco para adquirir doenças infecciosas trans- relações entre as partes do texto. Analisando o
missíveis pelo sangue, como hepatites B e C, trecho “Acontecendo de o cientista provocar um
HIV, sífilis e Chagas, podem doar sangue. dano em um local específico no cérebro”, verifi-
ca-se que ele estabelece com a oração seguinte
Se você acha que sua saúde ou comportamento uma relação de:
pode colocar em risco a vida de quem for rece-
ber seu sangue, ou tem a real intenção de ape- A) finalidade, porque os danos causados ao
nas realizar o teste para o vírus HIV, NÃO DOE cérebro têm por finalidade provocar a falta de
SANGUE. vocalização dos ratos.
B) oposição, visto que o dano causado em um
Cumpre destacar que apesar de o sangue doa- local específico no cérebro é contrário à vocali-
do ser testado para as doenças transmissíveis zação dos ratos.
conhecidas no momento, existe um período C) condição, pois é preciso que se tenha lesão
chamado de janela imunológica em que um específica no cérebro para que não haja vocali-
doador contaminado por um determinado vírus zação dos ratos.
pode transmitir a doença através do seu san- D) consequência, uma vez que o motivo de não
gue. haver mais vocalização dos ratos é o dano cau-
sado no cérebro.
DA SUA HONESTIDADE DEPENDE A VIDA DE E) proporção, já que a medida que se lesiona o
QUEM VAI RECEBER SEU SANGUE. cérebro não é mais possível que haja vocaliza-
ção dos ratos.
Nessa campanha, as informações apresentadas
têm como objetivo principal:
Questão 385 (2016.1)
A) conscientizar o doador de sua corresponsabi-
lidade pela qualidade do sangue. TEXTO I
B) garantir a segurança de pessoas de grupos Nesta época do ano, em que comprar compulsi-
de risco durante a doação de sangue. vamente é a principal preocupação de boa parte
C) esclarecer o público sobre a segurança do da população, é imprescindível refletirmos sobre
processo de captação do sangue. a importância da mídia na propagação de de-
D) alertar os doadores sobre as dificuldades terminados comportamentos que induzem ao
enfrentadas na coleta de sangue. consumismo exacerbado. No clássico livro O
E) ampliar o número de doadores para manter o capital, Karl Marx aponta que no capitalismo os
banco de sangue. bens materiais, ao serem fetichizados, passam
a assumir qualidades que vão além da mera
materialidade. As coisas são personificadas e
as pessoas são coisificadas. Em outros termos,
Questão 384 (2016.1) um automóvel de luxo, uma mansão em um
O senso comum é que só os seres humanos bairro nobre ou a ostentação de objetos de de-
são capazes de rir. Isso não é verdade? terminadas marcas famosas são alguns dos
fatores que conferem maior valorização e visibi-
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diver- lidade social a um indivíduo.
são, da expressão física do riso, do movimento (LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo.)
da face e da vocalização – nós compartilhamos
com diversos animais. Em ratos, já foram ob- TEXTO II
servadas vocalizações ultrassônicas – que nós Todos os dias, em algum nível, o consumo atin-
não somos capazes de perceber – e que eles ge nossa vida, modifica nossas relações, gera e
emitem quando estão brincando de “rolar no rege sentimentos, engendra fantasias, aciona
chão”. Acontecendo de o cientista provocar um comportamentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes
dano em um local específico no cérebro, o rato constrangendo-nos em nossas ações no mun-
deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira do, humilhando e aprisionando, às vezes ampli-
vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que ando nossa imaginação e nossa capacidade de
está sendo atacado. O que nos diferencia dos desejar, consumimos e somos consumidos.
animais é que não temos apenas esse meca- Numa época toda codificada como a nossa, o
nismo básico. Temos um outro mais evoluído. código da alma (o código do ser) virou código
Os animais têm o senso de brincadeira, como do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio
nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a do consumo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa
parte superficial do cérebro deles, não é tão forma, lazer, elevação espiritual, saúde, turismo,
evoluído como o nosso. Temos mecanismos sexo, família e corpo são hoje reféns da engre-
corticais que nos permitem, por exemplo, inter- nagem do consumo.
pretar uma piada.
(BARCELLOS, G. A alma do consumo.)
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Esses textos propõem uma reflexão crítica so- A fim de alcançar seus objetivos comunicativos,
bre o consumismo. Ambos partem do ponto de os autores escreveram esse texto para:
vista de que esse hábito:
A) apresentar informações e comentários sobre
A) desperta o desejo de ascensão social. o livro.
B) provoca mudanças nos valores sociais. B) noticiar as descobertas científicas oriundas
C) advém de necessidades suscitadas pela da pesquisa.
publicidade. C) defender as práticas sustentáveis de manejo
D) deriva da inerente busca por felicidade pelo da madeira.
ser humano. D) ensinar formas de combate à exploração
E) resulta de um apelo do mercado em determi- ilegal de madeira.
nadas datas. E) demonstrar a importância de parcerias para a
realização da pesquisa.
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Historicamente construída, a feminilidade domi- O texto permite relacionar uma prática corporal
nante atribui a submissão, a fragilidade e a pas- com uma visão ampliada de saúde. O fator que
sividade a uma “natureza feminina”. Numa con- possibilita identificar essa perspectiva é o(a):
cepção hegemônica dos gêneros, feminilidades
e masculinidades encontram-se em extremida- A) aspecto nutricional.
des opostas. B) condição financeira.
C) prevenção de lesões.
No entanto, algumas mulheres, indiferentes as
D) treinamento esportivo.
convenções sociais, sentem-se seduzidas e
E) acompanhamento psicológico.
desafiadas a aderirem à prática das modalida-
des consideradas masculinas. É o que obser-
vamos em Maggie, que se mostra determinada
e insiste em seu objetivo de ser treinada por Questão 391 (2016.1)
Frankie. É possível considerar as modalidades esporti-
vas coletivas dentro de uma mesma lógica, pois
(FERNANDES. V; MOURÃO. L. Menina de ouro e a
possuem uma estrutura comum: seis princípios
representação de feminilidades plurais)
operacionais divididos em dois grupos, o ataque
A inserção da personagem Maggie na prática e a defesa. Os três princípios operacionais de
corporal do boxe indica a possibilidade da cons- ataque são: conservação individual e coletiva da
trução de uma feminilidade marcada pela: bola, progressão da equipe com a posse da
bola em direção ao alvo adversário e finalização
A) adequação da mulher a uma modalidade
da jogada, visando a obtenção de ponto. Os três
esportiva alinhada a seu gênero.
princípios operacionais da defesa são: recupe-
B) valorização de comportamentos e normal-
ração da bola, impedimento do avanço da equi-
mente associados à mulher.
pe contrária com a posse da bola e proteção do
C) transposição de limites impostos à mulher
alvo para impedir a finalização da equipe adver-
num espaço de predomínio masculino.
sária.
D) aceitação de padrões sociais acerca da par-
ticipação da mulher nas lutas corporais. (DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princí-
E) naturalização de barreiras socioculturais res- pios operacionais aos gestos técnicos – modelo pen-
ponsáveis pela exclusão da mulher no boxe. dular a partir das ideias de Claude Bayer)
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do artista, usou-se como recurso argumentativo Você pode não acreditar: houve um tempo em
o(a): que as pessoas se visitavam airosamente. Che-
gavam no meio da tarde ou à noite, contavam
A) contraste entre o local de nascimento e a
casos, tomavam café, falavam da saúde, trico-
escolha pelo gênero samba.
tavam sobre a vida alheia e voltavam de bonde
B) exemplo de temáticas gaúchas abordadas
às suas casas.
nas letras de sambas.
C) alusão a gêneros musicais brasileiros e ar- Você pode não acreditar: mas houve um tempo
gentinos. em que o namorado primeiro ficava andando
D) comparação entre sambistas de diferentes com a moça numa rua perto da casa dela, de-
regiões. pois passava a namorar no portão, depois tinha
E) aproximação entre a cultura brasileira e a ingresso na sala da família. Era sinal de que já
argentina. estava praticamente noivo e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.
Questão 393 (2016.1)
(SANTANNA, A. R. Estado de Minas)
L.J.C.
— 5 tiros? Nessa crônica, a repetição do trecho “Você po-
— É. de não acreditar: mas houve um tempo em
— Brincando de pegador? que...” configura-se como uma estratégia argu-
— É. O PM pensou que... mentativa que visa:
— Hoje? A) surpreendem leitor com a descrição do que
— Cedinho. as pessoas faziam durante o seu tempo livre
(COELHO, M ln: FREIRE, M. (Org). antigamente.
Os cem menores contos brasileiros do século.) B) sensibilizar o leitor sobre o modo como as
pessoas se relacionavam entre si num tempo
Os sinais de pontuação são elementos com mais aprazível.
importantes funções para a progressão temáti- C) advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso
ca. Nesse miniconto, as reticências foram utili- que se faz do tempo nos dias atuais.
zadas para indicar: D) incentivar o leitor a organizar melhor o seu
tempo sem deixar de ser nostálgico.
A) uma fala hesitante. E) convencer o leitor sobre a veracidade de
B) uma informação implícita. fatos relativos à vida no passado.
C) uma situação incoerente.
D) a eliminação de uma ideia.
E) a interrupção de uma ação. Questão 395 (2016.2)
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A) a exposição de alguns dados sobre a jovem procura provocar compaixão, visto que, em razão da
doença, ela vive de maneira diferente dos demais jovens de sua idade.
B) a campanha defende a ideia de que, para doar, é preciso conhecer o doente, considerando que foi
preciso apresentar a jovem para gerar identificação.
C) o questionamento seguido da resposta propõe reflexão por parte do público-alvo, visto que o texto
critica a prática de escolher para quem doar.
D) as escolhas verbais associadas à imagem parecem contraditórias, pois constroem uma aparência
incompatível com a de uma jovem doente.
E) a campanha explora a expressão da jovem a fim de gerar comoção no leitor, levando-o a doar sangue
para as pessoas com leucemia.
Questão 400 (2016.2) Fazia calor. Daí a pouco minha camisa estava
Certa vez, eu jogava uma partida de sinuca, e inteiramente molhada. Refiro-me a que estava
só havia a bola sete na mesa. De modo que a na corda secando, quando começou a chover.
mastiguei lentamente saboreando-lhe os boca- Minha sogra apareceu para apanhar a camisa.
dos com prazer. Refiro-me à refeição que havia
pedido ao garçom. Dei-lhe duas tacadas na Não tive remédio senão esmagá-la com o pé.
cara. Estou me referindo à bola. Em seguida, Estou falando da barata que ia trepando na
sai montando nela e a égua, de que estou fa- cadeira. Malaquias, meu primo, vivia com uma
lando agora, chegou calmamente à fazenda de velha de oitenta anos. A velha era sua avó, es-
minha mãe. Fui encontrá-la morta na mesa, clareço. Malaquias tinha dezoito filhos, mas
meu irmão comia-lhe uma perna com prazer e nunca se casou. Isto é, nunca se casou com
ofereceu-me um pedaço: “Obrigado”, disse eu, uma mulher que durasse mais de um ano. Ago-
“já comi galinha no almoço”. ra, sentado à nossa frente, Malaquias fura o
coração com uma faca. Depois corta as pernas
Logo em seguida, chegou minha mulher e deu- e o sangue do porco enche a bacia.
me na cara. Um beijo, digo. Dei-lhe um abraço.
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Nos bons tempos passeávamos juntos. Eu tinha O efeito de humor no texto é produzido com o
um carro. Malaquias tinha uma namorada. Um auxílio da quebra de convenções sociais de uso
dia rolou a ribanceira. Me refiro a Malaquias. da língua. Na interação entre o casal de namo-
Entrou pela pretoria adentro arrebentando porta rados, isso é decorrente:
e parou resfolegante junto do juiz pálido de sus-
A) do registro inadequado para a interlocução
to. Me refiro ao carro. E a Malaquias.
em contexto romântico.
(FERNANDES, M. Trinta anos de mim mesmo. ) B) da iniciativa em discutir formalmente a rela-
ção amorosa.
Nesse texto, o autor reorienta o leitor no pro- C) das avaliações de escolhas lexicais pelos
cesso de leitura, usando como recurso expres- frequentadores do bar.
sões como “refirome/me refiro”, “estou me refe- D) das gírias distorcidas intencionalmente na
rindo”, “de que estou falando agora”, “digo”, fala do namorado.
“estou falando da”, “esclareço”, “isto é”. Todas E) do uso de expressões populares nas investi-
elas são expressões linguísticas introdutoras de das amorosas do homem.
paráfrases, que servem para:
A) confirmar.
B) contradizer. Questão 402 (2016.2)
C) destacar.
D) retificar. Como escrever na internet
E) sintetizar.
Regra 1 – Fale, não GRITE!
—Aliás, é colega da filha dele. Os emoticons (ou Smileys) são ícones formados
por parênteses, pontos, vírgulas e outros símbo-
Na sua mesa, o Xavier pegara na mão da moça.
los do teclado. Eles representam carinhas de-
—Está gostando? senhadas na horizontal e denotam emoções. E
difícil descobrir quando uma pessoa está falan-
— Pô. Só.
do alguma coisa em tom de brincadeira, se está
— Chocante, né? – disse o Xavier. E depois realmente brava ou feliz, ou se está sendo irôni-
ficou na dúvida. Ainda se dizia “chocante”? ca, em um ambiente no qual só há texto; por
isso, entram em cena os Smileys. Comece a
Beberam em silêncio. E ele disse:
usá-los aos poucos e, com o passar do tempo,
— Quer dançar? estarão integrados naturalmente às suas con-
versas on-line.
E ela disse, sem pensar:
— Depois, tio. O texto traz exemplos de regras que podem
evitar mal entendidos em comunicações eletrô-
E ficaram em silêncio. Ela pensando “será que
nicas, especialmente em e-mails e chats. Essas
ele ouviu?”. E ele pensando “faço algum comen-
regras:
tário a respeito, ou deixo passar?”. Decidiu dei-
xar passar. Mas, pelo resto da noite aquele “tio” A) revelam códigos internacionalmente aceitos
ficou em cima da mesa, entre os dois, latejando que devem ser seguidos pelos usuários da in-
como um sapo. Ele a levou em casa. Depois ternet.
voltou. Sentou com os amigos. B) constituem um conjunto de normas ortográfi-
— Aí, Xavier. E a namorada? cas inclusas na escrita padrão da língua portu-
guesa.
Ele não respondeu. C) representam uma forma complexa de comu-
(VERISSlMO, L. F. O melhor das nicação, pois os caracteres são de difícil com-
comédias da vida privada.) preensão.
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D) foram desenvolvidas para que usuários de O texto publicitário tem a intenção de persuadir
países de línguas diferentes possam se comu- o público-alvo a consumir determinado produto
nicar na web. ou serviço. No anúncio, essa intenção assume a
E) refletem recomendações gerais sobre o uso forma de um convite, estratégia argumentativa
dos recursos de comunicação facilitadores da linguisticamente marcada pelo uso de:
convivência na internet.
A) conjunção (quando).
B) adjetivo (irresistível).
C) verbo no imperativo (descubra).
Questão 403 (2016.2) D) palavra do campo afetivo (paixão).
E) expressão sensorial (acariciando).
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TEXTO II
A pesquisa, realizada pelo IBGE, evidencia características das famílias brasileiras, também tematizadas
pela canção Mama África. Ambos os textos destacam o(a):
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São Paulo. Para tanto, fundamenta seu ponto pos, São Paulo, não é superado por nenhum
de vista no(a): outro país. E ficou bem acima das estimativas
que davam conta de 30 milhões ao ano. Agora,
A) panorama apresentado como a atual realida- sabemos com segurança: em quantidade de
de do imigrante em São Paulo. relâmpagos, ninguém segura este país.
B) uso da tecnologia para aprimorar a imagem
do imigrante em São Paulo. (FON, A. C.; ZANCHETTA, M. I. Disponível em:
C) diferença entre o Memorial do Imigrante e os http://super.abril.com.br. Acesso em: 27 jan. 2015)
demais museus existentes em São Paulo.
D) diversidade de nacionalidades e etnias como Diversos expedientes argumentativos são em-
parâmetro da imigração em São Paulo. pregados nos textos para sustentar as ideias
E) desequilíbrio nas representações usuais dos apresentadas. Nesse texto, a citação de um
imigrantes em São Paulo. instituto especializado é uma estratégia para:
Argumento
(ANDRADE, R. Disponível em: Tá legal
www.jornalcidade.com.br - adaptado)
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
A charge aborda uma situação do cotidiano de
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
algumas famílias. Nesse sentido, ela tem o obje-
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim
tivo comunicativo de:
Sem preconceito
A) denunciar os prejuízos da falta de diálogo
Ou mania de passado
entre pais e filhos.
Sem querer ficar do lado
B) mostrar as diferenças entre as preferências
De quem não quer navegar
de entretenimento entre pais e filhos.
Faça como um velho marinheiro
C) evidenciar os excessos de utilização das
Que durante o nevoeiro
redes sociais em momentos de convivência
Leva o barco devagar
familiar.
D) demonstrar que as mudanças culturais ocor-
(PAULINHO DA VIOLA. Disponível em:
ridas na sociedade impõem novos comporta- www.paulinhodaviola.com.br. Acesso: 6 dez. 2012)
mentos às famílias.
E) enfatizar que a socialização de informações
Na letra da canção, percebe-se uma interlocu-
sobre os filhos é uma forma de demonstrar or-
ção. A posição do emissor é conciliatória entre
gulho de familiares.
as tradições do samba e os movimentos inova-
dores desse ritmo.
Dos 3,15 bilhões de raios que golpeiam a Terra A) "Mas não me altere o samba tanto assim".
e seus habitantes durante um ano, 100 milhões B) "Olha que a rapaziada está sentindo a falta."
deles vêm desabar em terras brasileiras. O nú- C) "Sem preconceito / Ou mania de passado".
mero, divulgado no ano passado por uma equi- D) "Sem querer ficar do lado / De quem não
pe de cientistas do Instituto Nacional de Pesqui- quer navegar".
sas Espaciais (INPE), em São José dos Cam- E) "Leva o barco devagar."
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mos de pensar em línguas vivas, e saber que as C) esporte organizado com regras.
pessoas as estão falando. Então, se você vai a D) elemento de identidade nacional.
um dicionário, deve ser capaz de ouvi-lo. Foi E) fator de alienação social do povo.
com isso e mente que criamos os dicionários
para oito de algumas das línguas mais ameaça-
das do mundo", disse o linguista K. David Harri- Questão 426 (2016.3)
son. Para os ativistas de cada comunidade com
idioma ameaçado, esse dicionário é uma ferra- TEXTO I
menta que pode ser usada para disseminar o 280 novos veículos por dia no Estado
conhecimento da língua entre os mais jovens. Frota, que chega a quase 1,4 milhão,
Para todas as outras pessoas interessadas, é a deve dobrar em 13 anos
oportunidade de encontra sons e formas de
discursos humanos desconhecidos para a gran- A cada dia, uma média de 280 novos veículos
de parte da população do globo. É a diversidade chega às ruas do Espírito Santo, segundo da-
linguística escondida e que agora pode ser re- dos do Departamento Estadual de Trânsito (De-
velada. tran-ES). No final do mês passado, a frota já era
de 1.395.342 unidades, 105 mil a mais do que
(Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. no mesmo mês de 2011. Os números incluem
Acesso em: 28 jul. 2012 - adaptado) automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus,
entre outros tipos. De dezembro para cá, o
Considerando o projeto dos "dicionários falan- crescimento foi de mais de 33 mil veículos. E,
tes", compreende-se que o trabalho dos linguis- se esse ritmo continuar, a frota do Espírito San-
tas apresentado no texto objetiva: to vai dobrar até 2025. O diretor-geral do De-
tran-ES relaciona o crescimento desses núme-
A) destacar a importância desse tipo de iniciati- ros à facilidade encontrada para se comprar um
va para a reconstituição de línguas extintas. veículo. "Há toda uma questão econômica, da
B) ratificar a tradição oral como instrumento de facilidade de crédito. Como oferecemos um
preservação das línguas no mundo. transporte coletivo que ainda precisa ser melho-
C) demonstrar a existência de registros linguís- rado, inevitavelmente o cidadão que pode ad-
ticos sob risco de desaparecer. quire seu próprio veículo."
D) preservar a memória cultural de um povo por (Disponível em: http://gazetaonline.globo.com.
meio de registros escritos. Acesso em: 10 ago. 2012 - adaptado)
E) Estimular projetos voltados para a escrita de
gramáticas e dicionários. TEXTO II
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D) cria uma ambiência própria por meio de no- usada no mangueirão, uma espécie de curral
mes e verbos metaforizados. onde os animais ficavam confinados à noite. As
E) prioriza construções oracionais de valor se- taipas são atribuídas aos jesuítas. O objetivo
mântico de oposição. era domar o gado xucro solto nos campos pelos
colonizadores espanhóis.
Questão 430 (2016.3) (FERRI, M. Revista Terra da Gente, n. 96, abr. 2012)
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Foi-se uma vez um leitor. Com a revolução digi- Costurar o país com estradas alegres, desliga-
tal, quem lê passa a ter voz no processo de das de horários. Livres e cheias de sol como um
leitura. "Até outro dia, as críticas literárias eram verso moderno!
exclusividade de um grupo fechado, assim co- (BOPP, R. Poesia completa de Raul Bopp. Rio de
mo em tantas outras áreas. Agora, temos gru- Janeiro: José Olympio; São Paulo: Edusp, 1998)
pos que conversam, trocam, se manifestam em
tempo real, recomendam ou desaprovam, tro- Nos anos de 1920, a necessidade de moderni-
cam ideias com os autores, participam ativa- zar o Brasil refletiu-se na proposta de renovação
mente da construção de obras literárias coleti- estética defendida por artistas modernistas co-
vas. Isso é um jeito novo de pensar a escrita, de mo Raul Bropp.
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No Brasil, milhares de crianças e adolescentes trabalham em casas de família. Isso não é legal. O traba-
lho infantil doméstico encurta a infância, prejudica a autoestima e provoca grande defasagem escolar.
Desenvolvemos diversos programas sociais que protegem e dão dignidade a crianças e jovens, como o
PETI, PROJOVEM URBANO, PROJOVEM ADOLESCENTE E PROJOVEM TRABALHADOR, entre ou-
tros.
(Disponível em: http://servicos.prt116.mpt.mp.br. Acesso em: 15 jul. 2015 - adaptado)
A peça publicitária, em pauta, busca promover uma conscientização social. Pela análise dos procedi-
mentos argumentativos utilizados pelo autor, o texto:
A) opõe a fragilidade da criança aos desmandos dos adultos.
B) elenca as causas da existência do trabalho infantil no Brasil.
C) detalha as iniciativas governamentais de solução do problema abordado.
D) divulga ações institucionais locais para o enfrentamento de um problema nacional.
E) ressalta a responsabilidade das famílias na proteção das crianças e dos adolescentes.
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O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo dife-
rente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama, infere-
se que esse novo consumidor sofre influência da:
(GODTSFRIEDT, J. Esporte e sua relação com a sociedade uma síntese bibliográfica EFDeportes, ,mar. 2010)
A) nos Jogos Olímpicos, uma vez que reúnem diversos países na disputa de diferentes modalidades
esportivas.
B) nas competições de esportes individuais, uma vez que o sucesso de um indivíduo incentiva a partici-
pação dos demais.
C) nos campeonatos oficiais de futebol, regionais e nacionais, por se tratar de uma modalidade esportiva
muito popular no país.
D) nas competições promovidas pelas federações e confederações, cujo objetivo é a formação e a des-
coberta de talentos.
E) nas modalidades esportivas adaptadas, cujo objetivo é o maior engajamento dos cidadãos.
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B) incentivar a leitura de obras literárias, ao rentando uns cinco anos de idade já aboletada
referir-se a títulos consagrados do acervo mun- na ponta da mesa em proseio íntimo Com a
dial. dona da casa. Depois de um vigoroso “Bom
C) seduzir o consumidor, ao relacionar o anun- dial”, de um vaporoso aperto de mãos nas apre-
ciante às histórias clássicas da literatura univer- sentações de praxe, fiquei sabendo que Dona
sal. Flor de Maio levava o filho Adão para tratamen-
D) promover uma reflexão sobre a preservação to das feridas que pipocavam por seu Corpo,
ambiental ao aliar o desmatamento aos clássi- provocando pequenas pústulas de bordas
cos da literatura. avermelhadas.
E) construir uma imagem positiva do anuncian- (GUIÃO, M. Disponível em
te, ao associar a exploração alegadamente sus- www.revistaecologico.com.br
tentável à produção de livros. Acesso em 10 mar 2014 - adaptado)
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Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero textual, esses quadrinhos possibilitam pen-
sar sobre o papel da tecnologia nas sociedades contemporâneas, pois:
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Na tirinha, o leitor é conduzido a refletir sobre relacionamentos afetivos. A articulação dos recursos ver-
bais e não verbais tem o objetivo de:
A) criticar a superficialidade com que as relações amorosas são expostas nas redes sociais.
B) negar antigos conceitos ou experiências afetivas ligadas à vida amorosa dos adolescentes.
C) enfatizar a importância de incorporar novas experiências na vida amorosa dos adolescentes.
D) valorizar as manifestações nas redes sociais como medida do sucesso de uma relação amorosa.
E) associar a popularidade de uma mensagem nas redes sociais à profundidade de uma relação amoro-
sa.
(ZECA BALEIRO. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 18 maio 2013 - adaptado)
O texto trata do avanço técnico e das facilidades encontradas pelo homem moderno em relação à pres-
tação de serviços. No desenvolvimento da temática, o autor:
A) valorizar o cliente, oferecendo-lhe, além dos serviços de voo, um atendimento que o faça se sentir
especial.
B) persuadir o consumidor a escolher companhias aéreas que ofereçam regalias inclusas em seus servi-
ços.
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C) destacar que a companhia aérea oferece deixa de dizer algo sobre ela: é significativo que
luxo aos consumidores que utilizam seus servi- o mais mundial dos esportes não faça sentido
ços. para os Estados Unidos, e que os esportes que
D) enfatizar a importância de oferecer o melhor fazem mais sentido para os Estados Unidos
ao cliente ao ingressar em suas aeronaves. estejam longe de fazer sentido para o mundo. O
E) definir parâmetros para um bom atendimento futebol ofereceu uma curiosa e nada desprezí-
do cliente durante a prestação de serviços. vel contraparte simbólica à hegemonia do ima-
ginário norte-americano.
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no cérebro de outras pessoas em qualquer par- ramentas do computador via canal eletrônico
te do mundo. Isso é uma revolução. E, tal como mediado por um software específico. A dimen-
aconteceu no passado, está fazendo com que são temporal deste tipo de interlocução caracte-
nossas instituições se tornem obsoletas. riza-se pela sincronicidade em tempo real, apro-
ximando-se de uma conversa telefônica, porém,
(TAPSCOTT, D. Entrevista concedida a Augusto devido às especificidades do meio que põe os
Nunes. Veja, 21 abr. 2011 - adaptado) interlocutores em contato, estes devem escrever
suas mensagens. Apesar da sensação de esta-
Segundo o pesquisador entrevistado, a internet rem falando, os enunciados que produzem são
revolucionou a história da mesma forma que a construídos num “texto falado por escrito”, numa
prensa móvel de Gutenberg revolucionou o “conversação com expressão gráfica”. A intera-
mundo no século XV. De acordo com o texto, as ção que se dá “tela a tela”, para que seja bem-
duas invenções, de maneira similar, provocaram sucedida, exige, além das habilidades técnicas
o(a): anteriormente descritas, muito mais do que a
simples habilidade linguística de seus interlocu-
A) ocorrência de revoluções em busca por go- tores. No interior de uma enorme coordenação
vernos mais democráticos. de ações, o fenômeno chat também envolve
B) divulgação do conhecimento produzido em conhecimentos paralinguísticos e socioculturais
papel nas diversas instituições. que devem ser partilhados por seus usuários.
C) organização das sociedades a favor do Isso significa dizer que esta atividade comuni-
acesso livre à educação e às universidades. cacional, assim como as demais, também apre-
D) comércio do conhecimento produzido e regis- senta uma vinculação situacional, ou seja, não
trado em qualquer parte do mundo. pode a língua, nesta esfera específica da comu-
E) democratização do conhecimento pela divul- nicação humana, ser separada do contexto em
gação de ideias por meio de publicações. que se efetiva.
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autora do estudo, diz que outros fatores (como Questão 474 (2017.2)
atividades físicas) também colaboram para re- Este mês, a reportagem de capa veio do meu
duzir esses níveis e que o objetivo da pesquisa umbigo. Ou melhor, veio de um mal-estar que
é comprovar como fatores sociais colaboram comecei a sentir na barriga. Sou meio italiano,
para a saúde do corpo. "Isso não significa que pizzaiolo dos bons, herdei de minha avó uma
quanto mais crianças você tiver, melhor será daquelas velhas máquinas de macarrão a mani-
sua pressão sanguínea. Os resultados estão vela. Cresci à base de farinha de trigo. Aí, do
conectados a essa relação de parentesco, mas nada, comecei a ter alergias respiratórias que
sem considerar o número de sucessores ou também pareciam estar ligadas à minha dieta.
situação profissional", pondera Julianne. Comecei a peregrinar por médicos. Os exames
diziam que não tinha nada errado comigo. Mas
(ALVES, I. Vivasaúde, n. 83, s.d.) eu sentia, pô. Encontrei a resposta numa nutri-
cionista: eu tinha intolerância a glúten e a lacto-
O texto apresenta resultados de uma pesquisa se. Arrivederci, pizza. Tchau, cervejinha.
científica, objetivando:
Notei também que as prateleiras dos mercados
A) informar o leitor leigo a respeito dos resulta- de repente ficaram cheias de produtos que pa-
dos obtidos, com base em dados monitorados. reciam feitos para mim: leite, queijo e iogurte
B) sensibilizar o leitor acadêmico a respeito da sem lactose, bolo, biscoito e macarrão sem
paternidade, com apoio nos comentários da glúten. E o mais incrível é que esse setor do
pesquisadora. mercado parece ser o que está mais cheio de
C) persuadir o leitor especializado a se benefici- gente. E não é só no Brasil. Parece ser em todo
ar do exercício da paternidade, com base nos Ocidente industrializado. Inclusive na Itália.
dados comparados. O tal glúten está na boca do povo, mas não está
D) dar ciência ao leitor especializado da valida- fácil entender a real. De um lado, a imprensa
de da investigação, com base na reputação da popular faz um escarcéu, sem no entanto expli-
instituição promotora. car o tema a fundo. De outro, muitos médicos
E) instruir o leitor leigo a respeito da validade ficam na defensiva, insinuando que isso tudo
relativa da investigação, com base nas declara- não passa de modismo, sem fundamento cientí-
ções da pesquisadora. fico. Mas eu sei muito bem que não é só mo-
dismo — eu sinto na barriga.
O tema é um vespeiro — e por isso julgamos
Questão 473 (2017.2) que era hora de meter a colher, para separar o
joio do trigo e dar respostas confiáveis às dúvi-
Fazer 70 anos das que todo mundo tem.
Fazer 70 anos não é simples. (BURGIERMAN, D. R. Tem algo grande aí. Superin-
teressante, n. 335, jul. 2014 - adaptado)
A vida exige, para o conseguirmos,
perdas e perdas no íntimo do ser, O gênero editorial de revista contém estratégias
como, em volta do ser, mil outras perdas. argumentativas para convencer o público sobre
a relevância da matéria de capa. No texto, con-
[...]
siderando a maneira como o autor se dirige aos
Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião! leitores, constitui uma característica da argu-
Nós o conseguimos... mentação desenvolvida o(a):
E sorrimos
A) relato pessoal, que especifica o debate do
de uma vitória comprada por que preço?
assunto abordado.
Quem jamais o saberá?
B) exemplificação concreta, que desconstrói a
generalidade dos fatos.
(ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São
Paulo: Círculo do Livro, 1992 - fragmento) C) referência intertextual, que recorre a termos
da gastronomia.
O pronome oblíquo “o”, nos versos “A vida exi- D) crítica direta, que denuncia o oportunismo
ge, para o conseguirmos” e “Nós o consegui- das indústrias alimentícias.
mos”, garante a progressão temática e o enca- E) vocabulário coloquial, que representa o estilo
deamento textual, recuperando o segmento: da revista.
A) “Ó José Carlos”.
B) “perdas e perdas”. Questão 475 (2017.2)
C) “A vida exige”. O comportamento do público, em geral, parece
D) “Fazer 70 anos”. indicar o seguinte: o texto da peça de teatro não
E) “irmão-em-Escorpião”. basta em si mesmo, não é uma obra de arte
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A) comoção.
B) analogia.
C) identificação.
D) contextualização.
E) enumeração.
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A partir da análise do texto, conclui-se que es- Em geral, a bifiliação clubística permite que
sas tecnologias: torcedores se engajem aos times do Rio de
Janeiro, por exemplo, sobretudo pela histórica
A) mantêm inalterados os modos de produção e projeção política e posteriormente midiática da
veiculação do conhecimento. então capital do Brasil. Contudo, no interior da
B) provocam rupturas entre novas e velhas for- Cangaceiros Alvinegros, sustenta-se a autoafir-
mas de comunicar o conhecimento. mação como nordestinos, rechaçando aqueles
C) modernizam práticas de divulgação do co- que deixam de torcer pelo time local para se
nhecimento hoje consideradas obsoletas. apegarem aos clubes mais distantes. Ao serem
D) substituem os modos de produção de conhe- questionados sobre como encaravam a bifilia-
cimentos oriundos da oralidade e da escrita. ção, um dos diretores da Cangaceiros foi enfáti-
E) contribuem para a coexistência de diversos co ao afirmar: "Você já viu algum paulista ou
modos de produção e veiculação de conheci- carioca torcer pra time do Nordeste? Então por
mento. que eu vou torcer pra time do Sul?”.
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São exemplos de “esportes individuais em interação com o oponente” e “esportes coletivos em interação
com o oponente”, respectivamente,
O narrador relata suas experiências na primeira escola que frequentou e utiliza construções linguísticas
próprias de determinada região, constatadas pelo:
É preciso, também, conquistar a confiança de quem se quer educar, para fazê-lo deitar no colo e ouvir
histórias.
(MUNDURUKU, D. Disponível em: http://caravanamekukradja.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012)
Concorrem para a estruturação e para a progressão das ideias no texto os seguintes recursos:
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TEXTO II
Questão 491 (2018.1)
Imaginemos um cidadão, residente na periferia
No tradicional concurso de miss, as candidatas
de um grande centro urbano, que diariamente
apresentaram dados de feminicídio, abuso se-
acorda às 5h para trabalhar, enfrenta em média
xual e estupro no país.
2 horas de transporte público, em geral lotado,
No lugar das medidas de altura, peso, busto, para chegar às 8h ao trabalho. Termina o expe-
cintura e quadril, dados da violência contra as diente às 17h e chega em casa às 19h para, aí
mulheres no Peru. Foi assim que as 23 candida- sim, cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos
tas ao Miss Peru 2017 protestaram contra os etc. Como dizer a essa pessoa que ela deve
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praticar exercícios, pois é importante para sua C) projeta a persistência das emoções reprimi-
saúde? Como ela irá entender a mensagem da das.
importância do exercício físico? A probabilidade D) repercute a consciência da agonia antecipa-
de essa pessoa praticar exercícios regularmente da.
é significativamente menor que a de pessoas da E) revela a fragmentação das relações huma-
classe média/alta que vivem outra realidade. nas.
Nesse caso, a abordagem individual do proble-
ma tende a fazer com que a pessoa se sinta
impotente em não conseguir praticar exercícios Questão 494 (2018.1)
e, consequentemente, culpada pelo fato de ser “Aconteceu mais de uma vez: ele me abando-
ou estar sedentária. nou. Como todos os outros. O quinto. A gente já
estava junto há mais de um ano. Parecia que
(FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educa- dessa vez seria para sempre. Mas não: ele de-
ção física escolar: ampliando o enfoque.
RBCE, n. 2, jan. 2001 - adaptado)
sapareceu de repente, sem deixar rastro. Quan-
do me dei conta, fiquei horas ligando sem parar
O segundo texto, que propõe uma reflexão so- -mas só chamava, chamava, e ninguém atendia.
bre o primeiro acerca do impacto de mudanças E então fiz o que precisava ser feito: bloqueei a
no estilo de vida na saúde, apresenta uma visão linha.
A verdade é que nenhum telefone celular me
A) medicalizada, que relaciona a prática de suporta. Já tentei de todas as marcas e opera-
exercícios físicos por qualquer indivíduo à pro- doras, apenas para descobrir que eles são to-
moção da saúde. dos iguais: na primeira oportunidade, dão no pé.
B) ampliada, que considera aspectos sociais Esse último aproveitou que eu estava distraído
intervenientes na prática de exercícios no coti- e não desceu do táxi junto comigo. Ou será que
diano. ele já tinha pulado do meu bolso no momento
C) crítica, que associa a interferência das tare- em que eu embarcava no táxi? Tomara que sim.
fas da casa ao sedentarismo do indivíduo. Depois de fazer o que me fez, quero mais é que
D) focalizada, que atribui ao indivíduo a respon- ele tenha ido parar na sarjeta. [...1 Se ainda
sabilidade pela prevenção de doenças. fossem embora do jeito que chegaram, tudo
E) geracional, que preconiza a representação bem. [...1 Mas já sei o que vou fazer. No cami-
do culto à jovialidade. nho da loja de celulares, vou passar numa pa-
pelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas
agendinhas de papel jamais me abandonou.”
Questão 493 (2018.1)
(FREIRE, R Come, Começar de novo.
Dia 20/10 O Estado do S. Paulo, 24 nov. 2006)
É preciso não beber mais. Não é preciso sentir Nesse fragmento, a fim de atrair a atenção do
vontade de beber e não beber: é preciso não leitor e de estabelecer um fio condutor de senti-
sentir vontade de beber. É preciso não dar de do, o autor utiliza-se de:
comer aos urubus. É preciso fechar para balan-
ço e reabrir. É preciso não dar de comer aos A) primeira pessoa do singular para imprimir
urubus. Nem esperanças aos urubus. É preciso subjetividade ao relato de mais uma desilusão
sacudir a poeira. É preciso poder beber sem se amorosa.
oferecer em holocausto. É preciso. É preciso B) ironia para tratar da relação com os celulares
não morrer por enquanto. É preciso sobreviver na era de produtos altamente descartáveis.
para verificar. Não pensar mais na solidão do C) frases feitas na apresentação de situações
Rogério e deixá-lo. É preciso não dar de comer amorosas estereotipadas para construir a ambi-
aos urubus. É preciso enquanto é tempo não entação do texto.
morrer na via pública. D) quebra de expectativa como estratégia ar-
gumentativa para ocultar informações.
(TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) E) verbos no tempo pretérito para enfatizar uma
Poesia (im)popular brasileira. São Bernardo do aproximação com os fatos abordados ao longo
Campo: Lamparina Luminosa, 2012)
do texto.
O processo de construção do texto formata uma
mensagem por ele dimensionada, uma vez que:
Questão 495 (2018.1)
A) configura o estreitamento da linguagem poé- A internet proporcionou o surgimento de novos
tica. paradigmas sociais e impulsionou a modificação
B) reflete as lacunas da lucidez em desconstru- de outros já estabelecidos nas esferas da co-
ção. municação e da informação.
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A) criação de memes.
B) ampliação da blogosfera.
C) supremacia das ideias cibernéticas.
D) comercialização de pontos de vista.
E) banalização do comércio eletrônico.
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No contexto das aulas de Educação Física es- C) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão
colar, os valores olímpicos e paralímpicos po- de matéria e energia substitui a teoria da explo-
dem ser identificados quando o colega: são.
D) destacar a experiência que confirma uma
A) procura entender o próximo, assumindo ati- investigação anterior sobre a teoria de matéria e
tudes positivas como simpatia, empatia, hones- energia.
tidade, compaixão, confiança e solidariedade, o E) condensar a conclusão de que a explosão de
que caracteriza o valor da igualdade. matéria e energia ocorre em um ponto micros-
B) Faz com que todos possam ser iguais e re- cópico.
ceber o mesmo tratamento, assegurando impar-
cialidade, oportunidades e tratamentos iguais a
todos, o que caracteriza o valor da amizade. Questão 502 (2018.1)
C) Dá o melhor de si na vivência das diversas
atividades relacionadas ao esporte ou aos jo-
gos, participando e progredindo de acordo com
seus objetivos, o que caracteriza o valor da
coragem.
D) Manifesta a habilidade de enfrentar a dor, o
sofrimento, o medo, a incerteza e a intimidação
nas atividades, agindo corretamente contra a
vergonha, a desonra e o desânimo, o que carac-
teriza o valor da determinação.
E) Inclui em suas ações o fair play (jogo limpo),
a honestidade, o sentimento positivo de consi-
deração por outra pessoa, o conhecimento dos
seus limites, a valorização de sua própria saúde
e o combate ao doping, o que caracteriza o
valor do respeito.
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[...] algum atrevido que sai do roteiro e comete o Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha sta-
disparate de driblar o time adversário inteirinho, tus de dialeto, caracterizando-se como elemento
além do juiz e do público das arquibancadas, de patrimônio linguístico, especialmente por:
pelo puro prazer do corpo que se lança na proi-
bida aventura da liberdade. A) ter mais de mil palavras conhecidas.
B) ter palavras diferentes de uma linguagem
(GALEANO, E Futebol ao sol e à sombra secreta.
Porto Alegre L8Phl Pockels. 1995 - adaptado) C) ser consolidado por objetos formais de regis-
tro.
O texto indica que as mudanças nas práticas D) ser utilizado por advogados em situações
corporais, especificamente no futebol, formais.
E) ser comum em conversas no ambiente de
A) fomentaram uma tecnocracia, promovendo trabalho.
uma vivência mais lúdica e irreverente.
B) promoveram o surgimento de atletas mais
habilidosos, para que fossem inovadores.
Questão 505 (2018.1)
C) incentivaram a associação dessa manifesta-
Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda
ção à fruição, favorecendo o improviso.
nodosa que me pintou as costas de manchas
D) tornaram a modalidade em um produto a ser
sangrentas. Moído, virando a cabeça com difi-
consumido, negando sua dimensão criativa.
culdade, eu distinguia nas costelas grandes
E) contribuíram para esse esporte ter mais jo-
lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me
gadores, bem como acompanhado de torcedo-
em panos molhados com água de sal – e houve
res.
uma discussão na família. Minha avó, que nos
visitava, condenou o procedimento da filha e
esta afligiu-se. Irritada, ferira-me ã toa, sem
Questão 504 (2018.1) querer. Não guardei ódio a minha mãe: o culpa-
do era o nó.
“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto
secreto” utilizado por gays e travestis (RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1998)
Com origem no iorubá, linguagem foi adotada Num texto narrativo, a sequência dos fatos con-
por travestis e ganhou a comunidade tribui para a progressão temática. No fragmento,
esse processo é indicado pela:
“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu
acué, deixe de equê se não eu puxo teu picu- A) alternância das pessoas do discurso que
mã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, determinam o foco narrativo.
é porque você manja alguma coisa de pajubá, o B) utilização de formas verbais que marcam
“dialeto secreto” dos gays e travestis. tempos narrativos variados.
C) indeterminação dos sujeitos de ações que
Adepto do uso das expressões, mesmo nos caracterizam os eventos narrados.
ambientes mais formais, um advogado afirma: D) justaposição de frases que relacionam se-
“É claro que eu não vou falar durante uma audi- manticamente os acontecimentos narrados.
ência ou numa reunião, mas na firma, com E) recorrência de expressões adverbiais que
meus colegas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o organizam temporalmente a narrativa.
tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cui-
dado de falar outras palavras porque hoje o
pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até
Questão 506 (2018.1)
dicionário…”, comenta.
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Essa imagem ilustra a reação dos celíacos séculos XIX e XX, destacam-se os esforços
(pessoas sensíveis ao glúten) ao ler rótulos de para impedir a participação da mulher no campo
alimentos sem glúten. Essas reações indicam das práticas esportivas. As desconfianças em
que, em geral, os rótulos desses produtos: relação à presença da mulher no esporte estive-
ram culturalmente associadas ao medo de mas-
A) trazem informações explícitas sobre a pre- culinizar o corpo feminino pelo esforço físico
sença do glúten. intenso.
B) oferecem várias opções de sabor para esses
consumidores. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo
C) classificam o produto como adequado para o frágil atuou como obstáculo ao consolidar a
consumidor celíaco. crença de que o esforço físico seria inapropria-
D) influenciam o consumo de alimentos especi- do para proteger a feminilidade da mulher “nor-
ais para esses consumidores. mal”. Tal mito sustentou um forte movimento
E) variam na forma de apresentação de infor- contrário à aceitação do futebol como prática
mações relevantes para esse público. esportiva feminina. Leis e propagandas busca-
ram desacreditar o futebol, considerando-o ina-
dequado á delicadeza. Na verdade, as mulheres
Questão 507 (2018.1) eram consideradas incapazes de se adequar ás
múltiplas dificuldades do “esporte-rei”.
ABL lança novo concurso cultural:
“Conte o conto sem aumentar um ponto” (TEIXEIRA, F L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no
futebol feminino. Porto Alegre, n. 1,2013 - adaptado)
Em razão da grande repercussão do concurso
de Microcontos do Twitter da ABL, o Abletras, a No contexto apresentado, a relação entre a
Academia Brasileira de Letras lançou no dia do prática do futebol e as mulheres é caracterizada
seu aniversário de 113 anos um novo concurso por um:
cultural intitulado “Conte o conto sem aumentar
A) argumento biológico para justificar desigual-
um ponto”, baseado na obra A cartomante, de
dades históricas e sociais.
Machado de Assis.
B) discurso midiático que atua historicamente na
“Conte o conto sem aumentar um ponto” tem desconstrução do mito do sexo frágil.
como objetivo dar um final distinto do original ao C) apelo para a preservação do futebol como
conto A cartomante, de Machado de Assis, utili- uma modalidade praticada apenas pelos ho-
zando-se o mesmo número de caracteres – ou mens.
inferior – que Machado concluiu seu trabalho, D) olhar feminista que qualifica o futebol como
ou seja, 1 778 caracteres. uma atividade masculinizante para as mulheres.
E) receio de que sua inserção subverta o “es-
Vale ressaltar que, para participar do concurso, porte-rei” ao demonstrarem suas capacidades
o concorrente deverá ser seguidor do Twitter da de jogo.
ABL, o Abletras.
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TEXTO II
Questão 510 (2018.1) A melhor banda de todos os tempos
da última semana
Um idiota em inglês
Se é idiota, é bem menos que nós
Um idiota em inglês
É bem melhor do que eu e vocês
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Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia argumentativa de:
A) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.
B) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família.
C) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
D) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
E) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.
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internacionalmente a produção que no Brasil é A) “[...] talvez as favelas cariocas fossem luga-
chamada de arte popular ou primitivismo, escla- res nobres e seguros [...].”
rece Ardies. O organizador do livro explica que B) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa
a obra não tem a pretensão de ser um dicioná- parte do Oriente [...].”
rio. “Falta muita gente. São muitos artistas”, C) “[...] elas podem ser também solução para
observa. A nova edição veio da vontade de atu- uma série de desafios das cidades hoje.”
alizar informações publicadas há 26 anos. Ela D)“Contanto que não sejam encaradas com
incluiu artistas em atividade atualmente e vete- olhar pitoresco ou preconceituoso.”
ranos que ficaram de fora do primeiro livro. A E) “As favelas são, afinal, produto direto do ur-
arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias banismo moderno [...].”
regiões do Brasil.
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GABARITO
1 B 32 E 63 D 94 D
2 C 33 E 64 D 95 E
3 D 34 C 65 A 96 D
4 B 35 A 66 E 97 D
5 D 36 D 67 B 98 A
6 E 37 D 68 D 99 B
7 D 38 E 69 A 100 E
8 E 39 B 70 C 101 C
9 E 40 C 71 B 102 D
10 B 41 C 72 D 103 B
11 A 42 D 73 E 104 C
12 E 43 D 74 C 105 A
13 B 44 E 75 E 106 D
14 A 45 B 76 C 107 B
15 A 46 B 77 A 108 E
16 C 47 D 78 E 109 E
17 D 48 D 79 D 110 B
18 D 49 E 80 E 111 A
19 D 50 E 81 B 112 C
20 A 51 D 82 A 113 C
21 A 52 A 83 B 114 E
22 A 53 E 84 C 115 C
23 E 54 A 85 C 116 B
24 C 55 B 86 C 117 E
25 C 56 A 87 E 118 C
26 A 57 D 88 B 119 E
27 D 58 C 89 A 120 D
28 C 59 A 90 A 121 D
29 D 60 A 91 C 122 E
30 D 61 D 92 D 123 D
31 D 62 E 93 C 124 A
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