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15 de Setembro de 1954
Em terceiro lugar, em nosso país se pôs fim ao caos existente durante longo
tempo; estabeleceu-se a paz interna na China, e conseguiu-se uma unidade
desusada em todo o território continental de nosso país. Já foi liquidada na China
a inimizade e a desconfiança que outrora existiam entre as nacionalidades. As
diversas nacionalidades de nosso país uniram-se estreitamente, com base na luta
contra o imperialismo e os inimigos do povo existentes no seio das massas, com
base na igualdade de direitos nacionais, na amizade, e na ajuda recíproca.
Em quarto lugar, em nosso país foi posto termo, da maneira mais ampla
possível, à falta de direitos do povo, e se desenvolveu uma ampla democracia.
As massas populares organizaram-se em conseqüência da realização da reforma
agrária e de outras transformações sociais, do movimento para esmagar os
elementos contra-revolucionários, do movimento contra a agressão norte-
americana e de ajuda ao povo coreano, e de outros amplos movimentos de
massas. Inúmeras pessoas que anteriormente não se interessavam, em
absoluto, pelas questões do Estado começaram a participar, ativamente, da vida
política da China. As amplas massas populares de todo o país compreenderam a
fundo — pela própria experiência — que as Assembléias de Representantes do
Povo são a melhor forma orgânica e política de dirigir seu Estado.
Existe para nosso país qualquer outro caminho? É possível que algumas
pessoas se refiram a um caminho capaz de conservar a situação atual — isto é: a
um caminho que não seja nem socialista, nem capitalista, mas no qual existam
tanto o socialismo como o capitalismo e se conserve a atual situação. É de todos
sabido que nosso país entrou agora no período de transição — o período da
construção da sociedade socialista. Em nosso país, esse período se chama
também de período da nova democracia. A peculiaridade econômica desse
período reside em que coexistem o socialismo e o capitalismo. Há os que
esperam manter para sempre essa situação e julgam que o melhor é não a
modificar. Tais pessoas dizem: «O Programa Geral é suficiente; para que
precisamos, ainda, de uma Constituição?". Nos últimos anos ouvimos também,
com freqüência, opiniões segundo as quais é necessário "consolidar o regime da
nova democracia" — opiniões essas que refletem, precisamente, a idéia de que é
imprescindível manter a situação atual —; entretanto, é, acaso, isso possível? As
relações de produção socialistas e capitalistas, opostas entre si, não podem
desenvolver-se paralelamente em um mesmo Estado sem entrar em conflito. Se
a China não se converter em Estado socialista, deverá transformar-se em Estado
capitalista. Deixar a China sem transformações significa paralisar seu
desenvolvimento — o que é de todo impossível. No que diz respeito ao caminho
para tornar a China Estado capitalista, é — como já disse antes — irrealizável.
Nosso país, portanto, só pode seguir o caminho do socialismo — o único caminho
luminoso —, e não pode deixar de marchar por ele pois assim exige a lei
inevitável do desenvolvimento histórico de nosso país!
Tão somente sob a direção da classe operaria pode nosso povo libertar-se da
opressão do imperialismo, do feudalismo e do capital burocrático. Essa verdade
já foi há muito confirmada pelos fatos históricos do passado. Depois que o povo
conseguiu a vitória, surgiu uma nova pergunta: Possui a classe operária a
capacidade e a firmeza, que teve no passado, para dirigir a organização do
Estado?
Embora seja certo ter havido pessoas que, no período inicial, mantinham em
torno dessa pergunta uma atitude de observadores e permaneciam na
expectativa, os fatos dos últimos cinco anos confirmaram inteiramente que a
classe operária possui relevante capacidade para dirigir o Estado. Para consolidar
as conquistas já alcançadas por nosso povo, é necessário que continuemos a
fortalecer e a tornar mais sólida a direção do Estado pela classe operária. A
construção do socialismo e as transformações são inconcebíveis sem que o
Estado seja dirigido pela classe operária.
Para levar inteiramente à prática o rumo traçado pelo art. 4º, outros artigos
das "Disposições Gerais" do Projeto de Constituição contêm também muitas
teses que refletem tanto o objetivo fundamental — a construção da sociedade
socialista —, como os caminhos concretos para sua construção.
"O Estado proíbe todo ato ilegal dos capitalistas que prejudique os
interesses sociais, desorganize a economia da sociedade e solape os
planos econômicos do Estado.".
Passemos agora à questão dos kulaks. Durante a discussão, por todo o povo,
do Projeto de Constituição, muitos perguntavam como deve ser compreendida a
disposição de que "no que se refere às explorações dos kulaks, o Estado segue
uma política de limitação e liquidação gradual das mesas." É sabido que as
explorações dos kulaks são explorações capitalistas no campo, e que os kulaks
representam a última classe exploradora no campo. Em nosso país, as
explorações dos kulaks jamais foram desenvolvidas. Durante a reforma agrária
foi redistribuída a parte da terra que os kulaks cediam em arrendamento. Depois
da reforma agrária, graças ao desenvolvimento, no campo, das cooperativas de
produção, das cooperativas de compra e venda e das cooperativas de crédito, e
também à centralização, pelo Estado, da compra e venda do trigo e de outros
importantes produtos agrícolas, as explorações dos kulaks foram limitadas em
grau considerável. Se bem que no campo haja surgido um pequeno número de
kulaks de novo tipo, as explorações dos kulaks, em geral, não aumentaram, mas
diminuíram. Atualmente, cada kulak possui apenas, em média, o dobro da terra
de um camponês comum. A maioria das velhas explorações dos kulaks não mais
contrata assalariados e se o faz é em número muito escasso; reduziu-se a usura
praticada pelos kulaks, e sua atividade comercial foi consideravelmente
restringida; por conseguinte, em nosso país, existe a possibilidade de destruir
gradualmente o capitalismo no campo mediante a instituição de cooperativas e
mediante a limitação do desenvolvimento das explorações dos kulaks.
Evidentemente a luta é inevitável. Não podemos perder de vista o trabalho de
sapa dos kulaks. Em muitos lugares foram descobertos casos de resistência dos
kulaks à centralização, pelo Estado, da compra e venda, bem como casos de
sabotagem à ajuda mútua e ao movimento cooperativo. Devemos castigar os
kulaks que se dedicam à atividade subversiva. No entanto, a julgar pela situação
política e econômica geral do país, para acabar com os kulaks nós não
precisaremos realizar, de agora em diante, uma campanha especial semelhante
à da reforma agrária. Se a cooperativa camponesa de produção de uma dada
localidade se fortalecer rapidamente, será possível, futuramente, sob
determinadas condições, e com autorização dos camponeses, permitir ingressem
individualmente nas cooperativas — onde se reeducarão — os antigos kulaks que
hajam deixado de ser exploradores.
Nas condições concretas de nosso país, o rumo tomado por nós para a
construção do socialismo e os métodos dessa construção são acertados. Essa
verdade pode ser comprovada, ainda, pelo lado oposto — isto é: pela grita de
nossos inimigos e por manifestações da imprensa burguesa estrangeira.
O Povo chinês quer assegurar, por meio desse sistema político, o avanço do
país para o socialismo.
Todo importante negócio do Estado não é resolvido em nosso país por uma
só pessoa ou por um grupo de pessoas. Uma vez que o sistema das Assembléias
de Representantes de» Povo foi estabelecido como sistema político fundamental
de nosso país, todas as questões essenciais devem ser discutidas e resolvidas
pelas Assembléias de Representantes do Povo. As mais importantes questões de
cunho nacional são discutidas e decididas pela Assembléia Nacional de
Representantes do Povo da China, ou, no intervalo de suas sessões, por seu
Comitê Permanente; os problemas importantes de caráter local são discutidos e
resolvidos pelas Assembléias locais de Representantes do Povo. Assim, pois, as
Assembléias de Representantes do Povo são órgãos do poder estatal que podem
adotar decisões acerca de questões de importância e controlar sua execução.
O segundo parágrafo do art. 2 do Projeto de Constituição declara: "A
Assembléia Nacional de Representantes do Povo da China, as Assembléias locais
de Representantes do Povo, e outros órgãos do Estado, aplicam o sistema do
centralismo democrático".
"O Estado proíbe a quem quer que seja utilizar a propriedade privada
em detrimento dos interesses sociais".
Todo aquele que intentar fugir ao cumprimento desses deveres não poderá
deixar de ser condenado pela sociedade.
Nosso povo se esforça por empregar todas suas energias na defesa de nossa
pátria, na causa do fortalecimento incessante do regime democrático-popular;
esforça-se por tomar parte na grande obra da construção do socialismo. Isso é
natural, pois quanto mais poderosa for nossa pátria, quanto mais sólido for nosso
regime democrático-popular, mais progredirá a construção do socialismo e
melhor serão assegurados e ampliados os direitos e as liberdades das massas
populares.
4. Autonomia Nacional
Daí ser errônea a opinião de que, como a construção do socialismo não está
terminada, não se deve formular no "Preâmbulo" o objetivo de construir a
sociedade socialista. Entretanto, não há necessidade de se assinalarem nele —
paralelamente com o objetivo da construção da sociedade socialista — as
perspectivas que se apresentarão depois de constituída essa sociedade — isto é:
o objetivo da luta pelo comunismo.
IV — Conclusão
Estimados deputados:
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Inclusão 25/08/2011