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ESCOLA TÉCNICA DE GUAIANAZES

Alex Lopes Dos Santos Dias

Cesar Rodrigues da Rocha

Rafael Lopes Ferreira Ramos

Esportes de equilíbrio para o Slackline.

Nosso trabalho visa identificar se o


praticante de esportes que tenham como
principal característica o equilíbrio e tendo
um ano de prática ou mais, apresenta maior
facilidade para o aprendizado do Slackline
em relação ao indivíduo que nunca teve
vivência com práticas em esportes de
equilíbrio. O presente trabalho busca
comprovar que existe a transferência de
habilidades, a partir do que já vem sendo
dito em literatura, mas será que essas
experiências anteriores influenciam de fato
no aprendizado em relação ás pessoas que
nunca tiveram esse tipo de vivência em
esportes de equilíbrio?

Hipóteses: Através do nosso trabalho


iremos comprovar que uma experiência
anterior com esportes de equilíbrio facilita a
aprendizagem do Slackline, ou, através do
nosso trabalho iremos comprovar que uma
experiência anterior com esportes de
equilíbrio não interfere na aprendizagem do
Slackline.

Justificativa: Propomos mostrar com nosso


trabalho que a transferência de habilidade,
já discutida em artigos científicos, pode ser
mostrada do ponto de vista de um esporte
em ascensão que é o Slackline, com
informações já difundidas mundial e
tradicionalmente ao longo do tempo,
relacionadas ao equilíbrio, capacidade
muito importante no aspecto motor; E que
pode existir uma relação entre os
fundamentos dos esportes em geral, e se
organizados de forma coesa, podem
facilitar o aprendizado da grande maioria
dos esportes, utilizando-se de
conhecimentos adquiridos anteriormente.

Objetivo: O objetivo deste estudo é mostrar


que indivíduos que tenham uma
experiência anterior em algum esporte que
tenha como principal característica o
equilíbrio têm uma maior facilidade para o
aprendizado do esporte Slackline em
relação às pessoas que não tenham este
tipo de experiência anterior.

Metodologia: Na metodologia pretendemos


montar o Slackline em um ambiente aberto,
de preferência em algum parque de São
Paulo. Em seguida, criaremos dois grupos,
um que não tenha nenhum contato
frequente com esportes que tenham como
exigência o equilíbrio e outro grupo que
tenha contato frequente com atividades que
tenham essa exigência. Entendemos como
contato frequente pessoas que praticam
atividades que estejam presente o equilíbrio
ao menos duas vezes por semana, e
nenhum contato frequente pessoas que não
tenham sequer uma vez por semana essa
experiência. A partir disso, solicitaremos
aos grupos que tentem andar no Slackline
ou apenas se equilibrarem sem nenhum
auxílio, para isso daremos um tempo de 20
minutos para obterem essa vivência.
Iremos registrar o desenvolvimento dos
grupos com uma câmera digital e verificar
qual foi á evolução atingida pelos dois
grupos nesse período, a partir dos critérios
que iremos estabelecer de acordo com o
grau de dificuldade atingido por cada
indivíduo dos dois grupos. Por fim, iremos
analisar esses dados e compará-los
tentando comprovar através deles que
ocorreu uma transferência de habilidade
positiva nos indivíduos que já praticavam
esportes de equilíbrio, caso essa
transferência seja identificada.
Transferência de Aprendizagem

No livro “Aprendizagem Motora - Conceitos


e Aplicações”, o autor Richard A. Magill
explica o conceito de transferência de
aprendizagem, que se refere à influência de
experiências anteriores na aprendizagem,
no desempenho de uma nova habilidade ou
num novo contexto. Os tipos de
transferências relacionados a uma
experiência anterior pode facilitar, impedir
ou não ter efeito algum sobre as
transferências de aprendizagem. O
conceito de aprendizagem faz parte da
grade curricular em ambientes
educacionais e no desenvolvimento de
protocolos de treinamentos de reabilitação.
Temos citadas na literatura quatro tipos de
transferências, que serão explicados ao
longo dos parágrafos que seguem.

Segundo Magill (2000,p. 167), “a


transferência positiva ocorre quando a
experiência com uma habilidade ajuda ou
facilita o desempenho da habilidade em um
novo contexto ou na aprendizagem de uma
nova habilidade”;
Pesquisadores por muito tempo tentaram
propor hipóteses para explicar o porque a
transferência positiva acontece, e Maggil
(2000) explica as duas hipóteses mais
aceitas. Magill (2000, p.172) diz que
“quanto mais semelhantes forem os
componentes de duas situações de
habilidades ou de desempenho, maior será
a quantidade de transferência positiva entre
elas”.

A primeira hipótese propõe que a


transferência de aprendizagem ocorre
porque os componentes das habilidades ou
do contexto em que as habilidades são
desempenhadas são semelhantes. A outra
propõe que a transferência ocorre
basicamente por causa das semelhanças
entre quantidade e os tipos de processo de
aprendizagem exigidos. A abordagem mais
tradicional que explica a ocorrência da
transferência positiva afirma que ela ocorre
devido às semelhanças entre os
componentes de situações de habilidades
ou de desempenho. Em explicações mais
aprofundadas, há dois componentes muito
importantes da transferência positiva: o que
o individuo precisa para ser bem-sucedido
no desempenho da tarefa de transferências
e a semelhança entre essa atividade e a
atividade solicitada durante o treinamento.

Magill (2000, p.174) cita ainda Damos e


Wickens (1980), que fornecem evidências
de transferências resultantes da atuação de
atividades semelhantes em situações de
treinamento e teste. Embora ainda haja
muito que ser pesquisado sobre as causas
da transferência de aprendizagem,
podemos esperar que a quantidade de
transferência positiva aumente em função
das semelhanças.

Por outro lado, Magill (2000, p.175) define


que a transferência negativa “ocorre
quando um estímulo antigo solicita nova
mas semelhante” ou seja, ela ocorre
quando a experiência anterior como uma
habilidade interfere ou impede o
desempenho de uma nova habilidade ou
em um novo contexto. Maggil (1998) cita a
pesquisa de Annet e Sparrow, 1985;
Schmidt, 1987, para dizer que embora os
efeitos da transferência negativa sejam
raros na aprendizagem de habilidades
motoras, os profissionais precisam de certo
conhecimento do que pode contribuir para a
transferência negativa.
Magill (2000, p.176) cita também um
experimento feito por Summers (1975) que
ilustra os efeitos da transferência negativa.
Os efeitos da transferência negativa podem
ser produzidos, por exemplo, por
movimento novo a um estimulo familiar.
Quando a prática da habilidade é
excessiva, criam-se características
perceptivas, onde o sistema motor
responde a um estimulo familiar.

O que acontece com a transferência


negativa é como se fosse uma confusão
cognitiva, é quando o sistema nervoso está
habituado a responder estímulos com uma
maior frequência e de repente ele recebe
um estimulo parecido, porem a demanda
motora é diferente. Por exemplo, você tem
um celular há um ano, e nesse ano você
utiliza para mandar mensagens de SMS
com uma grande frequência, se você pegar
outro modelo de celular para mandar
mensagens de SMS, terá uma confusão
cognitiva ao digitar em um novo teclado.
Segundo Maggil (2000, p.176), “os efeitos
de transferência negativa podem ser
superados com a prática, e a quantidade de
prática necessária para superar essa
dificuldade, depende da pessoa e da
própria tarefa”.
Já a transferência neutra (ou zero), ocorre
quando a experiência anterior de uma
habilidade não tem efeito algum sobre uma
nova habilidade ou em um novo contexto.

Segundo Magill (2000, p.181), “O conceito


de transferência de aprendizagem integra a
grade curricular de ambientes
educacionais, bem como de protocolos de
treinamento de programas de reabilitação”,
ou seja, professores, treinadores e
fisioterapeutas deverão sistematizar as
habilidades que serão aprendidas pelos
alunos (ou pacientes), partindo de
habilidades fundamentais para as mais
habilidades complexas.

Equilíbrio – Conceitos

Segundo Thompson e Floyd (2002, p. 242),


“equilíbrio refere-se a um estado de
aceleração zero, em que não há alteração
na velocidade nem na direção do corpo”,
relacionado com o movimento humano. O
equilíbrio pode ser estático ou dinâmico, e a
capacidade que os controla é chamada de
compensação. Se o indivíduo estiver
completamente sem movimento, estará em
um equilíbrio estático. O equilíbrio dinâmico
acontece quando há um movimento com
velocidade ou direção onde não há
alteração. O controle de compensação para
manter o equilíbrio exige o máximo de
estabilidade, que é a resistência a qualquer
perturbação que o corpo possa sofrer. Para
aumentar a estabilidade de um corpo, é
preciso analisar seu centro de gravidade e
mudá-lo de acordo com a necessidade. “O
centro de gravidade é o ponto em que toda
a massa e peso do corpo está igualmente
balanceada ou igualmente distribuída em
todas as direções”, Thompson e Floyd
(2002, p. 242).

A capacidade física equilíbrio dentro da


postura humana segundo Shumway-Cook e
Woollacott (2003) diz que “A estabilidade
postural, ou equilíbrio, é portanto definida
como a capacidade de manter o centro de
massa (CDM) projetado dentro dos limites
da base de apoio (BDA), denominados
limites da estabilidade.” Dentro disto, o
equilíbrio é a situação onde dois corpos ou
um corpo e uma superfície consigam
manter seus centros de gravidade em
igualdade de condições para que eles ao
mesmo tempo se completem e se
repulsem, fazendo com que o número de
respostas destas duas ações se tornem
iguais, proporcionando assim o equilíbrio de
massa. Ainda dentro desse conceito, Alves
e Barela (2003) definiram equilíbrio que “De
acordo com bases mecânicas, o equilíbrio é
a condição em que cada resultante de
todas as forças que estão agindo sobre um
corpo é igual a zero”, entrando em
consenso no que diz respeito as forças
aplicadas ao objeto em relação a base e a
gravidade. Segundo Gallardo e Azevedo
(2007), “Os órgãos responsáveis pelo
equilíbrio são: os receptores táteis,
localizados na planta dos pés e na palma
das mãos, como também nas articulações e
órgãos internos do corpo; o sistema
auditivo; os órgãos labirínticos localizados
no ouvido médio e nos canais semi-
circulares do ouvido interno, que informam
a posição do corpo no espaço; e finalmente
as percepções visuais que fornecem
informações de orientação espacial, através
da localização de pontos de referência de
pontos de referência no meio ambiente.”,
mostrando que o equilíbrio é um conjunto
de ações do sistema nervoso central (SNC)
e os nossos sistemas sensoriais periféricos,
que mandam informações
ininterruptamente que são interpretadas
pelo SNC, promovendo respostas que
façam com que o corpo se mantenha em
equilíbrio mesmo diante das mais diversas
instabilidades que ocorrem ou que podem
ocorrer, o que é chamado de previsão de
instabilidade.

Geralmente, o equilíbrio é um estado


desejável, mas há momentos em que o
movimento é melhorado quando o corpo
está em alguma descompensação. A
seguir, alguns elementos de acordo com
Thompson e Floyd (2002, p. 242), voltados
ao aprimoramento da capacidade de
compensação, á maximização da
estabilidade e a conquista do equilíbrio:

Uma pessoa está estável quando seu


centro de gravidade se posiciona dentro de
sua base de apoio.

O equilíbrio é diretamente adequado ao


tamanho da base. Quanto maior a base de
apoio, maior o equilíbrio.

A estabilidade depende do peso (massa).


Quanto maior o peso, maior a estabilidade.

O equilíbrio depende da altura do centro de


gravidade. Quanto mais baixo o centro de
gravidade, maior o equilíbrio.

O equilíbrio depende da posição do centro


de gravidade em relação á base de apoio,
ao receber uma força iminente, a
estabilidade pode ser aumentada pelo
deslocamento do centro de gravidade para
o lado da base de apoio em que a força é
esperada.

Ao receber uma força iminente, a


estabilidade pode ser aumentada pelo
aumento do tamanho da base de apoio na
direção em que a força é esperada.

A rotação em torno de um eixo contribui


para o equilíbrio. É mais fácil equilibrar uma
bicicleta em movimento do que uma
bicicleta parada.

As funções fisiológicas cinestésicas


contribuem para o equilíbrio. O equilíbrio, a
estabilidade e a capacidade de
compensação são essenciais em todos os
movimentos.

Histórico do Slackline

Dizer quem inventou o Slackline é difícil


como o crédito de uma pessoa individual,
com sua criação. A verdade é que Slackline
é uma inovação em curso com as práticas
já populares do equilíbrio. A partir do feixe
de compensação de ginástica, a corda
bamba do circo, o equilíbrio tem sido uma
pequena parte da comunidade atlética.
Mas, recentemente, o Slackline explodiu
em popularidade e como mais e mais
pessoas estão tentando, e mais Slacklines
podem ser encontrados em parques de
cidades e etc...

Como, exatamente, essa atividade surgiu, e


que gerou o crescimento incrível nos
últimos anos? Yosemite Valley foi
descoberto pelo homem moderno em 1851
e se tornou um lugar sagrado. É dito por
alguns que o acampamento Quatro, uma
popular área de camping do parque, se
tornou o centro de desenvolvimento da
escalada em rocha no meio do século 20.
Foi neste lugar que o Slackline veio à
existência. Os habitantes do acampamento
Quatro podiam ser encontrados facilmente
andando em correntes de estacionamento,
corrimãos, e até mesmo cordas penduradas
entre as árvores. Em meados da década de
70 esse tipo de hobby tornou-se cada vez
mais popular, com figurões locais e
visitantes vistos tentando se equilibrar na
corda. Esta atividade parecia ter efeitos
positivos para aperfeiçoar o equilíbrio para
a escalada, e fortalecimento das pernas. O
caminhar na corda bamba tem sido
praticado em torno de muitos séculos, mas
este novo passatempo era diferente em
muitos aspectos.
A corda de escalada ficava solta e não tão
tensionada como o cabo de aço usado por
artistas de circo. Desta forma, foi
claramente mais um desafio. Logo, as
pessoas começaram a caminhar sobre fitas
planas, e este é o Slackline como é
conhecido hoje.

Alguns dos mais influentes Slackliners


atualmente aprenderam suas habilidades
em Yosemite.
Indivíduos, incluindo Adam Grosowski, Jeff
Ellington, Tucker Chongo, Balcom Scott
Carter e Darrin teve talvez a maior
influência sobre o esporte precoce do
Slackline. Adam e Jeff começaram a
praticar o equilíbrio entre as árvores altas
nos vales tranquilos de Yosemite no final
dos anos 1970, e introduziu muitas pessoas
para o esporte. Sendo muito habilidosos,
mesmo pelos padrões de hoje, conseguiam
fazer inúmeros truques, incluindo uma
rotina de malabarismos impressionantes,
enquanto os dois estavam na linha. Esses
truques são impressionantes, mesmo entre
Slackliners de hoje. Em 1983, Scott Balcom
e Chris Carpenter foram apresentados para
o esporte neste lugar, e logo trouxe de volta
com eles para Pasadena. Depois de muita
prática e planejamento, Scott, Chris e seu
mentor de escalada Chongo Tucker criaram
uma linha de baixo de uma ponte em
Pasadena, onde Scott andou o primeiro
highline da história do Slackline.

No Brasil, o Slackline foi bastante


desconhecido por muitos anos até virou
febre nas praias do Rio de Janeiro em
2010. Hoje em dia, a popularidade do
esporte espalhou pelo Brasil inteiro.

VARIAÇÕES DE SLACKLINE

“Waterline” (slackline sobre a água);


“Highline” (Slackline em grandes alturas,
como por exemplo, montanhas e pontes).

Precursores da fita: Adam Grosowsky e Jeff


Ellington inseriram a fita de nylon no
esporte.

Bibliografia
Clem W. Thompson e R.T. Floyd “Manual
de Cinesiologia Estrutural” 14ª edição.
Editora Manole, Ano 2002.

Anne Shumway-Cook e Marjorie H.


Woollacott “Controle Motor - Teoria e
Aplicações Práticas” Segunda Edição, Ano
2003.

Priscilla Augusta Monteiro Alves e José


Ângelo Barela, “Mecanismos de Controle
Durante a Manutenção da Postura Ereta
em Participantes de 4, 8 e 12 Anos e
Adultos.”, Ano 2003.

Jorge Sérgio Pérez Gallardo e Lúcio


Henrique Rezende Azevedo, “Fundamentos
Básicos da Ginástica Acrobática Esportiva”,
Ano 2007.

Richard A. Magill, “Aprendizagem Motora:


Conceitos e Aplicações”, 5ª edição, Ano
2007

Dimitri Wuo Pereira e João Marcelo


Maschião, “Primeiros passos no slackline”,
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos
Aires, Ano 17, nº 169, Junho de 2012.

Gibbon Slacklines: O que é Slackline?


http://www.gibbonslacklines.com.br/sobre1.
html

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