RESULTADOS:

A partir dos dados de tempo, deformação e força coletados pela máquina de ensaio
durante o ensaio de fluência um gráfico de deformação em função do tempo foi plotado
pelo software de aquisição de dados e é aqui reproduzido:

Neste gráfico é possível discernir claramente os estágios em que a fluência é

separada. O intuito dos cálculos aqui apresentados será calcular a taxa média de fluência
do estágio estacionário do ensaio de fluência. Isso será realizado através da derivada da
deformação em relação ao tempo, em outras palavras, através da inclinação do gráfico
durante o estágio secundário.
Através dos dados numéricos coletados pela máquina, foi possível escolher um
intervalo de tempo em que o comportamento do gráfico fosse aproximadamente linear e
plotar um gráfico somente deste intervalo com o uso do programa SciDavis. A partir deste
intervalo e, usando o mesmo programa, foi ajustada uma curva linear para o intervalo. O
coeficiente angular dessa curva linear é, aproximadamente, o mesmo coeficiente da curva
aproximadamente linear do ensaio.
O gráfico com a curva do ensaio e o ajuste linear é apresentado abaixo:
 O intervalo escolhido foi de 0,0817 hora e 0,5032 hora, o coeficiente angular
encontrado foi de:
Épsilon ponto = 0,01836 h^-1
DISCUSSÃO:
É importante ressaltar que a máquina usada para o ensaio de fluência relatado
neste trabalho não é uma máquina projetada para tal, assim, seu controle de temperatura,
como constado pelo termopar ligado à máquina de ensaio, não é tão preciso como deveria
ser. Isso altera grandemente os resultados do ensaio, tornando-o impreciso,
Outro ponto a ser ressaltado foi o aumento da temperatura durante o ensaio para
acelerar o ensaio. Esse aumento foi realizado afim de forçar a peça a entrar no estágio
terciário onde já é apresentado pelo material um comportamento visco-elástico. Como o
ensaio realizado possui fins didáticos, esse aumento de temperatura não implica em
muitos problemas. Entretanto, rigorosamente, isso não poderia ocorrer. Num ensaio
realizado em condições normais, o intervalo de tempo em que a deformação é linear seria
muito maior, o que implica num volume muito maior de dados para o cálculo da taxa e,
portanto, uma maior precisão.
CONCLUSÃO:
O ensaio de fluência é uma poderosa e simples ferramenta na indústria de
materiais. Através dele e a correta aplicação das técnicas necessárias, como o parâmetro
de Larson-Miller, é possível antecipar com precisão e segurança o tempo de vida de um
componente qualquer submetido a esforços sob as condições de temperaturas elevadas.
 Grande parte das máquinas utilizadas pela sociedade hoje em dia são máquinas
térmicas, usadas diariamente e intensamente, como carros, aviões, turbinas, fornos e
outros. Grande parte dessas máquinas falhariam com frequência resultando em acidentes
graves e prejuízos enormes caso o ensaio de fluência e a correta determinação do tempo
de vida dos componentes não fossem utilizados na indústria.