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À medida que a pólvora da carga de projeção vai sendo queimada, é convertida em gases os
quais exercem pressão contra as paredes do cano, com força igual em todas as direções. Esta força
obriga o projetil a se mover dentro do cano e os gases a acompanharem o projetil empurrando-o no
sentido contrário da culatra. A pressão exercida sobre a parte anterior da culatra dá origem ao
retrocesso da arma durante o tiro. O recuo da arma começa no exato momento em que o projetil
começa a se mover dentro do cano, porque ele é produzido pela mesma força que movimenta o
projetil e os gases. O recuo da arma durante o tiro constitui uma excelente demonstração do
princípio básico de que a toda ação corresponde uma reação igual e contrária. Com efeito seria
impossível impelir o projetil numa determinada direção sem simultaneamente projetar na direção
oposta aos gases, o mecanismo da culatra, o cano, ou algum outro objeto. Os gases em expansão
procurarão qualquer passagem ao longo do cano para sair. Vantagem pode ser tirada dessa
compressão dos gases obrigando-os a passar por um evento existente no cano e operar um
mecanismo por meio de um êmbolo.
A estabilidade é problema de conservar uma arma apontada para um objetivo durante o tiro, a
despeito dos choques e deslocamentos produzidos por este. Embora a pressão do gás dure apenas
alguns milésimos de segundo, ela exerce vários milhares de libras de pressão. A aplicação desta
grande força tende a levantar a arma e a chocar a coronha com o ombro do atirador. Por esta razão o
fuzil estaria em melhores condições de ficar apontado para o objetivo se a coronha fosse construída
mais próxima e no alinhamento do cano. Infelizmente, devido a anatomia do ser humano, elevando-
se a coronha ter-se-ia que elevar a vista uma distância correspondente. O movimento da arma
durante o tiro é conhecido como retrocesso. Qualquer alteração na direção do cano da arma entre o
instante que o gatilho é acionado e o instante em que o projetil deixa a arma resultará numa
alteração da pontaria e mudança da direção em que é lançado o projetil resultando disso imprecisão
do tiro.
As mesmas condições existem para o caso da arma montada em tripé. As condições de
fabricação consideradas desejáveis para permitir o retrocesso menor possível são obtidas fazendo-se
a perna anterior do tripé bem pequena e a da retaguarda tão comprida quanto possível, bem como na
colocação da arma mais próxima do chão.
Estas mesmas considerações são aplicáveis na construção dos reparos das armas automáticas.
Neste caso, o efeito repetido do tiro um após outro pode ser suficiente para deslocar o reparo e
produzir um disparo impreciso ou levantar a parte anterior do reparo.
Na alta velocidade com que as armas automáticas funcionam, as forças produzidas dentro
delas pela operação do mecanismo são muito grandes e podem causar o deslocamento do reparo.
Por isso, comumente costuma-se usar adaptadores ou amortecedor do recuo entre a arma e o reparo.
Para pequenas velocidades do projetil, pequena cadência de tiro e pouco peso da arma pode-se
assegurar que a principal força de retração é a da pólvora em combustão. Neste caso tem-se achado
possível montar a arma sobre uma mola fraca ou um adaptador leve, de modo que possa deslizar
sob a ação das forças. Este método reduz a grandeza das forças no reparo, mas usualmente requer
uma longa distância de recuo e resulta no disparo da arma sem firmeza sobre a roda. Enquanto está
atirando, o reparo está constantemente sendo forçado na direção do recuo, mas as forças são
grandemente reduzidas. Neste tipo de adaptador, a força da mola é da mesma grandeza do peso da
arma e o mecanismo deve constantemente incluir algumas adaptações para fazer a ação de absorção
do recuo operar o mesmo em todos os ângulos de elevação, a despeito do peso aumentado da arma.
Dificuldades podem ser encontradas na alimentação da arma, por causa do grande intervalo de
movimento da arma durante o tiro. A Mtr 7,62 M971 “MAG” possui um reparo, exemplo de
emprego de amortecedor.
À medida que a cadência de tiro e o peso da arma aumentam, é desejável o emprego de um
amortecedor com mola bastante forte ou um adaptador resistente. Este tipo se torna necessário por
causa da importância crescente das forças de retração produzidas pelo próprio mecanismo da arma.
Este tipo de adaptador produzirá, em regra, forças maiores no reparo do que o tipo previamente
descrito, mas ele abrandará as forças transmitidas ao reparo, de modo que a arma ficará apontada na
direção original e fará o tiro preciso.
4. CURVA DE PRESSÃO
Após o propelente ter sido inflamado pela cápsula, são formados gases da pólvora
incandescente e a pressão dentro do cartucho cresce muito rapidamente. Num período muito
pequeno de tempo, a pressão interna é grande, bastante para empurrar o projetil para a frente. No
início deste movimento, o projetil atinge o começo do raiamento e deve ser forçado neste raiamento
antes de passar no cano. Este forçamento requer alguma energia e, por isso, há um pequeno retardo
no movimento do projetil enquanto este está sendo engrazado.
O engrazamento se realiza a uma pressão relativamente baixa, mas a pressão dos gases
continua a crescer à medida que mais pólvora se queima e fornece mais gases para empurrar o
projetil dentro do cano.
À medida que a pólvora continua a queimar, a pressão continua a subir. Este aumento torna-se
mais rápido com o acréscimo da pressão e temperatura em torno do propelente incandescente.
Quando o projetil se move no cano, o espaço dentro do qual estão confinados os gases aumenta e a
pressão tenderia a cair se não fosse pelo fato de que com pólvoras progressivas a proporção do
aumento da pressão sobrepõe esta tendência. Após o trajeto de algumas polegadas, é atingido o
ponto de pressão máxima, e a pressão começa a cair, como é mostrado na figura.
Se todos os grãos do propelente queimassem uniformemente, a pólvora já estaria
completamente queimada pouco depois de ter sido passado o ponto de pressão máxima e o restante
do movimento do projetil no cano seria causado pela expansão dos gases.
Enquanto a pólvora está queimando, a temperatura no cano poderá atingir 2500 ou 3000 ºF e a
pressão máxima ser de até 60.000 lb/pol2. Esta pressão e temperatura vão caindo, de modo que, na
ocasião em que o projetil atinge a boca, a pressão é de somente 5.000 ou 10.000 lb/pol2 e a
temperatura dos gases caiu bastante.
É possível converter-se cerca de 30% da energia da pólvora, para o movimento do projetil.
Uma larga proporção dos 70% remanescentes está contida na energia dos gases quentes e outra
grande porção está na quantidade de pólvora não queimada lançada fora da boca. Cerca de 30% é
perdida no aquecimento do cano.
5. PRINCÍPIOS MOTORES
É, mais ou menos, na aplicação deste mesmo princípio que repousava, pela sua parte, a arma
que o oficial italiano Revelli imaginou em 1905, em decênio, portanto, antes do invento do
comandante Blish.
Outro inconveniente das armas de culatra desaferrolhada está em exigirem elas o emprego de
munição que satisfaça a determinadas condições especiais de organização. O estojo, por exemplo,
deve ser particularmente resistente, e, ademais, não pode ser senão de forma cilíndrica. É necessário
que ele seja particularmente resistente (sobretudo no culote) porque desde o primeiro tempo do
recuo, isto é, num momento em que as pressões em seu interior são ainda fortes, já a parte posterior
de seu corpo cilíndrico entra a perder o contato com as paredes da câmara, durante o seu movimento
retrógrado. Se o estojo apresentasse a forma troncônica, desprender-se-ia imediatamente das
paredes da câmara, e isto ocasionaria a fuga de gases para a retaguarda.
FUNCIONAMENTO:
1º tempo – O cano e a culatra, que lhe está aferrolhada, recuam conjuntamente, comprimindo,
aquele, a sua mola recuperadora P, chamada também mola de recuo, e, essa, a sua mola
recuperadora R, denominada igualmente de mola de fechamento. Em seguida, produz-se o
destrancamento e o cano é detido pelo encontro dos batentes B e b.
2º tempo – Impelido pela mola de recuo P, o cano volta à posição normal, enquanto a culatra
continua a recuar sozinha, em virtude da velocidade adquirida e das pressões que se exercem ainda
no interior do estojo, acabando de comprimir a mola recuperadora R. Durante esse tempo, operam-
se a extração, a ejeção e a montagem do dispositivo de percussão.
3º tempo – Impelida pela sua mola recuperadora R, a culatra avança, até tomar contato com a
parte posterior do cano, dando-se, então, a introdução de um cartucho na câmara, o fechamento, e,
se a arma estiver organizada para o tiro contínuo, a percussão. É escusado advertir que o
funcionamento das duas peças, cano e culatra, pode efetuar-se de maneira diferente da que aí fica
estabelecida. Armas há, por exemplo, que não dispõem da mola de recuo P. Nestas armas, é a
própria culatra que reconduz o cano à posição normal, quando é levada à frente, pela sua mola
recuperadora R. Está neste caso a pistola Parabellum.
5.1. 2 .2 – Armas de longo recuo do cano
Estas armas nada mais são do que simples aperfeiçoamento das armas de curto recuo do cano.
A diferença que há entre umas e outras consiste apenas em se fazer a obturação; nas de curto recuo
em piores condições que nas de longo recuo, e isto porque , nestas, o cano fica ligado à culatra até o
fim do movimento retrógrado desta mesma peça.
ORGANIZAÇÃO – O cano A está aferrolhado à culatra G. Em cada uma destas duas peças
pode atuar uma mola recuperadora especial (R para a culatra e P para o cano), tendo o seu ponto de
apoio fixo na caixa do mecanismo M.
A culatra tem um entalhe de disparo K que, quando essa peça se encontra à retaguarda, pode
prender-se ao dente do gatilho T. A retenção da culatra e o abaixamento do dente do gatilho são
regulados pelo ressalto S, do cano, por meio de uma combinação de alavancas e de molas.
FUNCIONAMENTO:
1º tempo – O cano e a culatra, que lhe está aferrolhada, recuam conjuntamente, comprimindo
cada uma a sua mola recuperadora. Por outro lado, o dente do gatilho T levanta-se e a culatra vem
prender-se a ele, pelo entalho de disparo K.
2º tempo – O cano desprende-se da culatra e, impelido pela mola de recuo P, avança,
realizando-se no curso desse movimento a extração e ejeção e a abertura da arma. Ao chegar à
posição inicial, o ressalto S do cano atua no jogo de alavancas, e, fazendo com que se abaixe o
dente do gatilho, liberta a culatra.
3º tempo – Impelida pela sua mola R, a culatra é levada para a frente, até tomar contato com a
parte posterior do cano, efetuando-se nesse movimento a introdução de um cartucho na câmara, o
fechamento, o trancamento, e, se a arma estiver organizada para o tiro contínuo, a percussão.
5.1. 2 .2.1 – Vantagens e inconvenientes das armas de culatra aferrolhada – Uma das
vantagens que, para logo, nos deparam as armas de culatra aferrolhada (de curto recuo, e de longo
recuo do cano), cotejadas com as de culatra desaferrolhada, está na maior segurança de sua
obturação. E a causa precípua dessa maior segurança de obturação é óbvia. É que, enquanto em
semelhantes armas, poder-se-á , por cálculo e por experiências sucessivas, regular a abertura da
culatra, de maneira tal que esta se não separe do cano senão quando o projetil já o tenha
abandonado completamente, outro tanto já se não dá com as de culatra desaferrolhada.
Mas uma vantagem que se observa nas armas da categoria em apreço, resultante ainda da
demora de separação do cano e da culatra, está em permanecer constante, nelas, o regime de
desenvolvimento das pressões do cano, pois daí resulta, não só grande regularidade de
funcionamento, como também integral aproveitamento das qualidades balísticas destas mesmas
armas.
Há ainda uma vantagem das armas de culatra aferrolhada em relação às de culatra
desaferrolhada. E esta vantagem está em ser muito superior a destas, a massa que dispõem para
vencer, durante o funcionamento, as resistências passivas suplementares, tais como as decorrentes
de má conservação da arma. Efetivamente, enquanto as armas de culatra desaferrolhada não
constam, para vencer estas resistências, senão com a própria culatra, dispõem as primeiras, para o
mesmo fim, da massa relativamente importante formada pelo conjunto cano-culatra, se se trata de
armas de curto recuo, ou culatra-caixeta-cano, em se tratando de armas de longo recuo do cano.
Das razões precedentemente expostas, deduzimos também, sem dificuldades alguma, a
superioridade das armas de longo recuo, em relação às de curto recuo do cano, quando consideradas
as duas variedades do ponto de vista da maior facilidade de uma e de outras em vencer as
resistências passivas suplementares, e, portanto, do ponto de vista da regularidade de
funcionamento.
Agora, os inconvenientes:
Um dos que, desde logo, nos apresentam as armas de culatra aferrolhada, de longo ou de curto
recuo do cano, está na possibilidade de se aquecerem consideravelmente, durante o tiro, caso não
tenham sido lubrificadas como devem ser, ou caso não se lhes possam refrigerar o cano na ocasião
devida. Esta foi, aliás, uma dificuldade que, em particular, muito perturbou os alemães, no emprego
das metralhadoras leves Maxim 06-15.
Outro inconveniente: limitação da velocidade de funcionamento, atendendo a que o conjunto
móvel é tanto mais moroso, quanto maior é a massa desse conjunto. Assim é que, com o fuzil
metralhador francês modelo 1915, que pertence à variedade das armas de longo recuo do cano, a
velocidade de funcionamento é limitada a 240 disparos por minuto, ao passo que nas armas
organizadas conforme princípios motores diferentes, esta velocidade pode ir a mais de 600 disparos
por minuto.
De todas elas, as mais numerosas são as da primeira categoria; e, em todas elas, o cano é fixo.
(A cabeça do êmbolo pode achar-se igualmente adiante do evento; e, neste caso, o ponto de
apoio fixo e o sentido da distensão da mola recuperadora são outros).
5.2.1.2 FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, a culatra, que está ligada ao cano, não se pode
deslocar imediatamente. Mas, logo que o projetil tenha ultrapassado o evento, uma parte dos gases,
atravessando-o, penetra no cilindro de gases e, atuando na cabeça do êmbolo, este se projeta
vivamente para a retaguarda, produzindo o destrancamento da culatra e levando-a consigo até o fim
do seu retrocesso. Durante esse movimento, realizam-se a extração, a ejeção, a montagem do
dispositivo de percussão e a compressão da mola recuperadora. (Quando a cabeça do êmbolo é
colocada adiante do evento, o movimento do êmbolo efetua-se em sentido contrário ao que fica
exposto).
2º tempo – Repelido pela mola recuperadora, o êmbolo avança (ou recua, se a cabeça é
adiante do evento), produzindo-se, então, a entrada de um cartucho na câmara, o trancamento e , se
a arma estiver organizada para o tiro contínuo, a percussão.
5.2.2.3 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, e assim que o projetil transpõe a boca do cano, os
gases invadem a copela G e projetam-na para a frente, resultando daí, em virtude do giro da
alavanca BC, em torno do ponto D, a abertura da culatra, e, ao mesmo tempo, a compressão da
mola recuperadora R
2º tempo – A distensão da mola recuperadora R reconduz todas as peças aos seus lugares.
(As operações realizadas durante cada tempo destes são idênticas às que se realizam nos
tempos correspondentes da metralhadora modelo 1907, ou de Saintetienne).
5.2.3.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, uma parte dos gases, passando pelo evento, vem
atuar na cápsula, e a projeta para a retaguarda; a cápsula comunica este movimento ao percursor,
que, pela sua parte, recuando, provoca o destrancamento da culatra e a sua propulsão para trás,
cabendo a este, então, a realização das diferentes funções da arma.
2º tempo – A mola recuperadora R, que fora comprimida durante o primeiro tempo, distende-
se no segundo, efetuando o fechamento da culatra.
5..2.3.3 – VANTAGENS E INCONVENIENTES: As armas que funcionam por tomada de
gases na câmara, não podem apresentar a menor vantagem, senão os mais sérios inconvenientes.
Em primeiro lugar, não se compreende que se provoque ou que se procure a fuga de gases
para a retaguarda, quando em todas as armas conhecidas há o maior cuidado em se evitar esta
mesma fuga, pois é ela, com freqüência, a causa de acidentes graves.
Outrossim, como a cápsula, em virtude de não ser
mantida por uma peça fixa, é posta em movimento pelos gases, cujas pressões se exercem de modo
mais ou menos regular sobre os seus diversos pontos, ela pode girar, e ocasionar, assim, fugas de
gases para trás, fugas estas tanto mais perigosas quanto é certo que se produziriam com extrema
violência. Para que a cápsula não girasse, mister seria que tivesse muita espessura, de forma que se
pudesse comportar em seu alojamento, tal qual um êmbolo em um corpo de bomba.
Ainda mais, a quantidade de gases que deve atuar na cápsula é regulada pelas dimensões do
evento. Ora, estas são excessivamente pequenas; por conseqüência, qualquer defeito de fabricação
toma, para logo, uma importância sobremaneira considerável.
Atendendo, finalmente, a que a onda explosiva dos gases, no culote de um estojo, não se
propaga com a regularidade que se faz mister para que a um êmbolo de reduzida superfície, como é
a de uma cápsula, se imprimam velocidades de deslocamentos sempre comparáveis, torna-se, por
isso, muito aleatório o funcionamento de uma arma deste gênero.
5.3.1 – ORGANIZAÇÃO – Nas armas que funcionam por forçamento do projetil no cano, a
culatra é substituída por uma peça de fechamento fixa C, que faz corpo com a caixa do mecanismo
M. O cano A, que é móvel, mantém-se em contato com a peça de fechamento, graças à pressão da
mola recuperadora R, que tem o seu ponto de apoio fixo em P, da caixa do mecanismo.
5.3.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Quando o projetil começa a progressão, arrasta o cano em seu movimento para a
frente, fazendo com que se comprima a mola recuperadora R. O estojo, que fica retido pela garra do
extrator de encontro à peça de fechamento C, é extraído e ejetado.
2º tempo – A distensão da mola recuperadora R reconduz o cano à sua posição normal, isto é,
para a retaguarda, vindo a câmara encamisar ou cobrir o novo cartucho transportado pelo
mecanismo de alimentação, e fechar-se, em seguida, de encontro à peça fixa C.
5.3.3 – VANTAGENS E INCONVENIENTES – As armas que funcionam por forçamento da
munição no cano apresentam esta grande vantagem: supressão quase completa da culatra, que é
reduzida a um bloco fixo de fechamento e, como corolário, diminuição do comprimento total da
arma, que fica sendo sempre inferior ao de qualquer outra arma que funcione segundos outros
princípios.
Oferecem, além desta, a vantagem de grande segurança para o atirador, que não pode temer a
projeção da culatra para trás, pois a peça de fechamento é fixa.
Agora, os inconvenientes.
Em primeiro lugar, a ejeção, nas armas pertencentes ao grupo a que nos estamos referindo,
deve ser organizada de maneira toda especial.
A introdução do cartucho na câmara, levando em conta que o cartucho é que fica fixo e a
câmara é que o vem cobrir, funciona com grande irregularidade.
Finalmente, encontram-se nelas todos os inconvenientes particulares às armas de culatra
desaferrolhada.
5.4.1 – ORGANIZAÇÃO – O cano A é fixo, e a culatra C lhe está ligada por um dispositivo
especial de trancamento. Sobre a culatra encontra-se a luva BD, susceptível de se deslocar
horizontalmente, deslizando nas corrediças, ou ranhuras-guias XY, abertas na caixa do mecanismo
M. A mola P, que se apoia no respaldo F, da caixa do mecanismo, mantém a luva em uma posição
determinada.
5.4.2 – FUNCIONAMENTO:
1º tempo – Uma vez realizado o disparo, toda a arma recua, excetuando a luva, que se mantém
em seu lugar, por inércia, comprimindo a mola P, de encontro ao respaldo F.
2º tempo – A mola P arremessa a luva para a retaguarda, e esta, vencendo as restantes peças
em velocidade, em seu comum movimento de recuo, destranca a culatra e a arrasta consigo,
determinando a extração, a ejeção e a compressão da mola R, até o momento em que se choca no
batente H.
3º tempo – A mola R, distendendo-se, reconduz todas as peças aos seus lugares.
7. CLASSIFICAÇÃO
Para fins de estudo, o armamento leve é classificado, segundo suas características principais,
em diferentes grupos. Assim temos que:
7.1 – QUANTO AO TIPO
O armamento pode ser:
7.1.1 – De porte: quando pelo seu pouco peso e dimensões reduzidas pode ser conduzido em
um coldre.
7.1.2 – Portátil: quando apesar de possuir um peso relativo, pode ser conduzido por um só
homem, sendo, para facilidade e comodidade de transporte, dotado de uma bandoleira.
7.1.3 – Não portátil: quando, por seu grande volume e peso, só pode ser conduzido em
viaturas ou dividido em fardos, para serem transportados por vários homens.
7.2 – QUANTO AO EMPREGO:
Pode ser:
7.2.1 – Individual: quando se destina à proteção daquele que o conduz.
7.2.2 – Coletivo: quando se destina a ser utilizado em benefício de um grupo de homens ou
fração de tropa.
7.3 – QUANTO AO FUNCIONAMENTO
7.3.1 - De repetição: são aquelas em que o princípio motor é a força muscular do atirador,
decorrendo daí a necessidade de se repetir a ação para cada disparo.
7.3.2 – Semi-automática: são aquelas que realizam automaticamente todas as operações de
funcionamento com exceção do desengatilhamento, disparo e percussão.
7.3.3 – Automática: são aquelas que realizam automaticamente todas as operações de
funcionamento.
7.4 – QUANTO AO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
7.4. 1 – Armas que utilizam a força muscular do atirador.
7.4.2 – Armas que utilizam as pressões dos gases resultantes da queima da carga de projeção.
7.4.2.1 – Ação dos gases sobre o êmbolo;
7.4.2.2 – Ação dos gases sobre o ferrolho;
7.4.2.3 – Recuo do cano;
7.4.2.3.1- Longo recuo
7.4.2.3.2 - Curto recuo
7.4.3 – armas que utilizam a ação muscular do atirador, combinada com a ação de uma
corrente elétrica sobre uma estopilha.