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1. Introdução
Ainda será objecto deste trabalho dar um pequeno enfoque sobre Administração ética
dos bens públicos, apresentando uma linha jurídica da natureza originária dos ilícitos
cometidos perante uma administração de bens estatais.
Segundo HAAS (2010), ética é tão requisitada em nosso dia-a-dia para julgar as pessoas
no meio em que estão inseridas, não é muito claro para a maioria. É comum o dizer de
que alguém é ou não ético ao agir de determinada forma, mas poucas pessoas
conseguem definir o que é ética.
Ética é a ciência de bens, costumes e remete-nos aos direitos e deveres dos indivíduos
da sociedade preocupando-se com o que deve ser em termos de conduta e práticas,
(MAZULA, 2005:19).
Todo ser ético é sujeito moral, para sermos éticos precisamos ter consciência e
responsabilidade sobre os nossos actos, precisamos agir conforme a nossa razão de
forma activa e sem se deixar levar pelos impulsos ou opinião dos outros (CHAUÍ,
2004).
2.2. Moral
Segundo KANT (1734) Moral é o conjunto das regras ou normas de conduta admitidas
por uma sociedade ou por um grupo de homens em determinada época. Assim, o
homem moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgride as
regras do grupo.
Como sabemos, as práticas positivas de um código moral são importantes para que
possamos viver em sociedade, fato que fortalece cada vez mais a coesão dos laços que
garantem a solidariedade social.
O mesmo autor acrescenta que o indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas
as actividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e
pelo seu grupo de trabalho.
Serviço Público, em sentido amplo, como sendo todo aquele serviço prestado pela
Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer
necessidades essenciais ou secundárias da colectividade, ou simples conveniências do
Estado (MEIRELES, 1997)
E na administração pública juntamente com os bens públicos não seria diferente. Diante
do meio de utilização dos interesses à busca do interesse público, no gozo e uso dos
poderes que são atribuídos aos agentes públicos para alcançar esses fins, podem os
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mesmos ultrapassar os limites legais e se cometer abusos e ilegalidades. Por tal razão,
tornam-se necessários a fiscalização e controle dos actos Administração Pública, para
que a sociedade não venha a ser a principal afectada. Para tal, a implementação da ética
na gestão ou administração pública é necessário a conscientização da sociedade como
um todo, de modo que todos os cidadãos passem a actuar concretamente na fiscalização
e cobrança de uma governação eficaz e moralmente correcta. (MARIA,2000)
Bens públicos são todos aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de Direito Publico,
isto é, Províncias, Municípios, e Distritos, que estejam afectos à prestação de um
serviço publico.
Em conformidade com o disposto na alínea f do atrigo 23 do Decreto 3/2007 de 9 de
agosto, Lei do património, Bens de domínio Publico são conjunto de bens da
propriedade do Estado, impenhoráveis e imprescindíveis.
4.2.Práticas ilícitas
De acordo com o preceituado no artigo 72 do Decreto 3/2007 de 9 de agosto, São
consideradas práticas ilícitas na Administração dos bens de domínio do Estado ou
simplesmente património do Estado o seguinte:
Prática corrupta: oferecer, aceitar ou solicitar, directa ou indirectamente, bens
patrimoniais ou outros, de modo a omitir um determinado dado ou a prática de
determinado acto em benefício próprio ou de outrem;
Prática fraudulenta: viciar ou omitir intencionalmente dados que constem ou que
deviam constar como património do Estado com o fito de tirar algum proveito para si
próprio ou para terceiro;
Prática de colusão: combinação entre agentes da Administração Pública e/ou terceiros,
tendente a deturpar a informação sobre o património do Estado, visando prejudicar os
interesses deste;
Prática de coacção: ameaçar os agentes da Administração Pública encarregues pela
gestão do património do Estado, a inserir ou ocultar dados, com vista a tirar vantagens
patrimoniais, políticas ou outras, em prejuízo dos interesses do Estado.
No entanto, a prática dos actos acima descritos é passível, nos termos da legislação
aplicável, de instauração do competente procedimento disciplinar, sem prejuízo do
respectivo processo criminal.
5. Conclusão
Após ter-se discorrido acerca do tema proposto, ficou claro que a gestão pública deve
estar fundada nos princípios éticos e constitucionais que regem a Administração
Pública, ficando os agentes públicos, sujeitos ao controle administrativo, judicial e
social em todas as suas decisões e actividades administrativas desenvolvidas no âmbito
público. No entanto tais actividades não desrespeitem as finalidades do Estado a
Administração Pública se submete às normas constitucionais e às leis especiais. Todo
esse adorno de normas objectivas a um comportamento ético e moral por parte de todos
os agentes públicos que servem ao Estado.
6. Referências bibliográficas