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12" VF
PODERJUDICIARIO DA UNIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
l 2 a VARA
DECISÃO
em razão da suposta prática das condutas tipificadas no artigo 288 do Código Penal,
artigo 1° da Lei 9.613/98, artigo 2°, §4°, II, da Lei nr. 12.850/2013, artigo 90 da Lei
8.666/93, artigo 31 7 c/c o §1°, do Código Penal; artigo 333 c/c o §1°, do Código Penal,
descrição das condutas. Afirma que a denúncia imputa ao acusado o crime de lavagem de
dinheiro sem, contudo, narrar os fatos alusivos à conduta imputada. Alega a inexistência
preliminar de ausência de justa causa para o crime de organização criminosa visto que a
o Ministério Público Federal imputou os crimes de corrupção ativa e fraude à licitação com
base em uma mesma conduta. Alega a ausência de descrição do crime de corrupção ativa
descrição das condutas. Alega deficiência na narrativa fatica apresentada pelo Ministério
Público quanto aos crimes imputados ao acusado. Refere, quanto ao crime de lavagem de
dinheiro, que a denúncia não apresenta qualquer elemento corroborativo das declarações
92/2-v).
que é servidora concursada há mais de 20 anos. Alega não ser possível conferir validade
Federal atribuiu ao acusado de forma genérica o crime de fraude à licitação sem atentar
momento afirmou que a Andrade Cutierrez teria feito o pagamento de metade da suposta
propina enquanto a Via Engenharia teria arcado com a outra parte. Num segundo
leniente teria informado local distinto da residência do acusado. Alega que as planilhas
dia das mães, que não se trata de vantagem indevida, mas de um serviço prestado
configura dano ao erário e tampouco configura fato típico. Alega a inexistência dos
acusado na suposta fraude ao contrato. Afirma que o acusado foi nomeado para a
presidência da NOVACAP quando 65% das obras já estavam prontas. Aduz que a acusação
que o Ministério Público não indicou a forma de relação do acusado com os demais
dinheiro, que ainda que se considere o recebimento dos valores oriundos da VIA
Engenharia, tal fato configuraria apenas meio de recepção de vantagens indevidas, e não
um meio de dar aparência lícita a valores ilícitos. A defesa arrolou testemunhas (fl. 1 38)
7. É o relato necessário.
FUNDAMENTO E DECIDO
visa o transcurso de mais de OS(oito) anos entre a data dos fatos (Concorrência
a sua configuração.
*(,..)
2. Nos termos da jurisprudência deste Sodalício, "diversamente do que ocorre
com o delito previsto no art. 89 da Lei n. 8.666/1993, o art. 90 desta lei não
cumpriu a sua finalidade, tanto que o processo chegou ao seu fim natural.
Inepta seria a peça cujo vício de narrativa fosse tão grave que impossibilitasse
havendo prova alguma de que teriam praticado o fato induzidos pelo parecer
2622-1 1.2011.4.01.3813).
não há que se falar em prescrição quanto ao crime acima referido porquanto, por ocupar
com o disposto nos artigos l 09, inciso IV e 117, inciso l do Código Penal e artigo 61
no artigo 514 do CPP, ressente-se de amparo legal. Isso porque a defesa preliminar
inquérito policial (Súmula 330/STJ). Ademais, a nulidade daí advinda seria meramente
oferecimento da denúncia, como se verifica na hipótese dos autos (art. 397, CPP).
modo objetivo e claro de forma a viabilizar a ampla defesa e o contraditório. É certo que
dos envolvidos, o que deverá ser comprovado no curso da instrução criminal: "Admite-se
a denúncia geral, em casos de crimes com vários agentes e condutas ou que, por sua
própria natureza, devem ser praticados em concurso, quando não se puder, de pronto,
desde que os fatos narrados estejam suficientemente claros para garantir o amplo
29/10/2007).
recebimento da denúncia. Nesse sentido, registro "No exame das condições da ação e/ou
da justa causa para o exercício da ação criminal, não se mostra imprescindível a obtenção
18. Ainda que assim não fosse, na linha do julgado proferido nos autos
colhidos em colaboração premiada não é prova por si só eficaz, tanto que descabe
condenação lastreada exclusivamente neles, nos termos do art. 4°, § 16, da Lei
12.850/2013. São suficientes, todavia, como indício de autoria para fins de recebimento
da denúncia (Inq 3.983, Rei. Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, DJe de 12.05.2016)."
criminosa, deverá ser realizada por ocasião da prolação da sentença, não sendo este o
absolvição sumária (artigo 397 do Código de Processo Penal). As defesas não trouxeram
denúncia.
Comes Silva Filho, Fabrício Souza Baptista, Murilo Santos e Silva e Vanusa da Silva Pinto.
Rodrigo Ferreira Lopes, Rodrigo Leite Vieira e Gustavo Rocha Alves de Oliveira.
Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto Primo, Flavio Gomes Machado Filho, Carlos José de Souza,
Roberto Xavier de Castro Júnior, Ricardo Curti Júnior, Eduardo Alcides Zanelatto, João
Marcos de Almeida da Fonseca, Marcus Vinícius Dutra Moresi e Igor Andrade Fonseca