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ESTUDOS PARA AS SEMANAS DE:

3 A 30 DE JUNHO DE 2019
ESTUDO 14
CÂNTICO 57
Pregue a todo tipo
de pessoas
O QUE VAMOS VER
Jesus nos deu a ordem de
pregar as boas novas do
Reino e fazer discípulos.
Neste estudo, vamos ver
como podemos ‘realizar
plenamente o nosso minis-
tério’, mesmo quando nos-
sas circunstâncias tornam
isso difícil. Também vamos
aprender como ser publi-
cadores melhores e como
sentir mais alegria na pre-
gação.
2
Você está ‘realizando
plenamente o seu
ministério’?
“Continue pregando as boas novas, realize plenamente
o seu ministério.” — 2 TIM. 4:5, nota.
CRISTO JESUS deu a seguinte ordem a seus discípulos:
“Vão e façam discípulos de pessoas de todas as nações.”
(Mat. 28:19) Todos nós queremos aprender a ‘realizar ple-
namente o nosso ministério’. (2 Tim. 4:5) Afinal, ele é o tra-
balho mais importante, mais recompensador e mais urgen-
te que existe. Mas infelizmente, nem sempre conseguimos
dedicar a esse serviço todo o tempo que gostaríamos.
2 Nós também precisamos gastar nosso tempo e energia
com outras coisas importantes. Muitos de nós trabalhamos
quase o dia inteiro para conseguir o sustento de nossa famí-
lia. Ou então temos que lidar com outras responsabilidades
na família, doenças, depressão ou limitações que vêm com
a idade. Como podemos realizar plenamente nosso ministé-
rio apesar desses desafios?
3 Se suas circunstâncias limitam o tempo que você pode
usar no serviço de Jeová, não fique desanimado. Jesus sa-
bia que nem todos produziriam a mesma quantidade de fru-
to do Reino. (Leia Mateus 13:23.) Mas se o que fazemos no
serviço a Deus for o nosso melhor, Jeová dá muito valor a
isso. (Heb. 6:10-12) Por outro lado, nós talvez achemos que,
dentro de nossas circunstâncias, poderíamos fazer mais
para Jeová. Neste artigo, vamos analisar como podemos co-
locar o ministério em primeiro lugar em nossa vida. Vamos
ver também como ter uma vida simples e como melhorar
1. O que todos nós queremos fazer, e por quê? (Veja a imagem da
capa.)
2. Que desafios talvez nos impeçam de realizar plenamente nosso mi-
nistério?
3. O que aprendemos do que Jesus disse em Mateus 13:23?
nossas habilidades de pregar e ensinar. An-
tes disso, vamos descobrir o que significa
realizar plenamente nosso ministério.
4 Em poucas palavras, realizar plena-
mente nosso ministério significa partici-
par o máximo possível no trabalho de pre-
gar e ensinar. Isso envolve mais do que
quantidade de tempo. A nossa motivação,
ou seja, o que nos leva a pregar, também
é importante para Jeová. Nós trabalha-
mos de toda a alma no ministério1 porque
amamos a Jeová e amamos as pessoas.
(Mar. 12:30, 31; Col. 3:23) Servir a Deus de
toda a alma significa dar nosso melhor
nesse serviço, usando nosso tempo, ener-
gia e habilidades. Quando vemos o traba-
lho de pregação como um grande privilé-
gio, sentimos ainda mais vontade de falar
das boas novas com o máximo de pessoas
possível.
1 ENTENDA MELHOR: Nosso ministério cristão inclui o
trabalho de pregação e ensino, construção e manuten-
ção de prédios usados na adoração a Jeová e ajuda hu-
manitária em caso de desastres. — 2 Cor. 5:18, 19; 8:4.
4. O que significa realizar plenamente nosso
ministério?
Existem vários modos de
realizarmos plenamente
nosso ministério
(Veja os parágrafos 10 e 11.)
5 Por exemplo, imagine um jovem que
gosta muito de violão. Ele fica feliz de
tocar sempre que pode. Um dia, o dono
de um restaurante o contrata para to-
car aos fins de semana. Mas o que o jo-
vem recebe por esse trabalho não é o sufi-
ciente para ele se manter. Por isso, ele
começa a trabalhar como caixa de um su-
permercado de segunda a sexta-feira. Ape-
sar de trabalhar a maior parte do tempo
como caixa, sua verdadeira paixão é a mú-
sica. Ele quer muito melhorar suas habili-
dades como músico para trabalhar com
isso por tempo integral. Enquanto isso não
acontece, ele aproveita toda oportunidade
para tocar, mesmo que seja só por pouco
tempo.
6 Do mesmo modo, pode ser que você
não tenha muito tempo para dedicar à
obra de pregação. Mas você ama pregar.
Então, você se esforça para melhorar suas
habilidades de pregar e assim tocar o cora-
ção das pessoas com as boas novas. Só
que, com tantas obrigações consumindo o
5-6. Ilustre como uma pessoa com pouco tempo
mostra que a pregação é importante para ela.
 seu tempo, você fica se perguntando como
poderia colocar o trabalho de pregação em
primeiro lugar em sua vida.
COMO COLOCAR O MINISTÉRIO
EM PRIMEIRO LUGAR
7 A maneira que Jesus encarava o minis-
tério é um grande exemplo para nós. A coi-
sa mais importante na vida dele era falar
sobre o Reino de Deus. (João 4:34, 35) Ele
andou centenas de quilômetros para pre-
gar ao maior número possível de pessoas.
Tanto em locais públicos como de casa em
casa, Jesus não deixava escapar nenhuma
oportunidade de pregar. A vida dele girava
em torno do ministério.
8 Um modo de imitarmos a Cristo é apro-
veitando qualquer momento e qualquer lu-
gar para pregar. Também estamos dispos-
tos a abrir mão de nosso conforto para
fazer mais na pregação. (Mar. 6:31-34;
1 Ped. 2:21) Alguns na congregação conse-
guem ser pioneiros especiais, regulares ou
auxiliares. Outros aprenderam um idioma
ou se mudaram para um local que precisa
de mais publicadores. Só que muito do tra-
balho de pregação é feito por publicadores
que não podem fazer essas coisas, mas que
fazem o seu melhor. Não importa qual seja
o caso, Jeová não pede de nós mais do que
podemos dar. Ele é o “Deus feliz” e quer
que sintamos alegria no trabalho de pregar
“as gloriosas boas novas”. — 1 Tim. 1:11;
Deut. 30:11.
9 Outro bom exemplo de alguém que co-
locou o ministério em primeiro lugar foi o
apóstolo Paulo. Em sua segunda viagem
7-8. Como podemos imitar o modo como Jesus
encarava o ministério?
9. (a) Mesmo tendo que trabalhar, como Paulo
mostrou que a pregação era a coisa mais impor-
tante na vida dele? (b) Como Atos 28:16, 30, 31
mostra o ponto de vista de Paulo sobre seu minis-
tério?
4 A SENTINELA
missionária, ele passou por Corinto. Como
estava com pouco dinheiro, ele precisou
passar algum tempo fabricando tendas.
Mas Paulo não achou que fabricar tendas
era seu trabalho principal. Ele só fez esse
serviço para conseguir se manter no minis-
tério “sem custo”, ou seja, para não ser
um fardo para os irmãos coríntios. (2 Cor.
11:7) Embora fosse necessário naquele pe-
ríodo fazer alguns serviços para se susten-
tar, Paulo continuou colocando o serviço
a Deus em primeiro lugar, e ele pregava
todo sábado. Quando sua situação melho-
rou, Paulo pôde se concentrar mais na pre-
gação. Ele “passou a se dedicar inteiramen-
te à pregação da palavra, testemunhando
aos judeus e provando que Jesus é o Cris-
to”. (Atos 18:3-5; 2 Cor. 11:9) Mais tarde,
quando estava preso em Roma em sua pró-
pria casa, Paulo dava testemunho a visitan-
tes e escrevia cartas. (Leia Atos 28:16, 30,
31.) Paulo estava decidido a não deixar
nada atrapalhar seu ministério. Ele escre-
veu: ‘Visto que temos este ministério, não
desistimos.’ (2 Cor. 4:1) Como Paulo, pode
ser que nós tenhamos que gastar tempo
em nosso emprego. Mesmo assim, pode-
mos encarar a obra do Reino como a coisa
mais importante de nossa vida.
10 Para alguns de nós, pregar de casa em
casa pode ser difícil por causa de proble-
mas de saúde ou por causa da idade. Mas
podemos participar de outras formas de
pregação. Os cristãos do primeiro século
contatavam pessoas onde quer que elas es-
tivessem. Sempre que surgia uma oportu-
nidade, eles pregavam a todos — de casa
em casa, em lugares públicos ou dando tes-
temunho informal. (Atos 17:17; 20:20) Se
você não tiver condições de andar muito,
10-11. Se tivermos problemas de saúde, o que po-
demos fazer para realizar plenamente nosso mi-
nistério?
Alvos que podem me ajudar a
realizar plenamente meu ministério
* Treinar uma das sugestões que estão na se- * Procurar oportunidades para falar sobre
ção “Conversas sobre a Bíblia” da Apostila o jw.org˙ e para mostrar vídeos
da Reunião Vida e Ministério do mês
* Participar mais na pregação durante a
* Melhorar minha habilidade de iniciar visita do superintendente de circuito ou
conversas no campo ou de dar testemunho na época da Celebração
informal
* Orar a Jeová sobre meu ministério,
* Melhorar minha habilidade de ler e explicar minhas revisitas e meus estudos bíblicos
textos da Bíblia, de fazer revisitas ou de
oferecer estudos bíblicos

MEUS ALVOS: 1.
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2.
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3.
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talvez possa ficar sentado em algum lugar
público e dar testemunho para os que esti-
verem passando. Ou então pode dar teste-
munho informal, escrever cartas ou pregar
por telefone. Muitos publicadores com sé-
rios problemas de saúde sentem muita ale-
gria e satisfação quando participam de ou-
tras formas de pregação.
11 Mesmo que tenha problemas de saúde,
modo, pode ser que seu problema de saúde
dê a você a oportunidade de pregar para
médicos, enfermeiros ou outros profissio-
nais da área da saúde. Muitos deles estão
no trabalho quando nossos irmãos estão
pregando de casa em casa.
COMO TER UMA VIDA SIMPLES
Jesus disse: “A lâmpada do corpo é o
12

olho. Então, se o seu olho for focado, todo

você pode realizar plenamente o seu mi-
o seu corpo será luminoso.” (Mat. 6:22)
nistério. Pense de novo no exemplo do
O que ele quis dizer? Que precisamos nos
apóstolo Paulo. Ele disse: “Para todas as
focar em apenas um objetivo, e não deixar
coisas tenho forças graças àquele que me
nada nos distrair nem nos desviar. Só as-
dá poder.” (Fil. 4:13) Paulo precisou desse
sim conseguiremos ter uma vida simples.
poder quando ficou doente durante uma
O próprio Jesus fez isso. O foco da vida
de suas viagens missionárias. Ele explicou
dele era o ministério, e ele ensinou seus dis-
aos gálatas: “Foi por causa de uma doença
cípulos a manter o foco no serviço a Jeová
que eu pude lhes declarar as boas novas
pela primeira vez.” (Gál. 4:13) Do mesmo 12. O que significa ter um olho “focado”?

ABRIL DE 2019 5

Colocar em prática as sugestões que
recebemos na reunião de meio de semana
nos ajuda a melhorar no ministério
(Veja os parágrafos 15 e 16.)
6 A SENTINELA
e no Reino. Podemos imitar a Jesus fazen-
do da pregação a coisa mais importante da
nossa vida. Temos que “buscar primeiro o
Reino e a justiça de Deus”. — Mat. 6:33.
13 Um modo de ficarmos focados no mi-
nistério é simplificando nossa vida. Assim,
teremos mais tempo para ajudar outras
pessoas a conhecer e amar a Jeová.1 Por
exemplo, talvez seja possível trabalhar me-
nos horas durante a semana para termos
mais tempo para pregar. Ou então partici-
par menos de algumas recreações que po-
dem roubar muito de nosso tempo.
14 Foi isso o que um ancião chamado
Elias e sua esposa fizeram. Ele explica: “Na-
quela época, não dava para sairmos logo
de pioneiros, mas tínhamos que dar o pri-
meiro passo. Então, fizemos pequenas mu-
danças para termos mais tempo para pre-
gar. Por exemplo, começamos reduzindo os
gastos. Daí, vimos que estávamos gastando
muito tempo com recreações e decidimos
cortá-las. E pedimos para nossos patrões
nos deixar trabalhar num horário mais fle-
xível. Com isso, conseguimos sair no cam-
po à noite, dirigir mais estudos bíblicos e
até sair duas vezes por mês no campo du-
rante a semana. Isso nos dá muita alegria!”
COMO MELHORAR SUAS HABILIDADES
DE PREGAR E ENSINAR
15 Outro modo de realizarmos plenamen-
1 Veja os sete passos alistados no quadro “Como simpli-
ficar sua vida”, na Sentinela de julho de 2016, página 10.
13. O que pode nos ajudar a ficar focados em nos-
so ministério?
14. Que mudanças um casal fez para poder dedi-
car mais tempo ao ministério?
15-16. De acordo com 1 Timóteo 4:13, 15, o que
podemos fazer para melhorar nossas habilidades
de pregar? (Veja também o quadro “Alvos que po-
dem me ajudar a realizar plenamente meu ministé-
rio”.)
 te nosso ministério é melhorando nossas
habilidades de pregar. Por exemplo, de-
pendendo da profissão, um trabalhador
sempre precisa receber treinamento. Isso
também acontece com os publicadores.
Devemos sempre aprender a melhorar nos-
sas habilidades no ministério — Pro. 1:5;
leia 1 Timóteo 4:13, 15.
16 Mas como podemos fazer isso? Um
modo é por prestar bastante atenção na
Reunião Vida e Ministério. Ela nos dá um
treinamento valioso e nos ajuda a me-
lhorar cada vez mais no serviço de cam-
po. Quando o presidente der conselhos
para um dos participantes, tente identifi-
car que sugestões vão ser úteis para você.
Daí, na próxima vez que participar da pre-
gação, você pode colocar em prática es-
sas sugestões. Você também pode pedir di-
cas para seu superintendente de grupo ou
pedir para trabalhar com ele no campo.
Ou você pode combinar de pregar com al-
gum publicador experiente, com um pio-
neiro ou com o superintendente de circui-
to. Além disso, aprenda a usar bem cada
uma das publicações do Kit de Ferramen-
tas de Ensino. Isso vai ajudar você a gostar
mais de pregar e ensinar.
QUAL É A SUA RESPOSTA?
˛ Por que queremos rea- ˛ Como podemos ter uma
lizar plenamente nosso vida simples, e como po-
ministério? demos colocar o ministério
em primeiro lugar?
Sem dúvida, sermos “colaboradores de
17
Deus” é um grande privilégio! (1 Cor. 3:9)
Quando se ‘certifica de quais são as coisas
mais importantes’ e continua focado no mi-
nistério, você consegue ‘servir a Jeová com
alegria’. (Fil. 1:10; Sal. 100:2) Mesmo que
esteja passando por problemas ou limita-
ções, confie que Deus vai dar a força que
você precisa para realizar plenamente seu
ministério. (2 Cor. 4:1, 7; 6:4) Tenha certe-
za de que você tem “motivo para se ale-
grar”, porque o importante não é se fa-
zemos muito ou pouco — o que realmente
importa é darmos nosso melhor na prega-
ção. (Gál. 6:4) Quando realiza plenamente
o seu ministério, você mostra que realmen-
te ama a Jeová e as pessoas. E como diz
1 Timóteo 4:16, “fazendo isso você salvará
tanto a si mesmo como aos que o escutam”.
17. O que você vai sentir por realizar plenamente o
seu ministério?
________________________________________________________________________________________________________________________________
IMAGENS Página 6: Na reunião de meio de sema-
na, uma irmã demonstra como fazer uma revisita.
Depois, enquanto ouve os conselhos do presiden-
te, ela faz anotações na brochura Melhore. No fim
de semana, ela coloca em prática no campo o que
aprendeu na reunião.
˛ Como podemos melhorar
nossas habilidades no
ministério?
CÂNTICO 58
Procuramos os amigos da paz
ESTUDO 15
CÂNTICO 113
A paz que vem de Deus
O QUE VAMOS VER
Todos nós lidamos com
problemas que podem rou-
bar a nossa paz. Mesmo
passando por grandes difi-
culdades, o que podemos
fazer para continuarmos
sentindo a “paz de Deus”?
Este estudo vai mostrar
três coisas que Jesus fez e
que nós também podemos
fazer.
8
Imite Jesus
e continue em paz
“A paz de Deus, que está além de toda compreensão,
guardará o seu coração.” — FIL. 4:7.
ERA o último dia de Jesus como humano. Ele estava se sen-
tindo muito aflito. Em poucos instantes, ele seria preso
por homens maus e sofreria uma morte terrível. Mas não
era apenas isso que estava deixando Jesus preocupado. Ele
amava muito a seu Pai, Jeová, e queria deixá-lo feliz. Para
ajudar a limpar o nome de Jeová de todas as mentiras, Je-
sus sabia que teria que ser fiel naquela situação difícil.
Além disso, Jesus amava as pessoas. Ele sabia que os hu-
manos só teriam vida eterna se ele fosse fiel até a morte.
2 Apesar de todo o estresse daquela noite, Jesus se sen-
tia em paz. Ele tinha dito a seus apóstolos: “Dou-lhes a mi-
nha paz.” (João 14:27) Jesus sentia “a paz de Deus” — a
calma e a tranquilidade que a pessoa sente quando tem
uma amizade achegada com Jeová. Foi essa paz que aju-
dou Jesus a se sentir mais calmo. — Fil. 4:6, 7.
3 Nenhum de nós vai enfrentar o mesmo tipo de pressão
que Jesus enfrentou, mas todos os que são discípulos dele
vão passar por problemas. (Mat. 16:24, 25; João 15:20) E
assim como Jesus, podemos nos sentir aflitos de vez em
quando. O que podemos fazer para não deixar a ansiedade
tomar conta de nós e roubar nossa paz mental? Neste estu-
do, vamos ver três coisas que ajudaram Jesus a continuar
em paz durante seu ministério. Depois, vamos ver como
podemos imitar o exemplo dele quando passarmos por al-
guma provação.
1-2. Por que Jesus estava se sentindo aflito?
3. O que vamos ver neste estudo?
 JESUS SEMPRE ORAVA
4 Leia 1 Tessalonicenses 5:17. No seu
último dia como humano, Jesus orou vá-
rias vezes. Quando ensinou seus discípu-
los a celebrar sua morte, ele orou antes
de passar o pão e antes de passar o vi-
nho. (1 Cor. 11:23-25) Daí, antes de sair
do lugar onde tinha comemorado a Pás-
coa, Jesus orou com os discípulos. (João
17:1-26) Depois, quando Jesus e os discí-
pulos chegaram no monte das Oliveiras,
ele fez várias orações. (Mat. 26:36-39, 42,
44) E as últimas palavras de Jesus an-
tes de morrer foram uma oração. (Luc.
23:46) Jesus queria que Jeová fizesse
parte de cada momento importante da-
4. Pensando no que diz 1 Tessalonicenses 5:17,
cite as ocasiões em que Jesus orou no seu último
dia como humano.
A oração nos ajuda a continuar em paz
(Veja os parágrafos 4 a 7.)
quele dia inesquecível. É por isso que ele
fez tantas orações.
5 Um dos motivos de Jesus ter con-
seguido perseverar até o fim é que ele
sempre orava a seu Pai pedindo ajuda.
Por outro lado, os apóstolos não ora-
ram o suficiente naquela noite. Por causa
disso, quando chegou a hora do teste,
eles perderam a coragem. (Mat. 26:40, 41,
43, 45, 56) Isso mostra que, quando pas-
sarmos por provações, só vamos conse-
guir ser fiéis se fizermos como Jesus. Te-
mos que ‘orar continuamente’. Mas sobre
o que podemos orar?
6 Podemos orar pedindo que Jeová ‘nos
dê mais fé’. (Luc. 17:5; João 14:1) Precisa-
mos de fé porque Satanás vai testar todos
5. Por que os apóstolos perderam a coragem?
6. Como a fé pode nos ajudar a continuar em paz?
ABRIL DE 2019 9
 A pregação nos ajuda a continuar em paz
(Veja os parágrafos 8 a 10.)
aqueles que seguem Jesus. (Luc. 22:31)
Como a fé nos ajuda a continuar em paz,
mesmo quando enfrentamos um proble-
ma atrás do outro? Depois de fazermos
tudo ao nosso alcance para lidar com uma
provação, a fé vai nos motivar a deixar o
assunto nas mãos de Jeová. Nós confia-
mos que ele pode cuidar de nosso proble-
ma melhor do que nós mesmos. Isso, por
sua vez, nos dá paz mental e de coração.
— 1 Ped. 5:6, 7.
7 Não importa o nosso problema, a ora-
ção pode nos ajudar a ficar em paz. Veja o
exemplo de Robert, um ancião fiel que
tem mais de 80 anos. Ele disse: “O conse-
lho de Filipenses 4:6, 7 me ajudou a lidar
com muitas dificuldades na vida. Eu en-
7. O que você aprendeu do exemplo de Robert?
10 A SENTINELA
frentei problemas financeiros. E houve
um tempo em que deixei de ser ancião.” O
que ajuda Robert a ficar em paz? Ele dis-
se: “Assim que começo a me sentir an-
sioso, já começo a orar. Quanto mais eu
faço orações e quanto mais fervorosas
elas são, mais paz eu sinto.”
JESUS SE DEDICAVA À PREGAÇÃO
8 Leia João 8:29. Até quando sofria
perseguição, Jesus tinha paz interior por-
que sabia que suas ações deixavam seu Pai
feliz. Jesus era obediente mesmo quando
isso não era fácil. Ele amava seu Pai, e ser-
vir a Jeová era a coisa mais importante de
sua vida. Antes de vir à Terra, ele era o
“trabalhador perito” de Deus. (Pro. 8:30)
8. De acordo com João 8:29, que outra coisa aju-
dou Jesus a ter paz interior?
E quando veio à Terra, ele aproveitava
toda oportunidade para ensinar as pes-
soas sobre seu Pai. (Mat. 6:9; João 5:17)
Esse trabalho fez Jesus sentir muita ale-
gria. — João 4:34-36.
9 Nós podemos imitar Jesus por obede-
cer a Jeová e por ‘ter sempre bastante para
fazer na obra do Senhor’. (1 Cor. 15:58)
Quando nos ‘dedicamos inteiramente à
pregação’, conseguimos enxergar nossos
problemas da forma certa. (Atos 18:5) Por
exemplo, muitas pessoas de nosso terri-
tório enfrentam problemas piores que os
nossos. Mas quando elas aprendem a amar
a Jeová e colocam em prática os conselhos
que ele dá, a vida delas melhora e elas se
sentem mais felizes. Cada vez que vemos
isso acontecer, sentimos mais confiança
de que Jeová vai cuidar de nós. E essa con-
fiança nos ajuda a manter a paz mental. Foi
isso o que uma irmã percebeu. Ela lutou a
vida inteira contra a depressão e o sen-
timento de que não valia nada. Ela diz:
“Quando estou ocupada na pregação, me
sinto mais equilibrada e mais feliz. Acho
que é porque, quando estou no serviço de
campo, me sinto mais perto de Jeová.”
10 Veja também o exemplo de uma irmã
chamada Brenda. Tanto ela como a filha
sofrem de esclerose múltipla. Brenda pre-
cisa usar cadeira de rodas e não tem mui-
ta força física. Quando pode, ela sai para
pregar de casa em casa, mas o método que
ela mais usa para pregar é o testemunho
por carta. Ela disse: “Quando eu final-
mente aceitei que, neste sistema, minha
condição não vai mudar, eu me senti mais
livre para me concentrar totalmente na
pregação. Na verdade, pregar me ajuda a
9. Por que temos paz mental quando estamos
ocupados com a pregação?
10. O que você aprendeu do exemplo de Brenda?
não ficar pensando nos meus problemas.
Eu fico concentrada em como ajudar as
pessoas do meu território. E a pregação
também me ajuda a sempre lembrar da es-
perança que tenho para o futuro.”
JESUS ACEITAVA A AJUDA
DE SEUS AMIGOS
11 O ministério de Jesus não foi fácil,
mas ele tinha ao seu lado verdadeiros ami-
gos: os apóstolos fiéis. Eles foram ótimos
exemplos do provérbio que diz: “Há um
amigo que se apega mais do que um ir-
mão.” (Pro. 18:24) Infelizmente, durante
o ministério de Jesus, nenhum de seus ir-
mãos de sangue teve fé nele. (João 7:3-5)
Houve até uma ocasião em que seus pa-
rentes disseram que ele tinha perdido o
juízo. (Mar. 3:21) Mas os apóstolos eram
diferentes. Por isso, Jesus dava muito va-
lor a seus amigos. Na noite antes de mor-
rer, Jesus disse aos apóstolos fiéis: “Vo-
cês são os que ficaram comigo nas minhas
provações.” — Luc. 22:28.
12 É verdade que, de vez em quando, os
apóstolos deixavam Jesus decepcionado.
(Mat. 26:40; Mar. 10:13, 14) Mas Jesus
não se concentrava nisso. Ele sabia que os
apóstolos tinham fé nele. (João 6:66-69)
Na noite antes de morrer, Jesus disse a es-
ses homens leais: “Eu os chamo de ami-
gos, porque lhes revelei tudo que ouvi do
meu Pai.” (João 15:15) Sem dúvida, Jesus
se sentiu muito encorajado pela compa-
nhia de seus amigos. Ele ficou muito feliz
de ter a ajuda deles para realizar seu mi-
nistério. — Luc. 10:17, 21.
13 Os apóstolos não eram os únicos ami-
gos de Jesus. Muitos homens e mulheres
11-13. (a) Como os apóstolos e outras pessoas
mostraram que eram verdadeiros amigos de Je-
sus? (b) Como Jesus se sentiu com a ajuda de
seus amigos?
ABRIL DE 2019 11
 Bons amigos nos ajudam a continuar em paz
(Veja os parágrafos 11 a 15.)
o ajudavam na obra de pregação ou de
outras formas. Alguns convidavam Jesus
para uma refeição. (Luc. 10:38-42; João
12:1, 2) Outros viajavam com ele e divi-
diam com ele o que tinham. (Luc. 8:3) Je-
sus tinha bons amigos porque ele mesmo
era um bom amigo. Ele fazia coisas boas
por seus amigos e não era exigente. Ape-
sar de ser perfeito, Jesus era muito grato
por tudo o que seus amigos imperfeitos
faziam por ele. E sem dúvida esses amigos
ajudaram Jesus a continuar em paz.
14 Bons amigos vão nos ajudar a conti-
nuar leais a Jeová. E o melhor modo de fa-
zer bons amigos é sendo um bom amigo.
(Mat. 7:12) Por exemplo, a Bíblia nos in-
14-15. Qual é o melhor modo de fazer bons ami-
gos, e como eles podem nos ajudar?
12 A SENTINELA
centiva a usar nosso tempo e energia para
ajudar outros, principalmente aqueles
que estão “em necessidade”. (Efé. 4:28)
Será que na sua congregação há alguém
que você pode ajudar? Por exemplo, será
que você poderia fazer compras para um
irmão que não pode sair de casa? Ou o
que acha de oferecer uma refeição para
uma família que está com problemas fi-
nanceiros? Talvez você possa ajudar al-
gum irmão que tem dificuldades para usar
o jw.org˙ ou o JW Library˙. Quando nos
concentramos em ajudar outros, somos
mais felizes. — Atos 20:35.
15 Além disso, os nossos amigos vão nos
apoiar em nossas dificuldades e nos aju-
dar a manter a paz interior. Quando Jó fa-
lou sobre seus problemas, Eliú escutou
com paciência. Nossos amigos vão fazer o
 mesmo quando precisarmos conversar so-
bre alguma dificuldade. (Jó 32:4) Não de-
vemos esperar que nossos amigos tomem
decisões por nós. Mas se eles nos derem
algum conselho baseado na Bíblia, seria
bom escutarmos. (Pro. 15:22) Além dis-
so, se nossos amigos oferecerem ajuda
quando estivermos passando por necessi-
dade, não devemos ser orgulhosos. Deve-
mos imitar o rei Davi. Ele foi humilde e
aceitou a ajuda de seus amigos. (2 Sam.
17:27-29) Com certeza, amigos assim são
um presente de Jeová. — Tia. 1:17.
COMO CONTINUAR EM PAZ
16 Leia Filipenses 4:6, 7. Note que
Jeová diz que vai nos dar a sua paz “por
meio de Cristo Jesus”. Por quê? Porque o
único modo de nunca perdermos a paz in-
terior é tendo fé em Jesus e entenden-
do a importância dele no cumprimento
das promessas de Deus. Por exemplo, por
meio do resgate de Jesus, Jeová pode per-
doar todos os nossos pecados. (1 João
2:12) Isso é um alívio para nós! Além dis-
16. De acordo com Filipenses 4:6, 7, qual é o úni-
co modo de Deus nos dar a sua paz, e por quê?
COMO CADA UMA DESTAS COISAS PODE NOS AJUDAR A CONTINUAR EM PAZ?
˛ Oraãoo ˛ Pregaãoo
so, Jesus é o Rei do Reino de Deus, e ele
vai acabar com todo o sofrimento que Sa-
tanás e seu mundo nos causaram. (Isa.
65:17; 1 João 3:8; Apo. 21:3, 4) Que espe-
rança maravilhosa! E apesar de Jesus ter
nos dado um trabalho desafiador, ele pro-
mete estar do nosso lado e nos apoiar du-
rante os últimos dias deste sistema. (Mat.
28:19, 20) Saber disso nos dá coragem!
Alívio, esperança e coragem — essas são
algumas das colunas que vão sustentar a
nossa paz mental.
17 Então, o que você pode fazer para
continuar em paz mesmo que várias difi-
culdades tentem derrubá-lo? Faça o mes-
mo que Jesus. Primeiro, ore — nunca dei-
xe de orar. Segundo, obedeça a Jeová e
dedique-se ao trabalho de pregação, mes-
mo que isso seja difícil. E terceiro, aceite
a ajuda de seus amigos ao passar por pro-
blemas. Se fizer isso, a paz de Deus vai
guardar sua mente e seu coração. E assim
como Jesus, você vai conseguir vencer
qualquer desafio. — Leia João 16:33.
17. (a) O que devemos fazer para não perder a
paz interior? (b) Assim como diz João 16:33, o que
você vai conseguir fazer?
˛ Amigos
CÂNTICO 41
Escuta minha oração
ESTUDO 16
CÂNTICO 73
Dá-nos coragem
O QUE VAMOS VER
Satanás e seus demônios
enganam as pessoas com
mentiras sobre o que
acontece na morte. Por
causa dessas mentiras,
surgiram muitos costumes
que vão contra o que a Bí-
blia ensina. Pode ser que
algumas pessoas pressio-
nem você a participar nes-
ses costumes. Este estudo
vai ajudar você a conti-
nuar fiel a Jeová em situa-
ções assim.
14
Defenda a verdade
sobre a morte
“Fazemos distinção entre a declaração inspirada da verdade
e a declaração inspirada do erro.” — 1 JOÃO 4:6.
SATANÁS é o “pai da mentira”. (João 8:44) Desde o começo
da história da humanidade, ele engana as pessoas. Entre as
mentiras que ele conta estão os ensinos falsos sobre a morte
e a vida após a morte. E muitos costumes e superstições
populares vieram dessas mentiras. Por causa disso, muitos
de nossos irmãos e irmãs precisam “travar uma luta árdua
pela fé” quando alguém da família ou da comunidade morre.
— Judas 3.
2 Se passar por uma provação assim, o que você pode fazer
para se manter firme e defender o que a Bíblia ensina sobre a
morte? (Efé. 6:11) Como você pode consolar e animar um ir-
mão da congregação que está sendo pressionado a participar
de costumes que não agradam a Deus? Neste estudo, vamos
ver as orientações que Jeová nos dá. Antes disso, vamos re-
lembrar o que a Bíblia diz sobre a morte.
A VERDADE SOBRE O QUE
ACONTECE NA MORTE
3 Deus nunca quis que os humanos morressem. Ele criou
Adão e Eva para viverem para sempre. Mas isso só ia aconte-
cer se eles fossem obedientes. Jeová ordenou: “Quanto à ár-
vore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não
coma dela, porque, no dia em que dela comer, você certamen-
te morrerá.” (Gên. 2:16, 17) Foi aí que Satanás entrou em
cena. Usando uma serpente, ele disse a Eva: “Vocês cer-
tamente não morrerão.” Infelizmente, Eva acreditou nessa
mentira e comeu o fruto. Depois, Adão também comeu o fru-
1-2. (a) Qual é uma das mentiras que Satanás usa para enganar as
pessoas? (b) O que vamos ver neste estudo?
3. Qual foi o resultado da primeira mentira?
 to. (Gên. 3:4, 6) Como resultado, o pecado
e a morte tomaram conta de toda a humani-
dade. — Rom. 5:12.
4 O que Deus falou aconteceu — Adão e
Eva morreram. Mas Satanás não parou de
mentir sobre a morte. Com o passar do tem-
po, ele foi criando outras mentiras. Uma de-
las é que, quando o corpo morre, a pessoa
continua vivendo, talvez como um espírito.
Existem muitas variações dessa mentira, e
até hoje muitas pessoas são enganadas por
elas. — 1 Tim. 4:1.
5 Por que tantas pessoas caem nessas
mentiras? Porque nenhum de nós quer mor-
rer. Fomos criados para viver para sempre.
(Ecl. 3:11) Para nós, a morte é um inimigo.
(1 Cor. 15:26) Então, Satanás se aproveita
do sentimento normal que os humanos têm
e usa isso para enganá-los.
6 Por mais que tenha tentado, Satanás
não conseguiu esconder de todos a verdade
sobre a morte. Hoje mais pessoas do que
nunca sabem e ensinam o que a Bíblia diz
4-5. Que outra mentira Satanás conta para enga-
nar os humanos?
6-7. (a) Será que Satanás conseguiu esconder de
todos a verdade sobre a morte? Explique. (b) Por
que é bom saber o que a Bíblia ensina sobre a
morte?
Em vez de participar de algum
costume que desagrada a Deus,
tente consolar seus parentes
que perderam alguém na morte
(Veja os parágrafos 1 e 2.)
sobre a morte e a ressurreição. (Ecl. 9:5, 10;
Atos 24:15) Essas verdades nos consolam e
tiram nossos temores e dúvidas. Por exem-
plo, não temos medo dos mortos nem de
que eles estejam sofrendo em algum lugar.
Sabemos que eles não estão vivos e que não
podem fazer mal a ninguém. É como se eles
estivessem em um sono profundo. (João
11:11-14) Nós sabemos também que os mor-
tos não sentem o tempo passar. Por isso,
quando a ressurreição começar, até mesmo
os que estiverem mortos há centenas de
anos não vão sentir que o tempo passou.
Para eles, será como um piscar de olhos.
7 A verdade sobre o que acontece na mor-
te é bem clara, simples e lógica, não concor-
da? Ela é tão diferente das mentiras de Sa-
tanás, que só confundem as pessoas. As
mentiras dele não apenas enganam a mui-
tos, mas mancham a reputação do nosso
Criador. Para entender melhor o estrago
causado por Satanás, vamos ver as res-
postas para as seguintes perguntas: Como
as mentiras de Satanás ofendem a Jeová?
Como elas dão a entender que o sacrifício
de resgate de Jesus não tem valor? Como
essas mentiras aumentam a dor e o sofri-
mento da humanidade?
 OS ESTRAGOS CAUSADOS
PELAS MENTIRAS DE SATANÁS
8 As mentiras de Satanás sobre a morte
mancham a reputação de Jeová. Essas menti-
ras incluem o ensino falso de que os mortos
são atormentados num inferno de fogo. Isso
é uma ofensa para Jeová! Como assim? Essas
mentiras dão a entender que Jeová, o Deus
de amor, é cruel como o Diabo. (1 João 4:8)
Como você se sente ao pensar que alguns po-
dem achar isso de Jeová? Mais importante
ainda, como o próprio Jeová se sente? Afi-
nal de contas, Jeová odeia qualquer tipo de
crueldade. — Leia Jeremias 19:5.
9 As mentiras de Satanás sobre a morte dão
a entender que o sacrifício de resgate de Jesus
não tem valor. (Mat. 20:28) Outra mentira de
Satanás é que temos uma alma imortal. Se
isso fosse verdade, todo mundo já iria viver
para sempre. Cristo não precisaria ter sacrifi-
cado sua vida para termos vida eterna. Mas o
sacrifício de Jesus foi a maior prova de amor
que a família humana já recebeu. (Leia João
3:16; 15:13.) As mentiras de Satanás dão a
entender que essa grande prova de amor não
vale nada. Consegue imaginar como Jeová e
Jesus se sentem com isso?
10 As mentiras de Satanás aumentam a dor
e o sofrimento das pessoas. Quando uma
criança morre, os pais dela talvez ouçam:
‘Deus levou seu filho para o céu porque pre-
cisava de mais um anjinho.’ Será que essa
mentira satânica alivia ou só aumenta a dor
dos pais? Pense no ensino falso do inferno
de fogo. Ele serviu como justificativa para
8. De acordo com Jeremias 19:5, como as menti-
ras de Satanás sobre a morte mancham a reputa-
ção de Jeová?
9. Como a crença no sacrifício de Jesus, descrito
em João 3:16 e 15:13, é afetada pelas mentiras de
Satanás?
10. Que exemplos mostram que as mentiras de
Satanás sobre a morte só aumentam a dor e o so-
frimento das pessoas?
16 A SENTINELA
atos de tortura. Alguns que ficaram con-
tra os ensinos da igreja foram colocados
em estacas e queimados na fogueira. Um li-
vro sobre a Inquisição Espanhola1 comen-
tou que alguns dos responsáveis por esses
atos cruéis talvez pensassem que estavam
dando às vítimas apenas “um gostinho do
que eles sofreriam por toda a eternidade no
inferno de fogo”. Assim, antes de morrer,
eles poderiam se arrepender e não ir para o
inferno. E veja o que acontece em muitos
países. As pessoas se sentem obrigadas a
adorar parentes que já morreram ou a pres-
tar homenagem e pedir bênçãos a eles. Ou-
tros tentam ficar em paz com esses parentes
porque sentem medo de ser punidos por
eles. É triste ver que, em vez de dar conso-
lo, as mentiras de Satanás fazem as pessoas
ficar com medo e ansiosas sem necessidade.
COMO PODEMOS DEFENDER A VERDADE
11 Nós amamos a Jeová e aos ensinos da
Bíblia. Esse amor nos dá forças para não
ceder mesmo quando amigos e parentes,
que até têm boas intenções, nos pressio-
nam a participar de costumes que a Bíblia
não apoia. Talvez eles tentem nos deixar
constrangidos, dizendo que nós não ama-
mos ou não respeitamos a pessoa que mor-
reu. Ou eles podem dizer que, por nossa
causa, a pessoa que morreu vai voltar para
atormentar os vivos. Em situações como
essas, como podemos defender a verdade?
Veja alguns princípios da Bíblia que podem
nos ajudar e como podemos aplicá-los.
12 Esteja decidido a ‘se separar’ de crenças
e costumes que a Bíblia não apoia. (2 Cor.
6:17) Em um país do Caribe, muitos acredi-
1 A Inquisição Espanhola foi uma espécie de tribunal que,
centenas de anos atrás, perseguiu e torturou de modo
cruel as pessoas que discordavam dos ensinos da Igreja.
11. Como parentes e amigos talvez tentem nos
pressionar?
12. Que tipo de costumes a Bíblia não apoia?
Fazer pesquisas e manter uma
boa comunicação com seus
parentes não cristãos pode
poupar você de muitos problemas
(Veja os parágrafos 13 e 14.)
tam que, depois que uma pessoa morre, o
“fantasma” dela pode ficar um tempo entre
os vivos e se vingar dos que a maltrataram.
Uma referência comentou que o “fantasma”
pode até mesmo “causar grande confusão
em uma comunidade”. Na África, as pessoas
costumam cobrir os espelhos da casa do fa-
lecido e virar seus porta-retratos para a pa-
rede. Por que elas fazem isso? Alguns dizem
que os mortos não podem se ver de jeito ne-
nhum! Já que servimos a Jeová, nós não
queremos ter nada a ver com esses mitos e
costumes que dão mais força às mentiras de
Satanás. — 1 Cor. 10:21, 22.
13 Se você não tem certeza de que certo
costume agrada a Jeová, ore a ele pedindo
sabedoria. (Leia Tiago 1:5.) Depois, faça
uma pesquisa em nossas publicações. Se for
necessário, converse com os anciãos. Eles
não vão dizer que decisão você deve tomar,
mas podem ajudá-lo a lembrar de conselhos
importantes da Bíblia, como os que vimos
antes. Seguindo esses passos, você vai trei-
nar “sua capacidade de discernimento” e vai
conseguir “distinguir tanto o certo como o
errado”. — Heb. 5:14.
13. Que passo descrito em Tiago 1:5 você deve to-
mar se estiver na dúvida sobre certo costume?
14 “Faça todas as coisas para a glória de
Deus. Não se torne motivo de tropeço.”
(1 Cor. 10:31, 32) Outra coisa que deve-
mos levar em conta é como nossa decisão
vai afetar a consciência de outros, especial-
mente de nossos irmãos. Jamais queremos
fazer alguém tropeçar! (Mar. 9:42) Além
disso, temos que tomar cuidado para não
ofender aqueles que não são Testemunhas
de Jeová. O amor vai nos ajudar a falar com
eles de uma forma respeitosa, que agrada a
Deus. Não queremos brigar com as pessoas
nem criticar seus costumes ou zombar de-
les. Sempre se lembre: o amor é poderoso!
Quando mostramos amor, agindo com res-
peito e consideração, podemos “amolecer”
o coração dos nossos parentes e amigos que
não são cristãos.
15 Diga para todos em sua comunidade que
você é Testemunha de Jeová. (Isa. 43:10) Seus
parentes e vizinhos podem ficar irritados por
você não participar de alguns costumes. Mas
se eles já souberem que você é Testemunha
14. Como podemos evitar fazer outros tropeçar?
15-16. (a) Por que é bom contar para outros que
você é Testemunha de Jeová? Dê um exemplo.
(b) Como podemos colocar em prática Romanos
1:16?
ABRIL DE 2019 17
 de Jeová, será mais fácil lidar com essas si-
tuações. Francisco, que mora em Moçambi-
que, escreve: “Quando eu e minha esposa,
Carolina, aprendemos a verdade, dissemos
para nossa família que não íamos mais adorar
os mortos. Nossa decisão foi testada quando
a irmã de Carolina morreu. O costume da re-
gião é que o morto seja banhado em uma ce-
rimônia. Daí, o parente mais próximo do fale-
cido deve dormir três noites no lugar onde a
água do banho for jogada fora. As pessoas
acreditam que isso acalma a ira do espírito do
falecido. Já que Carolina era a parente mais
próxima, a família dela queria que ela seguis-
se o costume.”
16 O que Francisco e Carolina fizeram?
Francisco explica: “Nós amamos a Jeová e
queremos deixá-lo feliz. Então, nos recu-
samos a participar do costume. A família
de Carolina ficou muito brava. Eles disse-
ram que isso era um desrespeito aos mortos
e que não iam mais nos visitar nem nos
ajudar. Como já tínhamos explicado nos-
sas crenças para eles, preferimos não falar
disso enquanto eles estivessem bravos. Al-
guns parentes até nos apoiaram, dizendo
Verdadeiros amigos consolam
e apoiam aqueles que perderam
uma pessoa querida na morte
(Veja os parágrafos 17 a 19.)
18
que já tínhamos explicado nossa posição.
Com o tempo, os parentes de Carolina se
acalmaram e conseguimos fazer as pazes
com eles. Alguns até vieram em nossa casa
e pediram publicações bíblicas.” Em situa-
ções assim, não tenha vergonha do que você
acredita. Defenda a verdade sobre a morte!
— Leia Romanos 1:16.
DÊ CONSOLO E APOIO
AOS QUE ESTÃO SOFRENDO
17 Quando um irmão cristão perde uma
pessoa querida na morte, temos que fazer o
máximo para ser um ‘verdadeiro amigo, um
irmão em tempos de aflição’. (Pro. 17:17) Isso
é especialmente importante se o irmão ou a
irmã está sendo pressionado a participar de
algum costume contrário à Bíblia. O que po-
demos fazer para ser um “verdadeiro amigo”?
Dois princípios bíblicos podem nos ajudar a
consolar quem perdeu alguém na morte.
18 “Chorem com os que choram.” (Rom.
12:15) Às vezes, não sabemos o que dizer
17. O que podemos fazer para ser verdadeiros
amigos de um irmão que perdeu alguém na morte?
18. Por que Jesus começou a chorar, e o que po-
demos aprender do exemplo dele?
 para alguém que está muito triste com a
morte de uma pessoa querida. Em momen-
tos assim, nossas lágrimas podem dizer mui-
to mais do que nossas palavras. Quando Lá-
zaro morreu, as irmãs dele, Marta e Maria,
e vários amigos choraram por ele. Quando
Jesus chegou quatro dias depois, ele tam-
bém “começou a chorar”. Mas se Jesus sa-
bia que ia ressuscitar seu amigo, por que
começou a chorar? (João 11:17, 33-35) As
lágrimas de Jesus mostraram que ele tinha
os mesmos sentimentos que seu Pai. E elas
confirmaram o quanto Jesus amava a famí-
lia de Lázaro. Isso deve ter dado muito con-
solo para Marta e Maria. Do mesmo modo,
quando os irmãos da congregação sentem
nosso amor e nossa preocupação, eles têm a
certeza de que não estão sozinhos. Eles sa-
bem que estão cercados de amigos carinho-
sos que se importam com eles
19 “Tempo para ficar calado e tempo para
falar.” (Ecl. 3:7) Outro modo de dar conso-
lo a um cristão que perdeu alguém na mor-
te é por simplesmente ser um bom ouvinte.
Deixe que ele ponha para fora tudo o que
está sentindo, e não leve em conta ‘palavras
impensadas’. (Jó 6:2, 3) Pode ser que ele es-
teja ainda mais estressado por causa de pa-
19. Se um cristão perdeu alguém na morte, como
podemos fazer o que diz Eclesiastes 3:7?
QUAL É A SUA RESPOSTA?
˛ Por que a verdade sobre ˛ As mentiras de Satanás
a morte nos dá consolo? sobre a morte causaram
que estragos?
rentes que não são nossos irmãos. Então,
ore com ele. Suplique que Jeová, o “Ouvin-
te de oração”, ajude o irmão a ter forças e a
pensar com clareza. (Sal. 65:2) Se for possí-
vel, leia a Bíblia com ele. Ou então leiam
juntos algum artigo apropriado de nossas
publicações, como uma biografia que possa
dar consolo a ele.
20 Jeová nos deu um grande privilégio: sa-
ber a verdade sobre a morte e ter a esperan-
ça maravilhosa da ressurreição! (João 5:28,
29) Por isso, não tenha medo de defender a
verdade da Bíblia. Sempre que for apro-
priado, fale dessa verdade com as pessoas.
Mas há outro método que Satanás usa para
deixar as pessoas na escuridão: o ocultis-
mo. Algumas práticas e diversões podem es-
tar ligadas a essa armadilha demoníaca. No
próximo estudo, vamos ver por que deve-
mos ficar bem longe delas.
20. O que vamos ver no próximo estudo?
________________________________________________________________________________________________________________________________
IMAGENS Página 15: Um casal de Testemunhas
de Jeová consola um parente que está muito
triste com a morte de uma pessoa querida.
Página 17: Um irmão pesquisa sobre costumes
fúnebres; depois, ele explica calmamente suas
crenças para seus parentes. Página 18: Anciãos
de uma congregação dão consolo e apoio a um
irmão que perdeu alguém na morte.
˛ Como podemos defender a
verdade sobre a morte?
CÂNTICO 24
Venham para o monte de Jeová!
ESTUDO 17
CÂNTICO 55
Nada temam,
meus amados!
O QUE VAMOS VER
Jeová nos ama muito, e
por isso ele nos avisa para
tomarmos cuidado com os
espíritos malignos. Como
eles tentam enganar as
pessoas? O que podemos
fazer para não ceder à in-
fluência deles? Neste estu-
do, vamos ver como Jeová
nos ajuda a ficar firmes
contra esses espíritos
maus.
20
Aceite a ajuda de Jeová
para ficar firme contra
espíritos malignos
‘Temos uma luta contra as forças espirituais malignas
nos lugares celestiais.’ — EFÉ. 6:12.
JEOVÁ ama e se preocupa muito com seus servos. Um dos
modos de ele mostrar essa preocupação é nos ajudando a fi-
car firmes contra nossos inimigos. Os nossos inimigos prin-
cipais são Satanás e os demônios. Jeová nos dá alertas
sobre eles e nos dá o que precisamos para não ceder à in-
fluência deles. (Leia Efésios 6:10-13.) O único modo de
continuarmos firmes contra o Diabo é aceitando a ajuda de
Jeová e confiando totalmente nele. Precisamos pensar as-
sim como o apóstolo Paulo. Ele escreveu: “Se Deus é por
nós, quem será contra nós?” — Rom. 8:31.
2 Nós, que somos cristãos verdadeiros, não nos concen-
tramos demais em Satanás e nos demônios. Preferimos con-
centrar a maior parte de nossa atenção em aprender sobre
Jeová e em como servir a ele. (Sal. 25:5) Apesar disso, te-
mos que conhecer as táticas de Satanás. Por quê? Porque
isso vai nos ajudar a não ser enganados por ele. (2 Cor. 2:11;
nota) Neste estudo, vamos analisar um dos métodos que Sa-
tanás e os demônios mais usam para enganar as pessoas. Va-
mos aprender também como podemos ficar firmes contra
eles.
COMO OS ESPÍRITOS MALIGNOS ENGANAM AS PESSOAS
3 Satanás e os demônios fazem de tudo para enganar as
pessoas. Um dos métodos que eles mais usam é o ocultismo.
1. De acordo com Efésios 6:10-13, qual é um modo de Jeová mostrar
que se preocupa com seus servos? Explique.
2. O que vamos ver neste estudo?
3-4. (a) O que é ocultismo? (b) Como algumas pesquisas mostram
que a crença no ocultismo se espalhou por muitos lugares?
Aqueles que praticam o ocultismo afir-
mam saber ou controlar coisas que os hu-
manos não têm como saber ou controlar.
Por exemplo, alguns dizem que têm a capa-
cidade de saber o futuro por meio da adivi-
nhação ou da astrologia. Outros suposta-
mente falam com aqueles que morreram.
Há também os que praticam bruxaria ou ri-
tuais mágicos e talvez tentem jogar feiti-
ços em outra pessoa.1
4 Hoje, muitas pessoas no mundo inteiro
acreditam no poder do ocultismo. Uma
pesquisa feita em 18 países da América La-
tina e do Caribe revelou que 1 em cada
3 pessoas entrevistadas acredita em magia,
bruxaria ou feitiçaria, e uma quantidade
parecida de pessoas acredita que é possí-
vel se comunicar com os espíritos. Outra
pesquisa foi feita em 18 países da África.
Lá, mais da metade das pessoas entrevista-
das disse que acredita em feitiçaria. É cla-
ro que, não importa onde moremos, temos
que estar alertas contra o ocultismo. Afi-
nal, Satanás está tentando enganar “toda a
terra habitada”. — Apo. 12:9.
5 Jeová é o “Deus da verdade”. (Sal.
31:5) Então, o que ele acha do ocultismo?
Ele detesta essa prática! Jeová disse aos is-
raelitas: “Não se deve encontrar em seu
meio alguém que queime seu filho ou sua
1 ENTENDA MELHOR: A palavra ocultismo se refere a
crenças ou práticas que têm ligação com os demônios.
Uma dessas crenças é que, quando uma pessoa morre,
o espírito dela continua vivendo e pode se comunicar
com os vivos, principalmente por meio de um médium.
Entre as práticas relacionadas ao ocultismo estão a bru-
xaria e a adivinhação. Neste artigo, as palavras magia e
mágica se referem a práticas que têm alguma ligação
com o oculto, com o sobrenatural. Por exemplo, jogar
maldições em alguém e lançar ou quebrar feitiços. Elas
não se referem a truques realizados com movimentos
rápidos das mãos, que algumas pessoas fazem para di-
vertir outros.
5. O que Jeová acha do ocultismo?
filha no fogo, ou que use de adivinhação,
ou que pratique magia, ou que procure
presságios, ou um feiticeiro, ou alguém
que prenda outros com encantamento, ou
que consulte quem invoca espíritos, ou um
adivinho, ou alguém que consulte os mor-
tos. Pois quem faz essas coisas é detestável
para Jeová.” (Deut. 18:10-12) É verdade
que os cristãos não precisam obedecer à
Lei que Jeová deu aos israelitas. Mas nós
sabemos que o sentimento dele pelo ocul-
tismo continua o mesmo. — Mal. 3:6.
6 Jeová nos alerta contra o ocultismo
porque ele sabe que Satanás usa isso para
prejudicar as pessoas. Com o ocultismo,
Satanás espalha suas mentiras — incluindo
a mentira de que os mortos continuam vi-
vendo em algum outro lugar. (Leia Ecle-
siastes 9:5.) Satanás também usa o ocul-
tismo para deixar as pessoas com medo e
para desviá-las de Jeová. O que ele real-
mente quer é que as pessoas que praticam
o ocultismo confiem nos espíritos malig-
nos e não em Jeová.
COMO PODEMOS FICAR FIRMES
CONTRA OS ESPÍRITOS MALIGNOS
7 Como foi dito antes, Jeová nos diz o
que precisamos saber para não sermos en-
ganados por Satanás e pelos demônios. Va-
mos ver algumas coisas práticas que pode-
mos fazer para continuarmos firmes em
nossa luta contra os espíritos malignos.
8 Leia a Bíblia e medite nela. Esse é o
modo principal de nos protegermos das
6. (a) Como Satanás usa o ocultismo para preju-
dicar as pessoas? (b) De acordo com Eclesiastes
9:5, o que realmente acontece com os mortos?
7. O que Jeová nos diz?
8. (a) Qual é o modo principal de nos proteger-
mos dos espíritos malignos? (b) Como o Sal-
mo 146:4 derrota a mentira de Satanás sobre a
morte?
ABRIL DE 2019 21
 mentiras dos espíritos malignos. A Palavra
de Deus é como uma espada afiada. Ela
pode derrotar as mentiras que Satanás es-
palha e mostrar qual é a verdade. (Efé.
6:17) Por exemplo, a Bíblia mostra que os
mortos não podem se comunicar com os
vivos. (Leia Salmo 146:4.) Ela também
nos lembra de que a única pessoa que pode
predizer o futuro com exatidão é Jeová.
(Isa. 45:21; 46:10) Por isso, sempre se es-
force para ler a Bíblia e meditar nela. As-
sim, você vai estar preparado para rejeitar
e odiar as mentiras que os espíritos malig-
nos espalham.
9 Não se envolva com nada relacionado
ao ocultismo. Os cristãos verdadeiros não
praticam nenhuma forma de ocultismo.
Por exemplo, não visitamos médiuns espí-
ritas nem tentamos achar um jeito de nos
comunicar com os mortos. Assim como o
artigo anterior mostrou, não participamos
9. Quais são algumas práticas relacionadas ao
ocultismo?
22 A SENTINELA
de nenhum costume fúnebre ligado à cren-
ça de que os mortos continuam vivos em
algum lugar. Também não nos envolvemos
com astrologia nem com nenhuma forma
de tentar adivinhar o futuro. (Isa. 8:19)
Práticas como essas são muito perigosas
porque nos fazem ter contato direto com
Satanás e os demônios.
10 Livre-se de objetos relacionados com
o ocultismo. No primeiro século, algumas
pessoas na cidade de Éfeso estavam envol-
vidas com o ocultismo. Mas quando apren-
deram a verdade, elas tomaram uma atitu-
de drástica. A Bíblia diz: “Um bom número
dos que haviam praticado artes mágicas
juntaram seus livros e os queimaram dian-
te de todos.” (Atos 19:19) Essas pessoas
queriam mesmo tomar uma posição con-
10-11. (a) O que alguns efésios do primeiro sécu-
lo fizeram quando aprenderam a verdade? (b) De
acordo com 1 Coríntios 10:21, por que devemos
imitar o exemplo dos cristãos do primeiro século?
Como podemos fazer isso?
Imite os cristãos do
primeiro século: livre-se
de tudo que tenha
ligação com o ocultismo
e não se envolva com
entretenimento que
promova o ocultismo
(Veja os parágrafos 10 a 12.)
tra os espíritos malignos. Os livros de ma-
gia que tinham eram muito caros. Mas em
vez de darem os livros para alguém ou de
tentarem vendê-los, elas decidiram quei-
má-los. Para elas, agradar a Jeová era mui-
to mais importante do que o preço dos li-
vros.
11 Como podemos imitar o exemplo des-
ses cristãos do primeiro século? Se você ti-
ver qualquer objeto que tenha ligação com
o ocultismo — como um amuleto ou um
item que serve para proteger alguém de es-
píritos maus — seria melhor se livrar dele.
— Leia 1 Coríntios 10:21.
12 Analise com cuidado suas formas de en-
tretenimento. Pergunte-se: ‘Eu costumo ler
livros, revistas ou artigos na internet que
falam sobre o ocultismo? Será que alguns
dos filmes, músicas, programas de TV e jo-
gos que eu gosto têm algo a ver com o ocul-
12. Que perguntas devemos fazer sobre nossas
formas de entretenimento?
tismo? Eles falam de coisas como vampi-
ros, zumbis ou atividades sobrenaturais?
Eles fazem parecer que rituais mágicos,
feitiços e maldições são uma diversão ino-
fensiva?’ É claro que nem todo entreteni-
mento com histórias fantasiosas ou com
contos de fadas estão ligados ao ocultis-
mo. Por isso, quando for analisar suas for-
mas de entretenimento, esteja determina-
do a escolher coisas que não tenham nada
a ver com o que Jeová odeia. Devemos fa-
zer o máximo para “manter uma consciên-
cia limpa diante de Deus”. — Atos 24:16.1
13 Não fique contando histórias sobre os
1 Os anciãos não têm autorização para criar regras so-
bre entretenimento. Cada cristão deve usar sua cons-
ciência treinada pela Bíblia para escolher o que vai ler,
ver ou jogar. Os chefes de família devem se certificar de
que o entretenimento de sua família esteja de acordo
com os princípios bíblicos. — Veja o artigo “As Testemu-
nhas de Jeová proíbem certos filmes, músicas ou li-
vros?” no site jw.org˙. Acesse QUEM SOMOS ˛ PER-
GUNTAS FREQUENTES.
13. O que não devemos fazer?
ABRIL DE 2019 23

demônios. Temos que fazer assim como Je-
sus. (1 Ped. 2:21) Antes de vir à Terra, Je-
sus vivia no céu e sabia muitas coisas sobre
Satanás e os demônios. Mas ele não con-
tava histórias sobre o que esses espíritos
maus tinham feito. Jesus queria falar com
as pessoas sobre Jeová, e não ficar fazen-
do propaganda de Satanás. Nós podemos
imitar o exemplo de Jesus por não ficar es-
palhando histórias sobre os demônios. Em
vez disso, temos que mostrar que nosso
“coração se agita com algo bom”, ou seja,
com a verdade. — Sal. 45:1.
14 Não tenha medo exagerado dos espí-
ritos malignos. No mundo imperfeito em
que vivemos, coisas ruins podem acon-
tecer de uma hora para outra: acidentes,
doenças e até a morte. Mas não devemos
achar que os espíritos malignos são os cul-
pados de tudo. A Bíblia explica que “o tem-
po e o imprevisto” podem sobrevir a qual-
quer um. (Ecl. 9:11) Além disso, Jeová já
mostrou que é muito mais poderoso que
14-15. (a) Por que não devemos ter um medo
exagerado dos espíritos malignos? (b) Qual é uma
prova de que Jeová protege seu povo?
24 A SENTINELA
Não precisamos ter medo
dos espíritos malignos;
Jeová, Jesus e os anjos
são mais poderosos
(Veja os parágrafos 14 e 15.)
os espíritos malignos. Por exemplo, Jeová
não deixou Satanás matar Jó. (Jó 2:6) Na
época de Moisés, Jeová mostrou que tinha
mais poder que os sacerdotes-magos do
Egito. (Êxo. 8:18; 9:11) Jeová também deu
a Jesus o poder de expulsar Satanás e os
demônios do céu e de lançá-los para a Ter-
ra. E em breve, eles vão ficar presos no
abismo e não vão poder fazer mal a nin-
guém. — Apo. 12:9; 20:2, 3.
15 Hoje temos muitas provas de que
Jeová protege mesmo seu povo. Pense
nisto: nós temos que pregar e ensinar a
verdade na Terra inteira. (Mat. 28:19, 20)
Esse trabalho expõe as coisas ruins que o
Diabo faz. Sem dúvida, se Satanás pudes-
se, ele acabaria com todas as nossas ati-
vidades. Mas ele não consegue. Por isso,
não precisamos ter um medo exagerado
dos espíritos malignos. Nós sabemos que
“os olhos de Jeová percorrem toda a ter-
ra, para mostrar a sua força a favor da-
queles que têm o coração pleno para com
ele”. (2 Crô. 16:9) Se formos fiéis a Jeová,
os demônios não poderão nos causar ne-
nhum dano permanente.
 JEOVÁ ABENÇOA OS QUE ACEITAM
A AJUDA DELE
16 Ficar contra os espíritos malignos é
algo que exige coragem, principalmente
quando amigos ou parentes não entendem
nossa posição. Mas Jeová abençoa aqueles
que mostram coragem. Veja o exemplo de
uma irmã chamada Érica, que mora em
Gana. Quando tinha 21 anos, Érica aceitou
estudar a Bíblia. Mas ela era filha de um sa-
cerdote que praticava artes mágicas. Por
isso, sua família esperava que ela partici-
passe de um costume que envolvia comer a
carne que tinha sido oferecida aos deuses
de seu pai. Quando Érica se recusou a par-
ticipar, sua família considerou isso um in-
sulto aos deuses. Eles acreditavam que os
deuses iam castigá-la com doenças.
17 A família tentou obrigar Érica a parti-
cipar do costume, mas ela não cedeu. Por
causa disso, ela teve que sair de casa. Mas
algumas Testemunhas de Jeová a recebe-
ram em suas casas. Jeová abençoou Érica
com uma nova família — pessoas da mesma
fé que se tornaram irmãos e irmãs para ela.
(Mar. 10:29, 30) Apesar de ter sido expulsa
por seus parentes e de eles terem queima-
16-17. Dê um exemplo que mostra que ficar contra
espíritos malignos exige coragem.
QUAL É A SUA RESPOSTA?
˛ Como os espíritos malignos ˛ Como Jeová nos ajuda a
enganam as pessoas? ficar firmes contra os
espíritos malignos?
do as coisas dela, Érica continuou leal a
Jeová. Ela se batizou e hoje é pioneira re-
gular. Ela não tem medo dos demônios. So-
bre sua família, Érica diz: “Eu oro todo dia
para que minha família também conheça a
Jeová e sinta a liberdade que só podemos
ter quando servimos a nosso Deus amoro-
so.”
18 Nem todos nós vamos passar por um
teste de fé tão difícil assim. Mas todos te-
mos que ficar firmes contra os espíritos
malignos e confiar em Jeová. Se fizermos
isso, Jeová vai nos dar muitas bênçãos e
não vamos cair nas mentiras de Satanás.
Também não vamos deixar que o medo
exagerado dos demônios nos impeça de
servir a Jeová. Acima de tudo, nossa ami-
zade com Deus vai ficar ainda mais forte.
Por isso, esteja decidido a seguir o conse-
lho que o discípulo Tiago deu: “Sujeitem-
se a Deus; mas oponham-se ao Diabo, e ele
fugirá de vocês. Acheguem-se a Deus, e
ele se achegará a vocês.” — Tia. 4:7, 8.
18. Que bênçãos vamos ter se confiarmos em
Jeová?
________________________________________________________________________________________________________________________________
IMAGEM Página 24: Uma representação de Je-
sus como Rei poderoso no céu liderando um exér-
cito de anjos. Acima deles está o trono de Jeová.
˛ Que bênçãos recebemos
quando ficamos contra
os espíritos malignos?
CÂNTICO 150
Busquem a Deus para obter livramento
 HIST ÓRIA DE VIDA
WINSTON e Pamela (Pam) Payne servem
no Betel da Australásia. Eles viveram
muitas coisas boas juntos, mas também
tiveram alguns desafios. Eles precisaram
se adaptar a culturas diferentes e
enfrentaram a dor de perder um bebê
durante a gravidez. Apesar de tudo isso,
eles continuam amando muito a Jeová e
aos irmãos na fé, e nunca perderam a
alegria no ministério. Nesta entrevista,
vamos pedir para eles contarem
algumas experiências.
Winston, conte como foi a sua busca pela
verdade sobre Deus.
A minha família não era religiosa. Nós moráva-
mos numa fazenda bem afastada em Queens-
land, Austrália, e eu praticamente só tinha con-
tato com os membros da minha família. Com
uns 12 anos, comecei a querer saber mais sobre
Deus. Eu orei a Deus e pedi ajuda para aprender
a verdade sobre ele. Tempos depois, saí da fa-
zenda e arranjei um emprego em Adelaide, que
fica na Austrália do Sul. Aos 21 anos, fui passar
26 A SENTINELA
Nós achamos a
“pérola de grande valor”
ENTREVISTA COM WINSTON E PAMELA PAYNE
as férias em Sydney, e foi lá que conheci Pam.
Ela me falou sobre o israelismo-britânico, um
movimento religioso que acredita que os britâni-
cos são descendentes das chamadas “dez tribos
perdidas de Israel”. De acordo com essa teoria,
as dez tribos perdidas são as dez tribos do reino
do norte de Israel, que foram para o exílio entre
os anos 800 e 700 antes de Cristo. Quando vol-
tei para Adelaide, conversei sobre isso com um
colega de trabalho que tinha começado a estu-
dar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová. Fica-
mos algumas horas conversando, principalmente
sobre as crenças das Testemunhas de Jeová. Foi
aí que eu percebi — a oração que fiz quando
era criança estava sendo respondida. Eu estava
aprendendo a verdade sobre meu Criador e so-
bre seu Reino! Eu achei a “pérola de grande va-
lor”. — Mat. 13:45, 46.
Pam, você também começou a procurar essa
pérola quando era bem nova. Como você a
encontrou?
Eu cresci numa família religiosa. Morávamos
em Coffs Harbour, que fica no estado de Nova
Gales do Sul. Meus pais e meus avós seguiam as
ideias do israelismo-britânico. Eu, meu irmão
mais novo e minha irmã mais velha, além de mui-
tos primos, sempre fomos ensinados que Deus
favorece as pessoas de origem britânica. Mas eu
não estava muito convencida disso nem me sen-
tia achegada a Deus. Quando tinha 14 anos, visi-
tei várias igrejas da região: a anglicana, a ba-
tista, a adventista do sétimo dia e outras. Mas eu
ainda tinha fome espiritual.
Depois, nossa família se mudou para Sydney.
Foi então que conheci Winston, que estava pas-
sando as férias lá. Como ele já contou, nós tí-
nhamos muitas conversas sobre religião, e isso o
motivou a estudar a Bíblia com as Testemunhas
de Jeová. As cartas que ele me mandava vi-
nham cheias de textos da Bíblia! Para ser since-
ra, no começo eu fiquei preocupada — fiquei
até com raiva. Mas pouco a pouco fui enxergan-
do que o que ele falava parecia verdade.
Em 1962, me mudei para Adelaide para ficar
mais perto de Winston. Ele tinha conseguido um
lugar para eu morar — a casa de Thomas e Jani-
ce Sloman. Eles eram um casal de Testemunhas
de Jeová que já tinham servido como missioná-
rios na Papua-Nova Guiné. Eles me trataram
muito, muito bem. Eu só tinha 18 anos, e eles me
ajudaram muito a crescer espiritualmente. Então
eu também comecei a estudar a Bíblia e logo me
convenci de que tinha encontrado a verdade.
Depois que eu e Winston nos casamos, nós logo
embarcamos numa vida de serviço a Jeová que
nos trouxe muitas recompensas. É verdade que
tivemos dificuldades, mas aprendemos a amar
ainda mais a pérola que tínhamos achado.
Winston, conte para nós como foram os primeiros
anos de vocês no serviço de Jeová.
Pouco tempo depois de nosso casamento,
Jeová começou a abrir muitas ‘portas amplas
para atividade’. (1 Cor. 16:9) Quem nos mostrou
a primeira porta foi o irmão Jack Porter. Na
época, ele era nosso superintendente de circui-
to. (Hoje, nós servimos juntos na Comissão de
Filial do Betel da Australásia.) Jack e sua espo-
sa, Roslyn, nos incentivaram a ser pioneiros re-
gulares. Tivemos o privilégio de ficar nesse servi-
ço por cinco anos. Quando eu tinha 29 anos,
fomos convidados para o serviço de circuito nas
ilhas do Pacífico Sul, que naquela época eram
cuidadas pelo Betel de Fiji. Nossa designação pe-
gava a Samoa Americana, Samoa, Kiribati, Nau-
ru, Niue, Tonga, Toquelau, Tuvalu e Vanuatu.
Naquele tempo, as pessoas das ilhas mais
afastadas desconfiavam muito das Testemunhas
de Jeová. Por isso, tínhamos que ser cuidadosos
e prudentes. (Mat. 10:16) As congregações eram
pequenas, e nem sempre elas tinham hospeda-
gens para nós. Então, nós costumávamos pedir
hospedagem para os moradores dos vilarejos, e
eles sempre eram muito bondosos com a gente.
Winston, você se interessa bastante pelo traba-
lho de tradução. Como esse interesse começou?
Naquela época, os irmãos da ilha de Tonga
só tinham uns poucos folhetos e livretos em
tonganês, um idioma da região da Polinésia.
Para dirigir estudos, eles usavam o livro A Ver-
dade Que Conduz à Vida Eterna em inglês. En-
tão, tivemos uma escola para anciãos de qua-
tro semanas. Três irmãos que não sabiam inglês
muito bem concordaram em traduzir o livro
Verdade para o tonganês. Pam datilografou todo
o manuscrito do livro, e nós o enviamos para ser
impresso no Betel dos Estados Unidos. O projeto
todo levou umas oito semanas. Embora a quali-
dade da tradução não fosse lá essas coisas, o li-
vro ajudou muitas pessoas que falam tonganês a
aprender a verdade. Pam e eu não somos tradu-
tores, mas essa experiência nos fez ter interesse
nesse trabalho.
Pam, como era a vida nas ilhas em comparação
com a vida na Austrália?
Era muito diferente! Dependendo da região, tí-
nhamos que lidar com enxames de mosquitos,
muito calor e umidade, ratos, doenças e, às ve-
zes, com a falta de comida. Para compensar, no
fim de cada dia podíamos relaxar com uma vista
maravilhosa do oceano. Nós morávamos numa
fale — nome samoano para uma casa típica da
Polinésia feita com telhado de sapé e sem pa-
redes. Nas noites com luar, conseguíamos enxer-
gar os contornos das palmeiras e o reflexo da lua
ABRIL DE 2019 27
A
KIRIBATI
NAURU TOQUELAU
PAPUA-NOVA
GUIN É B
TUVALU

SAMOA

SAMOA
FIJI
VANUATU AMERICANA

NIUE

TONGA
AUSTRÁLIA
Coffs Harbour
NOVA
N C
Adelaide Sydney
ZELÂNDIA

A. Um mapa de nossas viagens no serviço de circuito

B. Selos de algumas ilhas. Kiribati e Tuvalu eram
chamadas antes de ilhas Gilbert e Ellice.
C. A bela ilha de coral em Funafuti, Tuvalu. Essa
foi uma das muitas ilhas que visitamos antes
de Betel designar missionários para lá.
D. Às vezes, nosso veículo servia de casa durante
o serviço de circuito
E. Dirigindo uma saída de campo na ilha de Niue
F. Pam lavando nossas roupas em Tonga
G. Servindo como instrutor de uma escola para
anciãos em Samoa

E F

G
no oceano. Eram momentos tão lindos que
nos faziam meditar e orar. Conseguíamos
deixar os pensamentos negativos de lado e
nos concentrar nos positivos.
Nós amávamos as crianças! Elas eram
muito divertidas e ficavam bem curiosas
quando viam a gente, dois estrangeiros
brancos. Uma vez, quando estávamos visi-
tando Niue, um menininho chegou e esfre-
gou a mão no braço peludo de Winston, di-
zendo: “Eu gostei das suas penas.” Acho
que o menininho nunca tinha visto um bra-
ço peludo como aquele e não sabia nem
que palavra usar para descrevê-lo!
Ver as condições ruins em que muitas
pessoas moravam era de partir o coração.
Elas estavam cercadas de paisagens lin-
das, mas tinham um sistema de saúde pre-
cário e pouca água potável. Mas nossos
irmãos nem pareciam se incomodar. Aquilo
era normal para eles. Só o fato de ter a fa-
mília por perto, ter um lugar para adorar a
Jeová e poder servir a ele já os deixava feli-
zes. O exemplo deles nos ajudou a focar no
que é importante e a manter uma vida sim-
ples.
Às vezes, Pam, você tinha que conseguir
água e cozinhar em circunstâncias total-
mente diferentes. Como foi lidar com isso?
Eu devo muito ao meu pai. Ele me en-
sinou muitas coisas úteis. Por exemplo,
como acender uma fogueira, como cozi-
nhar nela e como me virar com poucas
coisas. Quando fizemos uma visita em Kiri-
bati, ficamos numa casinha com telhado de
sapé, piso de coral e paredes de bambu.
Para cozinhar, eu tinha que cavar um bura-
co e fazer uma fogueira. Eu jogava cascas
de coco no buraco para manter o fogo ace-
so. Para conseguir água, eu tinha que ficar
na fila de um poço com outras mulheres.
Elas tiravam água usando algo parecido
com uma vara de pescar: um bastão de
quase dois metros com uma corda fininha presa
em uma das pontas. Só que em vez de um an-
zol na ponta da corda, elas colocavam uma
lata. Uma de cada vez jogava sua cordinha no
poço e, no momento certo, fazia um movimen-
to rápido com o pulso. A lata virava de lado e en-
chia de água. Eu pensei: ‘Que fácil!’ Até que che-
gou a minha vez. Joguei a cordinha várias
vezes, mas toda vez a lata batia na água e ficava
flutuando! Depois que todas as mulheres para-
ram de rir, uma delas veio me ajudar. As pessoas
de lá são muito prestativas e bondosas.
Vocês dois amaram muito a designação nas ilhas.
Podem contar alguns momentos especiais que
tiveram lá?
Winston: Levou um tempo para aprendermos
certos costumes. Por exemplo, quando os ir-
mãos faziam uma refeição, eles davam toda a
comida para gente. Só que não sabíamos que o
costume era deixar uma parte para eles come-
rem. Por isso, comíamos tudo! É claro que, de-
pois que descobrimos como as coisas funciona-
vam, nós deixávamos comida para eles. Apesar
das nossas gafes, os irmãos eram compreensi-
vos. E quando voltávamos, mais ou menos a
cada seis meses, para visitá-los no serviço de
circuito, eles ficavam empolgados. Afinal, éra-
mos as únicas Testemunhas de Jeová que eles
conheciam além dos membros de sua própria
congregação.
As nossas visitas também davam um bom
testemunho nas comunidades. Muitos morado-
res achavam que as Testemunhas de Jeová
eram uma religião inventada pelos irmãos dali.
Mas quando viam um ministro e sua esposa, que
tinham vindo de outro país, os moradores enten-
diam que a congregação da vila fazia parte de
uma organização mundial e ficavam impressio-
nados.
Pam: Eu me lembro com muito carinho
de algo que aconteceu em Kiribati. A congrega-
ção de lá só tinha poucos irmãos e só um an-
cião, Sínakai Mátera. Ele fazia de tudo para
ABRIL DE 2019 29
cuidar bem de nós. Um dia, ele veio com uma
cesta que tinha apenas um ovo. Ele disse: “Para
vocês.” Conseguir um ovo de galinha ali era algo
raro. Aquele pequeno gesto de generosidade nos
emocionou muito.
Pam, alguns anos depois, você perdeu um bebê
durante a gravidez. O que ajudou você a lidar
com isso?
Eu fiquei grávida em 1973 enquanto está-
vamos no Pacífico Sul. Daí, voltamos para a Aus-
trália, mas quatro meses depois perdemos o
bebê. Winston também ficou arrasado; afinal,
era o filho dele também. A minha dor foi dimi-
nuindo com o tempo, mas ela só sarou comple-
tamente quando recebemos a Sentinela de
15 de abril de 2009. O artigo em “Perguntas
dos Leitores” trazia a questão: “Existe esperança
de ressurreição para um bebê que morre no ven-
tre da mãe?” O artigo nos lembrou de que isso
é algo que está nas mãos de Jeová, e ele sem-
pre faz o que é certo. Por amor, ele vai ordenar
que seu Filho ‘desfaça as obras do Diabo’ e cure
todas as feridas que este mundo perverso nos
Winston e Pam no Betel da Australásia
30 A SENTINELA
causou. (1 João 3:8) Esse artigo nos fez dar
ainda mais valor a essa “pérola” preciosa que só
o povo de Jeová tem. O que seria de nós se não
tivéssemos a esperança que o Reino nos dá?
Depois que perdemos nosso bebê, voltamos
para o serviço de tempo integral. Ficamos al-
guns meses no Betel da Austrália e depois fomos
novamente para o serviço de circuito. Em 1981,
depois de quatro anos como viajantes nas áreas
rurais de Nova Gales do Sul e em Sydney, fomos
chamados para Betel, e é onde estamos desde
então.
Winston, acha que o tempo que serviu nas
ilhas do Pacífico Sul ajudou você em seu
trabalho como membro da Comissão de Filial
do Betel da Australásia?
Sim, e de vários modos. Primeiro, a Austrália
foi designada para cuidar da obra na Samoa
Americana e em Samoa. Depois, houve a fusão
entre as sedes da Austrália e da Nova Zelândia.
Agora, o território cuidado pelo Betel da Austra-
lásia inclui Austrália, as ilhas Cook, Niue, Nova
Zelândia, Samoa Americana e Samoa, Timor-Les-
te, Tonga e Toquelau — lugares que já tive o privi-
légio de visitar como representante da filial. A
experiência que tive ao trabalhar nas ilhas com
esses irmãos e irmãs fiéis me ajuda muito, já que
agora eu posso servir a eles daqui de Betel.
Antes de terminar, eu gostaria de dizer que,
assim como aconteceu com Pam e comigo, não
são apenas os adultos que procuram por Deus.
Os jovens também querem essa “pérola de gran-
de valor” — mesmo que o resto da família não te-
nha interesse. (2 Reis 5:2, 3; 2 Crô. 34:1-3) Sem
dúvida, Jeová é um Deus amoroso e ele quer que
todos, jovens e adultos, ganhem a vida!
Quando eu e Pam começamos a procurar
a verdade mais de cinquenta anos atrás, nem
tínhamos ideia de aonde essa busca ia nos le-
var. Com certeza, a verdade do Reino é uma pé-
rola que não tem preço. E nós estamos decididos
a segurar essa pérola preciosa com toda a nossa
força!
 VOCÊ SABIA?
O que uma pessoa tinha que fazer para viajar de navio no passado?
EM GERAL, na época do apóstolo Paulo, não exis-
tiam navios que transportavam apenas passa-
geiros. Para viajar de navio, a pessoa tinha que
perguntar a outros se eles sabiam de algum na-
vio comercial (de carga) que estivesse indo para
o mesmo destino dela. A pessoa também procu-
rava saber se esse navio estaria disposto a le-
var passageiros. (Atos 21:2, 3) Se um navio não
estivesse indo exatamente para onde a pessoa
queria ir, ela podia pegar o navio, descer em al-
gum porto que estivesse na rota e procurar outro
navio que fosse para mais perto de seu destino.
— Atos 27:1-6.
As viagens pelo mar aconteciam, na maioria das
vezes, em períodos específicos do ano. Os navios
não tinham uma programação fixa. Uma viagem
de navio podia ser adiada não apenas por causa
de tempo ruim, mas por causa de superstições.
Por exemplo, se os marinheiros vissem um corvo
grasnando em cima das cordas do navio ou se vis-
sem destroços de um navio nas margens do mar,
isso era um mau presságio. Por outro lado, se che-
gassem ventos favoráveis, os marinheiros podiam
aproveitá-los e partir imediatamente. Depois que
a pessoa encontrava um navio para viajar, ela fi-
cava com sua bagagem perto do porto e esperava
o anúncio de que o navio estava partindo.
Na Roma antiga, havia um jeito mais fácil de en-
contrar um navio para viajar. O historiador Lionel
Casson diz: “O porto de Roma ficava na foz do
rio Tibre. Bem perto da cidade de Óstia, havia
uma grande área aberta cercada de escritórios.
Muitos desses escritórios pertenciam a exporta-
dores de vários portos: um era dos exportadores
de Narbonne [a atual França], outro era dos ex-
portadores de Cartago [atual Tunísia] . . . e assim
por diante. Qualquer um que estivesse procuran-
do um navio para viajar tinha apenas que consul-
tar os escritórios das cidades que fizessem parte
de sua rota.”
O navio era um meio rápido de viajar, mas com
alguns riscos. Em suas viagens missionárias, o
apóstolo Paulo enfrentou naufrágios várias vezes.
— 2 Cor. 11:25.
ABRIL DE 2019 31
34567 ˙
VEJA MAIS NO JW.ORG
April 2019  Vol. 140, No. 5 PORTUGUESE (Brazilian Edition)

IMITE A SUA F É
NESTA REVISTA Jonat ã
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
— “Nada pode impedir Jeová”
Estudo 14  3 a 9 de junho 2 Jonatã liderou um ataque de dois
Você está ‘realizando plenamente homens contra um posto avançado
o seu ministério’? cheio de homens armados. O final
dessa história é emocionante.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(Acesse ENSINOS BÍBLICOS ˛ FÉ EM DEUS.)
Estudo 15  10 a 16 de junho 8
Imite Jesus e continue em paz
A B ÍBLIA MUDA A VIDA DAS PESSOAS
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Finalmente fiz as pazes
Estudo 16  17 a 23 de junho 14
com meu pai
Defenda a verdade sobre a morte Renée saiu de casa aos 14 anos porque seu
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ pai era violento. O que ajudou os dois a fazer
Estudo 17  24 a 30 de junho 20 as pazes anos depois?
(Acesse ENSINOS BÍBLICOS ˛
Aceite a ajuda de Jeová para ficar firme
PAZ E FELICIDADE.)
contra espíritos malignos
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

HISTÓRIA DE VIDA 26
Nós achamos a “pérola de grande valor”
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

VOC Ê SABIA? 31
O que uma pessoa tinha que fazer
para viajar de navio no passado?

IMAGEM DA CAPA:
Depois de ser ressuscitado, Jesus
Esta revista não é vendida. Ela faz parte de um trabalho se encontra com seus discípulos e
voluntário para ajudar as pessoas no mundo todo a entender dá a ordem: “Vão e façam discípulos.”
a Bíblia. As despesas desse trabalho são cobertas por (Veja o estudo 14, parágrafo 1.)
donativos. Para fazer um donativo, acesse donate.jw.org.
Se não houver nenhuma observação, os textos bíblicos citados Entre no site jw.org˙ ou capture o código
nesta revista são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.

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A Sentinela, abril de 2019. A Sentinela e publicada mensalmente pela
Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., Wallkill, New York,
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U.S.A., e pela Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados, Cesario
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Lange, Sao Paulo, Brasil. ˘ 2018 Watch Tower Bible and Tract Society of
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Pennsylvania e Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados. Todos os
direitos reservados. Impressa no Brasil.