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Bom dia, o meu nome é Rafael e hoje estou aqui para fazer uma apresentação

sobre o capítulo número 17 da obra “O Ano da Morte de Ricardo Reis” de José


Saramago.
O capítulo começa com a filmagem de uma cena de uma rusga da polícia,
dirigida por Lopes Ribeiro. Nela participam o Victor, que é o chefe, e outros agentes,
que são os ajudantes dele. Ao decorrer da rusga, um dos bandidos consegue fugir e
victor mostra-se empenhado no seu trabalho e ao mesmo tempo um personagem
stressado que não se conforma com a ideia de terem deixado fugir um dos bandidos
pois preocupa-se com a ideia de a polícia ficar malvista. No entanto, o realizador
tranquiliza Victor, afirmando que não havia problema, pois caso o tivessem apanhado
acabava-se o filme.
Mais tarde, podemos encontrar o Ricardo Reis a ler os jornais, mas observamos
que se mostra indiferente face às notícias do mundo. E o próprio narrador afirma a
seguinte frase acerca de Reis “o que eu não quero saber, não existe, o único problema
verdadeiro é como jogará o cavalo da rainha, e se lhe chamo verdadeiro problema não
é porque o seja realmente, mas porque não tenho outro.”
Os jornais na obra, funcionam como o elo de ligação entre o tempo histórico de
1936 e o tempo da narrativa, contribuindo para a apresentação dos acontecimentos
políticos mais importantes desse ano. E no meu capítulo apresentam o golpe militar
em Espanha. Ao longo do capítulo o narrador prossegue com a narrativa do golpe e,
entretanto, refere uma frase que na minha opinião aproxima-se da maneira de Reis de
ver a vida “é bem verdade que não somos nada neste mundo, por mais que isto se
repita e todos os dias o demonstrem, sempre nos custa a acreditar”, mostrando que o
narrador até acaba por concordar com a filosofia de vida de Reis em alguns aspetos…
Entretanto Ricardo Reis encontra-se com Lídia, que acaba de regressar das suas
férias, e conta-lhe o que se passa em Espanha, esta mostra-se incapaz de compreender
afirmando não ter nenhuma instrução e então o medico explica-lhe as motivações
para o golpe. No entanto visão diferente tem o meio irmão de Lídia, Daniel, e ela
questiona o médico, com os argumentos do irmão, tentando desperta-lo da apatia e
credulidade com que recebe a informação dos jornais. Em seguida o tema de conversa
muda e discutem sobre a decisão de “deixar vir a criança”, Reis pede a Lídia que pense
bem, ao que ela responde de uma forma irónica que se calhar não pensa e ri-se.
Em seguida o golpe militar em Espanha fracassa e dá-se início á guerra civil
espanhola e Ricardo Reis anseia por conversar com Fernando Pessoa acerca desse
assunto, mas Pessoa não aparece. Consequentemente Reis vai até o cemitério dos
prazeres e o poeta aparece ao seu lado, invisível, e por fim os dois conversam sobre a
guerra civil espanhola.
Durante a leitura deste capítulo encontrei duas referências feitas por
Saramago. A primeira é durante a conversa de Reis com Lídia, quando o médico diz
“Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive”, esta frase pertence a um
verso de uma Ode de Ricardo Reis chamada “Para ser grande, sê inteiro: nada”, e na
minha opinião esta referencia teve como objetivo ligar o Ricardo Reis personagem da
obra de Saramago, ao Ricardo Reis heterónimo de Fernando Pessoa.

A segunda é uma referência bíblica, que se encontra quando Saramago fala


sobre o crescimento das inscrições para a mocidade portuguesa onde diz “Este é o
meu corpo, este é o meu sangue”. Tal referência tem como objetivo mostrar que servir
o pais era como se fosse algo em que as crianças se comprometessem de corpo e alma
e que faziam isso antes da idade obrigatória voluntariamente pelo instinto de cumprir
o seu dever.

Por fim eu gostava de referir duas frases que eu gostei muito particularmente,
uma dita pela Lídia e outra por Fernando Pessoa. A frase dita por Lídia captou a minha
atenção pois gostei muito da sua definição acerca do que é o povo, que nos deixa a
refletir, ou pelo menos que me deixou a mim, sobre o facto de que muitas vezes
acabamos por nos submeter a coisas contra os nossos próprios ideais.

“O povo é isto que eu sou, uma criada de servir que tem um irmão revolucionário e se
deita com um senhor doutor contrário as revoluções”

A outra frase que é dita por Fernando Pessoa transmite uma ideia com a qual
eu me identifico bastante, e que acho de extrema importância. A ideia de que estamos
em uma constante mudança e de que não há problema em mudar de opinião em um
determinado assunto com o passar dos anos porque o ser humano esta em constante
evolução e aprendizagem.

“Você esquece a importância das contradições, uma vez fui eu ao ponto de admitir que
a escravatura fosse uma lei natural da vida das sociedades sãs, e hoje não sou capaz de
pensar o que penso do que então pensava e me levou a escreve-lo”

E é com estas duas reflexões que acabo a minha oral, pois é realmente este o
intuito de Saramago, o de fazer o leitor refletir sobre questões importantes da
sociedade.

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