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Dissertação de Mestrado
ii
Rachel Jardim Martini
iii
iv
Agradecimentos
Aos colegas Fernanda, Tathiana, Lucas e Charles, pela essencial ajuda nas
atividades de campo;
Aos meus pais, Márcia e Rogério, e meus irmãos, Renata e Júnior, pela motivação
sempre constante;
v
Resumo
vi
Abstract
The tailings generated by iron mining in Brazil are already in big quantities and
increase in a huge speed. These are arranged in known structures such as
embankment or piles, which demands mostly large areas inside the mine complex.
The limitations of natural source as well as new areas for waste disposal have
leaded a paradigm change. Studies about tailing reuse have been increased in the
last decades and deposition pattern in already built structures became a necessity.
Therefore, this study aimed the application of a geophysical technique known as
Ground Penetrating Radar (GPR) in order to define the existence of sedimentation
patterns in the subsurface of the Diogo’s embankment and the Monjolo’s tailing
piles in Rio Piracicaba (Minas Gerais). This technique consists in the emission
and reception of electromagnetic waves in the subsurface via antennas. This work
used the antenna of 100 and 200 MHz and a methodology for GPR application in
reservoirs was developed. Different textures in submerged soil reservoir were
observed from the survey of geophysical data, obtained using the technique of
single reflection profiles. The GPR profiles presented clear images of the reservoir
bed and the internal sedimentary structures could be recognized. The main
contribution of the GPR images for the piles and embankment operations in the
iron mining’s complex is the knowledge of deposition lines, which might indicate
the concentration points and critical trends handling these wastes.
vii
Sumário
1. Introdução ................................................................................................................... 1
1.1 Objetivos ............................................................................................................... 3
1.2 Caracterização da Dissertação................................................................................ 4
2. Revisão Bibliográfica: ................................................................................................. 5
2.1 Histórico da mineração no Brasil e em Minas Gerais ............................................. 5
2.2 Etapas e processos gerais de uma mineração de ferro ............................................. 6
2.3 Principais características dos rejeitos de mineração de ferro ................................... 7
2.4 Métodos para disposição de rejeitos em mineração ................................................ 9
2.5 Estruturas de disposição de rejeitos em complexo minerário de ferro ..................... 9
2.5.1 Barragens de contenção ...................................................................................... 9
2.5.2 Pilha de rejeitos ................................................................................................ 13
2.6 Principais impactos ambientais decorrentes da mineração .................................... 13
2.7 Métodos para investigação geotécnica ................................................................. 15
2.7.1 Métodos Diretos para investigação geotécnica .................................................. 15
2.7.2 Métodos Indiretos para investigação geotécnica ................................................ 16
2.7.3 Método sísmico ................................................................................................ 17
2.7.4 Métodos geoelétricos ........................................................................................ 19
2.7.4.1 Método da Eletroresistividade ........................................................................ 20
2.7.4.2 Método da polarização induzida ..................................................................... 20
2.7.4.3 Método potencial espontâneo ......................................................................... 20
2.7.5 Método GPR – Ground Penetrating Radar ....................................................... 20
2.7.5.1 Técnicas de aquisição .................................................................................... 25
2.8 Comportamento típico do sinal no radargrama ..................................................... 28
2.9 Comparativo entre GPR e método sísmico (ou sismográfico) ............................... 32
3. Metodologia .............................................................................................................. 34
3.1 Locais de estudo .................................................................................................. 34
3.2 Método de investigação geofísica empregado - GPR ............................................ 39
3.3 Procedimento de Montagem ................................................................................ 39
3.3.1 Antenas ............................................................................................................ 39
viii
3.3.2 GPR SIR 3000 .................................................................................................. 40
3.4 Procedimentos para utilização do GPR ................................................................ 41
3.5 Processamento dos dados ..................................................................................... 42
3.6 Definição dos procedimentos de uso do GPR em barragens ................................. 45
3.7 Caracterização das amostras ................................................................................ 46
3.7.1 Condutividade Elétrica ..................................................................................... 47
3.7.2 Análise Mineralógica ........................................................................................ 47
3.7.3 Determinação da massa específica dos grãos ..................................................... 48
3.7.4 DRX/Fluorescência .......................................................................................... 48
3.7.5 Determinação do teor de umidade de solos ........................................................ 51
3.7.6 Análise Granulométrica .................................................................................... 51
4. Aplicação do GPR nas estruturas minerárias .............................................................. 53
4.1 Utilização do GPR no complexo minerário .......................................................... 53
4.2 Pilha do Monjolo ................................................................................................. 53
4.3 Barragem do Diogo ............................................................................................. 58
4.4 Batimetria............................................................................................................ 66
5. Resultados ................................................................................................................. 68
5.1 Caracterização das amostras ................................................................................ 68
5.1.1 Condutividade Elétrica ..................................................................................... 68
5.1.2 Análise Mineralógica ........................................................................................ 69
5.1.3 Determinação da massa específica .................................................................... 69
5.1.4 DRX/Fluorescência .......................................................................................... 70
5.1.5 Determinação do teor de umidade de solos ........................................................ 72
5.1.6 Análise Granulométrica .................................................................................... 72
5.2 Perfis GPR .......................................................................................................... 73
5.2.1 Barragem de Três Marias .................................................................................. 73
5.2.2 Barragem do Diogo .......................................................................................... 77
5.2.2.1 SETOR 01 ..................................................................................................... 77
5.2.2.2 SETOR 02 ..................................................................................................... 84
5.2.2.3 SETOR 03 ..................................................................................................... 88
5.2.3 Pilha do Monjolo .............................................................................................. 94
6. Discussão ................................................................................................................ 101
7. Conclusão ............................................................................................................... 105
8. Trabalhos Futuros ................................................................................................... 106
ix
9. Referências bibliográficas ....................................................................................... 107
ANEXO A .................................................................................................................. 115
ANEXO B .................................................................................................................. 117
ANEXO C .................................................................................................................. 125
x
Lista de figuras
xi
Figura 30 - Survey Wheel e o cabo para movimentação com antena (a) de 200 MHz e (b)
de 100 MHz. .................................................................................................................. 40
Figura 31 - GPR SIR 3000 com equipamento de sustentação e quebra-sol instalados. .... 40
Figura 32 - Painel de Controle (a) e Portas de comunicação de periféricos (b). .............. 40
Figura 33 - Survey Wheel com detalhe para o encoder acoplado.................................... 42
Figura 34 - Perfil 134 – Tempo de 45ns referente à subsuperfície. ................................. 44
Figura 35 - Sequência de acomodação da antena de 200 MHz. ...................................... 45
Figura 36 - Utilização de colete salva-vidas. ................................................................... 46
Figura 37 - Ensaio de determinação de condutividade elétrica. ..................................... 47
Figura 38 - Equipamento de espectrometria de fluorescência de raios-X. ...................... 48
Figura 39 - Equipamento para difração de raios-X. ........................................................ 49
Figura 40 - Introdução e compactação das amostras na porta-amostra. ........................ 49
Figura 41 - Material P1, (a) antes e (b) depois da moagem. ........................................... 50
Figura 42 - Material B1, (a) antes e (b) depois da moagem. ........................................... 50
Figura 43 - Moinho Planetário utilizado, (a) aberto e (b) fechado. ................................. 50
Figura 44 - Material antes da secagem em estufa, (a) P1 e (b) B1. ................................. 51
Figura 45 - Ensaio de peneiramento – agitador mecânico. ............................................. 52
Figura 46 - Veículo adequado para acesso. .................................................................... 53
Figura 47 - Utilização do GPR na Pilha do Monjolo. ....................................................... 54
Figura 48 - Visão completa da Pilha do Monjolo (a) e indicação de posição dos perfis (b).
..................................................................................................................................... 55
Figura 49 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das
interseções dos perfis na Pilha do Monjolo (malha). ...................................................... 56
Figura 50 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das
interseções dos perfis na Pilha do Monjolo (perfis paralelos)......................................... 57
Figura 51 - Fixação e instalação da antena no bote. ....................................................... 58
Figura 52 - Bote perpendicular ao barco e posicionamento do GPS. .............................. 59
Figura 53 - Instalação da antena de GPS na margem. .................................................... 59
Figura 54 - Acesso e interferências: Barragem do Diogo. ............................................... 59
Figura 55 - Vista da barragem, setor norte e sul (pontilhados vermelhos representam os
perfis). .......................................................................................................................... 59
Figura 56 - Barragem do Diogo – identificação dos setores pesquisados. ....................... 61
Figura 57 - Aspecto visual da lama depositada na barragem do Diogo ........................... 61
Figura 58 - Concentração de material. ........................................................................... 62
Figura 59 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das
interseções dos perfis para o setor 01. .......................................................................... 63
xii
Figura 60 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das
interseções dos perfis para o setor 02. .......................................................................... 64
Figura 61 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das
interseções dos perfis para o setor 03. .......................................................................... 65
Figura 62 - Superposição da batimetria com a localização dos perfis. ............................ 67
Figura 63 - Fotografia tirada com Lupa Eletrônica do material P1 (Zoom 120x) .............. 69
Figura 64 - Resultados de DRX para (a) amostras E1, (b) amostras B1 e (c) amostras P1. 71
Figura 65 - Curva granulométrica dos materiais P1, B1 e E1........................................... 72
Figura 66 - Radargrama de GPR, de 100 MHz, com detalhe da posição da aquisição pelo
GPS – seção 90 (Amplificação vertical ≈ 11) ................................................................... 74
Figura 67 - Radargrama de GPR, de 200 MHz, com detalhe da posição da aquisição pelo
GPS – seção 94 (Amplificação vertical ≈ 3) ..................................................................... 75
Figura 68 - Radargrama do GPR de 200 MHz – seção 60 (Amplificação vertical ≈ 13) ..... 76
Figura 69 - Barragem do Diogo – identificação dos setores pesquisados. ....................... 77
Figura 70 - Seção 123 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 79
Figura 71 - Seção 124 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 79
Figura 72 - Seção 125 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 80
Figura 73 - Seção 126 – Direção Oeste-Leste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 80
Figura 74 - Seção 127 – Direção Norte-Sul, com interpretação (Amplificação vertical ≈
11) ................................................................................................................................ 81
Figura 75 - Seção 134 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 83
Figura 76 - Seção 135 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 11) ..................................................................... 83
Figura 77 - Seção 115 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 3) ............................................................................................. 85
Figura 78 - Seção 117 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 4) ............................................................................................. 85
Figura 79 - Seção 118 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 4) ............................................................................................. 86
Figura 80 - Seção 119 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 4) ....................................................................... 86
Figura 81 - Seção 120 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 4) ....................................................................... 87
xiii
Figura 82 - Seção 121 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 87
Figura 83 - Seção 128 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 89
Figura 84 - Seção 129 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 89
Figura 85 - Seção 130 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 90
Figura 86 - Seção 131 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 92
Figura 87 - Seção 132 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 92
Figura 88 - Seção 133 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 93
Figura 89 - Pilha do Monjolo - posição dos perfis. .......................................................... 94
Figura 90 - Pilha do Monjolo – perfis verticais, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 2) ....................................................................... 96
Figura 91 - Pilha do Monjolo – perfis horizontais, (a) com interpretação (b) e sem
interpretação (Amplificação vertical ≈ 2) ....................................................................... 97
Figura 92 - Seção 107 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 98
Figura 93 - Seção 108 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 98
Figura 94 - Seção 109 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 99
Figura 95 - Seção 110 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação
(Amplificação vertical ≈ 5) ............................................................................................. 99
Figura 96 - Seção 111-112 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 5) ..................................................................... 100
xiv
Lista de Tabelas
xv
Lista de Abreviaturas
ANA - Agência Nacional de Águas
EM - eletromagnético
IP - Polarização Induzida
xvi
“Minas são muitas. Porém, poucos são
aqueles que conhecem as mil faces das Gerais”
xvii
1. Introdução
1
Quantidade Total de Rejeitos gerados nos
últimos 5 anos
2012
2011
Anos
2010
2009
2008
Milhões
Toneladas
4.000.000
-
2008 2009 2010 2011 2012
Por outro lado, a gestão da água, consumida e liberada, durante a mineração está
diretamente relacionada à questão dos sedimentos, por ser o principal meio de
transporte destes sedimentos até o local provisório ou definitivo de estocagem.
Esta é a principal motivação para o desenvolvimento deste projeto, que tem como
objetivo analisar por meio da técnica de GPR (Ground Penetrating Radar) as
características de deposição de rejeitos gerados por uma mineração de ferro.
2
No presente trabalho, a metodologia foi aplicada à Mina de Água Limpa
localizada no Município de Rio Piracicaba (Minas Gerais), cuja área se encontra
no Quadrilátero Ferrífero. Dentro do complexo minerário, foi realizado um
diagnóstico das condições atuais da barragem do Diogo e do empilhamento do
Monjolo.
O GPR é um método que utiliza a técnica indireta para investigação das estruturas
de subsuperfície. Esta tecnologia é caracterizada como método não-invasivo, o
qual permite extrair informações ao longo do perfil de solo sem perfurar, sondar
ou escavar. O equipamento emite e recebe ondas EM (eletromagnéticas), por meio
das antenas posicionadas na superfície, e gera perfis denominados radargramas,
que representam a subsuperfície ao longo do terreno amostrado.
1.1 Objetivos
3
Os objetivos específicos são:
Neste primeiro capítulo foi apresentada a introdução do trabalho, assim como sua
justificativa e objetivos, geral e específicos. No capítulo 2 será discutido um breve
histórico da mineração no Brasil, e mais especificamente em Minas Gerais, e seus
principais processos e etapas. Serão conceituadas as principais estruturas do
Complexo minerário, sendo estas: Barragem de rejeitos, Pilhas de rejeitos e a
Usina de Beneficiamento. As principais características dos rejeitos específicos da
mineração de ferro e métodos de disposição dos rejeitos mais utilizados pelas
mineradoras também serão apresentados. Os principais problemas ambientais
relacionados com esta disposição de rejeitos também serão detalhados. Ao final,
os principais métodos de investigação geotécnica serão abordados (diretos e
indiretos), enfatizando a utilização do equipamento GPR, que foi a técnica
empregada.
4
2. Revisão Bibliográfica:
5
2.2 Etapas e processos gerais de uma mineração de ferro
Estéril
6
De acordo com Espósito (2000), os processos existentes em uma mineração de
ferro têm a finalidade de regularizar o tamanho dos fragmentos, remover minerais
associados sem valor econômico e aumentar a qualidade, pureza ou teor do
produto final. Estes procedimentos são muito variados, pois basicamente
dependem do tipo e da qualidade do minério a ser extraído. Os tratamentos mais
comumente utilizados são: britagem, moagem, peneiramento, lavagem, secagem,
calcinação e concentração. Entre os processos de concentração, têm-se como os
mais comuns a concentração por densidade (espirais), separação magnética,
separação eletrostática, ciclonagem, aglomeração, flotação e pirólise (ESPÓSITO,
2000).
7
estéril pode ser utilizado para o reaterro de áreas já mineradas e de tanques de
decantação que retenham os sedimentos finos na própria área (SILVA, 2007). De
acordo com Espósito (2000), quando essas pilhas são projetadas e executadas de
acordo com os conceitos geotécnicos, podem ser consideradas como projetos
otimizados e conseguem se incorporar ao meio ambiente, compondo a paisagem.
8
(a) (b)
Figura 4 - Rejeitos da Mina de Água Limpa: (a) jigue e (b) rejeito espiral.
O transporte dos rejeitos gerados pela atividade de mineração pode ser feito por
meio de caminhões ou correias transportadoras, ou na forma de polpa (mistura de
água e sólidos), transportada por meio de tubulações através da utilização de
sistemas de bombeamento ou por gravidade (DUARTE, 2008).
Para a disposição final de rejeitos em pilhas, deve-se atentar para que esses
depósitos não fiquem muito volumosos, pois se tornam instáveis e sujeitos a
escorregamentos localizados. Além do volume oriundo do material, também
devem ser consideradas as quantidades da área das jazidas e o material produzido
pela decomposição das rochas e erosão do solo do entorno (SILVA, 2007).
9
2006). Podem ser construídas através de 03 diferentes metodologias: método de
montante, método de jusante e método linha de centro (Tab. 1).
10
Uma barragem de rejeitos tem sua vida útil definida e suas fases podem ser
divididas em: a procura do local, o projeto da instalação, a construção, a operação
e o fechamento definitivo. O processo de seleção dos locais aptos consta por sua
vez de duas partes. Na primeira fase realiza-se uma avaliação em grande escala,
baseada em fatores gerais, que descarta áreas impróprias e obtêm-se uma
classificação preliminar das zonas aceitáveis. Áreas com aspectos legais
impeditivos também são eliminadas nesta fase, como por exemplo, áreas de
proteção ambiental e de patrimônio histórico. Na segunda fase utilizam-se fatores
mais específicos de escolha (LOZANO, 2006).
Essas barragens são executadas em estágios, na medida em que esses rejeitos são
gerados, diluindo, assim, os custos da construção e da operação. Essas barragens
podem representar fontes de poluição reconhecidas por gerarem um impacto
ambiental significante. Portanto sua construção, desde a escolha da localização até
o fechamento, deve seguir normas ambientais e critérios econômicos, geotécnicos,
estruturais, sociais e de segurança e de risco (ESPÓSITO e DUARTE, 2010;
LIMA, 2006).
11
impermeabilizadas e licenciadas pelo órgão competente do SISNAMA - Sistema
Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 2010a).
12
na planta, além de permitir a construção do maciço em várias etapas, amortecendo
também os investimentos a longo prazo (FIGUEIREDO, 2007).
De acordo com a NRM-21, a área minerada é toda área utilizada pela atividade
mineira, seja a área da própria mina, as áreas de estocagem de estéril, minérios e
rejeitos, de vias de acesso e demais áreas de servidão. A adequação paisagística é
a harmonização da paisagem das áreas mineradas com o objetivo de minimizar o
impacto visual.
13
Figura 6 - Degradação visual da paisagem.
14
a presença de contaminantes. O controle requerido é a simples decantação, pois os
minerais que formam as rochas locais são quimicamente inertes e não interfere na
qualidade da água (ANA, 2006).
SUPERFÍCIE
INTERFACE
SUBSUPERFÍCIE
15
o material é usualmente sensível, qualquer perturbação externa pode alterar a
amostra (QUARESMA et al., 1998).
Além dos métodos citados, tem-se também: o SPT-T, que complementa o SPT
com medidas de torque; o CPT, que é o ensaio de penetração de cone; o CPT-U,
que oferece a medida das pressões neutras; dentre outros (QUARESMA et al.,
1998).
16
Os métodos para investigação geofísica podem ser realizados diretamente na
superfície a ser estudada ou em downhole: aberturas na subsuperfície, através de
furos de sondagem, aonde são introduzidos os equipamentos para as respectivas
medições (SOARES, 2009).
17
reflitam/refratam e alcancem um conjunto de sensores dispostos em superfície ao
longo do perfil. A partir de sua geração, as ondas elásticas podem sofrer refrações
ou reflexões nas interfaces de separação entre dois meios em subsuperfície, sendo
que os tempos de trânsito e as velocidades de propagação das ondas nesses meios
estão relacionados à densidade, porosidade, composição mineralógica e às
propriedades elásticas dos materiais. O sismógrafo, equipamento de registro de
dados, capta os sinais recebidos pelos sensores e os armazena em formato digital
para posterior processamento e apresentação (GEOSCIENCE, 2012).
18
Figura 8 - Esquema representativo de um levantamento de refração sísmica.
19
2.7.4.1 Método da Eletroresistividade
A resposta da polarização induzida é uma medida tal com uma variação de tensão
em função do tempo ou frequência, denominados respectivamente, de IP-Domínio
do Tempo e IP-Domínio da Frequência (BRAGA, 2007).
20
existentes e seu grau de fraturamento. Pode determinar o topo do maciço rochoso
e a presença de descontinuidades, assim como a espessura do pacote de
sedimentos, textura e nível d’água (DAVIS e ANNAN, 1989).
Este equipamento possui as mais variadas aplicações. Este trabalho visa uma nova
potencialidade, a utilização do GPR em ambiente de mineração.
21
(a)
(b)
Figura 10 - GPR a) monoestático e b) biestático.
Fonte: BORGES, 2002.
22
O radar opera em frequências onde as propriedades capacitivas dominam as
propriedades condutivas, e dessa forma a atenuação da onda EM permanece
essencialmente constante para diferentes valores de condutividade (POPINI,
2001).
Entre muitos fatores que afetam o sinal de radar destacam-se: condições locais de
utilização do radar (são exemplos: interferências externas e perfil adequado da
superfície para deslocamento do equipamento), limitações do modelo de GPR
utilizado, a atenuação da onda EM no subsolo e as propriedades de reflexão das
interfaces onde ocorrem variações nas propriedades elétricas (POPINI, 2001).
23
elétrica, a constante dielétrica (K) é também conhecida como permissividade
dielétrica relativa do material. A velocidade (V) e a atenuação (α) são fatores
importantes que governam a propagação da onda EM num determinado meio
(ANNAN, 2001).
24
2.7.5.1 Técnicas de aquisição
Os sistemas de GPR podem ser operados através de três modos básicos: reflexão
simples, sondagens de velocidade (CMP e WARR) e transiluminação (ou
tomografia) (DAVIS e ANNAN, 1989).
Já as técnicas CMP (Common Mid Point) e WARR (Wide Angle Reflection and
Refraction) correspondem às chamadas sondagens de velocidades. Na técnica
CMP, ambas as antenas são deslocadas para lados opostos de um mesmo ponto
central (Fig. 13). Já na técnica WARR, uma antena é mantida fixa enquanto a
outra é deslocada lateralmente (Fig. 14) (DAVIS e ANNAN, 1989).
25
Figura 12 - Traços de GPR e o comportamento da onda em subsuperfície.
Fonte: Modificado de DAVIS e ANNAN, 1989.
26
A técnica de transiluminação ou tomografia consiste em colocar a antena
transmissora e receptora em poços verticais lateralmente contíguos (Fig. 15). Por
se tratar de uma técnica operacional mais complexa, não é utilizada com
frequência (POPINI, 2001).
27
2.8 Comportamento típico do sinal no radargrama
Após análise dos perfis das bibliografias existentes, pode-se atentar para alguns
comportamentos típicos das reflexões, normalmente encontrados nos radargramas
obtidos em campo. Entre os comportamentos identificados ressaltam-se:
a. Hipérboles:
Figura 16 - Perfil GPR obtido com antenas de 25 MHz, Mina de Bom Futuro, Rondônia.
Fonte: PORSANI et al., 2004.
Figura 17 - Perfil GPR obtido com as antenas de 250 MHz, sítio controlado do
IAG/USP.
Fonte: PORSANI et al., 2006.
28
b. Reflexão Múltipla:
Reflexão 1ª Reflexão
Primária Múltipla
2ª Reflexão
Múltipla
29
c. Linhas contínuas:
Figura 20 - Perfil GPR obtido com as antenas de 50 MHz, Mina de Santa Bárbara,
província estanífera de Rondônia.
Fonte: PORSANI et al., 2004.
d. Refletores inclinados:
Os refletores inclinados são reflexões do sinal do GPR que são identificadas nos
radargramas com inclinação em relação ao eixo de início do perfil. Estes
refletores inclinados, normalmente, aparecessem em conjunto, o que pode
representar a presença de alguma estrutura diferenciada do meio investigado.
30
(retângulo verde). Na profundidade de 90m existe uma suave gradação no padrão
das reflexões, possivelmente esta gradação está ligada com a frente de
intemperismo do dique (ARANHA e HORN, 2000).
e. Paleocanal:
31
f. Reflexão lateral:
32
No caso do GPR, que utiliza emissão de ondas EM, esses efeitos são mais fortes,
ou seja, as ondas EM são mais sensíveis (XAVIER, 2006).
33
3. Metodologia
34
Figura 24 - Complexo minerário de Água Limpa (MG)
35
Figura 25 - Fluxograma de operação da Mina de Água Limpa.
A mina de Água Limpa é considerada de grande porte, pois possui uma produção
de ROM (run of mine) superior a 3.000.000 t/ano. O ROM é a produção bruta de
minério, obtido diretamente da mina, sem sofrer qualquer tipo de beneficiamento.
A sua produção em 2011 foi de 9.578.544 t, e ocupa a posição de 21º no ranking
geral por produção anual (DNPM, 2005; MINÉRIOS & MINERALES, 2012).
36
Figura 26 – Vista da pilha do Monjolo.
37
Tabela 5: Características das barragens.
Características Barragem do Diogo Barragem do Monjolo
A usina hidrelétrica de Três Marias (Fig. 29) está situada no alto São Francisco,
em Minas Gerais, e possui uma área alagada de 1.110,54 km². Teve o início de
sua construção em 1957 e seu início de operação em 1962. A barragem possui um
comprimento de 2.700m e sua altura máxima é de 75m (CEMIG, 2013; ANEEL,
2013).
38
3.2 Método de investigação geo física empregado - GPR
3.3.1 Antenas
39
(a) (b)
Figura 30 - Survey Wheel e o cabo para movimentação com antena (a) de 200 MHz e (b)
de 100 MHz.
O equipamento GPR SIR 3000 (Fig. 31) é composto por uma unidade de controle
portátil com visor de cristal líquido de alta resolução, cabos, antenas de 100 (par)
e 200 MHz e Survey Wheel.
(a) (b)
Figura 32 - Painel de Controle (a) e Portas de comunicação de periféricos (b).
Fonte: GEOPHYSICAL SURVEY SYSTEMS, INC., 2011.
40
3.4 Procedimentos para utilização do GPR
O levantamento a ser feito com o equipamento GPR deve seguir um trajeto pré-
estabelecido, composto de perfis horizontais e verticais, para cada estrutura a ser
estudada, com uma velocidade padrão.
Emissão de ondas/segundo - -
41
Tabela 7: Parâmetros utilizados para a aquisição:
Antena 100 MHz 200 MHz
Emissão de ondas/segundo* 16 64
43
(1)
44
Para os perfis feitos na pilha de rejeito, o roteiro foi:
45
Figura 36 - Utilização de colete salva-vidas.
Este procedimento consiste na análise visual, por meio de uma Lupa Eletrônica
(modelo Trinocular com adaptador para foto digital – marca Callmex), com
47
iluminação refletida, feito no Laboratório de Geologia do IGC (Instituto de
Geociências) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
A preparação das amostras foi feita da seguinte forma: secagem em estufa, por
24h, na temperatura 105ºC a 110ºC, destorroamento e homogeneização da
amostra.
Este ensaio foi baseado na norma NBR 6508 – Grãos de solos que passam na
peneira de 4,5 mm – Determinação da massa específica (ABNT, 1984). Toda a
aparelhagem utilizada pertence ao Laboratório de Solos do CEFET-MG Campus
II. Foram realizados três ensaios para cada tipo de amostra.
3.7.4 DRX/Fluorescência
48
Figura 39 - Equipamento para difração de raios-X.
49
(a) (b)
Figura 41 - Material P1, (a) antes e (b) depois da moagem.
(a) (b)
Figura 42 - Material B1, (a) antes e (b) depois da moagem.
(a) (b)
Figura 43 - Moinho Planetário utilizado, (a) aberto e (b) fechado.
50
3.7.5 Determinação do teor de umidade de solos
Este ensaio foi baseado na norma NBR 6457 – Anexo – Determinação do teor de
umidade de solos (ABNT, 1986). A estufa utilizada foi a MedClave Modelo 5,
pertencente ao Laboratório de Materiais de Construção do CEFET-MG Campus
II. O material é pesado antes da secagem (Fig. 44) e após a secagem.
(a) (b)
Figura 44 - Material antes da secagem em estufa, (a) P1 e (b) B1.
Este ensaio foi feito em três etapas. Segundo a norma NBR 7181 – Solo – Análise
Granulométrica (ABNT, 1984), o peneiramento grosso é feito com o material
retido na peneira 2,0mm, para o peneiramento fino utiliza-se o material retido na
peneira 0,075mm e com o material passado na peneira de 2,0mm é feito o método
da sedimentação. O resultado final é apresentado graficamente, onde no eixo das
abscissas são dispostos os diâmetros das partículas, em escala logarítmica, e no
eixo das ordenadas as porcentagens das partículas menores do que os diâmetros
considerados, em escala aritmética. A aparelhagem utilizada pertence ao
Laboratório de Materiais de Construção do CEFET-MG Campus II, assim como o
agitador mecânico de peneiras (Fig. 45).
51
Figura 45 - Ensaio de peneiramento – agitador mecânico.
52
4. Aplicação do GPR nas estruturas minerárias
Foram feitos 14 perfis com a antena de 200 MHz na estrutura da Pilha do Monjolo
e 25 perfis na Barragem do Diogo, sendo 18 perfis com antena de 200 MHz e 07
perfis com antena de 100 MHz.
54
(a)
99-100-101-102-103
104
110 105
112 106
111 107
109
108
(b)
Figura 48 - Visão completa da Pilha do Monjolo (a) e indicação de posição dos perfis
(b).
55
Localização Perfis GPR - Pilha Monjolo
685934
685932
685930
685928
685926
99
Coordenadas UTM
685924 100
101
102
103
685922
104
105
106
685920
685918
685916
685914
685912
7792980 7792982 7792984 7792986 7792988 7792990 7792992 7792994 7792996 7792998 7793000 7793002 7793004 7793006 7793008
Coordenadas UTM
Figura 49 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das interseções dos perfis na Pilha do Monjolo (malha).
56
Localização Perfis GPR - Pilha Monjolo
685880
685878
685876
685874
685872
685870
685868
685866
685864
Coordenadas UTM
685862
107
108
685860
109
110
685858
111
685856 112
685854
685852
685850
685848
685846
685844
685842
685840
7792905 7792910 7792915 7792920 7792925 7792930 7792935 7792940 7792945 7792950 7792955 7792960 7792965 7792970 7792975 7792980 7792985 7792990 7792995 7793000 7793005
Coordenadas UTM
Figura 50 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das interseções dos perfis na Pilha do Monjolo (perfis paralelos).
57
4.3 Barragem do Diogo
Ao GPR também foi adaptado o GPS que possui duas antenas: uma foi instalada
na margem da barragem e a outra junto ao barco, acoplado ao computador do
GPR (Fig. 53).
O acesso à barragem foi muito difícil, pois o terreno estava muito escorregadio.
As possíveis interferências identificadas próximas ao local da aquisição foram: a
casa de bombas e a antena de transmissão (Fig. 54).
A Barragem é dividida em duas pequenas barragens (Fig. 55), pois possui uma
“praia de rejeitos” no meio, isto impossibilita o acesso ao norte, por isso os perfis
foram feitos na área Sul.
58
Figura 52 - Bote perpendicular ao barco e posicionamento do GPS.
59
Na Tab. 9 têm-se as distâncias percorridas e o tempo gasto, a velocidade média foi
de 4,47 km/h e a distância total percorrida foi de aproximadamente 1,41 km.
Setor 01: Área com acúmulo de rejeito e com baixa profundidade. Foram
feitas aquisições paralelas para identificação das linhas de deposição dos
rejeitos. Neste setor foi feita uma coleta do fundo da barragem para análise
do material e suas propriedades (Fig. 57). Esta amostra não pode ser
considerada representativa, pois não foi feita a amostragem do local.
60
Setor 03: Área com concentração de sedimento com características visuais
semelhantes ao minério de ferro, profundidade baixa (Fig. 58). Foram
feitas aquisições paralelas para tentar identificar diferença de
comportamento do material. Neste setor foi feita uma coleta do sedimento
para análise do material e suas propriedades. Esta amostra não pode ser
considerada representativa, pois não foi feita a amostragem do local.
SETOR 01
127
125
134
126 124
135
123
SETOR 03 SETOR 02
132 118
129-131
115-116-117
133 121
128 119
120
130
61
Assim como para a pilha de rejeitos do Monjolo, para os perfis da barragem
também foram feitos gráficos com as coordenadas UTM do GPS, seguindo a
subdivisão dos setores, sendo Setor 01 (Fig. 59); setor 02 (Fig. 60) e setor 03 (Fig.
61).
62
Barragem do Diogo - Setor 01
688.750.000
688.700.000
688.650.000
122
Coordenadas UTM
123
124
125
126
127
688.600.000 134
135
688.550.000
688.500.000
7.795.300.000 7.795.350.000 7.795.400.000 7.795.450.000 7.795.500.000 7.795.550.000 7.795.600.000 7.795.650.000 7.795.700.000
Coordenadas UTM
Figura 59 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das interseções dos perfis para o setor 01.
63
Barragem do Diogo - Setor 02
688.740.000
688.720.000
688.700.000
688.680.000
115
Coordenadas UTM
116
688.660.000 117
118
119
120
121
688.640.000
688.620.000
688.600.000
688.580.000
7.795.120.000 7.795.140.000 7.795.160.000 7.795.180.000 7.795.200.000 7.795.220.000 7.795.240.000
Coordenadas UTM
Figura 60 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das interseções dos perfis para o setor 02.
64
Barragem do Diogo - Setor 03
688.265.000
688.260.000
688.255.000
688.250.000
Coordenadas UTM
128
129
688.245.000
130
131
132
133
688.240.000
688.235.000
688.230.000
688.225.000
7.795.140.000 7.795.145.000 7.795.150.000 7.795.155.000 7.795.160.000 7.795.165.000 7.795.170.000 7.795.175.000 7.795.180.000 7.795.185.000 7.795.190.000 7.795.195.000 7.795.200.000 7.795.205.000 7.795.210.000 7.795.215.000 7.795.220.000 7.795.225.000 7.795.230.000 7.795.235.000 7.795.240.000
Coordenadas UTM
Figura 61 - Utilização dos dados do GPS, em planilha Excel, para localização das interseções dos perfis para o setor 03.
65
4.4 Batimetria
66
Figura 62 - Superposição da batimetria com a localização dos perfis.
67
5. Resultados
B1 úmido 59,8
P1 úmido 113,9
68
5.1.2 Análise Mineralógica
69
Tabela 11: Massa Específica das amostras B1 e P1.
Massa Específica (g/cm³)
Amostra
A B C
5.1.4 DRX/Fluorescência
E1 78,82 20,08 x
P1 60,59 37,70 x
70
E1-1
E1-2
E1-3
HH H
H H
H
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
2 Theta
(a)
B1-1
B1-2
B1-3
H
H H H H
Q Q
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
2 Theta
(b)
P1-1
P1-2
P1-3
H
H H
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
2 Theta
(c)
Figura 64 - Resultados de DRX para (a) amostras E1, (b) amostras B1 e (c) amostras P1.
71
5.1.5 Determinação do teor de umidade de solos
Os resultados de teor de umidade (Tab. 13) mostrou que, entre as amostras dos
rejeitos obtidas na barragem, o material B1 possui maior porcentagem de
umidade. O material retirado da pilha apresentou considerável umidade (cerca de
5%), uma vez que foi retirado próximo à superfície da mesma.
E1 4,64%
B1 53,31%
P1 15,76%
100
90
80
70
% Passando
60
50 B1
40 E1
P1
30
20
10 Curva Granulométrica
0
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
72
5.2 Perfis GPR
Vale ressaltar que após análise dos resultados obtidos em Três Marias, foram
determinados os parâmetros de utilização do GPR na Barragem do Diogo da Mina
de Água Limpa, sendo eles: velocidade de passagem do barco, definição de
trajetos retilíneos e com comprimentos conhecidos, posicionamento do bote
acoplado ao barco e parâmetros definidos no sistema GPR.
73
Figura 66 - Radargrama de GPR, de 100 MHz, com detalhe da posição da aquisição pelo
GPS – seção 90 (Amplificação vertical ≈ 11)
74
Figura 67 - Radargrama de GPR, de 200 MHz, com detalhe da posição da aquisição pelo GPS – seção 94 (Amplificação vertical ≈ 3)
75
Figura 68 - Radargrama do GPR de 200 MHz – seção 60 (Amplificação vertical ≈ 13)
76
5.2.2 Barragem do Diogo
SETOR 01
127
125
134
126 124
135
123
SETOR 03 SETOR 02
132 118
129-131
115-116-117
133 121
128 119
120
130
5.2.2.1 SETOR 01
Os perfis referentes às seções 123 até 127 (Fig. 70 a 74) foram adquiridos
próximos ao ponto mais raso, no meio da barragem, onde se encontra um acúmulo
de rejeitos. Em todos eles pode-se identificar o fenômeno das reflexões múltiplas,
(destacado em laranja), e a batimetria da barragem (destacado em rosa).
77
Nos perfis 123 e 124 (Fig. 70 e 71) é possível identificar, além das informações
citadas acima, as linhas de deposição variáveis, conforme as linhas destacadas em
verde. No perfil 123 (Fig. 70) é destacada em amarelo um refletor curvo
raso/estrutura côncavo que pode estar relacionado com uma feição geológica, a
estrutura de paleocanal. No perfil 124 (Fig. 71) é possível identificar um
comportamento diferenciado no fundo da barragem (destacado em azul).
Nos perfis 125 e 126 (Fig. 72 e 73) tem-se o fenômeno das reflexões múltiplas
(destacado em laranja) e um comportamento diferenciado das demais áreas
(destacado em azul), que pode estar relacionado a diferente composição deste
rejeito.
O perfil 127 (Fig. 74) é transversal aos perfis citados acima e intercepta-os. Neste,
é possível identificar refletores horizontalizados (destacados em verde) o que pode
representar um indicativo de mudança do sistema deposicional. A partir da
distância 100,00m até o final do perfil, pode-se destacar, em verde, duas linhas
contínuas de deposição. Estas acompanham o sentido de deposição dos rejeitos
(Norte – Sul) e a inclinação da batimetria da barragem, e podem estar relacionadas
às linhas de corrente do escoamento que ocorre dentro do reservatório.
78
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 70 - Seção 123 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 71 - Seção 124 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
79
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 72 - Seção 125 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 73 - Seção 126 – Direção Oeste-Leste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
80
Figura 74 - Seção 127 – Direção Norte-Sul, com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
81
b. ANTENA: 100 MHz
Com a utilização da antena de 100 MHz foram feitos dois perfis: 134 e 135 (Fig.
75 e 76), paralelos com os perfis de 123 a 126 (Fig. 70 a 73). Na seção 134 (Fig.
75) é possível identificar a batimetria da barragem (destacada em uma linha
contínua rosa). Além disso, neste perfil foi identificado um refletor inclinado que
pode indicar uma linha de deposição de material diferenciado (destacado em linha
verde).
82
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 75 - Seção 134 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 76 - Seção 135 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 11)
83
5.2.2.2 SETOR 02
Os perfis 115, 117 e 118 (Fig. 77, 78 e 79) foram adquiridos de forma radial,
próximos à margem, com o intuito de identificar a variação topográfica do fundo
da barragem (sentido margem-centro, e vice-versa). Os perfis 117 e 118 (Fig. 78 e
79) são paralelos, o comprimento destes perfis alcançou pouco mais de 22 m. Nos
perfis 115 e 117 (Fig. 77 e 78) é possível identificar o início da batimetria da
barragem (destacado em rosa). O perfil 118 (Fig. 79) apresenta reflexões com
características de um evento lateral (destacado em roxo).
Os perfis 119 e 120 (Fig. 80 e 81) são paralelos, enquanto o perfil 121 (Fig.82) é
transversal, interceptando os demais. Em todos os perfis é possível identificar
reflexões laterais (destacadas em roxo) e a batimetria da barragem (destacada em
rosa).
84
Distância (m)
Distância (m)
(a) (b)
Figura 77 - Seção 115 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 3)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 78 - Seção 117 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 4)
85
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 79 - Seção 118 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 4)
Distância (m)
Distância (m)
(a) (b)
Figura 80 - Seção 119 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 4)
86
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 81 - Seção 120 – Direção Leste-Oeste, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 4)
(a) (b)
Figura 82 - Seção 121 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
87
5.2.2.3 SETOR 03
Os perfis 128, 129 e 130 (Fig. 83, 84 e 85) foram adquiridos próximos à área com
concentração de sedimento mais escuro. Nos três perfis é possível identificar as
linhas de deposição do material (destacado em verde) e o comportamento
diferenciado das reflexões, o que indica mudança de material (destacado em azul).
Também é possível destacar um refletor horizontal (destacado em amarelo), que
ainda deve ter sua causa investigada.
Devido à sua localização, todos estes perfis estão relacionados com a amostra P1.
Ainda no perfil 130 (Fig. 85), pode-se afirmar que a barragem possui
profundidade superior a 4,50 m. Enquanto o perfil 128 (Fig. 83) identifica o fundo
da barragem com profundidade de até 2,60 m.
Vale ressaltar que no perfil 128 (Fig. 83) foi identificada a presença de ruídos na
água (destacado em vermelho) ilustrada por reflexões com comportamento
diferenciado do restante da imagem do radargrama, são um conjunto de reflexões
lineares.
88
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 83 - Seção 128 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 84 - Seção 129 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
89
Distância (m)
Distância (m)
(a) (b)
Figura 85 - Seção 130 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
90
b. ANTENA: 100 MHz
Nos perfis 131, 132 e 133 (Fig. 86, 87 e 88) podem-se identificar a batimetria da
barragem (destacado em rosa), linhas de deposição do material (destacado em
verde) e uma variação do tipo de material devido à atenuação do sinal (destacado
em azul). No perfil 132 (Fig. 87), podem-se identificar algumas hipérboles
(destacadas em amarelo). No perfil 133 (Fig. 88) foram identificadas algumas
perturbações na imagem, como descontinuidades, (destaque nas linhas verticais
em roxo) que podem indicar alguns erros na aquisição dos perfis, sendo eles:
alteração na direção da aquisição do perfil, mudança de velocidade, interferência
de árvores de grande porte ou presença de antenas de transmissão nas
proximidades da coleta.
91
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 86 - Seção 131 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
(a) (b)
Figura 87 - Seção 132 – Direção Sul-Norte, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
92
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 88 - Seção 133 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
93
5.2.3 Pilha do Monjolo
As aquisições feitas na pilha do Monjolo foram feitas apenas com a antena de 200
MHz. Conforme descrito no item 3.9, a utilização do GPR na pilha do Monjolo
constitui-se de duas partes: na primeira, foram feitas aquisições paralelas nas
bermas e na segunda parte da prospecção foi feita uma malha, sendo 03 perfis
horizontais e 05 perfis verticais (Fig. 89).
99-100-101-102-103
104
105
110
106
107
112
111
109
108
Os perfis 99 até 106 (Fig. 90 e 91) foram feitos na Pilha do Monjolo, mas com
uma geometria diferenciada. Com estes foi montada uma malha, sendo 03 perfis
(106, 105 e 104) no sentido vertical e 04 perfis (103, 101, 100 e 99) no sentido
horizontal. Todos alcançam a mesma profundidade, mas com comprimentos
94
variados. Com as setas pretas verticais está marcada a posição de interseção entre
os perfis. Destacado em linhas pretas pode-se interpretar algumas possíveis linhas
de deposição, visíveis em todos os perfis. Entre os perfis 103 e 106 (Fig. 90) está
destacado (em preto) uma reflexão curva para cima coincidente, no mesmo
comprimento, para os dois perfis. No perfil 101 (Fig. 91) é possível identificar um
material não-condutor (destacado em branco).
Os perfis 107, 108 e 109 (Fig. 92, 93 e 94) são paralelos uns aos outros e foram
obtidos nas bermas superiores (crista), determinadas, aparentemente, como não-
compactadas, uma vez que foram as última bermas formadas por lançamento de
rejeito por via de transporte por veículos. Estes perfis possuem um comprimento
total aproximado de 20,50 m e alcançam a mesma profundidade dos demais.
Nestes foram identificadas muitas hipérboles, sem um padrão de regularidade para
esse comportamento. Na seção 108 (Fig. 93) foi identificada uma reflexão em
curva para cima (destacada em amarelo).
95
(a)
(b)
Figura 90 - Pilha do Monjolo – perfis verticais, (a) sem interpretação e (b) com
interpretação (Amplificação vertical ≈ 2)
96
(b)
(a)
Figura 91 - Pilha do Monjolo – perfis horizontais, (a) com interpretação (b) e sem interpretação (Amplificação vertical ≈ 2)
97
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 92 - Seção 107 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
(a) (b)
Figura 93 - Seção 108 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
98
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 94 - Seção 109 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 95 - Seção 110 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
99
Distância (m) Distância (m)
(a) (b)
Figura 96 - Seção 111-112 – Direção Norte-Sul, (a) sem interpretação e (b) com interpretação (Amplificação vertical ≈ 5)
100
6. Discussão
Já o rejeito E1 apresentou baixa umidade, mas pelas análises dos perfis, pode-se
destacar a concentração de água em alguns pontos devido à atenuação do sinal.
Em contrapartida, o rejeito B1 analisado possui as menores taxas de
condutividade elétrica e a maior concentração de umidade. Após análise dos perfis
obtidos deste material, pode-se contatar que a presença de água não atenuou a
propagação do sinal de GPR, tendo alguns perfis alcançados profundidades de até
4,50m. Oliveira Jr. e Medeiros (2008) analisaram a influência da água, da
granulometria e de minerais pesados em radargramas obtidos em rejeitos
arenosos, e obtiveram uma constatação diferente. Eles alegam que o aumento do
101
conteúdo de água em sedimentos arenosos causa aumento em sua constante
dielétrica e diminuição na velocidade de propagação do sinal de GPR. Também
notaram que com o aumento do teor de minerais pesados nas areias secas, o
coeficiente de reflexão aumenta discretamente. Mas alguns pontos devem ser
destacados: as antenas utilizadas por eles foram de 400 e 900 MHz e o material
analisado era arenoso. Para este projeto foram utilizadas antenas de 100 e 200
MHz e o material é argiloso, conforme apresentam os resultados da granulometria.
Entretanto, as análises feitas por Oliveira Jr. e Medeiros (2008) foram qualitativas,
pois os experimentos foram feitos em modelos reduzidos.
Com relação às análises granulométricas, não foi possível estabelecer uma relação
entre a intensidade das reflexões e o tamanho dos grãos. Ressalta-se que Oliveira
Jr. e Medeiros (2008) afirmam que a granulometria pode influenciar no
coeficiente de reflexão, de maneira indireta, pelo fato de alterar o grau de
adsorção da água.
Este trabalho mostrou que a espessura da lâmina d’água, com mais de 4 m nas
áreas investigadas, não foi obstáculo para a propagação do sinal EM emitido pelas
antenas do GPR, sendo este um procedimento perfeitamente viável. Esta
constatação corrobora Carvalho (2002), ao avaliar a bacia do Ribeirão Serra Azul,
e Moutinho et al. (2005), ao analisar perfis obtidos no rio Taquari.
102
padrões das ondas que geram texturas diferentes no gráfico. Essa variação se dá
por conta das diferentes propriedades dielétricas da subsuperfície. Dessa forma é
possível distinguir duas fases: a água e o sedimento, assim como a profundidade
dos meios identificados e a estimativa das espessuras. Já Cordeiro et al. (2007)
afirma que a inclinação, forma e frequência das superfícies de reflexão, podem
estar relacionadas à interferência sofrida pela onda emitida ao incidir sobre planos
de foliação ou famílias de fraturas com direções diferentes.
103
por conta da composição do material (meios altamente condutivos) não foram
suficientes para inviabilizar a utilização do GPR. Entretanto a interpretação dos
resultados deve ser cautelosa, podendo ser auxiliado por outras técnicas de
prospecção para investigação geotécnica. Popini (2001) também afirma que
possuir informações prévias sobre a geologia e as feições estruturais da área
estudada pode facilitar o trabalho de interpretação dos perfis.
Acredita-se que uma possível razão para os limitados estudos em engenharia, seja
a complexa interpretação das imagens do GPR. Com o intuito de auxiliar esta
interpretação alguns pesquisadores desenvolveram sítios para melhor
compreender estes resultados oferecidos pelo GPR. Borges & Porsani (2003)
publicaram os resultados obtidos a partir de medições realizadas no Sítio
Controlado de Geofísica Rasa construído no IAG/USP (Instituto de Astronomia e
Geofísica da Universidade de São Paulo). Nesta área, vários alvos, com
propriedades físicas distintas, foram enterrados em diferentes profundidades,
visando estudos geotécnicos, ambientais e arqueológicos. Aranha et al. (2011)
também desenvolveram um Pseudo-sítio arqueológico no IGC/UFMG (Instituto
de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais), no qual diferentes
alvos cerâmicos foram utilizados para realização de análises dos comportamentos
das reflexões dos radargramas. No entanto, em relação à presença de materiais
ferruginosos, como hematita e outros minerais de ferro, nas jazidas exploradas por
mineração ou em depósitos de rejeitos destas, os estudos sobre o comportamento
da reflexão da onda EM do GPR não foram, até o momento, encontrados.
104
7. Conclusão
I. Paralelo ao uso do GPR deve ser feito uma investigação direta na área a
ser analisada, como exemplo a utilização de sondagens SPT;
II. Após a identificação de anomalias nos radargramas, realizar nova
prospecção com o método GPR para averiguação das informações na área
analisada;
III. Realizar coletas específicas do material de subsuperfície, nos pontos que
apresentarem anomalias nos radargramas, para auxiliar nas interpretações;
105
8. Trabalhos Futuros
106
9. Referências bibliográficas
ANNAN, A.P. Ground Penetrating Radar Workshop Notes. Sensors & Software
Inc, Canadá, 2001.
107
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo –
Análise Granulométrica. 1984.
108
CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais. Disponível em:
<http://www.cemig.com.br/pt-br/a_cemig/Nossa_Historia/Paginas/Usinas
_Hidreletricas.aspx> Acesso em: 02 Dez. 2013.
CEZAR, E.; NANNI, M. R.; CHICATI, M. L.; FABRIO, F. D.; HATA, F. T.;
OLIVEIRA, R. B. Uso de sistema GPR (Ground Penetrating Radar) na avaliação
de atributos de um solo sob plantio de cana-de-açúcar. R. Bras. Ci. Solo, v. 34, p.
291-297, 2010
DAVIS J.L. e ANNAN A.P. Ground Penetrating Radar for High Resolution
Mapping of oil and rock stratigraphy. Geophysical Prospecting, v. 37, p. 531-551,
1989.
109
Recursos Hídricos) - Universidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-
Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Belo Horizonte,
2008.
110
GEOPHYSICAL SURVEY SYSTEMS, INC. SIR System-3000 Manual. 2011.
111
rejeitos, de resíduos e de reservatório de água em empreendimentos industriais e
de mineração no Estado de Minas Gerais. Diário do Executivo de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 21 Dez. 2002.
112
Bárbara e Bom Futuro: província estanífera de Rondônia. Revista Brasileira de
Geofísica, n. 22, v. 1, p. 55-66. 2004.
SILVA, João Paulo Souza. Impactos ambientais causados por mineração. Revista
Espaço da Sophia - Nº 08 – Novembro/2007 – Mensal – Ano I.
113
SUPRAMLM – Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Leste
Mineiro, Parecer Único. Protocolo 0234796/2011.
UCHA J. M.; BOTELHO M.; VILAS BOAS G. S.; RIBEIRO L. P.; SANTANA
P. S. Uso do radar penetrante no solo (GPR) na investigação dos solos dos
tabuleiros costeiros no litoral norte do estado da Bahia. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 26, n. 2, p. 373-380, 2002.
114
ANEXO A
115
Detalhe - Batimetria Barragem do Diogo- Setembro/2012.
Fonte: Vale S.A.
116
ANEXO B
117
Resultado DRX Amostra E1-2.
118
Resultado DRX Amostra E1-3.
119
Resultado DRX Amostra B1-1.
120
Resultado DRX Amostra B1-2.
121
Resultado DRX Amostra P1-1.
122
Resultado DRX Amostra P1-2.
123
Resultado DRX Amostra P1-3.
124
ANEXO C
90,0
80,0
70,0
60,0
% Passando
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
Curva Granulométrica
0,0
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
125
Diâmetro das partículas (mm)
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
% Passando
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
Curva Granulométrica
0,0
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
126
Diâmetro das partículas (mm)
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
% Passando
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
Curva Granulométrica
0,0
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
127