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Capítulo 1
Representações do Relativamente ao espaço, identificamos neste 1º capítulo:
século XX:
o espaço da cidade O cais de Alcântara onde atraca o barco que transporta Ricardo Reis, recém-chegado do
Brasil, lisboeta, seguido de uma descrição breve da cidade obscura, marcada pela
presença do rio e da chuva (o “mau tempo” atmosférico surge como metáfora do tempo
histórico);
“Chove sobre a cidade pálida, as águas do rio correm turvas de barro, há cheia nas
lezírias” (p.7); "cidade sombria" e "cidade silenciosa", "cidade cinzenta", "ar carregado".
«A avenida por onde seguia coincidia, no geral, com a memória (...) e único teto cor de
chumbo» (p.14).
«Poucos automóveis passavam, raros carros elétricos (...) a dar a volta ao largo» (p.15).
“(…) começa a cidade sombria, recolhida em frontarias e muros, por enquanto ainda
defendida da chuva, acaso movendo uma cortina triste e bordada, olhando para fora com
olhos vagos, ouvindo gorgolhar a água dos telhados (…)” (p.9).
“Perto do rio só se for o Bragança, ao princípio da Rua do Alecrim” (p.14)
“A avenida por onde seguiam coincidia, no geral, com a memória dela, só as árvores
estavam mais altas, (…)” (p.14)
“Passa devagar o comboio de Cascais, travando preguiçoso, ainda vinha com velocidade
bastante para ultrapassar o táxi, mas fica para trás” (p. 15).
Recursos expressivos:
Antítese - "Aqui o mar acaba e a terra principia." (p.7).
Comparação - "O vapor é inglês, da Mala Real, usam-no para atravessar o Atlântico,…
como uma lançadeira nos caminhos do mar, para lá, para cá..." (p. 7).
Enumeração - "...é o Tejo, o Dão, o Lima, o Vouga, o Tâmega..." (p. 13).
Ironia - "...que bem tratados são em Portugal os macróbios, bem tratada a infância
desvalida, florinhas da rua, ..." (p.29).
Metáfora - "...miragem criada pela movediça cortina das águas que descem de céu
fechado..." (p.8).
Onomatopeia – “...teria havido uma sineta, derlim derlim ..." (p.16).