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Por Jéssica Ramos Farineli
Servidão Predial é a utilização de um prédio por outro. Tal utilização não pode ser
indispensável, mas se faz necessária ou vantajosa ao prédio chamado de dominante.
Portanto a servidão predial nasce da vontade dos proprietários, não se confundindo com
as servidões legais que decorrem exclusivamente da lei, que são direitos de vizinhança
impostos coercitivamente. Por isso a voluntariedade é essência da servidão.
Para que seja possível a servidão os prédios devem ser vizinhos, embora não haja a
necessidade de que sejam contíguos.
Servidão descontínua é a que tem seu exercício condicionado a algum ato humano atual.
A servidão aparente é aquela que se manifesta por obras exteriores, são aquelas que são
visíveis e permanentes, como a servidão de passagem, por exemplo. Não aparente é a
servidão que não se revela por obras exteriores.
As servidões ainda podem ser positivas, quando conferem ao dono do prédio dominante
o poder de praticar algum ato no prédio serviente, e negativas quando é imposto o dever
de se abster da pratica de determinado ato de utilização.
A servidão pode ser instituída judicialmente pelas sentenças que homologam a divisão,
matéria regulamentada no Código de Processo Civil nos arts. 967 a 981.
Também é possível a usucapião de servidão, mas esta deve ser aparente. Os artigos.
1380 a 1382 do Código Civil garantem ao dono do prédio dominante os meios
necessários para á “conservação e uso” das servidões. Para a realização de serviços e
obras necessárias o dono do prédio dominante pode entrar no prédio serviente e
depositar matérias de construção no mesmo. No entanto, se causar dano ao proprietário
do prédio serviente por culpa, o proprietário do prédio gravame será responsabilizado
civilmente.
O exercício das servidões é disciplinado dos arts. 1383 e 1385. O primeiro dispõe que
“o dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo
da servidão”. O segundo dispõe que a servidão se restringirá ás necessidades do prédio
dominante devendo agravar o menos possível o prédio serviente.
As servidões podem ser protegidas por ações como a confessória, que visa á obtenção
do reconhecimento judicial da existência de servidão negada ou contestada. Ações
negatórias se destinam a possibilitar ao dono do prédio serviente a obtenção de sentença
que declare a inexistência da servidão ou de direito á sua ampliação. As ações
possessórias podem ser invocadas em favor do prédio dominante que é molestado ou
esbulhado pelo proprietário do prédio serviente. Também pode ser utilizada quando este
não permite a realização de obras de conservação da servidão. Também podem ser
invocadas as ações de nunciação de obra nova e de usucapião.
De acordo com o Art.1389 do CC ainda a servidão se extingue pela reunião dos dois
prédios no domínio de uma mesma pessoa, pela supressão das respectivas obras e pelo
não uso contínuo durante dez anos.