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Exposições Bíblicas 1

Rev. Hélio de Oliveira Silva, MTh.

Texto: Gênesis 6.1-18. 18/12/2004.


Tema: ”Corrupção Humana X Graça de
Deus”
HOSI LVA Local: Goiânia-GO.
Introdução:
Esta semana vimos pela TV mais um avanço do homem na tecnologia. O
Japão apresentou ao mundo dois robozinhos exibindo habilidades antes não
conseguidas pela robótica. Um robozinho da Sony subiu e desceu uma escada
sozinho e sem perder o equilíbrio. Outro robozinho começou a caminhar no
palco e de repente, abaixou-se um pouquinho e começou a correr. A robótica
começa a dominar o campo do equilíbrio, algo fundamental para desenvolver
robôs chamados de “humanóides”, que poderão num futuro não mais tão
distante fazer tarefas exclusivamente “humanas”.
A palavra “andar” expõe e explica ao mesmo tempo a simplicidade e a
complexidade de nosso relacionamento com Deus. Simplicidade porque andar é
algo que fazemos corriqueiramente; complexidade, porque andar é algo que
exige e envolve todas as dimensões ligadas à questão do equilíbrio. Uma pessoa
que tem uma crise de labirintite, por exemplo, não consegue caminhar, porque
fica tonta e perde o equilíbrio.
Assim , em termos morais, “andar com Deus” envolve muito mais do que
simples declarações de poder “e tal e coisa”. Envolve um envolvimento ativo e
dinâmico, quando muitos mais que o movimento de pernas estarão envolvidos,
mas é uma ação que exige a integralidade de nossas vidas.

Contexto:
É sobre a perda da integralidade da vida que o início desse texto que
lemos trata. O homem pecou e foi expulso da presença de Deus. Vivendo fora do
jardim de Deus, o homem se corrompe ainda mais e dele se afasta ainda mais. A
crise na relação do homem com Deus se agrava e se torna uma crise cósmica,
porque todos os caminhos do homem estão corrompidos (v.12).
Esse texto levanta alguns problemas hermenêuticos complicados de se
resolver:
1. O quer dizer a diferenciação entre filhos de Deus e filhos dos homens?
2. O que quer dizer esse arrependimento de Deus? Ele não é perfeito?
3. Quem são esses gigantes que viviam na terra e que nasceram do casamento
dos filhos de Deus com as filhas dos homens?
4. O dilúvio é uma verdade real ou apenas um simbolismo bíblico?
5. Porque os animais e a terra tinham que sofrer pelos pecados dos homens?
São questões muito difíceis de resolver mesmo, ainda mais numa
meditação devocional como essa; mas são questões que vistas como um todo, se
somam aos problemas reinantes na terra e que foram alistados por Deus como
razões do justo julgamento divino através do dilúvio sobre a pecaminosidade e
corrupção humana daquela época.
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A narrativa de Gênesis 6 tem o propósito claro para nós de ensinar-nos


que o juízo de Deus é certo; e que ele não permitirá que vá adiante o
desenvolvimento do pecado humano. Assim como ele fez naquela época, ele
está preparando a humanidade para o juízo final, que certamente chegará, como
o dilúvio foi prometido e também chegou!

Transição:
Apesar de ser assim, a vida de Noé é como o canto do cisne de uma
geração, e nos lembra que no meio do julgamento de Deus, ele sempre revela a
sua graça e provê salvação e redenção para aqueles que nele confiam, e que por
meio da sua GRAÇA unicamente, ele mesmo age redentivamente, preparando-
nos para tempos como esses.

I. NOÉ ACHOU GRAÇA DIANTE DO SENHOR V.1-8.


a) O desenvolvimento da corrupção humana (v.1-5).
Há quatro verdades que precisamos aprender e entender aqui:
1. O homem é carnal (3).
O homem é pecaminoso. A carne é um termo técnico das Escrituras para
referir-se à nossa natureza humana caída no pecado e por ele governada. A
expressão “120 anos” usada por Moisés aqui no texto pode significar tanto a
redução da expectativa da vida humana quanto uma demarcação do tempo
restante até o dilúvio.
2. A maldade humana se multiplica (5).
O homem não somente é carnal, como também essa carnalidade se
desenvolve, ela cresce e avança no caminho oposto ao da consagração. Romanos
8.5-9 nos remete a esse mesmo tema. Paulo ensina que o pendor da carne ignora
a vontade de Deus, pois cogita somente das coisas da própria carne; dá para a
morte; é inimizade contra Deus e nos impede de agradar a Deus. Estar na carne e
sem o Espírito significa que não pertencemos a Deus!
3. Todo o desígnio do coração humano é mau (5).
A corrupção humana tem alcance integral, ou seja, ela atingiu o homem
por inteiro. Nada escapou da queda. Não estamos falando da criatividade e da
capacidade intelectual do homem, mas da sua vida moral. Todas as ações
humanas estão embebidas de sua pecaminosidade; todas as suas descobertas
científicas; sociais, psicológicas; tecnológicas. Tudo o que o homem faz serve
aos seus propósitos pecaminosos de se afastar cada vez mais de Deus como seu
criador e sustentador.
Além disso, fica claro o caráter contínuo dessa maldade: “continuamente
mau”.
4. O Espírito de Deus não agirá para sempre no homem (3).
A pecaminosidade humana se desenvolve mais rapidamente se Deus retira
o seu Espírito. Isso indica que a ação do Espírito Santo estava intimamente
relacionada com o freio do avanço do pecado. Ainda é assim. Se não fosse a
3

presença e ação do Espírito Santo, as manifestações da maldade humana seriam


cada dia mais piores e piorariam ainda mais a cada dia.

b) O descontentamento de Deus (v.5-7).


1. Deus vê o crescimento da maldade humana (5).
A Bíblia sempre retrata o fato de que Deus não está alheio à sua criação e
que ele está ativamente envolvido nela. Deus não somente, como também age
julgando e abençoando as ações do homem na terra.
2. Deus se arrependeu de ter feito o homem (6).
O arrependimento de Deus não pode ser entendido como o nosso
arrependimento é, pois o nosso arrependimento implica na aceitação do fato de
que erramos. Deus não erra, se não ele não pode ser Deus! Aqui se aplica aquilo
que Calvino dizia, que Deus adaptou a sua revelação à capacidade e à linguagem
que os homens pudessem entender. Dizer que Deus se arrependeu é atribuir
sentimentos humanos a Deus por não encontrarmos um termo que seja mais
adequado. Chamamos isso em teologia de “antropopatismo”.
3. Seu arrependimento lhe pesou no coração (6).
O pesar de Deus está relacionado com dor e sofrimento em função de algo
que foi feito contra ele antes. Deus sofre por causa do homem!
4. Deus resolve punir a humanidade e a criação em função do crescimento do
pecado humano (7).
O v. 7 mostra que o tratamento que Deus dá ao pecado é diferente que o
tratamento que nós damos. Deus não trata do pecado com meias palavras ou
meias ações. Ele o enfrenta decisivamente. Contudo, algo que precisamos notar
nessa ação de Deus é que ela sempre envolve juízo e salvação simultaneamente!
Por isso, a brevidade do v. 8 é uma eloqüente demonstração da ação da
soberana graça de Deus nos descaminhos do pecado humano.

c) Porém Noé.
1. A vida de Noé contrasta com a vida de seus contemporâneos.
Na vida de Noé, a graça se mostra em oposição à corrupção da
humanidade, agindo redentivamente sobre ele e sua família.

2. O significado de “achar graça”.


A graça é a única base do nosso relacionamento com Deus. Achar graça
diante de Deus não é fruto de uma ação humana que provoca a graça de Deus,
antes porém, é uma descrição de como as iniciativas de Deus intervindo nos
caminhos humanos lhes dão uma nova cor com um novo brilho. A graça vem até
nós e nos envolve num contraste inesperado entre nós e nossos contemporâneos.
Não fomos nós que buscamos a graça, mas é sempre ela que nos encontra
perdidos no meio do turbilhão confuso dos descaminhos da humanidade e nos dá
um novo propósito de vida que reflete a presença interventora de Deus na vida
humana.
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Graça não é mérito adquirido; graça não é ferramenta de consagração;


graça é aquilo que nos faz ser o que não somos; que nos dá aquilo que não
merecemos; e que implanta a vida aonde ela não está, porque antes da graça nos
alcançar, estamos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). Mas como lemos no
texto, a graça rescreveu a história de Noé. Seu pai Lameque esperava que ele
fosse consolo das suas fadigas na terra que Deus amaldiçoou (5.29), mas Noé foi
o instrumento do juízo de Deus para a sua geração e da manifestação da graça
para aqueles que escolheu para entrar na arca, dentro os quais não constava
Lameque. A história que a graça escreveu na vida de Noé foi um história de
contraste com o mundo, pois o colocou no caminho da fé que o mundo rejeita,
que é andar com Deus.
3. Deus é chamado de SENHOR.
Citação: Lutero1 defendia que todos os homens viveu a sua existência na
presença de Deus para juízo ou para benção, visto que Deus não é um Deus de
papel, mas o Deus vivo que se revelou nas Escrituras. Todos nós vivemos
“coram Deo”, ou seja, todos nós vivemos “na presença de Deus”.

II. NOÉ ANDAVA COM DEUS V. 9-12.


a) Noé era homem justo e íntegro entre seus contemporâneos.
Justiça fala de suas relações com o próximo. Integridade fala de suas
relações com Deus. Justiça e integridade são as duas vias da espiritualidade
cristã. Mesmo em meio a um mundo corrupto, Noé praticava um padrão de
comportamento que honrava seus compromissos sem se contaminar com a
corrupção. Mesmo num mundo que se recusava a ouvir a Deus, Noé se
comportava de modo tal que Deus se agradasse dele!
b) Andar indica um relacionamento dinâmico e ativo.
A vida com Deus é descrita de um modo simples como é andar. Andar,
contudo, é uma ação complexa que envolve todo o seu corpo. Não tem segredo,
mas guarda uma imensidão de segredos. Não é difícil, mas envolve muito mais
que apenas fazer. Andar com Deus é uma figura que descreve toda a vida de Noé
como uma ação contínua e que explicitava os tipos de relacionamentos de Noé,
porque a sua ação de andar, que descrevia a sua vida, era um andar ao lado de
Deus.
Hoje somos exortados a andar no Espírito e a sermos guiados por ele
nessa caminhada (Gl 5.16-18,25).
c) Três filhos criados segundo essa regra: Andar com Deus.
Sem, Cam e Jafé.

d) Os caminhos de Deus X os descaminhos do homem.


1
Timothy George, Teologia dos Reformadores, Vida Nova, p.?
5

Andar com Deus é o contraste da corrupção que faz dos caminhos dos homens,
caminhos de corrupção. Os caminhos dos homens sem Deus são na verdade
“descaminhos”! (v.12).

III. DEUS ESTABELECEU A SUA ALIANÇA COM NOÉ V.13-


18.
a) Deus revela sua vontade a Noé (v.13).
1. O que Deus vai fazer? Dar cabo de toda a carne por meio de um dilúvio
(v.13,17).
2. Por que Deus vai fazê-lo? Porque toda a terra está cheia de violência dos
homens.
3. O que Noé deve fazer? Construir e aparelhar uma arca (v.14).
b) O dilúvio é julgamento de Deus sobre o pecado humano.
Daí para frente, o dilúvio vai se tornar na Bíblia um tipo, um exemplo, uma
ilustração do julgamento final de Deus. Os dias do fim serão como os dias de
Noé (Lc 17.26; 1 Pe 3.20).
c) Contigo estabelecerei a minha aliança (v.18).
Aliança é referida aqui e estabelecida no capítulo 9.
 A aliança envolve a benção de Deus (v.1).
 A aliança mantém os mandatos de Deus (espiritual, cultural e social).
 A aliança é com Noé e seus descendentes (v.9).
 A aliança impede o juízo de Deus mediante um novo dilúvio (v.11).
A aliança de Deus com Noé aqui no cap. 6, implica em redenção. Ele e a
sua família não será condenados com o mundo. Aquele mundo passará, mas Noé
e sua casa não passará com ele, pois está dentro da aliança, estará a salvo na
arca. Também os animais que Deus iria trazer a Noé, dois de cada espécie.
A aliança é estabelecida com base na graça, sem qualquer forma de
retribuição por parte de Noé. Contudo ele participará do processo da aplicação
da aliança. Ele construirá a arca.
Vista por outro lado, a aliança é prometida a Noé, mas alcança a sua
família. É uma aliança de preservação da vida! A aliança é pessoal, mas implica
numa aplicação coletiva àqueles que nos são queridos. Essa é uma revelação do
amor e da bondade de Deus. As bençãos que ele nos dá, podem ser
compartilhadas com outros a começar da nossa própria casa! Deus nos abençoa
e ao fazê-lo abençoa toda a nossa família! Isso é achar graça na presença de
Deus!

CONCLUSÃO
Temos de parar e meditar na Palavra. Todos os avanços humanos, como os
da robótica mencionados a princípio visam o lucro pessoal de alguns e só
alcançarão os outros mediante pagamento. Mas Deus nos ensina um padrão
diferente de compartilharmos as coisas. Ele nos ensina a sermos graciosos,
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assim como ele é. Ele não admite o pecado, mas ao tratar com ele, sempre
arruma um forma justa de incluir o seu amor e a sua graça!
1. Para vivermos diante de Deus nesse mundo precisamos nos alimentar
quotidianamente de sua graça. Graça não é conquista de méritos humanos,
mas revelação da bondade de Deus para conosco, pecadores.

2. Justiça e integridade são as marcas fundamentais de nossa


espiritualidade. A Escritura é nosso manual de conduta diante de Deus e
entre os nossos contemporâneos. Decida crescer no seu conhecimento das
Escrituras para crescer na sua caminhada com Deus.

3. Traga a sua família para dentro da aliança, seja uma benção na vida de
seus familiares! Embora a promessa de Deus a Noé fosse pessoal, a sua
família foi incluída. Sete pessoas foram abençoadas e salvas por intermédio
da promessa feita a Noé e de sua obediência a ela. Isso é viver sob a aliança
com Deus! Isso é andar com Deus!

19/12/2004 C. P. Balneário Meia Ponte Goiânia-GO Culto da ED

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