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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA (UNIPÊ)

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


CURSO DE PSICOLOGIA

ANDRESSA LUZIA BATISTA CAZÉ


DÉBORA LETÍCIA DUARTE TRAJANO
INGRID LOHANA MORAIS LACERDA
MARIA ANA DE SOUSA SILVA
MARIA FERNANDA LIMA PAIVA

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO II: EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL


INFANTO-JUVENIL

JOÃO PESSOA
2019

ANDRESSA LUZIA BATISTA CAZÉ


DÉBORA LETÍCIA DUARTE TRAJANO
INGRID LOHANA MORAIS LACERDA
MARIA ANA DE SOUSA SILVA
MARIA FERNANDA PAIVA

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO II: EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL


INFANTO-JUVENIL

Relatório apresentado a Professora Maria


Josina, da disciplina Psicologia do
Desenvolvimento II no 3º período do Curso
de Psicologia do Centro Universitário de
João Pessoa (UNIPÊ), como requisito para
a obtenção da nota da 2ª unidade.

JOÃO PESSOA
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….…..3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………….….5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………….…11
REFERÊNCIAS………………………………………………………………………….....12
APÊNDICE
1 INTRODUÇÃO

Entende-se exploração sexual como uma categoria da violência sexual que


consiste na prática de atos sexuais com crianças ou adolescentes mediante algum
tipo de pagamento. Estão inclusos nessa categoria o tráfico de pessoas para fins de
exploração sexual, a exploração no contexto da prostituição e ainda o chamado
turismosexual. (BRASIL, 2018)
Sendo o Brasil um dos países com uma situação de desigualdade social
gravíssima, acompanhada da má distribuição de renda e serviços públicos
sucateados, é comum que crianças e adolescentes em situações precárias ou até
mesmo de rua, tenham um contato precoce com o mundo da exploração sexual. Por
trás desse cenário, pode-se enxergar uma gama de fatores determinantes, dentre eles
a desestruturação familiar, falta de acesso à educação, saúde e informação,
vulnerabilidade emocional e até mesmo aspectos sócio-culturais.
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social — CREAS
(Serviço implantado pelo Ministério do Desenvolvimento Social - MDS) que realiza um
trabalho direto com crianças e adolescentes que encontram-se em estado de
vulnerabilidade social, registrou 3.294 casos de exploração sexual apenas no ano de
2016. Já o Disque Direito Humanos (Disque 100)¹, que age como um serviço de
recepção de denúncias, registrou, em 2016, 3.308 casos de pessoas em situação de
exploração sexual. Esses dados alarmantes podem alcançar níveis ainda mais
graves, uma vez que as denúncias e acompanhamento de casos ocorrem em uma
parcela reduzida, se comparar com o contexto geral como um todo.
O resultado dessa comercialização sexual está evidente no perfil das vítimas.
Gravidez na adolescência, abortos clandestinos, juntamente com os recorrentes
casos de DSTs/AIDS, uso de drogas e/ou contato com o mundo do crime. Para esses
adolescentes, escola, educação e infância e adolescência normais, são um sonho
distante e impossível. Essa problemática da abertura concreta para que as injustiças
ocorram, criando assim jovens violentos, desolados e psicossocialmente expostos e
vulneráveis. A desigualdade e a violência os colocam em uma verdadeira luta para
sobreviver, privando-os de seus direitos básicos que deveriam ser resguardados pelo
Poder Público e pela Constituição.
Para subverter essa realidade tão indigna e cruel, é imprescindível que a
sociedade, juntamente com órgãos e autoridades competentes, garantam às crianças
e adolescente os seus direitos básicos como educação, saúde de qualidade e lazer,
para que assim, não seja necessário que eles recorram a comercialização sexual
como meio de sobrevivência deles e também dos seus.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EXPLORAÇÃO SEXUAL: CONCEITO E MODALIDADES
Existem várias formas de manifestação da violência contra crianças e
adolescentes: a física, a sexual, a estrutural, a institucional, a psicológica e a
negligência (FERREIRA, 2009/2011). A violência sexual apresenta-se de duas
formas, como abuso ou como exploração sexual, onde o abuso sexual
especificamente refere-se ao ato praticado diretamente com a criança ou
adolescente,seja presencialmente ou por meio digital, e a exploração sexual é definida
como uma ação que envolve a manipulação do corpo de crianças/adolescentes,
independentemente do gênero, para obtenção de algum tipo de vantagem ou proveito
sexual, sendo esta baseada em uma relação de poder e de exploração comercial
(Cerqueira-Santos, Rezende, & Correia, 2010).
Também designada pela sigla ESCCA - Exploração Sexual Comercial de
Crianças e Adolescentes, maior diferença é o aspecto comercial que ela pressupõe,
onde pode-se tem um sujeito adolescente que é considerado mercadoria, ofertado a
um cliente por outro sujeito considerado o proprietário, essa relação de poder ilustra
o caráter comercial e econômico que a exploração sexual de adolescentes detém.
Quando se fala em exploração sexual comercial, identifica-se, de imediato, a
prostituição infanto-juvenil. Entretanto, na agenda de Estocolmo, assim como em
outros estudos, a exploração sexual de meninos, meninas e adolescentes é
compreendida em quatro modalidades: Prostituição, pornografia, turismo sexual e
tráfico de pessoas para fins sexuais (DUARTE 2009).
A prostituição é considerada quando as práticas sexuais são em troca de
dinheiro, alimentação, moradia, roupas, ou algum bem, no entanto esse termo não é
empregado corretamente quando se refere a alguma criança ou adolescente, uma vez
que a prostituição é um modo de vida que só um adulto é capaz de escolher, a criança
e, o adolescente por sua vez é induzida pelo adulto, pois ela não tem capacidade de
optar por essa vida.
Na legislação brasileira, o art. 241-E, do ECA, Lei 8.069/90 (incluído pela Lei
11.829, de 2008) refere-se à pornografia nos seguintes termos:
Para os efeitos dos crimes previstos nesta lei, a expressão “cena de sexo
explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas,
ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.

No que diz respeito ao turismo sexual, ele acontece quando o abusador é um


turista estrangeiro ou não, onde pode ocorrer a situação em que o turista fez a viagem
sem fins sexuais mas lhe foi oferecido, e os esquemas da rede de exploração sexual
que promovem o turismo exclusivamente para a exploração sexual de crianças e
adolescentes, a imagem do Brasil como destinação turística é frequentemente
associada às ideias de paraíso, país do carnaval, com belas mulheres e possibilidade
de sexo fácil (BIGNAMI, 2005). Essa visão, frequentemente, relaciona-se à ideia de
apelo sexual, o que generaliza a imagem das brasileiras e as toma por atração
turística, contribuindo para a imagem do país como destino sexual e para sua inserção
na rota internacional deste tipo de turismo (FEIJÓ; CALAZANS, 2011).

O tráfico de crianças e adolescentes para fins sexuais refere-se a retirada


destes do seu estado de origem para outro estado, ou se dá de países para países,
com a finalidade comercial ligada à prostituição, esta prática envolve atividade de
aliciamento, rapto, falsas promessas ou pagamento de dívidas. O maior número de
inquéritos e de processos instaurados pela Justiça brasileira são: Goiás, Distrito
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia,Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná e Ceará. Os países de destino mais freqüentes são: Espanha,
Alemanha, Suíça, Israel, Paraguai, Holanda, Japão, Portugal e França (JESUS, 2003,
p.2.)

2.2 FATORES QUE IMPLICAM NA ESCCA

Para identificar as causas da exploração sexual de crianças e adolescentes é


preciso enxergar as fragilidades a nível social, econômico, cultural, entre outros. A
questão econômica ligada a pobreza é a razão mais disseminada acerca da causa
desse problema. Entretanto a pobreza não constitui, por si só, fator determinante para
identificar a criança e/ou o adolescente como vítima em potencial da exploração
sexual (DUARTE, 2009). Um autor que destaca devidamente a verdade sobre as
causas é Castanha (2008), “ser a violência sexual um fenômeno social, multifacetado
e de enfrentamento complexo, pois demanda análise profunda das variáveis que o
compõem.” Como dito anteriormente que a ESCCA é uma variação da violência
sexual, o autor trás uma questão pertinente, no que diz respeito às variáveis que
compõem o problema, na qual, esse aspecto é um dos principais motivos que dificulta
a resolução do mesmo. Não basta analisar apenas a família da vítima de maneira
isolada, é preciso enxergá-la enquanto pertencente a uma sociedade marcada pela
desigualdade social, de gênero, étnica, e ainda objetificação da mulher, que no Brasil
é manifesta desde a colonização. Outros motivos como o organizado e lucrativo
comércio da exploração e a insuficiência governamental afetam diretamente a
questão.
Sem dúvidas a relação intrafamiliar afeta diretamente a questão, crianças e
adolescentes que vivem em circunstâncias de abuso sexual ou de violência doméstica
dentro do próprio lar veem como refúgio as ruas ou aliciadores, e para manter suas
necessidades mais básicas como moradia e comida, elas se veem obrigadas a vender
seu próprio corpo. Verifica-se também casos onde a própria família do adolescente se
aproveita do mesmo para lucrar com o comércio da exploração sexual, esta realidade
está ligada a uma construção histórica estrutural da sociedade, que constrói a cultura
de consumo e as desigualdades sociais.
A miséria se constitui também como uma protagonista das causas, pois ela
obriga crianças e adolescentes a se prostituírem em troca de comida ou de quantia
insignificante de dinheiro, esses casos são comuns principalmente no nordeste do
Brasil, em pequenas cidades pobres que são isoladas. Os dados revelaram, entre
outras coisas: há 930 municípios com exploração sexual comercial de crianças e
adolescentes no Brasil, sendo que, na Paraíba, há 27 municípios, entre os quais, João
Pessoa (VIOLES, 2006). A educação precária, as drogas, o machismo e a questão
étnica são também outras causas do problema.

2.3 CONSEQUÊNCIAS DA EXPLORAÇÃO E INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS

Todo ato, tem sua consequência, e no âmbito da exploração não é diferente. O


menor considerado como uma mercadoria de comércio, é a dura realidade do âmbito
da exploração sexual, que traz como consequências para o jovem: a baixa autoestima,
a confusão da sua identidade, insegurança, medo, ansiedade generalizada, e muitas
vezes, a vulnerabilidade para o uso de drogas como um meio de fugir daquela
situação. Crianças e adolescentes que são submetidos a violência e exploração
sexual são, quase que por unanimidade, pessoas com algum distúrbio ou transtorno
psicológico, sendo ansiedade e transtorno de depressão maior os principais deles. As
consequências psicológicas que esse cenário acarreta na vida das vítimas podem ser
devastadoras, comprometendo sua saúde física, mental e seu desenvolvimento
biopsicossocial. E além desses citados, ainda trazemos as consequências na saúde
pública, como o aumento na disseminação de doenças sexualmente transmissíveis,
abuso de droga e álcool, gravidez precoce e indesejada, e consequentemente o
aumento do número de abortos clandestinos e inseguros, realidade de muitas
mulheres que vivem em meio a prostituição. Submetidos a tais agressões físicas e
psicológicas, principalmente por ser em uma fase tão complexa de suas vidas, o
adolescente apresenta reais e visíveis sequelas, que carecem de atenção e
tratamento para que sejam reabilitados, e inseridos - de uma forma correta - na
sociedade.
Em seu livro Psicologias, Ana Bock, doutora em Psicologia Social, afirma que
A família, como lugar de proteção e cuidados, é, em muitos casos,
um mito. Muitas crianças e adolescentes sofrem ali suas primeiras
experiências de violência: a negligência, os maus-tratos, a violência
psicológica, a agressão física, o abuso sexual. As pesquisas demonstram
que, no interior da família, a principal vítima da violência física é o menino e,
do abuso sexual, a menina. O pai biológico constitui-se no principal agressor
(BOCK, 1999,p. 254).

A sistêmica familiar é um dos principais pontos a serem investigados quando


identificamos individuos, com enfase nas crianças e adolescentes, em situação de
violência, exploração ou vulnerabilidade emocional e social. Quando a base familiar
falha, as chances de termos um ser humano desestabilizado em todos os sentidos é
bem maior. Pessoas em situação de prostituição por muitas vezes relatam abusos,
físicos e emocionais, causados dentro de suas próprias casas. Ao se depararem com
propostas de dinheiro fácil, falsas promessas de liberdade e independência, elas se
infiltram no mundo da exploração sexual e se tornam presas fáceis nesse cenário
predatório que rouba a infância, decência, dignidade e esperança de suas vítimas. Ao
ingressarem nessa vida, as vítimas por muitas vezes ja apresentam traumas
psicológicos graves, acompanhado de transtornos e muito sofrimento psíquico.
A violência contra crianças em geral deixa marcas profundas nas suas vítimas.
Vasconcelos (1991) relata que, na Casa da Passagem, no Recife, no período de 1987
a 1989, 3.700 questionários registram violências praticadas contra meninas e
mulheres-adolescentes, destacando-se estupros, incestos, espancamentos e abusos
sexuais. As conseqüências da violência sexual são analisadas por Santos (1991) e
Vittielo (1989). Especialmente em relação à menina que se prostitui para sobreviver,
observa-se que o seu corpo, cobiçado e violentado, se converte em "objeto
privilegiado das agressões por parte dos outros; seja comprando-o, seja maltratando-
o" (CEAP, 199.)

É evidente que uma sociedade ainda organizada de maneira hierárquica, que


divide a população em gêneros e coloca a mulher como um ser inferior em diversos
âmbitos potencializa os atos violentos e revela o papel subalterno das mulheres
presente no imaginário social. Juntamente com o fator do sexismo e do machismo por
tras da sexualizaçao e da inferiorização feminina que sao determinantes na
propagação da exploração sexual, temos o critério sócio-econômico, onde as classes
inferiores e economicamente desfavorecidas, sem acesso aos seus direitos básicos
garantidos pela constituição, acham na prostituição a única saída para fugir da fome
e da miséria decadente.
Para Saffioti (1989), as profundas desigualdades sócio-econômicas do país
propiciam a exploração de pessoas por pessoas. Neste contexto, a criança facilmente
se torna uma mercadoria. Segundo a autora citada, esta problemática deve ser
entendida nos níveis nacional e internacional.

Muitos autores destacam o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) como


uma implicação, a curto prazo, muito comum da violência sexual (Browne e Finkelhor,
1986; Flores e Caminha, 1994; Gabbard, 1992; Kaplan e Sadock, 1997; Kendall-
Tackett et al., 1993). O TEPT está ligado a experiências incomuns e da existência
humana, que causam um severo impacto emocional (Gabbard, 1992), sendo que o
agente causal é externo, e a tentativa da vítima de organizar o sentido da experiência
traumática gera condutas ou estruturas de pensamento patológicas (Flores e
Caminha, 1994) caracterizados, principalmente, por sintomas mistos de depressão e
ansiedade, além da sensação de reviver a experiência traumática.
Essa definição se enquadra em todos os casos de violência sexual,
independente de gênero ou orientação sexual. Entretanto, sendo um pouco mais
específico sobre a violência sexual contra meninas, De Antoni (2000) afirma que, o
abuso emocional ou psicológico é evidenciado pelo prejuízo à competência emocional
da menina, lesando principalmente sua capacidade de sentir emoções positivas por
outros e de sentir-se bem consigo mesma. Quando são vítimas de violência sexual,
que envolve abuso emocional, esses atos de hostilidade e agressividade podem
interferir na motivação da menina, em sua autoimagem e autoestima.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A exploração sexual envolve uma série de fatores, sejam eles sociais, culturais
ou econômicos, tornando-se, portanto, um fenômeno complexo que refletirá
profundamente na vida do(a)s adolescentes envolvido(a)s. O seguintes trabalho
buscou resgatar conceitos, causas, bem como consequências e possíveis medidas
para combater a ESCCA. Aspectos estruturais, familiares, sociais e pessoais podem
anteceder esta concretização nas suas vidas, ou seja, crescer em uma família na qual
o abuso sexual é corrente ou há a presença de outros fatores de risco, como
empobrecimento, violência psicológica e física, uso de drogas e álcool, prostituição,
conflitos com a lei, prisões, residência em comunidade violenta, desemprego, entre
outros (Koller e De Antoni, 2004).
A invisibilidade dos casos torna o combate a exploração sexual um desafio
ainda maior. No entanto, atualmente, é visto que mesmo o número de casos
aumentando a cada dia, é positivo o fato de que o número de denúncias também
aumenta, fazendo com que sejam maiores as chances de intervenções, e assim
mudar realmente esse quadro.
Em 13 de julho de 1990, foi criado o Estatuto da criança e do adolescente, com
o objetivo de proteger a integridade de crianças e adolescentes brasileiros, a fim de
lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições
de liberdade e de dignidade. O Art. 5º do ECA cita claramente que nenhuma criança
ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, e que tal ato será punido na forma de
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Sendo assim, fica
claro a contrariedade da exploração sexual a tais termos, sendo considerado crime
previsto no código penal e no ECA, apesar da sociedade não reconhecer, ou saber.
Por fim, faz-se esclarecido a importância para que tal tema não seja
invisibilizado, tanto pela sociedade quanto pela justiça. Mudando o atual cenário de
falta de informações, e cuidados aos direitos das crianças e dos adolescentes, pois
eles não são apenas objetos de prazer, e muito menos mercadorias de comércio. são
vidas, e elas precisam ser protegidas, definidas, e direcionadas.
REFERÊNCIAS

BIGNAMI, R. A imagem do Brasil no turismo: construção, desafios e vantagem


competitiva. 2.ed. São Paulo: Aleph, 2005. 139 p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada no dia 05 de


outubro de 1988.

CERQUEIRA-SANTOS, E., REZENDE, N., & CORREIA, P. (2010). Adolescentes


vítimas de exploração sexual: um estudo de caso múltiplo. Contextos Clínicos,
3(2),113-123

DUARTE, Luciana da Silva. Curso Nacional de Enfrentamento à Exploração


Sexual de Crianças e Adolescentes. Brasília – DF – Secretaria Nacional de
Segurança Pública - SENAS/MJ, atualizado em 14/09/20o9. Disponível em:
(http://senaspead.ip.tv/modulos/educacional/conteudo/01021/paginas/Enfrentamento
Explor acaoCriancasAdolescentes_completo.pdf)
FERREIRA, Rosário. Tipos de Violência contra Crianças e Adolescentes. In:
Capacitação da Rede de Proteção de Porto Alegre. UFMS/UFRGS-CEP-RUA. 2009-
2011.

FEIJÓ, F C; A CALAZANS, F M. A imagem internacional do turismo sexual no


Brasil: o “prostiturismo” no marketing turístico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 25., 2002, Salvador. Anais... . Salvador:
Intercom, 2002

GOMES, R. (1994). Prostituição infantil: uma questão de saúde pública. Cadernos


de Saúde Pública, 10, 58-66.

JESUS, Damásio de. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças – Brasil:


aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, 2003.

LIBÓRIO, R. M. C. (2005). Adolescentes em situação de prostituição: uma análise


sobre a exploração sexual comercial na sociedade contemporânea. Psicologia:
Reflexão e crítica, 413-420.
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO DOS JOVENS
Participantes:
1- Bruno Souza Nascimento da Silva, 29 anos, prefere ser chamado como Pamela
Ferraz.
2- Robson Gomes da Silva, 21 anos.

1- Em relação às perguntas “Você já sofreu algum tipo de violência” e “Qual situação


mais te chocou” os participantes relataram em entrevista que ambos sofreram
tentativa de estupro, sendo que o entrevistado 1 relatou que sofreu de fato o abuso
sexual quando tinha 21 anos,o participantes 2 relatou tentativa de estupro aos 7.
Quando questionados sobre situações chocantes e violência o estupro e as tentativas
foram o primeiro tópico a surgir na conversa.

2- Em relação a idade em que os entrevistados tiveram o primeiro contato de fato com


a ESCCA suas idades eram respectivamente 20 e 17 anos.

3- No que diz respeito a motivação os entrevistados não alegaram em entrevista


nenhuma motivação de força externa ou traumática, ambos de maneira vaga
informaram apenas que gostavam de se divertir e em suas palavras sair para curtir na
noite.

4- Quando perguntado a respeito da relação com a família o participante 1 relatou não


ter problemas familiares, ou infância conturbada. Já o participante 2 relatou abusos
psicológicos e emocionais por parte do pai desde a infância, que se agravaram quando
o mesmo se assumiu homossexual aos 14. O mesmo também relatou que após a
partida do pai não houveram mais abusos por parte do restante da família.

5- Quando questionados sobre o gênero das pessoas que atendiam Homem ou


mulher, ambos afirmaram atender apenas homens. Pegando o gancho sobre os
clientes participantes, ambos declaram que o perfil das pessoas que procuram este
tipo de entretenimento consistia majoritariamente em homens heterossexuais e de
boa condição financeira.

Comentários:
Durante a entrevista conseguimos identificar traços comuns a pessoas que sofreram
violência e exploração sexual. Foi possível observar que participante número um
possui sérios problemas de vício com o álcool, já teve contato com drogas, violência
e possui alto índice de agressividade. Em relação a participante número 2 o mesmo
afirmou desde a tentativa de estupro que sofreu aos 7 anos sofre com transtorno
depressivo maior, ansiedade, baixo rendimento escolar, crises do pânico e fobia
social, tornando-o uma pessoa introvertida e com baixa interação social, diferente do
seu perfil antes do abuso.
QUESTIONÁRIO DOS PROFISSIONAIS:

1- PSICÓLOGA: Edileuza aragão da costa, psicóloga do Conselho Tutelar da região


do Cristo Redentor.
2- ASSISTENTE SOCIAL: Gerlane Ataíde Dantas, assistente social do Conselho
Tutelar da região do Cristo Redentor.

1-Quando falado acerca do tema Exploração sexual infanto-juvenil foi relatado pela
psicóloga que o conselho tutelar da região do cristo redentor possui uma pequena
demanda de casos relacionados ao tema devido ao pequeno número de denúncia.

2-Em relação aos casos mencionados foi citado o de uma adolescente de 15 anos,
diagnosticada com retardo mental leve, no qual possui atualmente um relacionamento
com um adulto de 37 anos, há então nesse caso, uma relação de exploração sexual.
Foi emitida contra a responsável que por sua vez é avó da vítima uma denúncia
alegando que a mesmo aprova o relacionamento e permite que ambos saiam a sós
de casa.

3- Quando questionado acerca do acolhimento a uma vítima no conselho tutelar, as


profissionais falaram que primeiramente pelos educadores do caso, e de acordo com
a gravidade da denúncia o caso pode ser encaminhado para o conselheiro tutelar ou
diretamente para a delegacia. Após passar pelo conselheiro a vítima é direcionada
para escuta especializada com a psicóloga responsável, para assim obter a análise
do caso, dependendo da situação a assistente social faz visitas residenciais para
observar o ambiente em que vive a vítima. Por fim, se for necessário um
acompanhamento psicológico, o conselho tutelar encaminhará a criança ou
adolescente para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS), Centro de atendimento e inclusão social (CAIS), Clinica-escola UNIPÊ ou
o Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira.

4- Sobre os desafios do combate a exploração, foi levantada a questão que ela é


pouco conhecida como crime, e se tornou algo normalizado pela sociedade, esse
estereótipo dificulta a intervenção dos profissionais, ocasionando a falta a de
denúncias. A justiça também foi citada, uma vez que há uma grande demora na
resolução dos casos, podendo durar anos até o julgamento.

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