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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia


Graduação em Arqueologia
Arqueologia Simbólica
Lucas Renan Lobato Lima da Silva

1. É necessário cuidado ao se pensar sobre ele o caráter simbólico de imagens ou


palavras, pois existem alguns pressupostos que tendemos a seguir. Por exemplo, o fato de
urna funerária ter decorações que a dão qualidades antropomórficas, como olhos e boca,
faz grande a possibilidade de que pensemos que essa característica se trata de algo
simbólico referente ao morto ou algo do tipo. Ao mesmo tempo em que podemos
observar uma ponta de projétil e não conseguir ir além de seu significado imediato.

Todavia uma ponta de projétil tanto poder ser imbuída de caráter simbólico
quanto uma urna funerária. Sendo assim é possível concluir que sim, muitos objetos (se
não todos) possuem caráter simbólico, todavia essa característica só é alcançada através da
etnografia ou outros meios de conseguir informações com indivíduos inseridos no
contexto da peça em questão. Ou ainda, aquele que busca o significado simbólico de algo
pode assumir a realização de juízos de valor e através de analogias e outros métodos pode
alcançar um significado dele próprio.

2. A ideia da relação de presença e ausência expressas por Ginzburg são baseadas


no fato de que numa certa época, os corpos dos reis franceses em seus funerais eram
substituídos por manequins feitos de cera. Ginzburg expõe que naquele momento os
manequins não apenas substituíam os corpos dos reis, mas sim eram a representação dos
reis, o manequim era o corpo do rei. A ausência do rei se fazia presente através do
manequim.

A obra de Renne Magritte, todavia, vai exatamente ao sentido contrário à ideia de


Ginzburg. Ele pinta um cachimbo e diz que aquilo não é um cachimbo. Na verdade se
trata apenas da representação de um cachimbo, apesar de evocar todo o conceito de
cachimbo na mente de quem vê a obra. Nesse caso o cachimbo se faz ausente através da
presença de uma representação sua que apenas afirma sua ausência.

3. A ideia de que a paisagem está carregada de significados é muito bem explicada


por Yi Fu Tuan em suas publicações. Para isso Tuan define dois conceitos: espaço e
lugar. O espaço se refere a um espaço físico, (ainda) não possuidor de significado
indireto/conceitual ou direto/íntimo. Basicamente qualquer ambiente que uma pessoa
não conheça, não tenha nem mesmo ouvido falar, se trata de um espaço, uma vez que a
partir do momento que o espaço é conhecido nosso corpo começa a produzir impressões
a seu respeito. Sendo assim, o conceito de lugar pode ser definido como um espaço
dotado de valor para algum indivíduo.

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