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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ- UFPI

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS- CSHNB

Rua Cícero Eduardo S/N – Bairro Junco- 64.600-000- Picos- PI.

DISCIPLINA: Arqueologia

Relatório sobre a visita ao Parque Nacional da Serra da Capivara e ao Museu


do Homem Americano

Marcos Moura Menezes

PICOS- PI

2017
Este presente trabalho trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é
descrever e relatar a viagem, buscando mostrar dados acerca da viagem a ao
Parque Nacional Serra da capivara e ao Museu do Homem Americano. No sudoeste
do Piauí, a cerca de 500 km da capital Teresina, o Parque Nacional da Serra da
Capivara é um vasto museu a céu aberto, tanto do ponto de vista de tudo que se
refere ao clima e à geografia do semi-árido nordestino, como no aspecto da fauna e
da flora específicas da caatinga. A reserva foi criada em 1979 graças ao incentivo da
pesquisadora francesa com descendência brasileira Niede Guidon. O parque
compõe uma área de total preservação da fauna e flora contando com a utilização
da sustentabilidade. O parque nacional da serra da capivara é administrado pela
Fundação museu do Homem Americano (FUMDHAM).

Primeiramente no dia sete de setembro de dois mil e dezessete, assim que


chegamos ao Albergue de acolhida, aconteceu a visita a Fábrica de Cerâmicas,
onde fomos recebidos por os artesãos que mostraram como funciona todo o
processo de produção e acabamento da cerâmica. A produção das já famosas
peças de cerâmica da Serra da Capivara é uma das maiores fontes de renda das
comunidades locais. A atividade é parte do projeto de desenvolvimento da região
idealizado pela pesquisadora Dra. Niède Guidon. Entre as tantas peças há canecas,
cumbucas, copos e pratos, cada um com uma figura rupestre que reproduz o rico
patrimônio arqueológico guardado no parque. Na loja, ao lado da oficina, elas
custam bem menos do que nas outras lojas do país.

Imagens: Objetos da fábrica de cerâmica Serra da Capivara


Após a ida a fábrica de cerâmica ocorreu a visita ao Parque Nacional Serra da
Capivara, onde estávamos acompanhados do Guia Mario Afonso que nós auxiliou
durante todo o percurso do parque. O primeiro lugar que visitamos foi o Sítio do
Meio, esse sítio, foi descoberto em 1973 e esta localizado na bacia sedimentar do
local conhecido como Serra Talhada, trata-se de um abrigo sobre rochas rodeado
pela caatinga arbustiva, esse sítio, possui um painel de pinturas rupestres
extremamente rico, foram realizadas varias escavações frente a essa concentração
de pinturas e foram encontraram amostra de carvões, restos de fogueiras, com
datações entre 12.440 a 14.300 anos antes do presente. Também foram encontraras
restos de ocre (tinta vermelha), pedras lascadas e ossos de animais caçados, além
de um colar, em exposição no Museu do Homem Americano.

Imagem: Pinturas rupestres no Sítio do Meio

Também foi encontrada uma machadinha de pedra polida, a mais antiga do


continente americano, datada de 9.200 anos BP; além de cerâmica, também a mais
antiga de toda a América, datada de 8.960 anos.

As pinturas rupestres deste sítio, trazem datações que superam os 12 mil


anos, chegando a quase, e incríveis, 14 mil anos. A mais famosa é uma contendo
cervídeos e figuras humanas formando diversos conjuntos que fazem parte de uma
mesma cena.
De acordo com o guia que nós acompanhou, o sitio do meio passa por
escavações até os dias atuais, onde uma equipe de arqueólogos que compõem a
Missão Franco Brasileira estão reavaliando as datações feitas por a Dra. Niède
Guidon nas décadas de 70 e 80 através do carbono 14. Todas as datações que
estão sendo obtidas através de equipamentos modernos de alta tecnologia por a
Missão Franco Brasileira estão coincidindo com as datações da Dra. Niède.

. Além da visita ao Sítio do Meio, conhecemos mais alguns sítios


arqueológicos como Boqueirão do Pedro Rodrigues e fizemos uma trilha para
apreciar a natureza intocada. O parque possui uma fauna rica e bastante variada,
com presença de tatus verdadeiros, tatus bola, tamanduás, jaguaratiricas, jacus,
cotias, veados-catingueiros, porcos-do mato, macacos-prego e até onças. além de
variada avifauna, lagartos e serpentes. Alguns desses animais são facilmente
visualizados. A paisagem geológica do Parque também merece destaque, com
presença de formações areníticas, cânions, e boqueirões, formando vistas
panorâmicas.

Imagem: Pinturas rupestres no sítio Boqueirão de Pedro Rodrigues

Ao longo do percurso escolhido ainda visitamos o sítio Boqueirão da Pedra


Furada, o mais famoso e importante do parque. No boqueirão da pedra furada,
existem mais de 1.000 pinturas rupestres, datadas em até 11.500 anos, que nos
permitem identificar os animais que viviam na região, o cotidiano, os costumes e os
rituais dos antigos habitantes da América. Devido à quantidade de pinturas rupestres
identificadas em um só local, o Boqueirão se tornou o sítio arqueológico mais
importante do continente americano. Foram encontraram no Boqueirão da Pedra
Furada, fragmentos de carvão – os quais evidenciam a presença de fogueiras
iniciadas por homens – datados em até 50 mil anos. Ao lado dos fragmentos, foram
encontradas pedras lascadas, que seriam ferramentas fabricadas pelos antigos
habitantes.

Imagem: Pinturas rupestres no sítio Boqueirão da Pedra Furada

Descobertas arqueológicas na região detectaram a presença humana mais


antiga das Américas, o que provocou dúvidas a respeito das consolidadas teorias de
povoamento do continente.

Até as descobertas arqueológicas da Serra da Capivara, a Teoria do Estreito


de Bering era praticamente inquestionável pela comunidade científica. Conhecida
também como Teoria de Clóvis, ela explica que os seres humanos conquistaram as
Américas há apenas 12 mil anos, atravessando o Estreito que estava congelado no
fim de um período de glaciação. Por este motivo, os vestígios que evidenciam a
presença de homens há mais tempo no Brasil, causaram euforia e atritos entre
arqueólogos de todo o mundo principalmente nos arqueólogos norte americanos.
Imagem: Local da Pedra furada, formação rochosa conhecida como cartão
postal da Serra da Capivara

A Serra possuí dois períodos de clima fazendo alternância de chuvas e de


seca, devido isso ocorrem fortes mudanças na paisagem. Em um momento, a
vegetação é verde e exuberante, em outro a vegetação está completamente
diferente, se encontra seca e perde suas folhas, (como estava nessa visita).

Na manhã do dia seguinte, dia oito de setembro de dois mil e dezessete


aconteceu a visita ao Museu do homem Americano na cidade de São Raimundo
Nonato, onde pudemos ver peças incríveis encontradas, organizadas e datadas com
muito esforço e dedicação nas mediações dos sítios arqueológicos encontrados e
registrados no parque, nos trazendo a possibilidade de conhecer um pouco mais e
compreender melhor acerca dos vestígios deixados pelos nossos ancestrais pré-
históricos. O museu retrata parte dos mais de cinquenta mil anos de história do
homem americano, da sua chegada ao continente ao encontro com o colonizador.
Imagem: Crânio encontrado na Serra da Capivara com datação de dez mil
anos

Durante a visita ao museu encontramos uma exposição de peças cerâmicas,


adornos, cachimbos, machados feitos de pedra polida, mãos de pilão, pedras
lascadas que datam de cinquenta mil anos entre outros objetos que nos mostram a
evolução do cotidiano pré-histórico do homem americano.

Imagem: Machados de Pedra Polida


Ainda encontramos vários enterramentos e urnas funerárias que retratam
como como ocorriam os rituais funerários dos nossos ancestrais. A partir disso
percebemos a importância de estudar esses rituais de enterramento que nos faz
refletir que os grupos pré-históricos tinham uma grande preocupação em relação aos
indivíduos que morriam.

Imagens: Algumas urnas funerárias, entre elas uma com esqueleto humano pré-
histórico que retrata o ritual de enterramento.

Logo após a entrada ao museu, seguimos para alguns laboratórios que ficam
situados na sede da FUMDHAM, tivemos a oportunidade de ver varias cerâmicas,
urnas funerárias e uma vasta diversidade de objetos que foram encontrados nas
escavações da Serra da Capivara, conseguimos ainda entender como se dá o
processo de datação e catalogação de todos esses objetos. Ainda no ambiente dos
laboratórios encontramos fosseis de espécies da megafauna, como a preguiça
gigante, o tigre-de- dente-de-sabre e o mastodonte.
Imagem: Pressas do Tigre-de-dente-de-sabre, animal pré-histórico da
megafauna

Diante de tudo que vimos percebe-se que, os resultados evidenciam que o


projeto de viagem a Serra da Capivara realizado foi e é de fundamental importância,
principalmente numa sociedade que cada vez mais perde seus valores culturais. De
qualquer forma, a experiência foi de grande importância para nossa formação como
historiadores e futuros professores que teremos como missão de trazer para nossos
alunos baseado na percepção, a disseminação dos valores culturais os fazendo
refletir acerca da história do seu próprio lugar de origem na construção do passado
pré-historicamente cultural tornando mais instigante o caminho a ser construído.

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