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NEUROPSIQUIATRIA

INTRODUÇÃO/ HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

A história da Psiquiatria começou quando um homem tentou aliviar o sofrimento de outro


homem, ou mantiver seu prazer pela vida; então, surgiu a medicina e, quando alguém prestou
cuidados necessários para aliviar o sofrimento, surgiu a enfermagem. A religião nesse período
já era encarregada de ajudar as pessoas a encontrarem um sentido para dor e o sofrimento.
Os médicos na Antigüidade eram os sacerdotes que tratavam os doentes mentais por
métodos mágico-religiosos. Esses sacerdotes indicavam aos pacientes sonos profundos,
atividades, diversões, boas ações ou meditação para as pessoas afetadas, porém com
explicações sobrenaturais.
Já na Grécia Antiga a sociedade encontrava segurança interior no conhecimento e na razão,
fazendo retroceder a crença na magia, no misticismo e na demonologia.
E na Era Clássica, também foi influenciada pelas crenças mágico-religiosa, mas passou-se a
tentar buscar justificativas racionais e materialísticas para explicar as doenças, dando ênfase
às observações. Surgem termos como depressões, a histeria, a epilepsia a psicose pós-parto.
Segundo Galeno o cérebro é o órgão mais importante o homem e sede da alma.
Alguns estudiosos viam o homem na interioridade despertou a idéia do ser humano uno.
Entre os séculos XI e XII dividia o ser humano em alma e corpo, e por isso, os doentes
mentais eram exorcizados até queimados em fogueiras.
Com passar dos anos o homem começou a procurar a verdade a seu próprio respeito, e desta
forma ver o homem orgânico, psicológica e magicamente.
Já no século XVII, conhecido como a Era da Razão e da Observação. A doença Mental
começa a ser estuda como doenças psicológicas, as emoções a histeria começa ser
analisada pelos estudiosos.
No século XVIII, a crença na razão substitui a tradição da fé em todos os aspectos da
sociedade. As doenças passaram a ser diagnosticadas com mais exatidão e localizadas com
maior precisão
Apesar de todo o avanço desse período, os doentes mentais eram confinados em hospitais
para proteger a sociedade e eram tratados com sangrias e purgativos. Ainda neste tempo os
pacientes sofriam maus-tratos e morria por falta de cuidados de higiene e inanição. Eram visto
como animais pela sociedade, ou como um objeto.
Embora os manicômios tivessem surgido com o objeto de ajudar, eles passaram a ser locais
desumanos, onde os doentes eram isolados, enjaulados, acorrentados, golpeados com
chicotes e exibidos como animais. Os prestadores de cuidados eram selecionados entre ex-
presidiários, que utilizavam o chicote como ferramenta e os cães como ajudantes.
No século XVIII, surge a Revolução na Psiquiatria, na França o psiquiatra francês Philippes
Pinel foi o pioneiro na luta pelos direitos dos doentes mentais, pedindo um tratamento mais
humano, na mesma época que foi inventada a guilhotina. Ele é quem libertou os pacientes
das correntes, as quais que substituiu por camisa de força. Ele também começa a classificar
as doenças mentais. Mais tarde, essa classificação veio a ser efetivada por Emil Kraepelim,
em 1896.
E no século XIX teve a participação do trabalho de Florence Nightingale, que preconizava a
importância de um cuidado mais humano à pessoa doente e a necessidade de educação e
preparo de quem cuidava desses doentes. Em 1773, foi aberto o primeiro asilo psiquiátrico
nos EUA.

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Segundo a Enfermeira americana Linda Richards, o doente mental deveria ser tratado com
tanto cuidado quanto o doente físico.
No final do século XIX e no início do XX, Sigmund Freud transformou a assistência
psiquiátrica com a psicanálise. A partir do neuropsiquiatra Sigmund Freud o homem era visto
como um todo (mentefísico) e sua história de vida passaram a ser considerada o fator
preponderante nos transtornos mentais.

PSIQUIATRIA
É um ramo da medicina que estuda a patologia da vida de relação ao nível de integração que
assegura a Autonomia e a Adaptação do homem nas condições de sua existência.
Observação: Faz-se importante mencionar que o diagnóstico psiquiátrico não envolve
somente um diagnóstico diferencial, pois também tem por objetivo levantar o diagnóstico
etiológico para estabelecer o prognóstico funcional da doença e o tratamento mais apropriado.
Formas de doença Mental
Segundo Ferreira (1993), as doenças ou transtornos mentais podem ser classificados
considerando-se origem, natureza e comportamento do cliente/paciente.

EVOLUÇÃO, AVANÇOS DA PSIQUIATRIA E INSERÇÃO DA ENFERMAGEM


PSIQUIÁTRICA.
Até este século a Enfermagem passou por importantes transformações. A assistência de
enfermagem na década de 1930 teve um caráter de custódia, com o objetivo centrado nas
necessidades físicas gerais e na vigilância do cliente. Essa assistência de enfermagem
qualificada para um melhor tratamento ao cliente envolvia sono profundo (1930), choque
insulínico (1935), psicocirurgico (1936) e eletrochoque (1937) que eram os tratamentos
somáticos nestes períodos.
A grande revolução psiquiátrica ocorreu em 1952, neste ano a clorpromazina foi sintetizada
em laboratório, dando grande impulso ao tratamento medicamentoso surgindo assim, uma
nova esperança para os doentes mentais. Neste mesmo ano, surge também o trabalho de
Hildegard Peplau, que preconizava o relacionamento terapêutico enfermeiro-cliente como
instrumento básico da assistência de Enfermagem Psiquiátrica.
O enfoque da assistência de enfermagem psiquiátrica sofre grandes transformações, que até
então era voltada aos cuidados físicos (higiene, limpeza), à vigilância à contenção passou a
centrar-se nas relações interpessoais.
A enfermagem passa ter efetiva participação na assistência global ao cliente, passa a ser
conhecida e cobrada, tanto em nível hospitalar como extra-hospitalar.
E neste mesmo tempo, tem-se a necessidade de uma formação específica das pessoas que
trabalhavam em colaboração com os médicos, na prestação de cuidados terapêuticos.
Com a estruturação da formação dos auxiliares de enfermagem, sendo responsabilidade do
Ministério da Educação e Ciência esboçar, organizar e planificar sua formação profissional.
Em 1989, o Congresso nacional, por meio do Projeto de Lei nº. 3.657/1989, previu a
reestruturação da assistência psiquiátrica brasileira, com a substituição progressiva dos
manicômios por “novos dispositivos de tratamento e acolhimento”. A Lei da Reforma
Psiquiátrica Brasileira foi sancionada pelo presidente da República Fernando Henrique
Cardoso em abril de 2001, após 12 anos de tramitação, indicando a substituição progressiva
do modelo assistencial hospitalocêntrico.

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 Traços de Percursos Reabilitativos:
1 – Respeitar o direito de interação, mesmo que fora ou além de nossa lógica, garantindo
suas escolhas;
2 – Garantir qualquer que seja a forma de comunicação;
3 – Garantir a qualquer cliente mesmo sem identidade ou histórico, recoloca-lo no evento
histórico da sociedade, garantir as habilidades residuais nunca indagadas, valorizadas e
inúteis em estruturas totais de aniquilamento humano.
Os manicômios têm suas regras mudadas, baseadas na homologação da ausência de
direitos, da não identidade e que levam à modificação da dinâmica dos hospitais psiquiátricos.
Uma instituição psiquiátrica para ser Desinstitucionalizar é preciso ser feito por etapas,
partindo do interno, desse modo, deve-se:
Acabar com as medidas de contenção física;
Reconhecer os direitos humanos dos clientes;
Eliminar as tutelas jurídicas, considerando que o cliente pode voluntariamente colaborar com
seu cuidado;
4 – Dar o direito de o cliente ter um trabalho;
5 – Respeitar o direito ao acesso a lugares reais e simbólicos de autonomia e reprodução de
hábitos pessoais;
6 – Integrá-los a sociedade;

A Lei Italiana nº. 180 fala da importância do trabalhador de saúde mental respeitar o cliente e
sua liberdade e oferecer aos clientes concretas garantias legislativas de direitos sociais
(educação, habitação, trabalho, sexualidade, expressão de idéias, qualidade de vida, etc.),
bem como os recursos e os meios para efetivá-los.
E que deve ter garantia dos direitos sociais, lembrando que isso não é automaticamente
garantia de justiça. E esses direitos sociais são: autonomia pessoal, educação e formação
profissional, capacidade de exprimir compreensivelmente as próprias idéias, informações
sobre onde e como obter recursos, capacidade de usá-los, etc.
A reabilitação é dar ao cliente direito a cidadania, considerando-a uma prioridade, significa
também enfatizar, libertar e potencializar as energias residuais da pessoa, que ficaram
escondidas sob os sintomas.
A reabilitação deve ser considerada uma necessidade e uma exigência ética e, portanto, deve
pertencer a um grupo de profissionais que tenha como prioridade a abordagem ética do
problema da saúde mental.

PSICOPATOLOGIA
Psicopatologia é um termo que se refere tanto ao estudo dos estados mentais patológicos,
quanto à manifestação de comportamentos e experiências que podem indicar um estado
mental ou psicológico anormal. O termo é de origem grega; psykhé significa alma e patologia,
estudo das doenças, seus sintomas. Literalmente, seria uma patologia da alma.

FUNÇÕES PSIQUICAS
1. CONSCIÊNCIA
É a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orientar de forma adequada. Estar
consciente é estar lúcido. A lucidez constitui o estado normal da consciência, em que os

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conteúdos possuem nitidez e claridade. A consciência é avaliada pelas funções da atenção e
da orientação.

São anormalidades da consciência:


 estreitamento: redução quantitativa e qualitativa da consciência. Por exemplo: casos
em que o cliente tem dificuldade de se situar após uma crise convulsiva;
 entorpecimento: caracterizado por diminuição ou perda da lucidez e da vigília. Por
exemplo: casos de encefalopatia e hipertermia;
 obnubilação: além do rebaixamento do nível de consciência que ocorre no
entorpecimento, há a presença de conteúdo anormal, como ilusão, falsas percepções,
alucinações. É também acompanhada por sonolência, lentificação do pensamento e
coma;
 despersonalização: quando o cliente relata que vivencia a si próprio como irreal,
diferente, transformado ou estranho.

2. ORIENTAÇÃO
É a capacidade de situar-se em relação a si mesmo no mundo, tempo e espaço. Pode ser:
 autopsíquica: relacionada à própria pessoa; ela diz quem é o que faz;
 alopsíquica: estabelecer relação com as pessoas circundantes, diz quem são seus
pais, reconhece o entrevistador;
 têmporo-espacial: relacionada ao tempo e ao espaço; sabe dizer que dia é hoje (do
mês, da semana, o ano) e o local em que está (na escola, no hospital).
Obs.: são distúrbios da orientação: a desorientação têmporo-espacial e as desorientações
auto e alopsíquicas.

3. MEMÓRIA
É a capacidade de retenção de uma experiência vivenciada no passado que pode ser
evocada e reintegrada na consciência no presente. Pode ser:
 memória de fixação: é aquela que guarda as informações aprendidas. Ex.: tabuada.
 memória de evocação: é aquela que lembra de fatos anteriores. Ex.: a noite lembrar o
que fez pela manhã.
 memória cronológica: é aquela que localiza os fatos em ordem de tempo. Ex.:
lembrar os nomes dos filhos na ordem de nascimento.
São distúrbios da memória:
 amnésia maciça: esquece informações do passado;
 amnésia lacunar: algumas coisas do passado são esquecidas;
 amnésia seletiva: sabe parte de um fato ocorrido e a outra parte esquece;
 confabulações: recordações falsas que dura por pouco tempo e serve para preencher
vazios de memória.

4. SENSOPERCEPÇÃO
Quando os órgãos dos sentidos dos indivíduos estão normais. Existem alterações qualitativas
e quantitativas da sensopercepção.
São alterações quantitativas:
 hiperestesia: aumenta as sensações, como na histeria e na mania;
 hipoestesia: diminui as sensações, como estado depressivos e melancolia;

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 anestesia ou hipalgesia: insensibilidade a estímulos dolorosos.

São alterações qualitativas:


 alucinação: percepção sensorial falsa, na ausência de um estímulo externo real;
 ilusão: percepção deformada de um objeto verdadeiro;
 despersonalização: sensação de estranheza em relação ao mundo ou a si própria;
 alucinose: distingue-se das alucinações, pois o cliente reconhece o fenômeno
patológico.

5. PENSAMENTO
É a capacidade de organizar idéias com formas cursos (velocidade) e conteúdos harmônicos
com as necessidades individuais e circunstanciais. O pensamento normal pode ser:
constante, organizado ou contínuo.
São distúrbios do pensamento:
 lentificação: pensamento lento;
 inibição: lentidão dos pensamentos, não conseguindo iniciar nada;
 fuga de idéias: rapidez de pensar, com tanta velocidade que não consegue concluir o
raciocínio;
 arborização: perde a direção dos fatos, e não consegue concluir o raciocínio;
 logorréia: palavras sem coerência lógica;
 prolixidade: dificuldade de se distinguir o essencial do supérfluo;
 desagregação: tem idéias associadas de forma aleatória e sem sentido.
 sonorização: descreve que seus pensamentos são repetidos fora de sua mente,
parecendo ressoar alto dentro de sua cabeça.

6. AFETO
É a manifestação de ligação com o meio, como reagimos a tudo que nos cerca; é a
capacidade d vivenciarmos nossas emoções e nossos interesses.
São alterações da efetividade:
 labilidade emocional: mudança súbita e freqüente de sentimentos, de forma
inapropriada;
 embotamento afetivo: não consegue uma ligação emocional com o mundo e consigo
mesmo.

SAÚDE MENTAL NO SUS (CAPS)


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no
qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro,
ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.

A atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), através de


financiamento tripartite e de ações municipalizadas e organizadas por níveis de
complexidade. A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas foi
pactuada em julho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros
de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de
Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em
Hospitais Gerais.

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Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de
álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da
assistência à saúde mental. E vêm substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico
e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas.

Esta forma de atendimento é fruto de um longo processo de luta social que culminou com a
Reforma psiquiátrica, em 2001. Sua principal bandeira está na mudança do modelo de
tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.

O maior desafio para as políticas de saúde mental no Brasil hoje é o enfrentamento do uso do
crack. Com a desospitalização promovida a partir dos princípios da Reforma psiquiátrica e o
consumo crescente da droga em todas as esferas sociais, o SUS tem atuado de forma
interdisciplinar, objetivando construir uma estratégia eficaz de enfrentamento do problema, já
considerado uma epidemia por diversas instituições.

CAPs
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de
atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído
por equipe multiprofissional e que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente
atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em
situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao
modelo asilar.
O perfil populacional e socioeconômico são fatores fundamentais para a elaboração de uma
estratégia de saúde mental e atenção básica nos CAPS, a integração dos setores é outro
fator que deve ser seguido rigorosamente em especial pelos ainda escassos recursos para
esse setor nos municípios.
Funções:
 Monitorar casos de distúrbios mentais leves e moderados diariamente, evitando assim
a superlotação dos hospitais psiquiátricos.
 Adotar métodos terapêuticos que envolvam a inserção do portador de distúrbio mental
na sociedade, através de ações conjuntas com outros órgãos.
 Regular os profissionais que atuam na área de saúde mental na esfera pública.
 Oferecer suporte e orientações para as famílias carentes sobre eventuais benefícios
em caso de vulnerabilidade socioeconômica.
 Efetuar uma estratégia de mapeamento sobre os indivíduos com transtornos mentais
no município.
 Elaborar planejamentos adaptados para determinada área em virtude de
particularidades na localização, condições sociais, culturais e econômicas.
 Criar mecanismos de reinserção social através de atividades de lazer, trabalhos
comunitários, projetos culturais e fortalecimento dos laços familiares.
Vale ressaltar que todas as atividades desenvolvidas pelos CAPS, possuem a autonomia
necessária para evitar a internação em hospitais psiquiátricos. Essa nova abordagem permite
que o indivíduo e sua família participem de maneira ativa no processo de recuperação.

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TRANSTORNOS RELACIONADOS COM O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Compreende numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por
sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de
uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico.

Drogas psicoativas são substâncias químicas que afetam o funcionamento do cérebro,


causando mudanças no comportamento, humor e consciência. Embora essas drogas possam
ser usadas terapeuticamente para tratar distúrbios tanto físicos quanto psicológicos, também
são usadas para fins recreativos para alterar o humor, as percepções e o estado de
consciência.
 Depressores: álcool; morfina, barbitúricos; anestésicos, benzodiazepínicos;
ansiolíticos; ópio.
 Estimulantes: cafeína; nicotina; cocaína; crack; anfetaminas; estabilizadores do
humor, ecstasy, antidepressivos.
 Psicodélicos: maconha; Skank, LSD; psilocibina (derivado de um tipo de
cogumelo); mescalina (encontrada no peyote cactus).

A identificação da substância psicoativa deve ser feita a partir de todas as fontes de


informação possíveis. Estas compreendem: informações fornecidas pelo próprio sujeito, as
análises de sangue e de outros líquidos corporais, os sintomas físicos e psicológicos
característicos, os sinais e os comportamentos clínicos, e outras evidências tais como as
drogas achadas com o paciente e os relatos de terceiros bem informados. O diagnóstico
principal deverá ser classificado, se possível, em função da substância tóxica ou da categoria
de substâncias tóxicas que é a maior responsável pelo quadro clínico ou que lhe determina as
características essenciais.

O diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias deve ser reservado


somente aos casos onde a escolha das drogas é feita de modo caótico e indiscriminado, ou
naqueles casos onde as contribuições de diferentes drogas estão misturadas.
 Intoxicação aguda.
 Síndrome de dependência: Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e
fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa,
tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar
o consumo, à utilização persistente apesar das suas consequências nefastas, a uma
maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e
obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de
abstinência física.
 Síndrome [estado] de abstinência: Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas
maneiras e cuja gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou
relativa de uma substância psicoativa consumida de modo prolongado. O início e a
evolução da síndrome de abstinência são limitadas no tempo e dependem da categoria
e da dose da substância consumida imediatamente antes da parada ou da redução do
consumo. A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência de convulsões.
 Síndrome de abstinência com delirium: Delirium tremens, induzido pelo álcool
(exemplo).

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 Transtorno psicótico: caracterizado pela presença de alucinações (tipicamente
auditivas, as frequentemente polissensoriais), de distorção das percepções, de idéias
delirantes (frequentemente do tipo paranóide ou persecutório), de perturbações
psicomotoras (agitação ou estupor) e de afetos anormais, podendo ir de um medo
intenso ao êxtase. O sensório não está habitualmente comprometido, mas pode existir
um certo grau de obnubilação da consciência embora possa estar presente a confusão
mas esta não é grave.
 Alucinose
 Paranóia
 Síndrome amnésica: transtornos crônicos importantes da memória (fatos recentes e
antigos). A memória imediata está habitualmente preservada e a memória dos fatos
recentes está tipicamente mais perturbada que a memória remota. Habitualmente
existem perturbações manifestas da orientação temporal e da cronologia dos
acontecimentos, assim como ocorrem dificuldades de aprender informações novas.
 Demência: alcoólica SOE (exemplo)

TRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS


Demência Senil: Pode ser definida como deterioração crônica, tipicamente irreversível, das
capacidades intelectuais, devido a uma doença orgânica do cérebro que tenha produzido
alterações estruturais (morte real dos neurônios). Os sintomas mais frequentes são distúrbios
da memória, de orientação e de funções intelectuais. O paciente pode ter alucinações e
ilusões.
Inicia-se geralmente da sétima década, muita das vezes sob a forma de alterações do caráter,
irritabilidade. Ocorre à redução de todas as funções psíquicas, predominam distúrbios da
atenção com desorientação, labilidade afetiva e fraqueza do juízo. Desenvolve-se
progressivamente até o estado final de demência completa. Há uma atrofia cerebral difusa
com destruição dos neurônios, degeneração fibrilar de Alzheimer e placas senis.
Doenças de Alzheimer: Evolução progressiva, apresentando alteração da memória. O
quadro caracteriza-se por inquietação ocupacional absurda, logoclonia (repetição convulsiva
das primeiras sílabas das palavras) e desorientação. A inquietação e irritabilidade são típicas
das fases de deterioração completa. Achados histológicos semelhantes aos da demência
senil.
Sintomatologia: Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem:
- Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis.
- Dificuldades para a resolução de problemas.
- Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares.
- Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada.
- Confusão sobre locais, pessoas e eventos.
- Alterações visuais, como problemas para entender imagens.
Delirium: Perturbação súbita, flutuante, e geralmente reversível da função mental. É
caracterizado por uma incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de
pensar com clareza e flutuações do nível de alerta (consciência). O delirium é um estado
mental anômalo, não uma doença.
Embora o delirium e a demência afetem o pensamento, eles são diferentes. O delirium afeta
principalmente a atenção e a demência afeta principalmente a memória. O delirium inicia-se

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repentinamente e frequentemente apresenta um início definitivo. A demência normalmente
apresenta início gradual e não um início definitivo.
Muitas doenças, medicamentos e intoxicações podem causar delirium.
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e resultados do exame físico, e eles utilizam exames
de sangue, urina e de imagem para identificar a causa.

TRANSTORNOS PSICÓTICOS (ESQUIZOFRENIA)


A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da
idade adulta. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo
no homem, por volta dos 20-25 anos de idade, e na mulher, por volta dos 25-30 anos.
Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia. A hereditariedade tem uma importância
relativa, sabe-se que parentes de primeiro grau de um esquizofrênico tem chance maior de
desenvolver a doença do que as pessoas em geral. Por outro lado, não se sabe o modo de
transmissão genética da esquizofrenia. Fatores ambientais (p. ex., complicações da gravidez
e do parto, infecções, entre outros) que possam alterar o desenvolvimento do sistema nervoso
no período de gestação parecem ter importância na doença. Estudos feitos com métodos
modernos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram
que alguns pacientes têm pequenas alterações cerebrais, com diminuição discreta do
tamanho de algumas áreas do cérebro..
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das manifestações da doença.
Não há nenhum tipo de exame de laboratório (exame de sangue, raio X, tomografia,
eletroencefalograma etc.) que permita confirmar o diagnóstico da doença. Muitas vezes o
clínico solicita exames, mas estes servem apenas para excluir outras doenças que podem
apresentar manifestações semelhantes à esquizofrenia.
Sintomas principais:
o Delírios: são ideias falsas, das quais o paciente tem convicção absoluta. Por exemplo,
ele se acha perseguido ou observado por câmeras escondidas, acredita que os
vizinhos ou as pessoas que passam na rua querem lhe fazer mal.
o Alucinações: são percepções falsas dos órgãos dos sentidos. As alucinações mais
comuns na esquizofrenia são as auditivas, em forma de vozes. Muitas vezes essas
vozes dão ordens de como agir em determinada circunstancia. Outras formas de
alucinação, como visuais, táteis ou olfativas podem ocorrer também na esquizofrenia.
o Alterações do pensamento: as ideias podem se tornar confusas, desorganizadas ou
desconexas, tornando o discurso do paciente difícil de compreender. Muitas vezes o
paciente tem a convicção de que seus pensamentos podem ser lidos por outras
pessoas, ou que pensamentos são roubados de sua mente ou inseridos nela.
o Alterações da afetividade: muitos pacientes tem uma perda da capacidade de reagir
emocionalmente às circunstancias, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras
vezes o paciente apresenta reações afetivas que são incongruentes, inadequadas em
relação ao contexto em que se encontra. Torna-se pueril e se comporta de modo
excêntrico ou indiferente ao ambiente que o cerca.
o Diminuição da motivação: o paciente perde a vontade, fica desanimado e apático, não
sendo mais capaz de enfrentar as tarefas do dia a dia. Quase não conversa, fica
isolado e retraído socialmente.
o Outros sintomas, como dificuldade de concentração, alterações da motricidade,
desconfiança excessiva, indiferença, podem aparecer na esquizofrenia.
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NEUROPSIQUIATRIA
A esquizofrenia evolui geralmente em episódios agudos onde aparecem os vários sintomas
acima descritos, principalmente delírios e alucinações, intercalados por períodos de remissão,
com poucos sintomas manifestos.
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente. O
tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial.

TRANSTORNO DE HUMOR
Transtorno Bipolar
Caracteriza-se por episódios de mania e depressão que podem se alternar, embora a maioria
dos pacientes tenha predominância de um ou do outro. A causa exata é desconhecida, mas
hereditariedade, mudanças nos níveis cerebrais de neurotransmissores e fatores
psicossociais podem estar envolvidos. O diagnóstico baseia-se na história. O tratamento
consiste em medicamentos estabilizadores do humor, algumas vezes, com psicoterapia.
Os transtornos bipolares geralmente começam na primeira, segunda ou terceira década de
vida. A prevalência ao longo da vida é de cerca de 4%. As taxas de transtorno bipolar I são
aproximadamente iguais para homens e mulheres.
Os transtornos bipolares são classificados como:
 Transtorno bipolar I: definido como a presença de pelo menos um episódio maníaco
completo ( comprometendo a função ocupacional e social normal) e, quase sempre,
episódios depressivos
 Transtorno bipolar II: definido pela presença de episódios depressivos maiores com
pelo menos um episódio hipomaníaco, mas sem episódios maníacos evidentes.
 Transtorno bipolar inespecífico: transtornos com características bipolares claras, porém
que não preenchem os critérios específicos para outros transtornos bipolares.
 No transtorno ciclotímico, pacientes têm períodos prolongados (> 2 anos) que incluem
tanto episódios hipomaníacos como depressivos; mas esses episódios não atendem os
critérios específicos para transtorno bipolar.

A causa exata do transtorno bipolar é desconhecida. A hereditariedade tem papel significativo.


Também há evidências de desregulação de serotonina e noradrenalina. Fatores psicossociais
também podem estar envolvidos. Eventos de vida estressantes estão muitas vezes
associados ao desenvolvimento inicial dos sintomas e exacerbações posteriores, ainda que
causa e efeito não tenham sido estabelecidos. Algumas drogas podem desencadear
exacerbações em alguns pacientes com transtorno bipolar; essas drogas incluem cocaína,
álcool, certos antidepressivos,
Sinais e sintomas
Os transtornos bipolares se iniciam com uma fase aguda de sintomas a que se segue um
curso de recaídas e remissões repetidas. Remissões são frequentemente completas, mas
muitos pacientes têm sintomas residuais e, para alguns, a capacidade de funcionar no
trabalho é gravemente prejudicada. As recaídas são episódios marcantes de sintomas mais
intensos que são maníacos, depressivos, hipomaníacos ou uma mistura de características
depressivas e maníacas. Os episódios duram qualquer coisa entre algumas semanas e até
três a seis meses.
Os ciclos — o tempo a partir do início de um episódio até o início do próximo — variam em
duração entre os pacientes. Alguns pacientes apresentam episódios infrequentes, talvez,
apenas alguns ao longo de toda a vida, enquanto outros manifestam formas de ciclagem

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rápida (geralmente definida como ≥ 4 episódios/ano). Apenas uma minoria alterna entre mania
e depressão em cada ciclo; na maioria, um ou outro predomina em alguma extensão.
Pacientes podem tentar ou cometer suicídio. Estima-se que a incidência ao longo da vida do
suicídio em pacientes com transtorno bipolar seja pelo menos 15 vezes maior do que na
população em geral.

 Mania
Um episódio maníaco é definido como um período de ≥ 1 semana de humor persistentemente
elevado, expansivo ou humor irritável e atividade direcionada a objetivos ou energia
aumentada mais ≥ 3 sintomas adicionais:
 Autoestima inflada ou grandiosidade
 Diminuição da necessidade de sono
 Falar mais do que o habitual
 Fuga de ideias ou pensamentos acelerados
 Facilidade em se distrair
 Aumento das atividades direcionadas a objetivos
 Envolvimento excessivo em atividades com alto potencial para consequências
negativas (p. ex., gastar em festanças, investimentos financeiros tolos)
Os pacientes maníacos podem ficar incansáveis, excessiva e impulsivamente envolvidos em
diversas atividades prazerosas com alto risco (p. ex., jogos, esportes perigosos, atividade
sexual promíscua) sem crítica sobre o possível risco. Os sintomas são tão graves que os
pacientes não podem desempenhar seus papéis primários (ocupação, escola, tarefas
domésticas). Investimentos insensatos, farras caras e outras escolhas pessoais podem ter
consequências irreparáveis.

 Hipomania
Um episódio hipomaníaco é uma variante menos extrema de mania envolvendo um episódio
evidente que dura ≥ 4 dias com comportamento que é claramente diferente do
comportamento usual do paciente não deprimido e que inclui ≥ 3 dos sintomas adicionais
listados acima de mania.
Durante o período hipomaníaco, o humor se eleva, a necessidade de sono diminui e a
atividade psicomotora acelera. Para alguns pacientes, períodos hipomaníacos são
adaptativos, pois produzem alta energia, criatividade, confiança e funcionamento social
supernormal. Muitos não desejam deixar o estado eufórico prazeroso. Alguns funcionam muito
bem e, na maioria, o funcionamento não está notavelmente comprometido. No entanto, em
alguns pacientes, a hipomania se manifesta como distrair-se facilmente, irritabilidade e humor
lábil, que o paciente e os outros acham menos atraente.

 Depressão
 Um episódio depressivo tem características típicas de depressão maior; o episódio
deve incluir ≥ 5 dos seguintes durante o mesmo período de 2 semanas, e um deles
deve ser humor deprimido ou perda de interesse ou prazer:
 Humor deprimido durante a maior parte do dia.
 Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades
durante a maior parte do dia.
 Ganho ou perda de peso significativo (> 5%) ou diminuição ou aumento do apetite.
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NEUROPSIQUIATRIA
 Insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersonia.
 Agitação ou atraso psicomotor observado por outros (não autorrelatado).
 Fadiga ou perda de energia.
 Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada.
 Capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão.
 Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou plano
específico para o suicídio.
As características psicóticas são mais comuns na depressão bipolar do que na depressão
unipolar.

Tratamento: medicamentos, suporte e psicoterapia. A depressão grave geralmente requer


internação. O tratamento do transtorno bipolar geralmente tem três fases:
 Aguda: Para estabilizar e controlar as manifestações iniciais algumas vezes graves
 Continuação: Para alcançar a remissão completa
 Manutenção ou prevenção: Para manter os pacientes em remissão

Depressão
A tristeza é um dos sentimentos humanos mais doloroso. A tristeza passageira, "baixo-astral",
o "estar down" fazem parte da vida, e são superados após algum tempo. O luto, após a perda
de um ente querido, manifesta-se por um sentimento de tristeza e vazio e também é superado
com o tempo. Devem-se distinguir a tristeza e o luto normais da depressão.

A depressão caracteriza por uma tristeza profunda e duradoura, além de outros sintomas. É
bastante comum. A cada ano, uma em cada vinte pessoas apresenta depressão. A chance de
alguém ter uma depressão ao longo da vida é de cerca de 15%. Ela se manifesta mais
frequentemente no adulto, embora possa ocorrer em qualquer faixa de idade, da criança ao
idoso. É mais frequente nas mulheres do que nos homens.
É muito importante que as pessoas saibam perceber a depressão para poder procurar ajuda
especializada e tratamento. A pessoa sente uma tristeza intensa, que não consegue vencer.
Ela pode achar que isso é uma "fraqueza de caráter" e tem vergonha de pedir ajuda, ou então
não sabe que se trata de uma doença como outra qualquer, passível de tratamento com
grandes chances de sucesso. Nessa situação é muito importante que os familiares ou amigos
próximos tomem a decisão de levá-la ao médico, seja o clínico ou médico da família, seja o
psiquiatra. Este fará uma avaliação minuciosa do quadro, orientando na realização de
eventuais exames laboratoriais, bem como no tratamento.

Os principais sintomas da depressão são: tristeza profunda e duradoura (em geral mais que
duas semanas), perda do interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas,
sensação de vazio, falta de energia, apatia, desânimo, falta de vontade para realizar tarefas,
perda da esperança, pensamentos negativos, pessimistas, de culpa ou autodesvalorização.
Além desses, a pessoa pode ter dificuldade para concentrar-se, não dorme bem, tem perda
do apetite, ansiedade e queixas físicas vagas (desconforto gástrico, dor de cabeça, entre
outras). Em casos mais graves podem ocorrer ideias de morte e suicídio, havendo até
pessoas que tentam o suicídio. A depressão é frequentemente uma doença recorrente, a
pessoa tem episódios de depressão que se repetem de tempos em tempos.

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NEUROPSIQUIATRIA
A causa da depressão não é conhecida. Sabe-se que vários fatores biológicos e psicológicos
podem contribuir para seu aparecimento. Em algumas pessoas a hereditariedade tem um
peso importante, outros parentes também apresentam depressão. Com muita frequência a
depressão começa após alguma situação de estresse ou conflito e depois persiste, mesmo
após a superação da dificuldade. Há um desequilíbrio químico no cérebro, com alterações de
neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre as células nervosas)
principalmente da noradrenalina e da serotonina.

O tratamento da depressão se faz atualmente com a combinação dos medicamento


antidepressivo com a psicoterapia. Como os medicamentos demoram algum tempo para agir,
é importante não desanimar; nesse período o apoio e a compreensão dos familiares é
fundamental.

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
A síndrome do pânico ou transtorno do pânico é uma enfermidade que se caracteriza por
episódios abruptos absolutamente inesperados de medo e desespero. A pessoa tem a
impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco, porque o coração
dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante.
Manifesta-se especialmente em jovens e acomete mais as mulheres do que os homens. A
maioria dos pacientes tem a primeira crise entre 15 e 20 anos desencadeada sem motivo
aparente.
Com o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória. Não prever quando
podem surgir novamente gera uma ansiedade chamada de antecipatória. Geralmente os
pacientes com pânico

Transtorno Obsessivo Compulsivo


É um distúrbio psiquiátrico de ansiedade, sua principal característica é a presença de crises
recorrentes de obsessões e compulsões.
Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa
insistentemente, sem que ela queira. o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é
realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas,
que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não
agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos
obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se
num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira.
Na infância, o distúrbio é mais frequente nos meninos. No final da adolescência, porém, pode-
se dizer que o número de casos é igual nos dois sexos.
Em geral, os rituais se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência,
contagem, organização, simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da
doença.

Existem dois tipos de TOC:


a) Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com
frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa;
b) Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o
exercício da compulsão que alivia a ansiedade.

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NEUROPSIQUIATRIA

Causas: Não estão bem esclarecidas. Certamente, trata-se de um problema multifatorial.


Estudos sugerem a existência de alterações na comunicação entre determinadas zonas
cerebrais que utilizam a serotonina. Fatores psicológicos e histórico familiar também estão
entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade.

Sintomas: O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos obsessivos que


levam à realização de um ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da
pessoa.
Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar certas
palavras, indecisão diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada possa
desencadear alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com morte, acidentes
ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo.

Tratamento: pode ser medicamentoso e não medicamentoso.

Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG


A ansiedade é uma emoção normal e necessária à vida, todos nós a experimentamos em
vários momentos. O TAG é um distúrbio de ansiedade crônico e flutuante, em que as pessoas
não conseguem evitar suas preocupações, mesmo percebendo que grande parte delas é
injustificada. Existe uma excessiva preocupação com saúde, bem estar dos familiares,
dinheiro ou trabalho. Há também uma incapacidade de relaxar, mesmo quando há
possibilidades de fazê-lo e, muitas vezes, há problemas para iniciar ou manter o sono,
gerando sensações de cansaço e problemas para se concentrar.
É duas vezes mais comum em mulheres que em homens. O distúrbio desenvolve-se
lentamente, geralmente começando na vida adulta jovem. A maior parte dos diagnósticos
ocorrem na meia-idade e diminui nos últimos anos de vida.
Os distúrbios de ansiedade são complexos e resultam de uma combinação de fatores
genéticos, comportamentais, de desenvolvimento e outros. Adversidades na infância e a
superproteção dos pais estão associadas ao desenvolvimento posterior de TAG, mas nenhum
fator ambiental foi identificado como específico para o desenvolvimento de ansiedade.

Pessoas com esse distúrbio geralmente: Não conseguem controlar a sua preocupação
excessiva. Tem dificuldade em iniciar ou manter o sono. Experimentam tensão muscular.
Esperam sempre pelo pior (sensação de algo ruim acontecerá, como um acidente ou doença
em um familiar). Preocupam-se excessivamente sobre dinheiro, saúde, família ou trabalho,
mesmo quando não há sinais de problemas. São incapazes de relaxar. São irritáveis. Sentem-
se facilmente cansados. Tenha dificuldade em se concentrar ou a mente “fica em branco”
Os sintomas físicos comuns são:
 Sentir-se cansado sem motivo
 Dores de cabeça
 Tensão e dores musculares
 Dificuldade em engolir
 Tremores
 Sudorese
 Náusea
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NEUROPSIQUIATRIA
 Tonteira
 Falta de ar ou sentir-se sem fôlego
 Necessidade de ir ao banheiro com freqüência
 Ondas de calor
PS: Em crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade generalizada, as ansiedades e
preocupações são frequentemente associadas à qualidade do desempenho ou competência
na escola ou esportes. As preocupações podem incluir pontualidade e perfeccionismo.
Medicamentos e tipos específicos de psicoterapia são os tratamentos recomendados para
este transtorno.

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa
tem um padrão de pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado. Sem
tratamento, que envolve psicoterapia e medicamentos, o problema costuma ter longa duração
e causa sofrimento e dificuldade nos relacionamentos pessoais e em outras áreas.
Os transtornos de personalidade são classificados em categorias que têm características
comuns. Embora seja comum reconhecer traços de si mesmo em diferentes transtornos de
personalidade, quem tem o problema possui a maior parte das características de um
transtorno específico.

Transtornos excêntricos ou estranhos


 Transtorno de personalidade paranoide - pessoas com esse transtorno tendem a
desconfiar dos outros e achar que vão ser enganadas. Por causa disso, elas podem
ser hostis ou emocionalmente desapegadas.
 Transtorno de personalidade esquizoide - provoca falta de interesse em relações
sociais. Quem tem o problema é indiferente às interações sociais.
 Transtorno de personalidade esquizotípica - pode levar a um comportamento
excêntrico, pensamentos e crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto
em ambientes sociais e dificuldade para ter relacionamentos íntimos.
Transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares
 Transtorno de personalidade antissocial – quem tem o transtorno não reconhece os
sentimentos e necessidades de outros. Também pode repetidamente mentir, agredir,
roubar e ter comportamentos ilegais.
 Transtorno de personalidade histriônica - pessoas com este transtorno são altamente
emotivas e dramáticas, têm uma necessidade excessiva de atenção e aprovação e
podem usar a aparência física para consegui-la.
 Transtorno de personalidade borderline - as características principais incluem o medo
do abandono, relacionamentos intensos e instáveis, explosões emocionais extremas,
comportamento autodestrutivo e sentimento crônico de vazio.
 Transtorno de personalidade narcisista - são as pessoas com autoestima inflada e
necessidade de admiração. Elas costumam ter pouca empatia ou preocupação com os
outros e têm fantasias de sucesso, poder ou beleza.
Transtornos ansiosos ou receosos
 Transtorno de personalidade esquiva - pessoas que evitam a interação social e são
extremamente sensíveis aos julgamentos negativos dos outros; elas podem ser tímidas
e isoladas socialmente e ter sentimentos de inadequação.

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NEUROPSIQUIATRIA
 Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva - são pessoas preocupadas com
regras e ordem e que valorizam o trabalho acima de outros aspectos da vida; são
perfeccionistas e têm uma necessidade de estar no controle. É importante não
confundir com o transtorno obsessivo-compulsivo, que é uma forma de transtorno de
ansiedade.
 Transtorno de personalidade dependente - causa necessidade de ser cuidado e medo
de estar sozinho, além de dificuldade de separar-se de seus entes queridos ou tomar
decisões por conta própria. Quem tem o problema pode ser submisso e tolerar
relações abusivas.

TRANSTORNOS ALIMENTARES
Os transtornos alimentares envolvem uma perturbação da alimentação ou do comportamento
relacionado à alimentação, que costumam incluir:

 Alterações dos alimentos ou da quantidade consumida pelas pessoas

 Medidas que as pessoas adotam para evitar que os alimentos sejam absorvidos (por
exemplo, forçando o próprio vômito ou tomando laxantes)

Para que um comportamento alimentar incomum seja considerado um transtorno, o


comportamento precisa continuar por um certo período e causar prejuízo significativo à saúde
física da pessoa e/ou à capacidade de desempenhar funções na escola ou no trabalho ou
afetar negativamente as interações da pessoa com outros.

Os transtornos alimentares incluem


 Anorexia nervosa

 A anorexia nervosa é caracterizada por um medo irreal de ganhar peso. As pessoas


que apresentam o transtorno passam fome a ponto de prejudicar sua saúde.
Embora a anorexia signifique perda do apetite, as pessoas com anorexia nervosa
podem não perder o apetite.
 O transtorno evitativo/restritivo da ingestão de alimentos é caracterizado pela
ingestão de quantidades muito pequenas de comida e/ou por evitar ingerir certos
alimentos sem a preocupação quanto à forma física ou peso que é típica em
pessoas com anorexia ou bulimia.

 O transtorno da compulsão alimentar periódica é caracterizado pela ingestão de


quantidades de comida maiores do que a maioria das pessoas ingeriria em um
tempo e circunstâncias semelhantes. As pessoas sentem perda do controle durante
e após a compulsão alimentar.
 A bulimia nervosa é caracterizada por episódios de ingestão rápida de grandes
quantidades de alimentos, seguidos por tentativa de compensar o excesso de
alimentos consumidos (por exemplo, por purgação). A purgação é o vômito auto
induzido ou a má utilização de laxantes ou enemas.

CUIDADOS GERAIS NA ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA

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NEUROPSIQUIATRIA
De acordo com Dally (1992), os cuidados gerais nas assistências de Enfermagem Psiquiátrica
são:
 aproximar-se de maneira clama e amigável;
 quando o paciente estiver deprimido, permanecer ao seu lado o tempo todo;
 administrar fármacos antidepressivos prescritos;
 observar efeitos e reações dos fármacos;
 fazer comentários positivos sobre suas conquistas;
 demonstrar interesse pelo paciente;
 estimular a alimentação;
 registrar aceitação hídrica e alimentar;
 observar e registrar eliminações.

O papel do técnico em enfermagem mediante ao paciente de saúde mental


O primeiro contato com a saúde mental pode ser na maioria das vezes estressante. Tudo é
secundário, o principal personagem é o paciente. Para quem nunca teve nenhum contato com
a área de saúde mental, a falta de procedimentos invasivos parecem sem sentido, mas os
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) configuram-se como um espaço para interações
entre a equipe multiprofissional, com confluência de saberes.

Conhecer as pessoas que fazem parte da equipe é importante para definir papéis,
responsabilidades e ganhar com esta experiência e alcançar o mesmo objetivo nas tomadas
de decisões. A razão do trabalho da enfermagem nesse novo modelo é o cuidado terapêutico,
vislumbrando uma assistência segura, integral e de qualidade. Espera-se que o profissional
de enfermagem em saúde mental seja empático, autêntico, criativo e com capacidade de
inovar nas práticas do cuidar.

O objetivo da enfermagem nos centros de atenção psicossocial deve ser a promoção de


ações terapêuticas voltadas para identificar e auxiliar na recuperação do paciente em
sofrimento psíquico, visando à reabilitação de suas capacidades físicas e mentais,
respeitando suas limitações e os seus direitos de cidadania.

A enfermagem tem que se permitir uma nova proposta, o paciente em sofrimento psíquico
apresenta-se ansioso, inseguro de seu destino, desconfortável emocionalmente e com uma
vivência na maioria das vezes permeada de solidão e desamparo, acompanhado por
tratamentos invasivos, agressivos e até mesmo dolorosos. O profissional deve estar aberto e
disponível a essas situações novas, exigindo a criação de um novo modo de agir e pensar.

TERMOS TÉCNICOS
Distúrbio: condição patológica da mente ou do corpo. Interrupção da seqüência normal de
continuidade. Um afastamento da forma considerada.
Neurônios: cada uma das células nervosas que transmitem mensagens pelo corpo.
Anorexia Nervosa: estado que se caracteriza por profunda aversão aos alimentos, devido a
transtorno histérico.
Amenorreia: ausência de regras, fora da gravidez, em uma mulher em idade de ter
menstruações.
Epilético: Concernente à epilepsia; indivíduo que sofre de ataques de epilepsia.

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NEUROPSIQUIATRIA
Pueris: da criança e da infância.
Apático: indiferente, sem reações afetivas.
Mórbida: relativo à doença.
Limítrofe: contíguo à fronteira de uma região; confinante.
Hipercinesia: exaltação patológica da motricidade voluntária e involuntária, também
caracterizada por inquietação, agitação e furor.
Hipocinesia: diminuição acentuada e generalização dos movimentos espontâneos.
Acinesia ou estupor: estado que se caracteriza pela ausência de movimentos espontâneos,
comum na depressão, na esquizofrenia e nas doenças cerebrais.
Discinesia: movimentos involuntários e repetitivos anormais, relacionados os quadros
psicóticos catatônicos ou residuais; também podem ser efeitos colaterais do uso de
neurolépticos.
Hiperpraxia ou hiperatividade: exagero na atividade motora voluntária.
Bradipraxia: lentificação anômala dos movimentos voluntários. Por exemplo: o estupor
catatônico, a imobilidade flácida e a flexibilidade cérea;
Estereotipia: repetição de um movimento complexo de maneira constante, quase mecânica e
desprovida de finalidade;
Tique: movimento muscular de maneira súbita e involuntária.
Maneirismo: ação motora com finalidade particular, repetida de forma não usual e
modificada. Por exemplo: o modo de pentear o cabelo, de escrever ou de vestir-se.

QUESTÕES DE CONCURSO
1 – O profissional de enfermagem que exerce suas atividades na área da psiquiatria/saúde mental deve:
A – Manter-se distraído, afastado e distante das pessoas de que cuida
B – Ser capaz de prestar cuidados diretos ao paciente e estabelecer uma comunicação interpessoal entre o profissional e o
paciente
C – Agir com lentidão, pois qualquer atitude que possa indicar rispidez pode levar a pessoa portadora de doença mental a
responder com agressividade
D – Manter-se arredio aos pacientes, pois sempre há riscos de agressão
E – Fugir das suas responsabilidades, já que o cuidado cabe exclusivamente ao profissional médico

2 – O paciente submetido ao tratamento farmacológico com antipsicóticos pode apresentar tremores nas extremidades,
dificuldades na marcha, faces sem expressão, rigidez muscular. Esta situação denomina-se:
A – Pneumoencefalopatia
B – Ataxia
C – Agranulocitose
D – Distonia aguda
E – Acatisia

3 – Como características clínicas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), podem citar:


A – Ocorrência de ataques de pânico, de forma espontânea e inesperada, normalmente decorrente do medo de estar sozinho
em locais públicos
B – Presença de obsessões e complicações, entendendo-se a compulsão como um ato consciente e recorrente que tem por fim
o alívio da ansiedade decorrente de uma obsessão
C – Presença de ansiedade generalizada, provocando sudorese, taquicardia, palpitação, sem ter uma causa aparente,
acompanhada de alucinações visuais
D – Presença de delírios persecutórios, provocando ansiedade intensa e comportamento hostil e obsessivo
E – Presença de alucinações, especialmente visuais e auditivas, desencadeando idéias obsessivas e condutas compulsivas

4 – A conduta constitui uma das funções psíquicas a ser avaliada em um paciente com transtorno mental. Como alteração da
conduta pode citar:
A – Delírio
B – Catalepsia
C – Amnésia anterógrafa
D – Hipotimia
E – Obnubilação

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NEUROPSIQUIATRIA

5 – Quando um paciente recebe alta hospitalar, a enfermagem deverá:


A – Orientar o paciente e os familiares sobre a necessidade e a importância de continuar o tratamento
B – Cumprimentar o paciente, despedindo-se de seus familiares
C – Fazer com que o paciente vá se despedir dos outros internados
D – Vestir o paciente e comunicar a alta à secretaria
E – Fornecer a medicação para o paciente usar no espaço doméstico

6 – A psicose se caracteriza por:


A – Teste da realidade intacto
B – Ausência de comprometimento no funcionamento pessoal
C – Presença de delírios e alucinações
D – Ausência de delírios e alucinações
E – Alterações do nível de consciência

7 – Paciente encontrava-se internado na unidade psiquiátrica de um hospital geral com diagnóstico de transtorno bipolar I.
Ele burlou a equipe de enfermagem e a vigilância do hospital, fugiu e não mais retornou à instituição. Para o hospital, ele
receberá alta:
A – Clínica
B – Hospitalar
C – Por evasão
D – Por abandono
E – A pedido

8 – Sobre o Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira é correto afirmar:


A – Movimento que iniciou no século XVII e teve como objetivo primordial a institucionalização do doente mental
B – Movimento que defende o modelo hospitalocêntrico como o melhor para o tratamento da pessoa com transtorno mental
C – Movimento que exclui a família da atenção ao doente mental
D – Movimento que visa transformar a assistência ao doente mental, construindo possibilidades de atenção que garantam a
inserção do doente e de sua família no projeto terapêutico
E – Movimento que prevê o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos e orienta que todo paciente com doença mental
seja acompanhado exclusivamente em nível ambulatorial

9 – Os sintomas apresentados por uma pessoa que se encontra em abstinência por álcool são:
A – Câncer de pâncreas, sudorese, tremores de extremidades, perda da consciência e sonolência
B – Delírios de grandeza, alucinações visuais e auditivas, ansiedade, câncer de estômago, diabetes e sudorese
C – Tremores de extremidades, náuseas e/ou vômitos, sudorese, diarréia, ansiedade, agitação psicomotora, alterações de
humor, alterações do sono, podendo acorrer alucinações e convulsões
D – Náuseas e/ou vômitos, sudorese, tremores, insuficiência renal crônica, hipoglicemia, alterações do sono, anorexia e
emagrecimento
E – Agitação psicomotora, catalepsia, Hipertermia, obnubilação e insuficiência cardíaca congestiva

10 – A Lei 10.216, de 06/04/2001, é uma lei federal que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtorno mentais, redirecionando o modelo assistencial no campo da saúde mental. De acordo com esta legislação, o doente
mental possui uma série de direitos, e dentre elas podemos citar:

A – Permanecer internado em hospital psiquiátrico, sem acesso ao espaço externo da instituição


B – Ser tratado mediante intervenção medicamentosa exclusivamente e estar sob a tutela da família
C – Permanecer sob a tutela do hospital psiquiátrico e exercer atividades para reverter em recursos econômicos, no intuito de
manter esta instituição
D – Ter acesso ao melhor tratamento de saúde e ser tratado em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis
E – Permanecer em espaço fechado, em função de sua característica agressiva, e receber tratamento farmacológico

11 – A síndrome aguda, com presença de sintomas psicóticos (delírios paranóides, delírios ocupacionais e alucinações),
tremores de extremidades e agitação psicomotora, desenvolvida no alcoolista crônica após a privação repentina do álcool, é
conhecida como:
A – Esquizofrenia hebefrênica
B – Transtorno de somatização
C – Delirium tremens
D – Síndrome delirante
E – Síndrome amnésica

12 – Num indivíduo que sofre de transtorno bipolar I, pode-se observar que ele alterna períodos de depressão com:

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NEUROPSIQUIATRIA
A – Lucidez
B – Desânimo
C – Retardo psicomotor
D – Excitação
E – Tristeza
13 – Mulher, internada em hospital psiquiátrico, encontra-se doente desde os 17 anos. Sua patologia começou insidiosamente
e sua família passou a perceber que ela permanecia a maior parte do tempo isolada, reusando o convívio social. Alegava
ouvir “vozes” e ter “visões”. Com freqüência, dizia “Ser Deus” e que tinha poderes para salvar a humanidade. Assumiu
atitudes rígidas e passou a não cuidar mais de si. As atividades cotidianas que normalmente realizava passaram a não fazer
mais. Este é um caso de:
A – Neurose fóbica
B – Neurose histérica
C – Hemiplegia
D – Epilepsia
E – Esquizofrenia

14 – Os delírios são sintomas relacionados a transtornos psiquiátricos de caráter psicótico. Podemos definir o delírio como:
A – Conjunto de idéias erradas aceita pelo juízo da realidade. Caracteriza-se por não corresponder à realidade, falta de
consciência do transtorno e irredutibilidade
B – Impulso irresistível para realizar algo
C – Reação de medo patológico e de afrouxamento das associações
D – Afeto embotado e repetição automática de frase, constituindo-se em uma alteração do pensamento
E – Retraimento social e falsa percepção da realidade

15 – Desinteresse pelo mundo exterior, ausência de necessidade de se relacionar com os outros, vivendo em um mundo
próprio, fantasioso e artificial constitui uma vivência de muitas crianças. Este distúrbio denomina-se
A – Egocentrismo
B – Individualismo
C – Autismo
D – Ilusões
E – Delírio

16 – Bulimia é um distúrbio que se caracteriza por:


A – Compulsão de manter relações sexuais de forma descontrolada
B – Compulsão de molestar sexualmente outras pessoas, especialmente crianças
C – Compulsão de ingerir alimentos de maneira descontrolada, rápida, em grande quantidade, seguida de maneiras
compensatórios para livrar-se das calorias consumidas em excesso
D – Medo mórbido da obesidade, com distorção da imagem corporal e recusa da ingestão de alimentos
E – Presença de delírios, alucinações e pensamento desagregado

17 – O paciente que, dentre outros sintomas apresenta tristeza, desinteresse pelas atividades cotidianas, choro baixa auto-
estima, isolamento, astenia, anorexia, dores, alterações do sono, idéias de suicídio, tem fortes indícios de estar com:
A – Transtorno conversivo
B – Transtorno de ansiedade e estresse
C – Transtorno depressivo maior
D – Transtorno hipocondríaco
E – Transtorno esquizofrênico

18 – Segundo o DSM-IV (1995), a patologia que se caracterizam por idéias delirantes, alucinações, principalmente auditivas
e visuais, discurso desorganizado, comportamento desorganizado, embotamento afetivo, deterioração da vida social e, com
freqüência, abandono de cuidados pessoais é denominada:
A – Paranóia
B – Neurose
C – Demência
D – Esquizofrenia
E – Depressão

19 – As instituições que podem desenvolver medidas de prevenção primária para perturbações psiquiátricas são:
A – As clínicas psiquiátricas particulares
B – A escola, a família e a comunidade
C – O hospital psiquiátrico público
D – Os clubes de futebol
E – Os manicômios

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NEUROPSIQUIATRIA

20 – Quando o paciente diz sentir algo ameaça sua vida, alegando estar ansioso e com medo diante desta experiência, o
profissional da equipe de enfermagem deve:
A – Faze-lo tomar um sedativo
B – Levá-lo para conversar com o diretor do hospital
C – Aceitar suas idéias e aconselhá-lo a deitar-se e sir do ambiente que tem muitas pessoas
D – Ouvi-lo na tentativa de ajudá-lo a compreender o que está acontecendo, sem juízo de valor, e auxiliá-lo a encontrar
possibilidades de enfrentar esta vivência
E – Chamar a família para acalmar o paciente, pois esta função não cabe à equipe de enfermagem

21 – O delírio de perseguição é comum na:


A – Esquizofrenia paranóide
B – Esquizofrenia catatônica
C – Epilepsia
D – Transtorno fóbico
E – Transtorno conversivo

22 – A fobia significa:
A – Medo excessivo e irracional de algum objeto ou situações que não representam perigo
B – Dificuldade em raciocinar
C – Ausência de vontade
D – Presença de desânimo e tristeza
E – Idéia delirante associada ao medo excessivo de adoecer

23 – Os distúrbios depressivos e de natureza bipolar são dois tipos de transtorno de:


A – Humor
B – Conduta
C – Memória
D – Pensamento
E – Personalidade

24 – A psiquiatria comunitária tem por finalidade:


A – Acompanhar pessoas com doenças cardíacas na comunidade
B – Acompanhar pessoas com doenças pulmonares na comunidade
C – Acompanhar pessoas com doenças hepáticas na comunidade
D – Acompanhar pessoas com doenças mentais severas na comunidade
E – Acompanhar pessoas com doenças ósseas na comunidade

25 – Os objetivos de um atendimento de emergência psiquiátrico são:


A – Agir com austeridade e conter mecanicamente o paciente
B – Isolar os pacientes que se encontra em situação de emergência psiquiátrica em selas
C – Estabilizar o quadro, estabelecer uma hipótese diagnóstica, excluir causa orgânica e realizar o encaminhamento
necessário.
D – Auxiliar os pacientes a melhorar as relações com outras pessoas, sendo que a abordagem verbal deve ser a única
modalidade de internação adotada em situações de emergências psiquiátricas
E – Tomar atitudes agressivas, com abordagem impaciente e irritadiça

REFERÊNCIAS

BASAGLIA, F. Psiquiatria alternativa: contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática. São Paulo: Brasil debates,
1982.

AMARANTE, P. (coord.): Arquivos de saúde mental e atenção psicossocial. Eng. Paulo de Frontin: Nau Editora, 2003.

DALLY, P. Psicologia psiquiatria na enfermagem. EPU, 1992.

PINTO, F.A. Apostila colégio técnico Santa Maria Goretti, 1999. (Apostila).

FERREIRA, L.S. H. (coord. Editorial). Noções de enfermagem psiquiátrica. São Paulo: Senac, 1993.

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