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QUESTÃO 1

Renato contratou a compra de uma obra de arte de Sebastião, mediante documento particular
escrito e assinado pelas partes e duas testemunhas. Do contrato constou cláusula para a efetiva
entrega do bem no prazo de um ano contado a partir da assinatura do contrato, em cujo momento
Renato pagaria o restante do preço, equivalente a 30% do valor avençado. Passado esse prazo,
Renato, embora não tenha quitado a parcela final, notifica Sebastião para que entregue o bem e,
diante da resistência do mesmo, moveu ação de execução para entrega de coisa, objetivando haver
o bem.
Citado regularmente no processo de execução instaurado, Sebastião pretende apresentar
resistência, ante a ausência do pagamento do saldo.
Diante da situação descrita, responda aos itens a seguir.
A) Qual o instrumento processual adequado para o executado resistir? Fundamente, apresentando
os requisitos que devem ser preenchidos para sua admissão.
B) Para defender a resistência descrita, qual fundamento pode ser apresentado?
QUESTÃO 2
Murilo precisou se submeter a procedimento cirúrgico de emergência. Foi operado por médico de
sua confiança e pela equipe por ele indicada, nenhum dos quais era preposto do hospital onde
ocorreu o procedimento. Durante a cirurgia, uma grave lesão foi causada ao intestino do paciente,
o que provocou sérias complicações no período de convalescença. Murilo ficou internado em estado
grave por vários meses, mas, felizmente, conseguiu se recuperar sem nenhuma sequela do
ocorrido.
Uma vez recuperado, ele decide ajuizar ação indenizatória por danos materiais e morais em face do
médico que o atendeu. Na inicial, o autor pretende a produção de prova pericial, para demonstrar
a imperícia do médico.
Por meio de decisão interlocutória, porém, o juízo indeferiu o pedido de produção probatória, ao
argumento de que, tratando-se de relação de consumo, a responsabilidade do médico é objetiva e,
portanto, não seria relevante determinar se o profissional fora imperito. Diante do caso narrado,
responda às questões a seguir.
A) Há razão no argumento apresentado pela decisão que denegou a produção de prova pericial?
B) Qual é a via adequada para Murilo impugnar a decisão que lhe foi desfavorável?
QUESTÃO 3
Júlia, proprietária de um imóvel em área urbana, assinou um contrato de locação com Marcos, pelo
prazo de 36 meses. Ajustou-se que a garantia seria fiança, prestada pela mãe de Marcos, Ivone.
Após 12 meses de contrato, Marcos começou a realizar o pagamento do aluguel com atraso, e, após
realizar algumas consultas, Júlia constatou que a mãe de Marcos, Ivone, havia falecido, sem deixar
bens, sendo Marcos o único herdeiro.
Júlia pediu a Marcos que indicasse um novo fiador, mas este permaneceu silente, além de tornar-
se inadimplente, sem honrar com o pagamento do aluguel, da quota condominial e dos tributos, há
mais de dois meses. Diante de tal situação, responda aos itens a seguir.
A) Quais são os direitos de Júlia perante Marcos, identificando o regramento legal aplicado à
espécie?
B) Qual é a medida judicial cabível para a defesa dos interesses de Júlia, considerando a pretensão
de receber os alugueis e encargos inadimplidos e a necessidade de imediata desocupação do
imóvel?
QUESTÃO 4
Jorge adquiriu, pela via do comércio eletrônico, um aparelho refrigerador para sua residência, com
garantia contratual de 60 dias contra qualquer avaria ou defeito de fabricação. Setenta dias após o
recebimento, o refrigerador começou a apresentar superaquecimento, com queda brusca de
potência, com grande elevação de temperatura, tornando sua utilização inviável.
O adquirente, de imediato, comunicou à fabricante, para que esta procedesse ao conserto do
produto, com a substituição das partes viciadas, se possível, e, caso contrário, promovesse a
restituição imediata da quantia paga pelo bem, monetariamente atualizada.
Cinco dias após a resposta administrativa negativa da fabricante, à motivação de ter “expirado o
prazo de garantia contratual”, Jorge procura você, como advogado, para promover a ação de
restituição dos valores pagos, monetariamente atualizados, mais perdas e danos. Na contestação
judicial, Geleiras S/A apresenta defesa genérica, sem impugnar especificamente os fatos, os
argumentos e os pedidos formulados pelo autor da demanda. Diante do exposto, responda aos itens
a seguir.
A) A fabricante Geleiras S/A tem razão ao argumentar, administrativamente, que não lhe compete
consertar o produto, não cabendo, igualmente, a restituição dos valores, em virtude da perda do
prazo da garantia contratual?
B) Em regra, qual é o efeito processual decorrente da apresentação de contestação genérica?
QUESTÃO 05
Jonas, médico dermatologista, atende a seus pacientes em um consultório particular em sua cidade.
Ana Maria, após se consultar com Jonas, passou a utilizar uma pomada indicada para o tratamento
de micoses, prescrita pelo médico. Em decorrência de uma alergia imprevisível, sequer descrita na
literatura médica, a pele de Ana Maria desenvolveu uma grave reação à pomada, o que acarretou
uma mancha avermelhada permanente e de grandes proporções em seu antebraço direito.
Indignada com a lesão estética permanente que sofreu, Ana Maria decidiu ajuizar ação indenizatória
em face de Jonas. Tomando conhecimento, contudo, de que Jonas havia contratado previamente
seguro de responsabilidade civil que cobria danos materiais, morais e estéticos causados aos seus
pacientes, Ana Maria optou por ajuizar a ação apenas em face da seguradora. A respeito do caso
narrado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) Provada a ausência de culpa de Jonas, poderia Ana Maria ser indenizada?
B) A demanda proposta por Ana Maria em face da seguradora preenche elementos suficientes para
ter seu mérito apreciado?
QUESTÃO 06
Aline é proprietária de uma pequena casa situada na cidade de São Paulo, residindo no imóvel há
cerca de 5 anos, em terreno constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Pouco antes de
iniciar obras no imóvel, Aline precisou fazer uma viagem de emergência para o interior de Minas
Gerais, a fim de auxiliar sua mãe que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar
dois meses depois a São Paulo. Aline comentou a viagem com vários vizinhos, dentre os quais, João
Paulo, Nice, Marcos e Alexandre, pedindo que “olhassem” o imóvel no período. Dois meses depois
ao retornar da viagem, Aline encontrou o imóvel ocupado por João Paulo e Nice, que nele
ingressaram para fixar moradia, acreditando que Aline não retornaria a São Paulo. No período, João
Paulo e Nice danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena “pirata” de televisão a cabo, o
que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel,
gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Além disso, os ocupantes vêm colhendo
e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$
19.000,00 (dezenove mil reais) até a data em que Aline, 15 dias após tomar ciência do ocorrido,
procura você, como advogado.
a) Na qualidade de advogado(a) de Aline, indique qual a peça processual cabível, onde deverá ser
ajuizada e o valor da causa?
b) Indique de forma justificada, quais as teses que deverão ser apresentadas voltada a permitir a
imediata retomada do imóvel e a composição dos danos sofridos no bem.
QUESTÃO 07
Em 10 de dezembro de 2016, Roberto alienou para seu filho André um imóvel de sua propriedade,
por valor inferior ao preço de venda de imóveis situados na mesma região. José, que também é filho
de Roberto e não consentiu com a venda, ajuizou ação, em 11 de dezembro de 2017, com o objetivo
de anular o contrato de compra e venda celebrado entre seu pai e André. No âmbito da referida
ação, José formulou pedido cautelar para que o juiz suspendesse os efeitos da alienação do imóvel
até a decisão final da demanda, o que foi deferido pelo magistrado por meio de decisão contra a
qual não foram interpostos recursos. O juiz, após a apresentação de contestação pelos réus e da
produção das provas, proferiu sentença julgando improcedente o pedido deduzido por José, sob o
fundamento de que a pretensão de anulação do contrato de compra e venda se encontraria
prescrita. Como consequência, revogou a decisão cautelar que anteriormente havia suspendido os
efeitos da compra e venda celebrada entre Roberto e André. A respeito dessa situação hipotética,
responda aos itens a seguir.
A) Caso resolva apelar da sentença, como José poderá obter, de forma imediata, novamente a
suspensão dos efeitos da compra e venda? Quais os requisitos para tanto?
B) Qual é o fundamento da ação ajuizada por José para obter a anulação da compra e venda?
Esclareça se a sentença proferida pelo juiz de primeira instância, que reconheceu a prescrição da
pretensão, está correta.
QUESTÃO 8
José Carlos é locatário de um apartamento situado no Condomínio Morar Feliz, situado na cidade
do Rio de Janeiro. O imóvel pertence a André Luiz. O contrato de locação possui vigência de
01/05/2015 a 01/05/2019 e contém cláusula de vigência. O referido contrato se encontra averbado
à matrícula do imóvel no Registro Geral de Imóveis da respectiva circunscrição desde 07/06/2015.
Em 15/05/2018, José Carlos recebe uma notificação de João Pedro, informando-o de que adquiriu
o imóvel de André Luiz através de contrato de compra e venda, a qual foi registrada em 30/01/2018
e averbada à matrícula do imóvel no mesmo dia, e solicitando a desocupação do imóvel no prazo
de noventa dias. José Carlos não fora informado por André Luiz a respeito da alienação do
apartamento. Em 05/06/2018, ao se dirigir até o local pactuado contratualmente para o pagamento
dos alugueres, José Carlos é informado por João Pedro que não irá receber o pagamento de nenhum
valor a título de aluguel, solicitando novamente a desocupação do imóvel. Diante do cenário
descrito, responda aos itens a seguir.
A) Qual(is) argumento(s) de defesa José Carlos poderá arguir em face da pretensão de João Pedro
em desocupar o imóvel?
B) Diante da recusa de João Pedro em receber os alugueres, de que(quais) instrumento(s) o locatário
dispõe para adimplir sua prestação e se exonerar dos efeitos da mora?
QUESTÃO 9
A sociedade empresária A, do ramo de confecções, firmou contrato com a sociedade empresária B,
para que esta última fornecesse o tecido necessário para uma nova linha de vestuário, mediante o
pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Nesse contrato, havia uma cláusula expressa de eleição
de foro, que previa a competência territorial do juízo do domicílio da sociedade A para a solução de
eventual controvérsia oriunda daquele negócio jurídico. Embora tenha cumprido a obrigação que
lhe competia, a sociedade B não recebeu o valor avençado. Passado 1 (um) ano contado da data do
vencimento, a sociedade B, orientada por seu advogado, notificou extrajudicialmente a sociedade
A, para que esta efetuasse o pagamento. O administrador da sociedade A, pedindo desculpas pelo
atraso e reconhecendo o equívoco, comprometeu-se a efetuar o pagamento. Passados seis meses
sem que tenha havido o pagamento prometido, a sociedade B ajuizou uma ação, no juízo do seu
próprio domicílio, em face da sociedade A, cobrando o valor devido de acordo com o contrato. Com
base em tais fatos e considerando que não há vulnerabilidade ou hipossuficiência técnica entre as
partes envolvidas, responda, fundamentadamente, às seguintes indagações.
A) Qual é o prazo prescricional aplicável à espécie? O reconhecimento do equívoco, pelo
administrador da sociedade A, produz algum efeito sobre a contagem desse prazo?
B) Considerando a cláusula de eleição de foro, de que maneira poderá o réu tornar eficaz a previsão
nela contida?
QUESTÃO 10
José e Maria casaram-se no regime da comunhão parcial de bens. Após separação de fato há seis
meses, Maria ingressa com ação de divórcio em face de José. Na petição inicial, Maria afirma que
os bens comuns já foram partilhados e requer a decretação do divórcio e a homologação da
partilha realizada. José, por sua vez, alega que, durante o casamento, Maria ganhou na loteria o
valor de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), que não foram partilhados. Considerando essas
informações, responda aos itens a seguir.
A) O prêmio auferido em loteria oficial é bem comum?
B) Poderia o julgador dividir o mérito, decretar desde logo o divórcio e prosseguir com o processo
para julgamento da partilha?
QUESTÃO 11
Alex celebrou contrato de financiamento imobiliário com o Banco Brasileiro S/A, assinado pelas
partes e duas testemunhas. Em decorrência de dificuldades financeiras, Alex não conseguiu honrar
o pagamento das prestações, o que levou o credor a ajuizar ação de execução por título extrajudicial,
a fim de cobrar a dívida, no montante de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Citado, Alex opôs
embargos à execução, no qual alegou excesso de execução, sob o fundamento de que o valor
cobrado a título de juros remuneratórios era superior ao devido, sem, contudo, indicar o valor que
entende correto. Sustentou, também, a nulidade da cláusula que atribuiu ao credor indicar
livremente qual índice de correção monetária seria aplicável ao contrato. Recebidos os embargos,
o exequente apresentou impugnação, na qual sustentou que os embargos deveriam ter sido
liminarmente rejeitados, por não ter o embargante apresentado o montante que considera correto.
Alegou, no mérito, não ser abusiva a cláusula impugnada. Diante do exposto, responda aos itens a
seguir.
A) Assiste razão ao exequente quanto à necessidade de rejeição liminar dos embargos?
B) Assiste razão ao embargado quanto à validade da cláusula impugnada?
QUESTÃO 12
Jonas estava hospedado no Hotel Grande Vereda, onde passava suas férias, quando esbarrou
acidentalmente em Lucas, um funcionário contratado havia apenas 20 dias pelo hotel. Lucas,
furioso, começou a ofender Jonas, aos gritos, diante de todos os hóspedes e funcionários, com
insultos e palavras de baixo calão. Logo depois, evadiu-se do local. A gerência do hotel,
prontamente, procedeu a um pedido público de desculpas e informou que a principal
recomendação dada aos funcionários (inclusive a Lucas) é a de que adotassem um tratamento
cordial para com os hóspedes. O gerente, de modo a evidenciar a diligência do estabelecimento,
mostrou a gravação do curso de capacitação de empregados ao ofendido. Indignado, Jonas
conseguiu obter, junto à recepção do hotel, o nome completo e alguns dados pessoais de Lucas,
mas não seu endereço residencial, porque sua ficha cadastral não estava completa. Em seguida,
Jonas ajuizou ação indenizatória por danos morais em face de Lucas e do Hotel Grande Vereda. Ao
receber a petição inicial, o juízo da causa determinou, desde logo, a citação de Lucas por edital.
Decorrido o prazo legal após a publicação do edital, foi decretada a revelia de Lucas e nomeado
curador especial, o qual alegou nulidade da citação. Com base no caso narrado, responda,
fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) Deve o hotel responder pelo ato de Lucas, que agiu por conta própria e em manifesta
contrariedade à orientação do estabelecimento?
B) É procedente a alegação de nulidade da citação suscitada pelo curador?
QUESTÃO 13
PEDRO e MARIA tiveram um relacionamento amoroso que durou cerca de um ano. Deste
relacionamento veio a concepção da menor “Mariazinha”, nascida em 21/02/2014. Mariazinha foi
registrada pelo casal e entre Eles, estabelecido verbalmente a guarda à MARIA e JORGE a obrigação
de ajudar com sustento da menor. PEDRO sempre cumpriu com todas as obrigações de pai, tendo
inclusive durante estes 5 anos contribuído com o sustento de sua filha, num valor aproximado de
um salário mínimo por mês, visto que sua remuneração mensal era de R$ 4.000,00 (quatro mil)
líquidos. No entanto, o cenário financeiro de PEDRO mudou após ter sido demitido. PEDRO que já é
um senhor de idade (63) anos, trabalha fazendo bicos e percebendo apenas 50% do que percebia
em seu antigo emprego. Ante a situação PEDRO tentou ajustar um valor adequado de forma
amigável com MARIA, porém não obteve êxito mais, desde então MARIA não permitiu mais que
PEDRO visitasse a filha. Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir.
a) Qual seria a medida judicial adequada para Pedro restabelecer o convívio com a filha e continuar
contribuindo com sustento da menor?
b) Acerca do valor da contribuição mensal (Alimentos) qual critério deverá ser utilizado para
convencimento do juiz?
QUESTÃO 14
Julia dirigia seu veículo na Rua 001, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o
veículo de Marcos. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 (quarenta mil
reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. Marcos, por sua vez, também teve parte de seu
carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto. Diante do ocorrido, Julia
pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Marcos, com o objetivo de
obter indenização pelo valor equivalente ao conserto de seu automóvel, alegando que Marcos teria
sido responsável pelo acidente, por dirigir acima da velocidade permitida. Julia deu à causa o valor
de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Marcos recebeu a carta de citação do processo pelo correio, no
entanto, acredita que a responsabilidade pelo acidente foi de Julia, que estava dirigindo
embriagada, como atestou o boletim de ocorrência, e que ultrapassou o sinal vermelho. Entende
que, no pior cenário, ambos concorreram para o acidente, porque, apesar de estar 5% acima do
limite de velocidade, Julia também teve culpa. Aproveitando a oportunidade, Marcos pretende
obter de Julia indenização em valor equivalente ao que dispendeu pelo conserto do veículo. Marcos
não tem interesse na realização de conciliação. Responda de forma fundamentada as indagações
abaixo:
a) Qual o nome da peça e fundamentação legal a ser adotada por Pedro?
b) Quais teses preliminar e de mérito, principais e subsidiarias, devem ser enfrentadas em favor de
Pedro?
QUESTÃO 15
Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-comprado, adquiriu, em
20/10/2018, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com
sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que
levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os
aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor.
Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2018, tanto o fabricante (MaxTV
S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.)
permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2019,
Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da
loja em que o adquiriu, requerendo:
(i) a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado;
(ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais
aparelhos danificados.
O juiz, porém, em 06/06/2019 acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em contestação,
pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos
artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito
do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso
II, do CDC considerando que, decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do
defeito e a do ajuizamento da ação.
a) Qual a medida adequada a ser manejada por Antônio Augusto e qual prazo?
b) Considerando a situação hipotética quais as teses a serem arguidas em favor de Antônio Augusto?
QUESTÃO 16
A editora Cruzeiro lançou uma biografia da cantora Jaqueline, que fez grande sucesso nas décadas
de 1980 e 1990, e, por conta do consumo exagerado de drogas, dentre outros excessos, acabou por
se afastar da vida artística, vivendo reclusa em uma chácara no interior de Minas Gerais, há quase
vinte anos. Poucos dias após o início da venda dos livros, e alguns dias antes de um evento nacional
organizado para sua divulgação, por meio de oficial de justiça, a editora foi citada para responder a
uma ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer, ajuizada por
Jaqueline. No mesmo mandado, a editora foi intimada a cumprir decisão do Juízo da 1ª Vara Cível
da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, que deferiu a antecipação de tutela para determinar
que a ré não mais venda exemplares da biografia, bem a recolher todos aqueles que já tivessem
sido remetidos a pontos de venda e ainda não tivessem sido comprados, no prazo de setenta e duas
horas, sob pena de multa diária de cinquenta mil reais. A decisão em cognição sumária, acolheu os
fundamentos da petição inicial, no sentido de que a obra revela fatos da imagem e da vida privada
da cantora sem que tenha havido sua autorização prévia, o que gera lesão à sua personalidade e
dano moral, nos termos dos artigos 20 e 21 do Código Civil, e que, sem a imediata interrupção da
divulgação da biografia, essa lesão se ampliaria e se consumaria de forma definitiva, revelando o
perigo de dano irreparável e o risco ao resultado útil do processo.
A Editora foi intimada da decisão em 03.06.2019 (quinta-feira), mas o mandado somente foi juntado
aos autos em 07.06.2019 (sexta-feira). A Editora considerando que não se justifica a censura à sua
atividade, que o recolhimento dos livros lhe causará significativos prejuízos, e ainda que o evento
seria realizado em trinta dias, procura você na qualidade de advogado.
a) Indique qual a medida judicial cabível, bem como aponte qual seria o último dia do prazo.
b) Aponte quais as teses a serem abordadas para cassar/reformar a decisão do Juízo da 1ª Vara Cível
da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.

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