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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES


Setor Comercial Sul – Quadra 09 – Lote C
Edifício Parque Cidade Corporate – Bloco C – 3º Pavimento
(61) 3255-8900 - 70308-200 – Brasília – DF
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA 4ª VARA DO TRABALHO


DE RECIFE

AÇÃO TRABALHISTA – RITO SUMARÍSSIMO Nº: 0000372-80.2019.5.06.0004


Reclamante: DANIEL GAMA E SILVA E OUTROS
Reclamada: EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH

A EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH, Pessoa


Jurídica de Direito Privado, Empresa Pública Federal (Lei 12.550/2011), Estatal Dependente (art. 2º III LC
101/2000), prestadora de serviço público essencial em ambiente não concorrencial (STF, RE 580.264 e RE
229.696), inscrita no CNPJ sob o nº 15.126.437/0001-43, com Sede no Setor Comercial Sul, Quadra 9, Lote
C, Edifício Parque da Cidade, Torre C, Asa Sul, Brasília/DF, vem respeitosamente, por seus procuradores que
esta subscrevem, perante Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, nos autos do processo em
epígrafe, diante dos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

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I – SÍNTESE DA LIDE

Trata-se de Reclamação Trabalhista ajuizada por DANIEL GAMA E SILVA e outros, em


face da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, pelo qual pleiteia a majoração do
adicional de insalubridade.
Narram, em sua reclamatória, que foram contratados pela EBSERH em decorrência de
concurso público para lotação no Hospital das Clínicas da UFPE, ocupando as vagas para os cargos
de Médicos do Hospital das Clínicas da UFPE, recebendo adicional de insalubridade atualmente em
20% (Grau Médio).
Pleiteiam o aumento do adicional de insalubridade para 40% (Grau Máximo) e/ou
periculosidade, pois descrevem que, em razão de suas funções, SUPOSTAMENTE se expõem ao
contato com pacientes com doenças infectocontagiosas em isolamento e contato com radiação
ionizante, que causariam insalubridade em grau máximo, o que, data vênia, NÃO é verdade.
Desta forma, como será descrito nesta contestatória, não fazem jus ao aumento do
adicional de insalubridade pleiteado, pelo que deve ser julgada IMPROCEDENTE a presente
reclamatória.

II – DAS PRELIMINARES

II.1. DA EQUIPARAÇÃO À FAZENDA PÚBLICA

A Reclamada é empresa pública federal (Lei 12.550/2011), não obstante, é


Estatal Dependente (art. 2º III LC 101/2000), prestadora de serviço público essencial em ambiente

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não concorrencial, gratuitamente, exclusivamente no SUS, tendo todas as suas despesas, inclusive
com regime de pessoal, decorrente de dotações orçamentárias do tesouro da União.

Embora esteja constituída sob a natureza jurídica de empresa pública,


observa-se que a reclamada presta serviços hospitalares gratuitos em caráter não concorrencial,
exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como de apoio ao ensino e
pesquisa a instituições públicas federais e outras congêneres, conforme diretrizes e políticas
estabelecidas pelo Ministério da Saúde e supervisão do Ministério da Educação, possuindo, ainda,
seu capital social integralmente sob o controle da União Federal. Além disso, o estatuto prevê que
"o lucro líquido da EBSERH será reinvestido para atendimento do objeto social da empresa,
excetuadas as parcelas decorrentes da reserva legal e da reserva para contingência" (art. 7º,
parágrafo único).

Assim, mesmo diante da ausência de previsão legal que permita a extensão


das prerrogativas da fazenda pública a pessoas jurídicas de direito privado, no caso concreto, deve
prevalecer a jurisprudência que recentemente vem se consolidando no âmbito dos tribunais pátrios
para conferir às empresas públicas e sociedades de economia mistas que desenvolvam atividades
essenciais, sem fins lucrativos e não inseridas no contexto de concorrência do livre mercado, as
prerrogativas típicos de entidades públicas propriamente ditas.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:

AGRAVO DE PETIÇÃO TRABALHISTA. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE


PORTO ALEGRE. IMPENHORABILIDADE DE BENS, RENDAS E
SERVIÇOS. DESNECESSIDADE DE GARANTIA PARA EMBARGAR À
EXECUÇÃO. ÂMBITO DO TÍTULO EXECBLOCO CIRÚRGICO/CENTRO
OBSTÉTRICOVO JUDICIAL. CARGA CONDENATÓRIA. REFLEXOS.
SÚMULA 139 DO TST. AGRAVO DE PETIÇÃO IMPROVIDO.
1. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é empresa pública que não exerce
atividade econômica, prestando serviço público sem fins lucrativos. A
extensão do regime de impenhorabilidade dos bens, serviços e rendas ao
HCPA é constitucional, aplicando-se-lhe a Medida Provisória nº 2.216-37, de
31 de agosto de 2001, reedição da MP nº 2.041-21/2000. (...).

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(TRF-4, AGRAVO DE PETIÇÃO TRABALHISTA Nº 2003.04.01.024200-5,


2ª Turma, Des. Federal OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, POR
UNANIMIDADE, D.E. 04/06/2009);

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


REPERCUSSÃO GERAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA.
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. SERVIÇOS DE SAÚDE .
1. A saúde é direito fundamental de todos e dever do Estado (arts. 6º e 196 da
Constituição Federal). Dever que é cumprido por meio de ações e serviços que,
em face de sua prestação pelo Estado mesmo, se definem como de natureza
pública (art. 197 da Lei das leis).
2 . A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia mista
corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha
por finalidade a obtenção de lucro.
3. As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de
saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da
imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da
Constituição Federal. 3. Recurso extraordinário a que se dá provimento, com
repercussão geral'
(STF - RE nº 580.264, Relator para o acórdão o Ministro Ayres Britto,
Plenário, DJe de 6/10/11);

AGRAVO REGIMENTAL. FINANCEIRO. EXECUÇÃO DE AGRAVO


REGIMENTAL. FINANCEIRO. EXECUÇÃO DE SENTENÇAS
TRANSITADAS EM JULGADO. ENTIDADE CONTROLADA PELO
PODER PÚBLICO QUE EXECUTA SERVIÇOS PÚBLICOS PRIMÁRIOS E
ESSENCIAIS. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO ACÚMULO OU DA
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. REGIME DE PRECATÓRIO.
APLICABILIDADE. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO .
O Pleno assentou que as entidades jurídicas que atuam em mercado sujeito à
concorrência, permitem a acumulação ou a distribuição de lucros submetem-se
ao regime de execução comum às empresas controladas pelo setor privado (RE
599.628, rel. min. Carlos Britto, red. P/ acórdão min. Joaquim Barbosa, j.
25.05.2011). Porém, trata-se de entidade que presta serviços públicos
essenciais de saneamento básico, sem que tenha ficado demonstrado nos
autos se tratar de sociedade de economia mista ou empresa pública que
competiria com pessoas jurídicas privadas ou que teria por objetivo

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primordial acumular patrimônio e distribuir lucros. Nessa hipótese,


aplica-se o regime de precatórios. Precedentes. Agravo regimental ao qual se
nega provimento'
(STF - RE nº 592.004-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda
Turma, DJe de 22/6/12);

AGRAVO DE INSTRUMENTO EXECUÇÃO POR MEIO DE


PRECATÓRIO. HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA. Demonstrada a violação do
artigo 100 da Constituição da República, dá-se provimento ao agravo de
instrumento a fim de determinar o processamento do recurso de revista.
RECURSO DE REVISTA EXECUÇÃO POR MEIO DE PRECATÓRIO.
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. PRERROGATIVAS DA
FAZENDA PÚBLICA. Na esteira do entendimento consagrado pelo Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 580.264/RS,
com repercussão geral reconhecida e que teve como redator para o acórdão o
Ex. mo Ministro Carlos Ayres Britto, tem decidido esta Corte superior que os
hospitais integrantes do Grupo Hospitalar Conceição - Hospitais Fêmina,
Cristo Redentor e Nossa Senhora da Conceição - não obstante ostentarem
natureza jurídica de direito privado sob a forma de sociedade anônima
controlada pela União, encontram-se vinculados ao Ministério da Saúde,
conforme artigo 146 do Decreto n.º 99.244/90, e prestam serviços
exclusivamente de caráter público, pelo que se reconhecem aos referidos
hospitais os privilégios concedidos à Fazenda Pública quanto à
impenhorabilidade de bens e à execução por precatório prevista no artigo 100
da Constituição da República . Precedentes da SBDI-I. Recurso de revista
conhecido e provido.
(TST. RR 229001620075040027, Relator: Lelio Bentes Corrêa, 1ª Turma, Data
do julgamento: 21/5/2014; Data da publicação: 23/5/2014);

EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO PELA


DEMANDADA. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO.
DEMANDADA. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. EMPRESA
PÚBLICA FEDERAL PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE
SAÚDE. A LEI Nº 12.550/2011, QUE CRIOU A EBSERH - COM
CAPITAL SOB PROPRIEDADE DA UNIÃO E SEM EXPLORAÇÃO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA, TEM OS MESMOS PRIVILÉGIOS DA
FAZENDA PÚBLICA. DESNECESSÁRIO O PREPARO. AGRAVO DE

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INSTRUMENTO PROVIDO.
(TRT 19ª Região - AIRO 00002329120165190003 0000232-
91.2016.5.19.0003, Relator: Anne Inojosa, 2ª Turma, Data da publicação:
27/01/2017);

EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ORDINÁRIO.


EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICO. ISENÇÃO
DE PREPARO. A EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS
HOSPITALARES - EBSERH DESEMPENHA SERVIÇO PÚBLICO,
POR AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL (ART. 175 DA CF),
HIPÓTESE EM QUE ATRAEM AS PRERROGATIVAS DA FAZENDA
PÚBLICA, COMO NO CASO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, SEM
OFENSA AO ART. 173. § 2º, DA CF/88, ESTANDO TAL ENTENDIMENTO
EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DO STF. RECURSO
PROVIDO .
(TRT 19ª Região – AIRO 00004138320165190006 0000413-
83.2016.5.19.0006 , Relator: Laerte Neves De Souza, 2ª Turma, Data da
publicação: 02/02/2017).

Sumula Regional nº 41 do TRT da 13ª Região

INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA. EMPRESA


BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES - EBSERH. EMPRESA
PÚBLICA. PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE NATUREZA NÃO
CONCORRENCIAL. PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA.
Aplicam-se à EBSERH as prerrogativas processuais da Fazenda Pública
uma vez que se trata de empresa pública prestadora de serviço público
próprio do Estado e de natureza não concorrencial.

Assim, REQUER o tratamento processual equiparado ao da Fazenda


Pública, consoante jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal (STF, RE 580.264 e RE
229.696).

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II.2. DA JUSTIÇA GRATUITA

O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem


insuficiência de recursos (art. 5º, LXXIV, da CRFB/88).
A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei. A gratuidade da justiça compreende as taxas ou as custas judiciais
e os depósitos previstos em lei para interposição de recurso (art. 98 do NCPC/2015).
O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso
(OJ 269 da SDI-1/TST).
Conforme documentação comprobatória em anexo, a atual situação
orçamentária do Hospital das Clínicas da UFPE é crítica, uma vez que, até o momento, o repasse
financeiro do Fundo Nacional de Saúde e – FNS e do Programa Nacional de Reestruturação dos
Hospitais Universitários Federais – REHUF não é suficiente para cobrir as demandas contratuais
já firmadas pelo hospital (abastecimento, insumos hospitalares, serviços terceirizados, etc.),
exigindo uma gestão orçamentária marcada pela austeridade, sob pena de prejudicar a continuidade dos
serviços de saúde.
De outro lado, ainda não foi implementada a repactuação da contratualização
do Hospital das Clínicas da UFPE com o gestor do SUS, a Secretaria de Saúde do Estado de
Pernambuco, ou seja, os valores pactuados para os procedimentos de saúde realizados pelo Hospital
foram atualizados (correção dos valores e aumento do número de leitos, procedimentos e atendimentos,
etc.), mas o Estado de Pernambuco (SES-PE) ainda não repassou aos valores acrescidos objetos de
repactuação. Esta dívida está sendo objeto de negociação administrativa, mas representa no atual
momento um grave prejuízo para a gestão financeira do hospital.
Ademais, não houve ainda a transferência da gestão plena do hospital da
Universidade Federal de Pernambuco para a EBSERH, de modo que a Unidade Pagadora ainda está

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vinculada ao CNPJ da Universidade o que dificulta ainda mais o pagamento das guias em nome da
EBSERH.
Essa situação pode ser comprovada pela documentação anexa: a manifestação
do Superintendente (Ordenador de Despesa) e do Gerente Administrativo (Gestor Financeiro) do
Hospital das Clínicas, bem como de cópias das telas do SIAFI (Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal).
Assim, no presente momento, na condição de Estatal Dependente do Tesouro
Nacional (art. 2º, III, da Lei Complementar 101/2000) não é possível para a EBSERH o pagamento das
guias de depósito judicial, de depósito recursal e de custas processuais, sob pena de prejudicar a gestão
financeira do hospital e a continuidade dos serviços de saúde, pelo que se REQUER a concessão do
benefício da gratuidade de justiça.

II.3. IMPUGNAÇÃO À PROVA EMPRESTADADA POR FALTA DE

INEQUÍVOCA IDENTIDADE PARA REALIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA

O Diante da robustez dos critérios técnicos adotados pela EBSERH, conforme


Relatórios da Comissão de Infecção Hospitalar – CCIH (documento anexo), fundamentando a improcedência
dos pedidos, só restou à parte Autora trazer aos autos laudos e acórdão de outros processos que, em verdade,
são inservíveis para o presente caso concreto.

O novo Código de Processo Civil, em seu artigo 372 afirma: “O juiz poderá
admitir a realização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar
adequado, observado o contraditório.”

Isso significa a previsão expressa da validade da prova emprestada, nos limites


impostos pelo legislador, isto é, a avaliação criteriosa do juiz, bem como a garantia do contraditório.

A questão, portanto, diz respeito às regras a observar na realização e avaliação da

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prova emprestada, a fim de beneficiar a parte litigante que dela se vale. A doutrina ressalta os requisitos que
devem ser considerados na admissão da prova emprestada, em relação ao seu valor probante, afirmando que
três são os requisitos de validade, a saber, a) mesmas partes; b) mesmos fatos; e c) ampla defesa e
contraditório.

Assim, para que a prova emprestada tenha valor no processo em que dela se
pretende fazer uso, é necessário que tenha tal prova sido produzida em outro feito em que litigaram as
mesmas partes, e que tenha servido como fundamento da decisão naquele feito primitivo. Isso porque,
como dispõe o artigo 506 do Código de Processo Civil “A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais
é dada, não prejudicando terceiros.”

A parte autora NÃO demonstra que há identidade entre as partes e os fatos que
justifiquem a Realização da prova emprestada.

Assim, a prova emprestada em processo de terceiro não produz efeitos, pois a


sentença que se baseou também na referida prova, além de outros elementos daqueles autos, não produz
efeitos para quem não foi parte no conflito.

A parte recorrente, NÃO demonstra se a provas emprestadas serviram de


fundamento para decisões nos feitos em que foram produzidos.

Do mesmo modo, há que se verificar que não serve como meio de prova laudo
pericial emprestado que não guarda inequívoca identidade de funções com aquela exercida pelo reclamante.

TRT – 2ª Região. PROCESSO TRT Nº 0000060-65.2013.5.02.0024 – 3ª TURMA


– RECURSO ORDINÁRIO. RELATORA: JUÍZA LUCIANA CARLA CORRÊA
BERTOCCO. DATA: 12/05/2015.

PROVA EMPRESTADA. Não serve como meio de prova laudo pericial


emprestado que não guarda inequívoca identidade de funções com aquela
exercida pelo reclamante. Recurso ordinário a que se nega provimento.

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ENUNCIADOS APROVADOS NA V JOMATRA, REALIZADA NO DIA


08.04.16, TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
Disponível em: <https://portal.trt11.jus.br/images/Comunicacao/Enunciados.pdf>
Enunciado 15.
Prova Emprestada.
Nos termos do artigo 464, §1º, II, do NCPC, havendo prova pericial emprestada
nos autos, desnecessária, a critério do juiz, a realização de nova perícia, desde que
haja identidade de função, de local da prestação do serviço, de empregador e
contemporaneidade do trabalho prestado entre o trabalhador reclamante e o
trabalhador cujo laudo foi juntado nos autos a título de prova emprestada.

No presente caso, discute-se o adicional de insalubridade de TÉCNICOS DE


ENFERMAGEM. O SESMT reconheceu não haver a exposição habitual ou mesmo intermitente das
reclamantes a doenças infecto-contagiosas, com base em laudo técnico, dados epidemiológicos coletados
pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, e pareceres técnicos do Serviço de Saúde Ocupacional do
Hospital.

Os laudos trazidos pela Parte Autora cuidam de categorias profissionais


distintas da categoria dos Reclamantes: MÉDICOS, FISIOTERAPEUTAS, FARMACÊBLOCO
CIRÚRGICO/CENTRO OBSTÉTRICOCOS e ENFERMEIROS. São profissionais que não
desempenham as mesmas funções que TÉCNICOS DE ENFERMAGEM, categoria dos reclamantes.

Dessa forma, forçoso concluir que os referidos laudos não podem ser realizados
como prova emprestada, por não guardar inequívoca identidade de função, de local da prestação do serviço,
de empregador e contemporaneidade do trabalho prestado entre o trabalhador reclamante e o trabalhador
cujo laudo foi juntado nos autos a título de prova emprestada.
Assim, esta empresa pública REQUER a desconsideração e a retirada dos autos
dos laudos que não podem ser realizados como prova emprestada, por não guardar inequívoca
identidade de função, de local da prestação do serviço, de empregador e contemporaneidade do
trabalho prestado entre o trabalhador reclamante e o trabalhador cujo laudo foi juntado nos autos a
título de prova emprestada, bem como por não constituírem os laudos emprestados em fundamento

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determinante das decisões dos processos originários nos quais foram produzidos.

II.4 DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL POR AUSÊNCIA DE CONCLUSÃO

LÓGICA DOS FATOS E PEDIDO GENÉRICO.

Os Reclamantes na petição inicial alegam que são empregados da Reclamada, e


que atuam da Setor de Urgência e Emergência do Hospital das Clínicas de Pernambuco, além disso alegam
que laboram nas áreas de isolamento do hospital.

Com efeito, aduz o art. 330, §1°, do Código de Processo Civil, que “considera-se
inepta a petição inicial quando: I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - a parte for manifestamente
ilegítima; III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV – contiver pedidos
incompatíveis entre si”.

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:

I - for inepta;

II - a parte for manifestamente ilegítima;

III - o autor carecer de interesse processual;

IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 .

§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:

I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o

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pedido genérico;

III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

É que o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco - HC-UFPE


está instalado numa área de 64 mil m² e possui 413 leitos, divididos em diversos serviços, com cerca de 3 mil
funcionários.
Outrossim, observa-se que na petição inicial dos Reclamantes não se pode fazer
qualquer conclusão de onde (qual setor) os Reclamantes exercem suas atividades, tudo isso pela falta
de coesão ou informação na narrativa dos fatos trazidos na petição inicial.

Essa narrativa genérica dos fatos inviabiliza a realização da perícia que não
poderia ser realizada em qualquer setor do hospital, mas sim naquele em que laboram os Reclamantes
de tivessem narrado esse fato na inicial.

Além disso, há a narrativa de que os Reclamantes atuam no tratamento de paciente


de pacientes de urgência e emergência, sendo que o Hospital das Clínicas, além de constituir um hospital-
escola, com finalidade essencialmente formativa, NÃO possui atendimento emergencial ou de urgência,
tendo, toda a sua demanda regulada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Ou seja, diferente dos
chamados hospitais “porta-aberta”, cujo melhor exemplo é o Hospital da Restauração, o Hospital das
Clínicas só recebe pacientes por prévio encaminhamento da SES-PE.

Assim, resta evidenciado que petição inicial é inepta, pois dos fatos narrados não
decorreu qualquer conclusão lógica do pedido, devendo, portanto, a petição inicial ser declarada inépcia e o
feito ser extinto sem resolução de mérito.

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III – DO MÉRITO

A controvérsia da causa diz respeito à inexistência do direito ao adicional de


insalubridade em grau máximo (40%) previsto no anexo 14 da NR-15:

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


ANEXO N.º 14
(Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novembro de 1979)
AGENTES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa.
Insalubridade de grau máximo
Trabalho ou operações, em contato permanente com:
- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de
seu uso, não previamente esterilizados;

Conforme Parecer Técnico do Serviço Especializado de Engenharia de


Segurança e Medicina do Trabalho do HC-UFPE (documento anexo), bem como nos Relatórios da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC-UFPE (documento anexo), os reclamantes não
possuem direito ao adicional de insalubridade em grau máximo pelas seguintes razões:

III.1. NEM TODA DOENÇA É UMA DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA

O que é doença infecto-contagiosa? - É importante esclarecer que

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não são todas as doenças infectocontagiosas com indicação de isolamento, além disso, existe o
período bacilífero, isto é, tempo em que a doença pode ser transmitida após início do tratamento.

No site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA


(http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo5/b
lo_precaucao.htm), lista as doenças com recomendações de isolamento, citando a publicação da The
Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee – HIPAC do Centers for Disease
Control and Prevention – CDC (Agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos)
(http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/guidelines/Isolation2007.pdf). Por exemplo, doenças
infectocontagiosas como AIDS e Hepatites não são classificadas como doenças que necessitam
isolar o paciente, mas apenas realizar precaução padrão, que são os cuidados necessários para todos
os pacientes.

Além disso, a existência de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde


(IRAS) não quer dizer que o paciente está com doença infectocontagiosa que necessite de
isolamento. Como listado no Guia de Bolso do Ministério da Saúde
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf), as
infecções hospitalares ou infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), como bactérias
multirresistentes (MDR), não são relacionados como doenças infectocontagiosas.

III.2. NEM TODA DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA REQUER O

ISOLAMENTO DO PACIENTE; DA DISTINÇÃO ENTRE “PACIENTE EM

PRECAUÇÃO” E “PACIENTE EM ISOLAMENTO”;

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Conforme reconhecido pela jurisprudência do Tribunal Superior do


Trabalho, há uma distinção entre pacientes com doenças infectocontagiosas sem isolamento
(adicional de insalubridade em grau médio 20%) e pacientes em situação de isolamento (adicional
de insalubridade em grau máximo 40%).

Ou seja, a situação de isolamento não é automática nem permantente,


dependendo de variáveis técnicas que foram consideradas no Parecer Técnico do Serviço
Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho do HC-UFPE (documento
anexo), bem como nos Relatórios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC-UFPE
(documento anexo).

O labor em contato com pacientes portadores de doenças infecto-


contagiosas e que não estão em situação de isolamento enseja o pagamento do adicional de
insalubridade apenas em grau médio. Pois o Anexo 14 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 do
Ministério do Trabalho indica tal condição (situação de isolamento) como determinante para
caracterizar a atividade insalubre na graduação máxima.

Para o Tribunal Superior do Trabalho, é a “situação de isolamento” que


enseja o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo:

TST. Processo: RR - 2766300-78.2002.5.04.0900 Data de Julgamento:


16/03/2005, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 3ª Turma,
Data de Publicação: DJ 15/04/2005.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - CONTATO COM PACIENTES
PORTADORES DE DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS -
INEXISTÊNCIA DE ISOLAMENTO - DEVIDO EM GRAU MÉDIO.
O labor em contato com pacientes portadores de doenças infecto-
contagiosas e que não estão em situação de isolamento enseja o pagamento
do adicional de insalubridade apenas em grau médio (inteligência do art.
192 da CLT c/c Anexo 14 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78). Recurso de
Revista parcialmente conhecido e provido.

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TST. Processo: RR-473.226/1998, Relator: Juiz Convocado Guilherme


Bastos, Data de Publicação: DJ-13.12.2002.
RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - GRAU
MÁXIMO - CONTATO COM PACIENTES PORTADORES DE
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS - INEXISTÊNCIA DE
ISOLAMENTO - INDEVIDO.
Não há como se reconhecer devido o adicional de insalubridade em grau
máximo ao empregado que labora em contato com pacientes portadores de
doenças infecto-contagiosas sem, contudo, estarem os mesmos em
isolamento, tendo em vista que o Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3214/78
indica tal condição como determinante para caracterizar a atividade
insalubre na graduação citada. Recurso de revista conhecido e provido.

TST. Processo: RR-519.361/1998, Rel. Juiz Convocado José Antonio


Pancotti, Data de Publicação: DJ-12.9.2003.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - GRAU MÁXIMO - CONTATO
COM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS INFECTO-
CONTAGIOSAS - INEXISTÊNCIA DE ISOLAMENTO - INDEVIDO.
Não há como se reconhecer devido o adicional de insalubridade em grau
máximo ao empregado que labora em contato com pacientes portadores de
doenças infecto-contagiosas sem, contudo, estarem os mesmos em
isolamento, tendo em vista que o Anexo 14 da NR-15 da Portaria nº
3.214/78 do Ministério do Trabalho indica tal condição como determinante
para caracterizar a atividade insalubre na graduação citada. Recurso de
revista conhecido e provido.

O que é isolamento? Conforme Parecer Técnico do Serviço


Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho do HC-UFPE (documento
anexo), baseado em robusta literatura técnica: “é de suma importância entender o termo “paciente
em isolamento” que consta no texto da norma NR-15 do M.T.E., para que não haja extrapolações e
consequentemente caracterização indevida do referido adicional de insalubridade, simplesmente
por falta de conhecimento dos conceitos técnicos.”

Após discorrer sobre os tipos de transmissões e os tipos de precauções, que

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envolvem o conceito técnico de paciente em isolamento, o Parecer Técnico esclarece que: “O


conjunto de medidas de controle proposta pelo Centers for Disease Control and Prevention – CDC
(Agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos) baseia-se em duas categorias de
precauções, que são as Precauções Padrão e as Precauções Específicas. As Precauções Padrão
são compostas por medidas que devem ser aplicadas no atendimento de todos os pacientes, em
qualquer cenário de assistência à saúde, independente da suspeita ou não da presença de algum
agente infeccioso. A implementação e adesão às Precauções Padrão constituem a estratégia
primária para evitar a transmissão de microrganismos de um paciente para outro, do paciente
para o profissional de saúde e do profissional de saúde para o paciente. […] na prática, devemos
esclarecer que paciente em precaução não necessariamente significa que o paciente está em
isolamento.”

Ou seja, a caracterização da insalubridade pressupõe a Realização adequada


do conceito técnico de "isolamento" (ANVISA; CDC-USA), que distingue os tipos de precaução
adotadas: de um lado a "precaução padrão" (todo e qualquer paciente) e, de outro as
"precauções específicas" (pacientes em situação de isolamento).

III.3. O PERÍODO DE ISOLAMENTO NÃO SE CONFUNDE COM O PERÍODO

DO TRATAMENTO NEM COM O PERÍODO DA INTERNAÇÃO

A doença infecto-contagiosa com indicação de isolamento tem um período


de isolamento especifico, o chamado “período bacilífero”, isto é, o tempo em que a doença pode
ser transmitida. Este período de isolamento específico varia de acordo com o tipo de doença (por
exemplo: sarampo – 7 dias; tuberculose pulmonar – 15 dias).

O período de isolamento não se confunde com o período de internação: o


paciente internado acometido de doença infecto-contagiosa pode continuar internado sem estar mais
em situação de isolamento.

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O período de isolamento também não se confunde com o período de


tratamento: o paciente atendido em ambulatório ou enfermaria por doença infecto-contagiosa não se
encontra mais em situação de isolamento.

É possível um tratamento ou internação de paciente com doença infecto-


contagiosa sem isolamento, uma vez esgotado o período bacilífero e afastada a possibilidade de
transmissão.

O Parecer Técnico do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho do HC-UFPE (documento anexo) traz um quadro com diversas doenças e os
períodos bacilíferos.

Por sua vez, os Relatórios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar


do HC-UFPE (documento anexo), trazem as estatísticas das ocorrências de doenças infecto-
contagiosas e incidências das bactérias e vírus que ensejariam o isolamento (precauções
específicas).

III.4. OS REGISTROS EPIDEMIOLÓGICOS DO HOSPITAL MOSTRAM QUE É

INSIGNIFICANTE A OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

O HC-UFPE possui relatório atualizado com a lista dos micro-organismos presentes


nas culturas microbiológicas, elaborado pelo Núcleo de Epidemiologia e pela Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar - CCIH.
Sobre o tema, há de se salientar que os agentes biológicos possuem classificação
quanto a classe de risco detalhados na Norma Regulamentadora 32, do Ministério do Trabalho, que
trata da segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde como descrito em seus anexos I e II:

 Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.

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 Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento.
 Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação
para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem
sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
 Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de
disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a
outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de
profilaxia ou tratamento.

Para classificação correta dos agentes BLOCO CIRÚRGICO/CENTRO


OBSTÉTRICOlizando-se esta tabela, deve-se considerar que:
a) a não identificação de um determinado agente na tabela não implica em sua inclusão
automática na classe de risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliação de risco,
baseada nas propriedades conhecidas ou potenciais desses agentes e de outros representantes
do mesmo gênero ou família.
b) os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na tabela.
c) no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, devem-se considerar excluídas
as espécies e cepas não patogênicas para o homem.
d) todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na tabela, devem ser
classificados na classe de risco 2, até que estudos para sua classificação estejam concluídos.

E como consta no Parecer Técnico do Serviço Especializado de Engenharia de


Segurança e Medicina do Trabalho do HC-UFPE (documento anexo), bem como nos Relatórios
da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC-UFPE (documento anexo), não foram
visualizados micro-organismos no relatório correspondentes às classes 3 e 4, ou seja, não há o
risco individual para o trabalhador nem a probabilidade de disseminação para a coletividade,
estando disponíveis meios eficazes de profilaxia.
Tal quadro epidemiológico só reforça a adequação do Laudo expedido pela empresa

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reclamada, que enquadra o adicional de insalubridade dos Reclamantes no grau médio.


Conforme relatório epidemiológico (documento anexo), na BLOCO
CIRÚRGICO/CENTRO OBSTÉTRICO do HC-UFPE, em 2017 e 2018, ocorreram 7 (sete)
casos de precaução e 3 (três) casos de isolamento por doença infecto-contagiosa. O relatório de
controle de isolamentos por doenças infecto-contagiosas é elaborado pela Comissão de Controle de
infecção Hospitalar - CCIH e do Núcleo de Epidemiologia, que é responsável pelo monitoramento e
identificação dos micro-organismos existentes no âmbito do Hospital, setores chefiados pela
Professora Doutora Cláudia Vidal, PhD em Medicina Tropica, da UFPE.
Não se descarta a possibilidade de um contato eventual ou esporádico com
pacientes portadores de tais doenças, entretanto deve-se frisar mais uma vez que para configurar
condição insalubre deve o trabalhador ter contato permanente ou intermitente com o agente ou
condição insalubre, o que não ocorre com a parte Reclamante.

Neste sentido, a jurisprudência trabalhista já pacificou a questão no sentido de que o


contato eventual não garante a percepção do adicional de insalubridade, a exemplo dos
julgados abaixo:

EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TÉCNICO DE


ENFERMAGEM. GRAU MÉDIO.
Equivocado o laudo que enquadrou as atividades do autor na hipótese de
insalubridade máxima prevista na NR 15, Anexo 14, da Portaria nº
3.214/1978, eis que essa norma abrange exclusivamente as atividades ou
operações em contato permanente com pacientes em isolamento por
doenças infectocontagiosas, vísceras de animais portadores de doenças
infectocontagiosas, esgotos e lixo urbano, situações essas a que não era
submetido o reclamante, nas funções de auxiliar de enfermagem e
técnico de enfermagem.
(TRT-2 - RO: 00026483420125020039 SP 00026483420125020039 A28,
Relator: KYONG MI LEE, Data de Julgamento: 28/07/2015, 3ª TURMA,
Data de Publicação: 04/08/2015)

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EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AGENTE


PENITENCIÁRIO. CONTATO EVENTUAL COM O AGENTE
INSALUBRE
O contato meramente eventual com agentes insalubres afasta o direito à
percepção do adicional de insalubridade. Aplicação da Súmula 47 do TST.
(TRT 17ª R., 01258-2012-007-17-00-7, Rel. Desembargadora Wanda Lúcia
Costa Leite França Decuzzi, DEJT 16/10/2014).
(TRT-17 – RO: 01258000420125170007, Relator: DESEMBARGADORA
WANDA LÚCIA COSTA LEITE FRANÇA DECUZZI, Data de
Julgamento: 09/10/2014, Data de Publicação: 16/10/2014)

EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE ARROIO DOS


RATOS. AUXILIAR DE ENFERMAGEM. POSTOS DE SAÚDE
MUNICIPAIS. PAGAMENTO DE ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO. IMPOSSIBILIDADE.
CONTATO COM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS
INFECTO-CONTAGIOSAS. EVENTUALIDADE. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA.
O direito à percepção das diferenças vencimentais a título de adicional de
insalubridade não restou demonstrado, tendo em vista que as atividades
desenvolvidas pela apelante foram definidas em lei como insalubres em
grau médio (Lei - Arroio dos Ratos nº 1.231/94, ART. 1º, II, alínea b),
percentual já adimplido pelo ente público. O contato apenas eventual com
pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas não enseja o
pagamento do adicional de insalubridade. Sentença de improcedência
que se impunha. APELAÇÃO IMPROVIDA. (Apelação Cível Nº
70039997044, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Nelson Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em 28/08/2014)
(TJ-RS - AC: 70039997044 RS, Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco,
Data de Julgamento: 28/08/2014, Terceira Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 08/09/2014)

III.5. NA REDE SUS, O HC-UFPE NÃO É REFERÊNCIA NO ATENDIMENTO

DE PACIENTES COM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

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O Hospital das Clínicas da UFPE tem como função básica apoiar o ensino
da graduação e da pós-graduação dos Centros de Ensino da Universidade Federal de Pernambuco,
em particular, do Centro de Ciências da Saúde. Além disso, o Hospital atua como hospital-escola,
constituindo-se centro de pesquisa científica em todas as áreas da saúde, e como prestador de
serviços médico-hospitalares, com atendimento ambulatorial e de internação à população do Estado
de Pernambuco e da região Nordeste, caracterizando seu nível de referência e sua capacidade
resolBLOCO CIRÚRGICO/CENTRO OBSTÉTRICOva em patologias de alta complexidade

O Hospital das Clínicas, além de constituir um hospital-escola, com


finalidade essencialmente formativa, NÃO possui atendimento emergencial ou de urgência,
tendo, toda a sua demanda regulada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Ou seja,
diferente dos chamados hospitais “porta-aberta”, cujo melhor exemplo é o Hospital da Restauração,
o Hospital das Clínicas só recebe pacientes por prévio encaminhamento da SES-PE.

Ademais o HC-UFPE NÃO está inserido na rede de saúde como


referência no atendimento de pacientes infectocontagiosos.

A referência no Estado de Pernambuco para o tratamento de doenças


infecto-contagiosas é o Hospital Correia Picanço, que é também o único serviço no Estado
especializado no tratamento das vítimas de meningite (adulto ou pediatria), conforme consulta ao
sítio eletrônico da SES-PE (documento anexo).

Além disso, o HC-UFPE não oferece o serviço especializado no


tratamento da tuberculose em nível hospitalar (internação), como podemos observar no
relatório do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES do Ministério da Saúde
(documento anexo), isto é, em via de regra, os pacientes com tuberculose não são
referenciados/encaminhados para internação no hospital, mas encaminhados para outro hopsital da
rede SUS.

Não tendo atendimento de urgência/emergência, não sendo referência


na rede SUS para pacientes com doenças infecto-contagiosos, não oferecendo tratamento de

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tuberculose, dificilmente o Hospital das Clínicas recebe pacientes com doenças infecto-
contagiosas, como demonstram os dados epidemiológicos (item anterior desta peça) e podem ser
confirmados através de consulta à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, gestora da rede do
Sistema Único de Saúde no estado de Pernambuco.

III.6. DA AUSÊNCIA DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE, QUANDO DA


UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓVEIS.

Quanto à alegação de exposição à radiação ionizante pela exposição de


Raio-X dentro do bloco cirúrgico, não assistem razão os Reclamantes, pois a NR – 16 que
determina as atividades e operações perigosas, em seu anexo diz:

1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades


desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos móveis de Raios X para
diagnóstico médico.

2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de


recuperação e leitos de internação não são classificadas como salas de
irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X.

(*) Anexo acrescentado pela Portaria nº 3.393, de 17-12-1987.

Assim, tal qual a situação dos Reclamantes, o uso de equipamentos móveis


de Raios X para diagnóstico médico, em emergências e leito de internação ou recuperação não
caracteriza irradiação pelo uso de Raios X móveis.

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IV – CONCLUSÃO

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

a) o tratamento processual devido por EQUIPARAÇÃO À FAZENDA


PÚBLICA;

b) caso não seja atendido o pedido anterior, a concessão do benefício da


JUSTIÇA GRATUITA;

c) a eventual Realização de PROVA EMPRESTADA, apenas na


condição de haver INEQUÍVOCA IDENTIDADE DE FUNÇÃO,
DE LOCAL DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, E
CONTEMPORANEIDADE do trabalho prestado entre o
trabalhador reclamante e o trabalhador cujo laudo foi juntado nos
autos a título de prova emprestada.

d) bem como seja julgada a presente Ação TOTALMENTE


IMPROCEDENTE, nos termos da fundamentação supra-
apresentada, por ser medida de inteira justiça, condenando os
Reclamantes no pagamento de custas, despesas processuais e demais
cominações a que der causa.

Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,


em especial as de cunho documental, o depoimento pessoal dos reclamantes, a oitiva de
testemunhas, pericia, sem prejuízo das outras eventualmente cabíveis, desde já requeridos.

Termos em que,
Pede deferimento.

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Recife/PE, 20 de maio de 2019.

FELIPE TRAVASSOS SARINHO DE ALMEIDA


OAB-PE 17.941

CARLOS EDUARDO DA SILVA SOUZA


OAB-PE 28.733

GLERGER ALCANTARA SABIÀ


OAB-PE 32.770

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