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GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Programa:

– Indústria da Construção
• Caracterização
• Acesso e permanência das Empresas

– Gestão de Empreendimentos
• Ciclo de vida
• Fases de um empreendimento

– Código dos Contratos Públicos


• Âmbito de aplicação
• Procedimentos contratuais
• Proposta

– Custos da construção
• Custos simples, custos compostos e valor de venda
• Rendimentos
• Mão-de-obra, materiais, máquinas e subempreitadas

– Máquinas
• Fabrico e transporte de betão
• Movimento de terras
– Planeamento de obras
• Métodos de planeamento
• Optimização de recursos

– Controlo da Produção
• Prazos, custos e técnico
• Gestão de proveitos (EVM)

– Implantação e organização do estaleiro


• Delimitação e acessos
• Equipamentos fixos
• Instalações
– Técnicas e administrativas
– Sociais
– Trabalho
– Armazenagem
• Circulações internas
• Tabela de correlações
• Métodos de optimização da implantação

VERSÃO de FEV 2009 1


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Bibliografia:
 PAZ BRANCO, J. – “RENDIMENTOS DE MÃO-DE-OBRA, MATERIAIS E EQUIPAMENTO
EM EDIFICAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS” – TEXTO EDITORA – 1991

 COSTA MANSO, A. ; SANTOS FONSECA, M. ; CARVALHO ESPADA, J. - “INFORMAÇÃO


SOBRE CUSTOS - Fichas de Rendimentos” - LNEC - 2005

 PAZ BRANCO, J. – “ORGANIZAÇÃO DE ESTALEIROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL” – EPGE,


QUELUZ – 1996

 MARTÍN, J. R. NAVAS – “ENGENHARIA DE GESTÃO DE PROJECTOS” – FCA, LISBOA -


2008

 LIMMER, CARL V. - “PLANEJAMENTO, ORÇAMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROJECTOS E


OBRAS” - LTC EDITORA - 1996

 FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - “COST


CONTROL IN FOREST HARVESTING AND ROAD CONSTRUCTION” - FAO, ROMA - 1992

 PEURIFOY, ROBERT ; LEDBETTER, WILLIAM ; SCHEXNAYDER, CLIFFORD –


“CONSTRUCTION PLANNING, EQUIPMENT, AND METHODS – McGRAW HILL – 1996

 “SPECIFICATIONS AND APPLICATION HANDBOOK” - KOMATSU, TOKYO - EDITION 17 –


1996

 “MANUAL DE REDIMIENTO CATERPILLAR” - CATERPILLAR, PEORIA, ILLINOIS - EDITION


31 – 2000

 MACHADO, LUIS FONTES – “MANUAL DE SEGURANÇA NO ESTALEIRO” –


IDICT/AECOPS – LISBOA – 1996

 ALVES DIAS, L. M. – “ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE OBRAS” – AEIST – LISBOA – 1996

 MOTA CARDOSO, J. M. – “DIRECÇÃO DE OBRAS” – AECOPS

 DRESSEL, G ; SCHMIDT, J. ; VOLLMER H. – “ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E


ORGANIZAÇÃO DE ESTALEIROS” (TRADUÇÃO 459) – LNEC – 1971

VERSÃO de FEV 2009 2


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Legislação:

 DECRETO-LEI N.º 155/95 DE 1 DE JULHO


- Segurança nos estaleiros temporários ou móveis

 PORTARIA N. º 101/96 DE 3 DE ABRIL


- Prescrições minimas de segurança nos estaleiros

 INSTRUÇÕES PARA O CÁLCULO DE HONORÁRIOS - 1972 ; 1974 ; 1986

 DECRETO-LEI N.º 18/2008, DE 29 de JANEIRO – CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

 PORTARIA N.º 104/01 DE 21 DE FEVEREIRO

 DECRETO-LEI N.º 43/05 DE 22 DE FEVEREIRO

 DECRETO-LEI N.º 12/2004, DE 9 de JANEIRO


- Acesso e permanência na actividade da Construção Civil
- Alterações introduzidas pelo DL 18/2008

 PORTARIA N.º 16/2004, DE 10 DE JANEIRO


- Quadro mínimo de pessoal

 PORTARIA N.º 17/2004, DE 10 DE JANEIRO

 PORTARIA N.º 19/2004, DE 10 DE JANEIRO


- Categorias e subcategorias dos alvarás

 DECRETO-LEI N.º 6/04, DE 6 DE JANEIRO

 DECRETO-LEI N.º 73/73, DE 28 DE FEVEREIRO

 PORTARIA N.º 193/2005 DE 17 DE FEVEREIRO

 DECRETO-LEI N.º 273/2003 DE 29 DE OUTUBRO

 DECRETO-LEI N.º 555/99 DE 16 DE DEZEMBRO

 DECRETO-LEI N.º 177/01 DE 4 DE JUNHO

 PORTARIA N.º 1110/01 DE 19 DE SETEMBRO

VERSÃO de FEV 2009 3


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Sites de equipamentos:
http://www.atlascopco.com http://www.jcb.com
http://www.bobcat.com
http://www.caterpillar.com http://www.officinepiccini.com
http://www.deere.com http://www.haulotte.com
http://www.komatsuEurope.com http://www.kobelcoamerica.com
http://www.hitachi-c-m.com http://www.linkbelt.com
http://www.kubota.com http://www.rsp-germany.com
http://www.liebherr.de http://www.wirtgen.de
http://www.volvoce.com http://www.hyundai.be

Cofragens
http://www.peri.de
http://www.ulma.com

Outros sites:
http://www.aecops.pt – Ass. de Empresas de Construção e Obras Públicas
http://www.inci.pt – Instituto da Construção e do Imobiliário
http://www.act.gov.pt – Autoridade para as Condições do Trabalho

Palavras Chave:
 Gestão de Empreendimentos – Project Management
 Vida do empreendimento – Project life-cycle
 Projecto – Design
 Rendimentos de mão-de-obra – Labor rates
 Planeamento - Project Planning / Scheduling
 Mapa de barras - Gantt Chart
 Implantação de estaleiros – Site Layout Planning
 Equipamentos de construção – Construction Equipment
 Controlo de prazos e custos – Time-cost Control
 Caminho crítico - CPM (Critical Path Method)
 PERT (Planning Evaluation Review Technique)

Avaliação de conhecimentos:

2 testes e trabalhos de grupo obrigatórios

Nota final:
0,6 x Média das notas dos testes + 0,40 x Média das Notas dos trabalhos

Notas mínimas:
Testes - 8
Trabalhos - 10
Exame - 10

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GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CARACTERIZAÇÃO DA INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Edifícios e Engenharia Civil (Obras Públicas)

Estrutura da Produção
 Edifícios
 Residenciais
 Não residenciais
 Reabilitação
 Engenharia Civil
 Estradas
 Pontes
 Redes de saneamento
 Abastecimento de água
 Estações de tratamento
Os edifícios representam cerca de 65% da estrutura da produção

Importância da Industria no País


 No PIB – 7%
 No emprego – 9%

Dimensão e idade das empresas


 Numero de trabalhadores
 Volume de negócios
Cerca de 70 % das empresas têm até 4 trabalhadores ao serviço e 20 %, menos de 10
trabalhadores

Nível de formação dos trabalhadores


Mais de 50 % dos trabalhadores do sector têm habilitações ao nível do 1.º ciclo ou menos

Acesso e permanência na actividade


 Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro
 Portaria n.º 16/2004, de 10 de Janeiro
 Portaria n.º 17/2004, de 10 de Janeiro
 Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro
 Certificados de registo
 Alvarás
 Capacidade financeira
 Capacidade técnica
Curriculum
Quadro de pessoal
Equipamentos
 Idoneidade

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GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

EMPREENDIMENTOS

Ciclo de vida do empreendimento

Necessidade do Mercado

Estudo Económico

Projecto

Licenciamento/Concurso

Construção

Uso

Exploração/Manutenção
Adaptação a uso diferente

Demolição

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GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

EMPREENDIMENTO

CUSTOS

FISCALIZ.
SEGURANÇA
PROJ.
EXPLORAÇÃO

DONO DE OBRA
SUB-EMP.
PROMOÇÃO

EMPREITEIRO OBRA
LICENÇAS
UTILIZADORES
AMBIENTE

FORNEC. PRAZOS
QUALIDADE

MANUTENÇÃO

Estudo económico
 Custos
 Financeiros
 Implantação
Terreno
Expropriações
 Projectos
 Consultoria e fiscalização
 Licenças e taxas
 Impostos
 Construção
 Exploração
 Manutenção
 Custo da construção
 Construção propriamente dita – custo inicial
Erros e omissões
Trabalhos adicionais (a mais e a menos)
Revisão de preços (Decreto-Lei n.º 6/04, de 6 de Janeiro
 Exploração
 Manutenção
Cfc = Ci + Ce + Cm
(com aplicação de taxa de actualização)

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GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Custo inicial da construção – valor de venda


 Custos Directos
Custos de fabrico
mão-de-obra
materiais
equipamentos
subempreitadas
Encargos de Estaleiro
montagem e desmontagem
manutenção
serviços técnicos e administrativos
gastos gerais de obra
 Custos indirectos
Serviços centrais da empresa
 Lucro e imprevistos

CD = Fb + EE
Fb = MO + MAT + EQ + SB
EE = MD + MN + STA + GGO
VV = CD + CI + L + I

 Estimação de custos da construção


 Estimar o custo da construção
 Avaliar soluções construtivas
 Métodos estimação possíveis
custo/unidade
custo/m3
custo/m2
quantidades aproximadas
estimativas comparadas
 Métodos de avaliação de soluções
Custo de construção
Custo global
Custo/eficácia
Custo/benefício
Análise multicritério
Análise do valor

Projecto

 Legislação aplicável
 Decreto n.º 73/73, de 28 de Fevereiro
 Portaria 193/2005 de 17 de Fevereiro
 Instruções para o Cálculo dos Honorários
(aprovadas por despacho ministerial)

VERSÃO de FEV 2009 8


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Fases do projecto
 Programa preliminar
 Programa base
 Estudo prévio
 Anteprojecto ou projecto base (licenciamento)
 Projecto de execução
 Constituição do projecto
 Peças escritas
Memórias descritivas
Cálculos justificativos
Medições e orçamentos
Caderno de Encargos
Condições técnicas gerais
Condições técnicas específicas
Plano de segurança e saúde
Plano de qualidade
 Peças desenhadas
 Coordenação dos projectos
 Compatibilização dos projectos
 Agilizar a aprovação
 Coordenação de segurança
 Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro
 Importância do projecto no desenvolvimento do empreendimento
 Compatibilidade entre os diversos projectos
Correcta definição dos trabalhos a executar
Evitar alterações
Manter prazos
Evitar conflitos (Dono da obra/Empreiteiro/Projectistas)
 Fiabilidade das medições
Correcta previsão de custos
Correcta previsão de prazos
 Outras questões
Soluções construtivas
Métodos de execução
Promoção da segurança
Adaptação aos meios do construtor

Licenciamento

 Decreto-Lei 555/99 de 16 de Dezembro


(Regime Jurídico da Urbanização e Edificação)

Decreto-Lei 177/01 de 4 de Junho


Portaria 1110/01 de 19 de Setembro
(define os elementos a apresentar na instrução dos processos)
 Informação prévia, licenciamento ou autorização

VERSÃO de FEV 2009 9


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Operações de loteamento
 Obras de urbanização
 Obras de edificação
Construção
Ampliação
Alteração
Alteração de uso
 Obras de demolição
 Remodelação de terrenos
Estão isentas de licença ou autorização as obras de conservação
e as de alteração no interior de edifícios não classificados

 Entidades intervenientes
 Câmaras Municipais e Serviços Municipalizados
 Concessionárias de electricidade, telecomunicações e gás
 Serviço Nacional de Bombeiros
 Estado
Direcções Gerais
Institutos Públicos
 Licença de construção
 Alvará do construtor
 Seguro do pessoal do construtor
 Declaração do técnico responsável
 Comunicação à IGT do início da obra
 Licença de ocupação da via pública
 Projecto do estaleiro

Concurso
 Obras Públicas
 Decreto-Lei 18/2008 de 29 de Janeiro
(Código dos Contratos Públicos)
 Portaria 104/01 de 21 de Fevereiro
 Donos de obras públicas
 O Estado;
 Os institutos públicos;

VERSÃO de FEV 2009 10


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 As associações públicas;
 As autarquias locais e outras entidades sujeitas a tutela administrativa;
 As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;
 As associações de que façam parte autarquias locais ou outras pessoas
colectivas de direito público;
 As empresas públicas e as sociedades anónimas de capitais maioritária
ou exclusivamente públicos, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo
4.º;
 As concessionárias de serviço público, sempre que o valor da obra seja
igual ou superior ao estabelecido para efeitos de aplicação das
directivas da União Europeia relativas à coordenação dos processos de
adjudicação de empreitadas de obras públicas;
 São ainda consideradas donos de obras públicas as entidades dotadas
de personalidade jurídica, criadas para satisfazer de um modo
específico necessidades de interesse geral, sem carácter industrial ou
comercial e em relação às quais se verifique uma das seguintes
circunstâncias:
Cuja actividade seja financiada maioritariamente por alguma das
entidades referidas;
Cuja gestão esteja sujeita a um controlo por parte de alguma das
entidades referidas;
Cujos órgãos de administração, de direcção ou de fiscalização sejam
compostos, em mais de metade, por membros designados por
alguma das entidades referidas.
 Tipo de procedimentos dos concursos
 Concurso público
 Concurso Limitado
Com publicação de anúncio
Sem publicação de anúncio
 Concurso por negociação
 Ajuste directo
 Tipos de empreitadas
 Preço global
Erros e omissões
 Série de preços
 Percentagem
 Processo do concurso
 Projectos (Peças escritas e desenhadas)
 Programa de concurso
 Caderno de Encargos
 Anúncio do concurso
 Decreto-Lei n.º 43/05 de 22 de Fevereiro
 Apresentação da proposta
 Documentos que instruem a proposta
- Nota justificativa do preço proposto;

VERSÃO de FEV 2009 11


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

- Lista dos preços unitários, com o ordenamento dos mapas-


resumo de quantidades de trabalho;
- Programa de trabalhos, incluindo plano de trabalhos, plano de
mão-de-obra e plano de equipamento;
- Plano de pagamentos;
- Memória justificativa e descritiva do modo de execução da obra;
- Declarações de compromisso subscritas pelo concorrente e por
cada um dos subempreiteiros, nos casos e termos previstos no
n.º 6 do artigo 266.º.
 Proposta condicionada
 Proposta variante
A proposta apresentada nos termos definidos no Programa de Concurso designa-se como
proposta base. A proposta condicionada é aquela que apresenta condições diversas das do
Programa de Concurso, nomeadamente em termos de prazo de execução, procedimentos de
Revisão de Preços, ou outras. A proposta variante refere-se a uma variante ao projecto
posto a concurso ou a parte dele. Em ambos os casos o Programa de Concurso deve permitir
a apresentação de propostas condicionadas ou variantes.
 Fases do concurso
 Abertura do concurso
 Acto público do concurso
 Qualificação dos concorrentes
 Análise das propostas e elaboração do relatório
 Adjudicação
 Proposta mais vantajosa
 Critérios de apreciação a ponderar
Preço
Prazo
Custo de utilização
Garantia
Valia técnica
 Contrato
 Fases da obra
 Consignação
 Execução da obra
 Recepção provisória
 Recepção definitiva
 Prorrogação do prazo
 Garantia e prazo da garantia

Execução da obra

 Principais intervenientes
 Dono da Obra
Projectistas
Fiscalização

VERSÃO de FEV 2009 12


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Empreiteiro
Subempreiteiros
Fornecedores de materiais e equipamentos
 Fiscalização institucional
 Gestão da obra
 Do ponto de vista do empreiteiro

DIRECÇÃO DA OBRA

SEGURANÇA

SERVIÇOS SERVIÇOS ENCARREGADO


TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS GERAL
MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS

APROVISIONAMENTOS

SUBEMPREITEIROS
ENCARREGADOS
PLANEAMENTO E

CONTABILIDADE

ESTALEIRO
CONTROLO

PESSOAL

 Do ponto de vista do dono da obra

DONO DA OBRA

PROJECTISTAS FISCALIZAÇÃO SEGURANÇA

 Controlo de prazos e custos (controlo de produção)


 Prazos
Planeamento geral
dono da obra/fiscalização
direcção da produção/gestão do empreiteiro
Planeamento parcial e de pormenor
direcção da obra
encarregado geral
subempreiteiros
fornecedores
 Custos
mão-de-obra
materiais
equipamentos

VERSÃO de FEV 2009 13


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

subempreitadas
 Quantidades
 Contratos de subempreitadas
 Contratos de fornecimentos
 Facturação
dono da obra
subempreiteiros
fornecedores
 Controlo da execução
 Cumprimento dos projectos
 Cumprimento das normas e especificações técnicas
 Preparação de pormenores de execução
 Análise e validação dos métodos de execução
 Vistorias
 Licença de utilização

Uso do empreendimento

 Eventuais reparações durante o prazo de garantia


 Plano de inspecção
 Plano de manutenção
 Contratos de exploração

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA

Determinação do Valor de Venda

 Devemos conhecer
 Custos Simples
Mão-de-obra
Custos hora para cada profissão
Materiais
Custos unitários por m2 ; kg ; ml ; unidade ; m3
Máquinas
Custos hora para cada máquina
 Custos compostos
Por exemplo o custo de 1 m3 de betão é composto pelos seguintes
custos simples:
areia
britas

VERSÃO de FEV 2009 14


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

cimento
água
adjuvantes
central de fabrico
manobrador
servente
energia
 Quantidade de trabalho a executar
Medições
 Características e condicionamentos do trabalho a executar
Projecto e Caderno de encargos
Dimensões
Tipo
Condições de aplicação
Qualidade
Propriedades
Controlo
 Rendimentos
Mão-de-obra
Horas de trabalho de um operário ou de uma equipa para a produção de uma unidade de
medida de uma actividade:
P. ex. (0,85 h PD + 0,85 h SV)/m2 de alvenaria
Materiais
Quantidades de material para a produção de uma unidade de medida
P. ex. 100 kg de betão betuminoso/m2 de pavimento
Máquinas
Horas de trabalho de máquina para a produção de uma unidade de medida
P. ex. 0,05 h/m3 de escavadora giratória

 Custos de mão-de-obra
 Contrato Colectivo de Trabalho
Define as funções de cada profissão
Define os vencimentos mensais
Define o horário de trabalho
Define as regalias
Subsídios
Férias
Faltas
Regula as questões disciplinares
 Hipóteses de base
Um ano tem 260 dias úteis
52 semanas/ano x 5 dias úteis /semana = 260 dias úteis/ano

Um ano tem 360 dias de calendário


12 meses/ano x 30 dias calendário/mês = 360 dias de calendário/ano

O horário de trabalho é de 8h/dia útil, logo 40h/semana

VERSÃO de FEV 2009 15


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

A taxa social única (TSU) é encargo da entidade patronal e tem o


valor de 23,75% da remuneração bruta
22 dias úteis de férias por ano
Subsídios de férias, de Natal e de almoço
Os feriados, a eventual inactividade devida ao mau tempo, e
algumas faltas são remunerados
Segurança e saúde, seguro de acidentes de trabalho e formação
profissional são encargo da entidade patronal
Salário horário:
Vm 12
Sh 
52  40

Horas de trabalho efectivo num ano:


dias h/dia
Horas num ano 260 8 2.080,00
Horas a deduzir:
Feriados 10 5,78 57,80
Férias 22 8 176,00
Faltas remuneradas* 105,32
Faltas não remuneradas* 16,84
Inactividade por mau tempo* 6 8 48,00
*valores médios - variáveis consoante a empresa
Horas de trabalho efectivo 1.676,04

Partindo destes pressupostos podemos determinar o valor dos encargos que incidem sobre
os custos de mão-de-obra.
De uma forma geral cada um desses encargos pode ser calculado usando uma expressão do
tipo seguinte:

dE
E (%)  hd
T
 (1 ) 100
h ef
100

E - valor do encargo em percentagem


hd - horas por dia (útil ou de calendário)
de - dias de vencimento do encargo
hef - horas de trabalho efectivo num ano
T - taxa social mais seguro (%)

VERSÃO de FEV 2009 16


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Horas Dias Encargo


Taxa Social Única e CNDP 23,75%
Seguro 8,60%
Férias 1,3235(a) 8 22 13,90%
Subsídio férias 1,3235(a) 5,78(b) 30 13,69%
Subsídio Natal 1,3235(a) 5,78(b) 30 13,69%
Feriados 1,3235(a) 5,78 10 4,56%
(a)
Faltas remuneradas 1,3235 105,32 8,32%
Inactividade devido ao mau tempo 1,3235(a) 48 3,79%
Indemnização cessação CIT 0,5(c) 5,78(b) 30 5,17%
Compensação cad. Contrato a termo(e) 5,81%
Segurança Higiene e Saúde 7,00%(d)
Formação Profissional 2,00%(d)
Subsídio Almoço 20,47%
Ferramentas 5,00%(d)
ENCARGOS TOTAIS 135,8%
(a) - Taxa social única mais seguro - 23,75 + 8,6 = 32,35%
(b) - horas por dia de calendário - 2080 h / 360 dias cal, = 5,78 h
(c) - 30 dias de indemnização por cada ano de trabalho (clausula 75ª CCT).
0,5 anos - 6 meses, duração mínima do contrato a termo
(d) - valores variáveis consoante a empresa
(e) - 2 ou 3 dias de compensação, proporcionalmente ao tempo de serviço (clausula 59ª CCT)

 Exemplos de cálculo dos encargos

8  22 32,35
Férias E (%)   (1 ) 100  13,90 %
1676,04 100

5,78  30 32,35
Sub. férias E (%)   (1 ) 100  13,69 %
1676,04 100

0,5  30  5,78
Indemnização E (%)  100  5,17 %
1676,04

Custo hora = Sh + (Sh x 1,358)

VERSÃO de FEV 2009 17


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Exemplo de cálculo do custo hora


Para um operário do grupo IX (PD 1ª;CP 1ª;AF 1ª)
Vencimento mensal mínimo - 506,00 €

506,00 12
Sh   2,92 €
52  40
Custo hora = 2,92 + (2,92 x 1,358) = 6,88 €

 Custos de materiais
 Custos simples
Obtêm-se a partir de consultas ao mercado
 Rendimentos de aplicação
Informações técnicas dos fabricantes
Tabelas de rendimentos
Controlo de produção realizado em anteriores aplicações
Cálculo

 Custos de equipamentos

Os custos associados à utilização de equipamentos numa unidade de produção devem ter


em consideração o seguinte:
 Propriedade
 Conservação e manutenção
 Óleos
 Lubrificantes
 Combustíveis
 Operação
 Transporte
 Montagem e desmontagem
Os custos referidos dependem dos seguintes factores:
 Valor de aquisição
 Valor residual
 Valor dos componentes
 Vida técnica
 Tipo de utilização
 Controlo da conservação e manutenção
 Evolução tecnológica
 Gastos com conservação e manutenção
 Duração da utilização
 Taxas de juro e de seguro
 Taxa de inflação
 Encargos com a gestão do parque de equipamentos

VERSÃO de FEV 2009 18


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Destas variáveis resultam os seguintes custos:


 Custo diário de propriedade
Vence-se sempre, desde que o equipamento esteja à
disposição da unidade de produção

 Custo horário de conservação


Vence-se quando o equipamento está a trabalhar

 Custo horário de utilização


Vence-se quando o equipamento está a trabalhar e
aplica-se, substituindo os dois custos anteriores,
quando conhecemos a taxa de utilização

CUSTOS DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS


(retirado de: Alves Dias – “Infraestruturas de Loteamentos Urbanos – Análise Técnico-Económica” – IST, 1989)

CUSTO DIÁRIO DE PROPRIEDADE

CDP 
1  r   Va  Vc  A  Va
r  i  s  g   Vc  B
Da  p Da  p Da.  p

para i  j

1 i 1 i
A ; B
Ta  k Tc  k

para i  j

ji ji
A Ta .k
; B Tc .k
1 i  1 i 
1 -   1 -  
 1  j   1  j 

k  1  d  d  u  p

CUSTO HORÁRIO DE CONSERVAÇÃO

m  Va  c 
CHC   1   c 
Ha  up 

VERSÃO de FEV 2009 19


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CUSTO HORÁRIO DE UTILIZAÇÃO

CDP Da
CHU    CHC
u Ha

Va – Valor actual do equipamento;


Vr – Valor residual do equipamento;
Vc – Valor do componente;
Ta – Vida técnica do equipamento, em anos;
Tc – Vida técnica do componente, em anos;
Da – Número de dias úteis possíveis de trabalho por ano;
Ha – Número de horas úteis possíveis de trabalho por ano;
r – Relação em percentagem entre o valor residual e o valor actual do equipamento;
d – Relação em percentagem entre os períodos máximo e mínimo de vida técnica do
equipamento;

m – Taxa de conservação, (percentagem do valor actual) que traduz os encargos previsíveis


com as revisões periódicas normais do equipamento do equipamento durante o ano;

u – Taxa de utilização, relação expressa em percentagem entre o número de horas de


trabalho efectivo e o número de horas que teoricamente o equipamento poderia
trabalhar durante o tempo à disposição das unidades de produção;

c – Taxa mínima de conservação, relação em percentagem entre os encargos mínimos com


a conservação do equipamento à taxa de utilização (u) inferior à possível, e os
encargos previsíveis para a taxa de utilização possível;

p – Taxa de afectação à produção, relação expressa em percentagem entre o número de


dias úteis que por ano e em média o equipamento está à disposição das unidades de
produção e o número de dias úteis que no mesmo período o equipamento poderia
teoricamente trabalhar;

s – Taxa de seguro expressa em percentagem do valor actual do equipamento, que traduz


ao encargos com o seguro durante o ano;

j – Taxa de juro do investimento, expressa em percentagem que traduz a remuneração do


capital investido. Depende das taxas de juro dos mercados financeiros tendo em conta
a taxa de rendibilidade dos capitais próprios se aplicados noutro investimento;

i – Taxa de inflação do equipamento, em percentagem que corresponde à previsível


evolução do valor do equipamento durante a sua vida técnica;

VERSÃO de FEV 2009 20


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

g – Taxa de gestão do equipamento, relação em percentagem entre os encargos dos meios


afectos à gestão do parque de equipamentos e o valor global do equipamento gerido.

 As fórmulas de cálculo indicadas podem simplificar-se se considerarmos que:


 O equipamento não tem componente
 O valor da taxa de inflação do equipamento é igual à taxa de juro
 A vida técnica é fixa
 O equipamento, quando à disposição, está sempre a trabalhar
 Que o equipamento trabalha 250 dias por ano ou 2000 horas ( 8h/dia)
Resulta portanto

1  r   Va Va
CDP  A r  i  s  g 
250 250

A  1 i CHC  m  Va CHU  CDP  CHC


Ta 2000 8

EQUIPAMENTOS DE ESCAVAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS


(Valores indicativos)

Vida
Equipamento Tipo de utilização Técnica Combustível Óleos Lubrificantes Reparações
(horas) l/h l/h kg/h €/h
Rebocar scrapers,
15.000 7 0,24 0,02 5,50
trabalhos agricolas
Empurrar scrapers,
Tractores de escavação, ripagem, 12.000 10 0,24 0,02 7,00
rastos desmatações

Escavação e ripagem
10.000 13 0,24 0,02 9,00
de rochas duras
Acabamento de
superfícies,
12.000 10 0,18 0,07 3,00
escavação de solos
Escavadoras brandos
de rastos Escavação e carga 10.000 11 0,18 0,07 3,50

Escavação de rocha 8.000 14 0,18 0,07 4,25

Níveis de carga
admissíveis, estrada 25.000 27 0,72 0,03 10,00
em boas condições

Camiões de Trabalho em minas e


20.000 45 0,72 0,03 13,25
estaleiro construção

Níveis de carga altos,


estrada em más 15.000 65 0,72 0,03 15,00
condições

VERSÃO de FEV 2009 21


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

PARÂMETROS PARA ALGUNS EQUIPAMENTOS

Vida Técnica Ta Taxa anual de grande


r (%)
(h) conservação m (%)

Construções ligeiras 12,5 10.000 20


Andaimes metálicos 12,5 12.000 10
Cofragem metálica 25 12.000 10
Camiões 20 10.000 20
Dumpers 20 10.000 15
Viaturas de turismo 20 10.000 20
Gruas 12,5 16.000 15
Gruetas 12,5 16.000 10
Empilhadores eléctricos 12,5 16.000 15
Elevadores de obra 12,5 16.000 10
Compressores 20 12.000 15
Martelos perfuradores 20 6.000 30
Bulldozers 16,5 12.000 30
Retroescavadoras 16,5 10.000 25
Pás carregadoras 16,5 10.000 20
Scapers 16,5 10.000 10
Motoniveladoras 16,5 10.000 20
Escavadoras 16,5 12.000 25
Cilindros 16,5 12.000 10
Tractores 16,5 12.000 20
Britadeiras 16,5 12.000 20
Betoneiras 16,5 12.000 10
Pá de arrasto de inertes 16,5 12.000 15
Silos de cimento 16,5 16.000 15
Vibradores de agulha 16,5 6.000 20

VERSÃO de FEV 2009 22


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

RENDIMENTOS DE MÃO-DE-OBRA

INTRODUÇÃO

UNIDADES

HOMENS ml;m2;m3;kg

H.h/unid. medida

hora
Constituição da equipa por especialidade profissional

EXEMPLOS

Das Tabelas:

Cofragem 1,23 H.h/m2 ; 70%CP + 30%SV

1,23 x 0,70 = 0,86 CP.h/m2 ou 0,86 h de CP/m2

1,23 x 0,30 = 0,37 SV.h/m2 ou 0,37 h de SV/m2

Conhecendo valores de mercado

 Valor de uma adjudicação da mão-de-obra de cofragem a 9,00 €/m2


 Conhecendo a constituição da equipa (80%CP+20%SV)
 Admitindo que o preço de mercado é um valor de venda
 Considerando que os encargos de funcionamento da empresa são de 20%
 Conhecendo os custos horários de carpinteiro e servente (CP-7,00€/h ; SV-4,50€/h)

Podemos determinar um rendimento para usar como estimativa da duração das actividades
de cofragem no planeamento

Custo Directo da mão-de-obra - 9,00€/m2 : 1,2 = 7,50 €/m2


(VV = CD + 0,20 CD)

0,80 x 7,00 x rend. + 0,20 x 4,50 x rend. = 7,50 €/m2

rendimento = 1,15 H.h/m2

VERSÃO de FEV 2009 23


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CUSTOS

Considerando o rendimento das tabelas

Custos horários: CP - 7,50 €/h ; SV - 5,00 €/h

Carpinteiro 0,86 x 7,50 = 6,45 €/m2


Mão-de-obra - 8,30 €/m2
Servente 0,37 x 5,00 = 1,85 €/m2

APLICAÇÃO DAS TABELAS DE RENDIMENTOS - PAZ BRANCO

COFRAGEM - TABELAS II.3 e II.4 Pág. 45 e 46

Cofragem tradicional corrente

A 1ª utilização inclui o fabrico de taipais


O rendimento da 2ª utilização é menor porque os taipais já estão fabricados, o pessoal já
está familiarizado com o trabalho a executar e as reparações são mínimas
Os rendimentos das utilizações posteriores, até à 5ª vão aumentando porque vão sendo
significativas as reparações e limpezas dos taipais
Após a 5ª utilização não é economicamente e tecnicamente vantajoso utilizar os mesmos
taipais, pelo que se deve iniciar novo ciclo de taipais

Cofragem tradicional melhorada

É apresentado o rendimento do fabrico de taipais porque é significativo, tratando-se de


uma cofragem mais elaborada
A variação do rendimento ao longo das utilizações tem a mesma justificação da anterior

Considerações gerais

Em ambas as situações a constituição das equipas, por especialidade profissional é de 70%


de carpinteiro de cofragens e 30% de servente
Como a tabela apresenta como operações consideradas no rendimento a montagem,
desmontagem, limpeza e reparação podemos admitir que a separação do rendimento é a
seguinte:
Montagem - 70%
Desmontagem - 15%
Limpeza e reparação - 15%

Os prazos de descofragem, determinantes na quantificação dos jogos de cofragem


necessários, devem ser considerados de acordo com o art.º 153º do REBAP.

VERSÃO de FEV 2009 24


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

PRAZOS DE DESCOFRAGEM
MOLDES E ESCORAMENTOS TIPO DE ELEMENTO PRAZO (dias)
FACES LATERAIS VIGAS, PILARES, PAREDES 3*
l < 6m 7
LAJES
FACES INFERIORES l > 6m 14
VIGAS 14
l < 6m 14
LAJES
ESCORAMENTOS l > 6m 21
VIGAS 21
* Pilares – 12 horas, em condições particulares
Para o trabalho de grupo da unidade curricular
Para os tipos de cofragem utilizados hoje, com elementos modulados e racionalizados, os
rendimentos correntes serão mais próximos dos indicados na tabela II.4 da Pág. 46

Por outro lado poder-se-á também estimar um rendimento em função do valor de mercado
da mão-de-obra de cofragem, como exemplificado anteriormente.

Devemos atender ao facto de que o rendimento assim obtido é uma média da execução de
cofragem para todos os elementos estruturais e incluí também a descofragem, as limpezas
e reparações dos taipais ou painéis.

ARMADURAS TABELA II.5 Pág. 48

Corte e dobragem

Quando se trata de aço A400 os rendimentos indicados devem ser agravados em 30%

Considerações gerais
A constituição das equipas, por especialidade profissional é de 100% armador de ferro

O rendimento é apresentado em H.h/10kg

A diferença entre os rendimentos apresentados e a prática justifica-se:


 pela utilização de máquinas de corte e dobragem mais evoluídas
 pela disposição mais rectilínea e racionalizada das armaduras de lajes e vigas
 pela generalização da utilização de lajes fungiformes maciças

Para o trabalho de grupo da unidade curricular


O valor de mercado da mão-de-obra de corte e dobragem e armação e aplicação de aço
será de cerca de 0,20 €/kg, sendo que o custo horário de armador de ferro é de 6,50 €/h,
donde também se pode deduzir um rendimento

1,0 x r x 6,50 = 0,20


r = 0,03 H.h/kg

VERSÃO de FEV 2009 25


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

ALVENARIAS TABELA III.3 Pág. 60

Tijolos normalizados
 30 x 20 x 7 assente com espessura de 7 cm
 30 x 20 x 11 assente com espessura de 11 cm
 30 x 20 x 15 assente com espessura de 15 cm
 30 x 20 x 22 assente com espessura de 20 cm
 30 x 20 x 22 assente com espessura de 22 cm
 Formatos complementares destinados a travamentos e remates dos cunhais

Cálculo do rendimento

r = f x k1 x k2 x k3 x k4 x k5
O rendimento obtém-se agravando o factor teórico f com outros factores, de acordo com as
seguintes regras:

utiliza-se sempre e corresponde à influência do peso de um tijolo no


k1 rendimento
utiliza-se sempre que os panos de alvenaria a executar tenham aberturas
(portas, janelas ou outras). Quando todos os panos de alvenaria a executar
k2 têm aberturas (100% dos panos com aberturas) utiliza-se directamente o
valor indicado na tabela, noutras circunstâncias utiliza-se um valor de k2
proporcional à percentagem de panos com aberturas.
utiliza-se quando a dimensão dos panos a executar for pequena, ou seja com
k3 área menor que 8 m2
k4 utiliza-se quando os panos a executar são curvos
utiliza-se quando os panos a executar têm altura superior a 1,50 m e
corresponde à execução da alvenaria com o operário sobre um andaime ou
k5 cavalete. Daqui resulta que se estivermos a considerar a execução de
alvenarias num edifício devemos usar sempre este factor, atendendo a que o
pé-direito mínimo regulamentar é de 2,40 m.

VERSÃO de FEV 2009 26


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

nº de panos de alvenaria - 5
nº de panos com aberturas - 3
percentagem de panos com aberturas - 60%
Considerando tijolo de 30x20x7, assente na espessura de 7, numa situação em que todos os
panos têm aberturas (valor da tabela) - k2 = 1,28
k2 corr. = 1 + ((k2 - 1) x 0,60)
k2 corr. = 1 + ((1,28 - 1) x 0,60) = 1,168
A constituição das equipas, por especialidade profissional é de
50% pedreiros + 50% serventes

REBOCO EM PARAMENTOS VERTICAIS TABELA VI.1 Pág. 107


Cálculo do rendimento

r = j x k1 x k2 x k3 x k4 x k5
O rendimento obtém-se agravando o factor teórico j com outros factores, de acordo com as
seguintes regras:

utiliza-se quando a dimensão dos panos a rebocar for pequena, ou


k1 seja com área menor que 8 m2
k2 utiliza-se quando os panos a executar são curvos

utiliza-se sempre que os panos a rebocar tenham aberturas (portas,


janelas ou outras). Quando todos os panos a rebocar têm aberturas
k3 (100% dos panos com aberturas) utiliza-se directamente o valor
indicado na tabela, noutras circunstâncias utiliza-se um valor de k2
proporcional à percentagem de panos com aberturas.

utiliza-se um ou outro, só em reboco exterior, conforme se


executem, respectivamente filetes ou mochetas. No reboco interior
k 4 e k5 não se consideram a menos que seja expressamente indicada a
execução de filetes ou mochetas

VERSÃO de FEV 2009 27


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Considerações gerais
O rendimento j corresponde à execução de todas as operações parciais de execução do
reboco indicadas de a a i

No reboco exterior deve sempre considerar-se:


 Panos grandes, porque o reboco exterior se executa de alto a baixo dos edifícios.
(nunca se usa k1, ou seja k1 = 1)
 Considera-se sempre o factor correspondente a filetes ou mochetas, conforme for
indicado
No reboco interior nunca se consideram filetes ou mochetas, a menos que seja
expressamente indicado.
A constituição das equipas, por especialidade profissional é de
70% pedreiros + 30% serventes

REBOCO OU ESTUQUE EM TECTOS TABELA VI.3 Pág. 109

Cálculo do rendimento

r = f x k1 x k2 x k3 x k4 x k5
O rendimento obtém-se agravando o factor teórico f com outros factores, de acordo com as
seguintes regras:

utiliza-se quando a dimensão dos tectos a revestir for


k1 pequena, ou seja com área menor que 8 m2
k2 utiliza-se se os tectos forem abobadados
utiliza-se sempre que os tectos a revestir tiverem
k3 aberturas
utiliza-se um ou outro, conforme se executem,
k 4 e k5 respectivamente rincões ou filetes na ligação dos
tectos com as paredes

Considerações gerais

O rendimento f corresponde à execução de todas as operações parciais de execução do


reboco indicadas de a a g

Deve considerar-se sempre, na falta de indicação em contrário, ou em caso de omissão de


referência, o factor k4 correspondente à execução de rincões

A constituição das equipas, por especialidade profissional, para o caso de reboco é de


50% pedreiros + 50% serventes

A constituição das equipas, por especialidade profissional, para o caso de estuque é de


50% estucadores + 50% serventes

VERSÃO de FEV 2009 28


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

ABRIR ROÇOS, TAPAR ROÇOS, ETC. TABELA X.3 Pág. 136

Cálculo dos rendimentos

Os rendimentos apresentados referem-se a H.h/m2 de área dos panos de alvenaria.

Os rendimentos da tabela correspondem à abertura de roços em paredes de alvenaria de


tijolo, devendo ser agravados como indicado no caso de alvenaria de pedra e betão

A especialidade profissional das equipas é a indicada na base da tabela

OUTRAS TABELAS DE RENDIMENTOS

A referência que se fez anteriormente, de uma forma mais específica a algumas tabelas, tem
como objectivo dar a conhecer os princípios gerais de utilização dessas mesmas tabelas.
Aconselha-se uma análise das restantes tabelas de rendimentos de mão-de-obra,
relativamente às quais, para determinação do rendimento se aplicarão criteriosamente as
regras gerais.

RENDIMENTOS DE MATERIAIS

2 ª Parte das Tabelas de Rendimentos - Paz Branco

TABELA mI.1 Pág. 156

TABELA mII.7 Pág. 166

TABELA mII.9 Pág. 168

TABELAS mIV.1 a mIV.12 Pág. 188 a 199

 Exemplos de cálculo, não recorrendo às tabelas

Tijolos por m2 de parede

Dimensões normalizadas do tijolo 30x20xesp. variável

1,00 m2
tijolos / m 
2
16,6
0,30  0,20
não se consideraram as juntas nem as quebras de transporte e aplicação
É normal considerarem-se 16 tijolos/m2

VERSÃO de FEV 2009 29


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Cofragem por m3 de betão

Em pilares com 0,40x0,60 m de secção

1,00 m3
m cof / m betão   4,16 ml
2 3

0,40  0,60
(2  0,40  2  0,60)  4,16  4,16 m2 cof / m3 betão

Deve ter-se em atenção o número de aplicações da cofragem e


devem ser considerados os custos correspondentes aos
travamentos, escoramentos e ligações. Assim, neste caso, estamos
em presença de um custo composto de material

RENDIMENTOS DE EQUIPAMENTOS

O rendimento dos equipamentos expressa-se normalmente em m3/h.


De uma forma geral aplica-se a seguinte expressão:

P  VC N E
P - produção horária
Vc - volume transportado em cada ciclo
N - n.º de ciclos por hora
E - factor de eficiência

60 min
N (ciclos / hora)
tempo ciclo (min)

Vc depende:
 Capacidade de carga do equipamento
 Tipo e estado do material transportado
 Condições de trabalho

N depende:
 Características do equipamento
 Horas efectivas de trabalho

E depende:
 Perícia do operador
 Adaptação do equipamento à actividade
 Espaço de manobra e operação
 Condições e tipo do pavimento onde opera o equipamento
 Coordenação geral do trabalho
GRUAS TORRE
VERSÃO de FEV 2009 30
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Devemos definir
 Comprimento da lança
 Altura de montagem
 Capacidade de carga

Características da grua Liebherr 100 LC

Capacidade de carga em função do comprimento da lança e do tipo de guincho

Altura de montagem, sem amarração, em função do tipo de apoio

 Tempo de ciclo

VERSÃO de FEV 2009 31


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Determinado em função
 da amplitude dos movimentos
 das velocidades da grua
 da combinação de movimentos

Velocidades dos movimentos de rotação, distribuição, translação e elevação

Ter em atenção que em muitos casos a grua trabalha em conjugação com outros
equipamentos, pelo que se deve atender à optimização do funcionamento, determinando-se
um rendimento conjunto (normalmente determinado pela grua).

Considerar ainda:
 A compatibilidade entre os volumes de material em causa nos dois
equipamentos. (P. Ex. - a capacidade do balde da grua deve ser igual ou
ligeiramente maior que o volume de uma amassadura da central de fabrico
de betão)
 Atender ao peso desse volume que deve ser inferior à capacidade da grua

VERSÃO de FEV 2009 32


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CENTRAIS DE FABRICO DE BETÃO

Central de eixo horizontal

VERSÃO de FEV 2009 33


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Central de eixo vertical

Central de eixo vertical – mistura forçada

VERSÃO de FEV 2009 34


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Central de eixo duplo horizontal

VERSÃO de FEV 2009 35


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Dimensões de equipamentos de armazenagem de inertes

VERSÃO de FEV 2009 36


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Exemplo de cálculo – Grua /Central

VERSÃO de FEV 2009 37


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS

VERSÃO de FEV 2009 38


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Devemos ter em atenção o estado e o tipo do solo a escavar ou movimentar, considerando o


empolamento ou contracção adequados

FACTORES DE CONVERSÃO DE VOLUME


ESTADO ESTADO DO SOLO A MOVIMENTAR
TIPO DE SOLO
INICIAL “in situ” solto compactado
“in situ” 1,00 1,11 0,95
AREIA solto 0,90 1,00 0,86
compactado 1,05 1,17 1,00
“in situ” 1,00 1,25 0,90
TERRA COMUM solto 0,80 1,00 0,72
compactado 1,11 1,39 1,00
“in situ” 1,00 1,43 0,90
ARGILA solto 0,70 1,00 0,63
compactado 1,11 1,59 1,00
“in situ” 1,00 1,18 1,08
SOLO GRANULAR solto 0,85 1,00 0,91
compactado 0,93 1,09 1,00
“in situ” 1,00 1,65 1,22
ROCHAS
solto 0,61 1,00 0,74
BRANDAS
compactado 0,82 1,35 1,00
“in situ” 1,00 1,70 1,31
ROCHAS DURAS solto 0,59 1,00 0,77
compactado 0,76 1,30 1,00
“in situ” 1,00 1,75 1,40
ROCHAS
solto 0,57 1,00 0,80
FRACTURADAS
compactado 0,71 1,24 1,00
“in situ” 1,00 1,80 1,30
ROCHAS
solto 0,56 1,00 0,72
BRITADAS
compactado 0,77 1,38 1,00

Exemplos

Volume Volume Volume


“in situ” solto compactado
terra comum 1,00 x 1,25 = 1,25 x 0,72 = 0,90
rocha branda 1,00 x 1,65 = 1,65 x 0,74 = 1,22

BULLDOZERS

VERSÃO de FEV 2009 39


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

O rendimento é dado por:

P = VC . a . N . e . E

P - produção horária
Vc - volume transportado em cada ciclo
a - factor da lâmina
N - n.º de ciclos por hora
e - factor de inclinação da plataforma de trabalho
E - factor de eficiência

a - factor da lâmina

Condições de escavação a
Fáceis Solos soltos com baixo teor de humidade 1,1 ~ 0,9
Médias Solo escavado ou granular 0,9 ~ 0,7
Difíceis Solos com alto teor de humidade 0,7 ~ 0,6
Más Rocha fracturada de grandes dimensões 0,6 ~ 0,4

Tempo de ciclo

Df Dt
tC   m
vf vt
tC - tempo de ciclo
Df - distância de escavação e arrasto
Dt - distância para trás
vf - velocidade para a frente ( 3 a 5 km/h )
vt - velocidade para trás ( 5 a 7 km/h )
m - tempo para mudança de sentido ( 0,10 min. )

(normalmente a distância de escavação é de 15 m)

e - factor de inclinação da plataforma de trabalho

VERSÃO de FEV 2009 40


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

E - factor de eficiência

Condições de operação E
Boas 0,83
Médias 0,75
Difíceis 0,67
Más 0,58

PÁS CARREGADORAS

O rendimento é dado por:

P = Vc . k . N . E
P - produção horária
Vc - capacidade coroada do balde
k - factor de enchimento do balde
N - número de ciclos por hora
E - factor de eficiência

PÁS CARREGADORAS DE RASTOS


VERSÃO de FEV 2009 41
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Duração do ciclo
Valores característicos Condições
k Capacidade do balde
de trabalho 3 3 3
3m 3,1 a 5 m >5m
Carregar de uma pilha
de material, sendo fácil
o completo
Fáceis 1,00 ~ 1,10 0,45 0,55 0,65
enchimento do balde.
(Areia, solos arenosos e
cascalho)
Escavar e carregar terra
Médias 0,85 ~ 0,95 0,55 0,65 0,70
natural "in situ"
Carga de britas de
pequena
granulometria, não
Difíceis 0,80 ~ 0,85 0,70 0,70 0,75
sendo possível o
enchimento coroado
do balde. Solos secos
Carga de rocha em
Muito
blocos de grandes 0,75 ~ 0,80 0,75 0,75 0,80
difíceis
dimensões

PÁS CARREGADORAS DE RODAS


Duração do ciclo (min)
Valores característicos Condições de
k capacidade do balde
trabalho
3 m3 3,1 a 5 m3
Carregar de uma pilha
de material, sendo fácil
Fáceis o completo enchimento 1,00 ~ 1,10 0,55 0,60
do balde. (Areia, solos
arenosos e cascalho)
Escavar e carregar terra
Médias 0,95 ~ 1,00 0,60 0,70
natural "in situ"
Carga de britas de
pequena granulometria,
Difíceis não sendo possível o 0,90 ~ 0,95 0,75 0,75
enchimento coroado do
balde. Solos secos
Carga de rocha em
Muito difíceis blocos de grandes 0,85 ~ 0,90 0,80 0,80
dimensões

Factor de eficiência para os dois equipamentos


Condições de operação E
Boas 0,83
Médias 0,80
Dificeis 0,75
Más 0,70

ESCAVADORAS HIDRAULICAS (GIRATÓRIAS)

VERSÃO de FEV 2009 42


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

O rendimento é dado por:

P = Vc . k . N . E
P - produção horária
Vc - capacidade coroada do balde
k - factor de enchimento do balde
N - número de ciclos por hora
E - factor de eficiência

Factor de enchimento do balde (k)

Condições de trabalho k

Fáceis Escavação de terra natural branda 1,10 ~ 1,20

Médias Escavar solos secos 1,00 ~ 1,10

Difíceis Escavar solos arenosos 0,80 ~ 0,90

Muito
Carga de rocha em blocos 0,70 ~ 0,80
difíceis

Duração do ciclo (seg.) (valores médios indicativos)

Ângulo de rotação

Modelo 45º ~ 90º 90º ~ 180º

55 a 85 cv - balde de 0,1 a 0,5 m3 10 ~ 14 13 ~ 17

100 a 130 cv - balde de 0,6 a 1,0 m3 13 ~ 16 16 ~19

135 a 210 cv - balde de 1,1 a 1,5 m3 14 ~ 18 17 ~ 21

220 a 400 cv - balde de 1,8 a 3 m3 16 ~ 21 19 ~ 24

400 a 800 cv - balde de 4 a 11 m3 22 ~ 27 25 ~ 30

VERSÃO de FEV 2009 43


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Factor de correcção do tempo do ciclo

Condições de descarga

Condições de Médias Difíceis


Fáceis Normais
(Descarregar numa (Descarregar numa
Escavação* (descarregar em (Descarregar numa
área pequena - área muito
monte) área grande)
Camião) pequena)

< 40% 0,70 0,90 1,10 1,40

40% ~ 75% 0,80 1,00 1,30 1,60

>75% 0,90 1,10 1,50 1,80

* Profundidade de escavação / Profundidade nominal máxima de escavação

Factor de eficiência (E)

Condições de operação E

Boas 0,83

Médias 0,75

Fracas 0,67

Más 0,58

CAMIÕES ARTICULADOS E DE ESTALEIRO

O rendimento é dado por:

P = Vc . N . E
P - produção horária
Vc - capacidade coroada da caixa de carga
N - número de ciclos por hora
E - factor de eficiência
Determinação do tempo de ciclo do camião
VERSÃO de FEV 2009 44
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

D D
t C
 n . tCC  t 1
  t2
v v
1 2
tc - tempo de ciclo do camião
n - número de ciclos da carregadora
tcc - tempo de ciclo carregadora
D - distância do transporte
v1 - velocidade média carregado
v2 - velocidade média vazio
t1 - tempo de descarga
t2 - tempo de manobra para a carga

O número de ciclos da pá carregadora (deve variar entre 3 e 5) e será um número inteiro,


sendo correspondente por defeito à capacidade de carga do camião
VC
n
q.k
Vc - capacidade da caixa de carga do camião
q - capacidade coroada do balde da carregadora
k - factor de enchimento do balde da carregadora

os tempos de transporte são calculados a partir das variáveis seguintes:


 performance do camião
velocidade de deslocamento
força de tracção disponível
dadas pelas curvas características em função do:
peso bruto do veiculo (tara e carga), consoante as condições
resistência total ao rolamento
inclinação do trajecto
tipo pavimento

Exemplo de curva de performance


(específica para um modelo de veiculo)

VERSÃO de FEV 2009 45


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

A parcela da resistência ao rolamento devida à inclinação do trajecto quantifica -se em


percentagem de valor igual ao da referida inclinação e será positiva ou negativa, consoante
se trate de uma subida ou descida, respectivamente.

A parcela devida ao tipo de pavimento, também se quantifica em percentagem e toma os


valores indicados no quadro seguinte

Tipo de pavimento R (%)


Pavimento com boa manutenção, superfície plana e firme, sem
2,0
assentamento à passagem do veículo
Pavimento idêntico ao anterior, mas com pequeno assentamento à
3,5
passagem do veiculo
Pavimento com pouca manutenção, não húmido e com
5,0
assentamento à passagem do veículo
Pavimento com má manutenção e de base não estabilizada nem
compactada, no qual a passagem do veículo provoca assentamentos 8,0
permanentes
Pavimento de areia ou brita, soltos 10,0
Pavimento sem manutenção, macio e com grande assentamento
15 ~20
permanente

Determinação da velocidade a partir das curvas de performance:

Resistência Total positiva, nas primeiras curvas e negativa nas segundas, também em função
do comprimento da descida (Grade distance – 1500 m)

Troços do percurso a subir ou planos, para camião carregado ou vazio e para cada tipo de
pavimento e inclinação da subida

Utilização das curvas

1.º Partindo do ponto A, correspondente ao peso bruto do veiculo, traça-se uma vertical até
se interceptar a linha da resistência total, B;
2.º Do ponto de intercepção anterior B, traça-se uma horizontal até ao eixo vertical da força
de tracção (ou no aro) E, ficando a conhecer-se também a mudança engrenada na caixa
de velocidades C;
3.º Do ponto de intercepção anterior C, traça-se uma vertical, lendo-se no eixo horizontal a
velocidade, D
Neste exemplo os valores são:
- Peso bruto - 60 t (carga 32 t)
- Resistência total - 13 %
- Força de tracção - 8000 kg
- Mudança engrenada - 2ª (F2)
- Velocidade - 12 km/h

VERSÃO de FEV 2009 46


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Para os troços a descer seguem-se os mesmos passos, usando as curvas do gráfico inferior.
Para as descidas existem gráficos específicos, em função do comprimento dos troços.
As velocidades obtidas das curvas de performance são corrigidas por um factor dependente
das condições dinâmicas em que o camião aborda cada troço
Factores de correcção das velocidades

VERSÃO de FEV 2009 47


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

O camião aborda o troço:


Comprimento do troço
Parado Em andamento
(m)
0 - 100 0,25 ~ 0,50 0,50 ~ 0,70
100 - 250 0,35 ~ 0,60 0,60 ~ 0,75
250 - 500 0,50 ~ 0,65 0,70 ~ 0,80
500 - 750 0,60 ~ 0,70 0,75 ~ 0,80
750 - 1000 0,65 ~ 0,75 0,80 ~ 0,85
> 1000 0,70 ~ 0,85 0,80 ~ 0,90

Tempo de descarga e de manobra para carga

Condições de manobra de carga


Tempo de descarga Tempo de manobra
ou
t1 (min.) t2 (min.)
Condições de descarga
Favoráveis 0,50 ~ 0,70 0,10 ~ 0,20
Médias 1,00 ~ 1,30 0,25 ~ 0,35
Desfavoráveis 1,50 ~ 2,00 0,40 ~ 0,50

Numa situação normal, o equipamento de carga trabalha associado a uma frota de camiões.
A estimação da quantidade de camiões necessários para optimizar o funcionamento da
carregadora é dado por:

tc
M
n. t cc

M - número de camiões
tc - tempo de ciclo do camião
n - número de ciclos da carregadora
tcc - tempo de ciclo da carregadora

A produção da frota de camiões é dada por:

60
Pf  VC x xExM
tc

Pf - Produção total da frota de camiões


Vc - capacidade da caixa de carga do camião
tc - tempo de ciclo do camião
E - factor de eficiência do camião

VERSÃO de FEV 2009 48


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

M - número de camiões

Factor de eficiência do camião (E)

Condições de
Factor de eficiência
operação
Boas 0,83
Médias 0,80
Fracas 0,75
Más 0,70

De uma forma geral deve verificar-se:

60 60
VC x xE xM  qxkx xE
camião carreg.
tc tc

PLANEAMENTO
Previsão do desenvolvimento futuro de um empreendimento

VERSÃO de FEV 2009 49


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Define os prazos de execução


Global
Parciais

Identifica as actividades mais importantes a controlar


Em termos de prazos e custos
Em função da organização da empresa, do nível de controlo
e da importância das actividades

Define os recursos necessários à realização do empreendimento


Mão-de-obra
Materiais
Equipamentos
Meios financeiros

Exige o conhecimento do empreendimento


Condicionantes
Prazos impostos
Implantação do estaleiro
Soluções construtivas
Métodos de execução

Contribui para a correcção de desvios durante a construção


Pelo controlo de prazos e custos

Instrumentos para o planeamento


Projectos
Medições e orçamento
Caderno de encargos
Disponibilidade de recursos

O planeamento é uma tarefa complexa


Existem muitas variáveis
Quantidades de trabalho; Condições meteorológicas; Absentismo;
Carácter único de uma obra; Muitas actividades
As obras englobam muitos materiais e intervenientes
Concorrência
Questões económicas
Prazo de utilização do empreendimento
Custos fixos de produção – Encargos de Estaleiro e Custos Indirectos
Aprovisionamentos de materiais

VERSÃO de FEV 2009 50


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

ELABORAÇÃO DO PLANEAMENTO

Actividade
(parte de empreendimento que consome tempo e recursos)
Quantidades de trabalho a executar por actividade
Duração
Recursos necessários
A sua relação de sequência (precedências)
início-fim
fim-fim
início-início
fim-início
Número de actividades
Importância ou complexidade da construção
Custos do controlo
Gestão da informação

Duração das actividades


Conhecimento dos rendimentos de trabalho
Registos históricos
Tabelas de rendimentos
R = H.h/unid
D (h) = Q x R / N(H)
Dimensão das equipas
Experiência

Métodos de Planeamento
Mapas de barras (Mapa de Gantt)
PERT e CPM
Meios informáticos

REDE PERT/CPM

MAPA DEBARRAS – Actividades de três edifícios


1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3
ABERTURA DE
SAPATAS

ARMADURAS EM
SAPATAS

BETONAGEM DE
SAPATAS

COFRAGEM DE
PILARES

BETONAGEM DE
PILARES

COFRAGEM DE
LAJES

VERSÃO de FEV 2009 51


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

PLANEAMENTO
Plano de trabalhos


Estabelecimento de uma estratégia de execução da obra
 Em função do prazo imposto
 Atendendo aos recursos disponíveis
 Definindo as frentes de trabalho a implementar
Exemplo:
Construção de três edifícios, iguais entre si, com um prazo de execução de um ano
para cada.
Estratégia 1 – 3 frentes de trabalho (uma em cada edifício)

MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1
0 1 2
EDIFÍCIO 1

EDIFÍCIO 2

EDIFÍCIO 3

observações:
- é o prazo de execução mínimo
- obriga a uma triplicação de recursos
- as mesmas actividades em cada edifício são executadas em
simultâneo
Estratégia 2 – 1 frente de trabalho

ANO 1 ANO 2 ANO 3


1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1
0 1 2 0 1 2 0 1 2
EDIFÍCIO 1

EDIFÍCIO 2

EDIFÍCIO 3

observações:
- é o prazo de execução máximo
- obriga à mobilização de recursos durante muito tempo
- dificulta a racionalização dos recursos

Estratégia 3 – frentes de trabalho definidas por actividade

ANO 1 ANO 2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1
0 1 2 0 1 2
EDIFÍCIO 1

EDIFÍCIO 2

EDIFÍCIO 3

observações:
- é o prazo de execução intermédio
- possibilita a racionalização de recursos

VERSÃO de FEV 2009 52


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

De uma forma geral a variação da carga de mão-de-obra ao longo do prazo de execução é a


indicada pela linha de tendência no gráfico seguinte. Uma variação mais realista em termos
do que se deve passar na prática é indicada no mesmo gráfico com a indicação de mão-de-
obra regularizada, que corresponde a um aumento gradual da carga, a partir do início dos
trabalhos, justificado pelo progressivo aumento das frentes de trabalho, apresentando um
comportamento inverso para o final da obra. A mão-de-obra nivelada só se consegue na
prática da execução de obras quando atendemos apenas ao trabalho de uma equipa
específica, afecta a uma actividade.

VARIAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA
Linhas de tendência
CARGA M.O.

Tendência
Nivelada
Regularizada

TEMPO

Uma macro análise do andamento das cargas de mão-de-obra para as três estratégias
seguidas no exemplo de planeamento, conduz ao seguinte:
CARGA DE RECURSOS CARGA DE RECURSOS
Estratégia 1 Estratégia 2
RECURSOS
RECURSOS

EDIF 1
EDIF 1;2;3 EDIF 2
TOTAL EDIF 3

PRAZO
PRAZO

CARGA DE RECURSOS
Estratégia 3
RECURSOS

EDIF 1
EDIF 2
EDIF 3
TOTAL

PRAZO

Verifica-se que a estratégia 3 apresenta uma variação mais adequada dos recursos ao longo
do prazo

VERSÃO de FEV 2009 53


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Também interessa analisar qual o comportamento dos custos ao longo do prazo de


execução. A representação gráfica desta variação representa-se de seguida, para os custos
de fabrico, os custos indirectos mais os encargos de estaleiro e o valor de venda.
Verifica-se que a curva do valor de venda apresenta um valor mínimo, correspondendo-lhe
um determinado prazo de execução, encontrando-se assim, para esta conjugação de valores
uma optimização do binómio custo/prazo.

VARIAÇÃO DE CUSTOS

Fb
CUSTO

CI+EE
VV

PRAZO

Estabelecida a estratégia de execução mais adequada:


 Elabora-se o planeamento (mapa de barras ou rede) com as actividades a iniciarem-
se nas datas de execução mais cedo
 Analisa-se do mapa de planeamento com vista à identificação do caminho crítico e
das folgas das actividades

Mapa de mão-de-obra

 Elabora-se o mapa de mão-de-obra correspondente ao planeamento das datas mais


cedo (normalmente com a mesma escala do tempo)
 Análise do mapa identificando as irregularidades de carga
 Regulariza-se a carga de mão-de-obra
 Usando as folgas das actividades
 Alterando a duração das actividades
 Estabelecendo outras estratégias de execução

Mapa de equipamentos

 Elaboração do mapa de equipamentos correspondente ao planeamento optimizado


(normalmente com a mesma escala do tempo), seguindo os mesmos princípios
enunciados para a mão-de-obra.

Cronograma financeiro e plano de pagamentos

VERSÃO de FEV 2009 54


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Elaboração do cronograma financeiro correspondente ao planeamento,


normalmente com uma escala de tempo mensal
 Distribuindo por valores mensais o valor das actividades do
planeamento, proporcionalmente à sua duração;
 O resultado é apresentado em mapa e gráfico, com indicação dos
valores mensais e acumulados
 Elaboração do plano de pagamentos correspondente ao planeamento normalmente
com uma escala de tempo mensal e reflectindo os prazos de pagamento, retenções e
adiantamentos contratuais
 O resultado é apresentado em mapa e gráfico, com indicação dos
valores mensais.

CRONOGRAMA FINANCEIRO

300.000

250.000

200.000
VALOR

Mensal
150.000
Acumulado
100.000

50.000

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
MESES

MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mensal 10.000 € 12.000 € 20.000 € 30.000 € 35.000 € 35.000 € 28.000 € 27.000 € 20.000 € 18.000 € 15.000 € 12.000 €
Acumulado 10.000 € 22.000 € 42.000 € 72.000 € 107.000 € 142.000 € 170.000 € 197.000 € 217.000 € 235.000 € 250.000 € 262.000 €

A curva correspondente aos valores acumulados, em forma de “S”, é característica, para


qualquer obra
PLANO DE PAGAMENTOS e CASH FLOW

60.000
40.000 Receita
Valores

20.000 Despesa
0 Cash Flow
-20.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Receita 52.400 8.000 9.600 16.000 24.000 28.000 28.000 22.400 21.600 16.000 14.400 12.000 9.600
Despesa 10.000 12.000 20.000 30.000 35.000 35.000 28.000 27.000 20.000 18.000 15.000 12.000
Cash Flow 52.400 42.400 38.400 28.000 14.000 3.000 -4.000 -4.000 -8.600 -7.000 -9.000 -9.600 -9.600 0
Meses

Considerou-se no Plano de Pagamentos:


VERSÃO de FEV 2009 55
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Adiantamento de 10%, realizado com garantia de reembolso através de


garantia bancária ou seguro caução, amortizado mensalmente,
proporcionalmente ao valor da facturação.
 Prazo de pagamento contratual de 60 dias
 Prazo de pagamento a fornecedores e subempreiteiros de 30 dias
 Outras questões a considerar em função das condições particulares da obra:
 a mão-de-obra própria é paga a pronto
 revisão de preços
 descontos para garantia da obra (nos pagamentos ao
empreiteiro geral e deste aos subempreiteiros)
 eventuais adiantamentos aos subempreiteiros e
principalmente aos fornecedores de equipamentos

EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DE PLANEAMENTO


Construção da estrutura de 6 edifícios de 6 pisos

Considerações gerais:
 O planeamento a desenvolver terá em consideração as actividades que permitam
considerá-lo como um planeamento de pormenor
 As fundações dos edifícios estão executadas e as sapatas dispõem das armaduras de
espera para os pilares
 As durações das actividades foram arbitradas
 Numa primeira fase de elaboração do plano considera-se a seguinte disponibilidade
de mão-de-obra:
 Uma equipa de armadores de ferro para:
- Corte e dobragem de aço para pilares
- Armação e aplicação de aço em pilares
- Corte e dobragem de aço para vigas e lajes
- Armação e aplicação de aço em vigas e lajes

 Uma equipa de carpinteiros para:


- Cofragem de pilares
- Betonagem de pilares
- Descofragem de pilares
- Betonagem de vigas e lajes
- Descofragem de vigas e lajes
 Uma equipa de carpinteiros para:
- Cofragem de vigas e lajes

 A execução da obra inicia-se pelo edifício preto


 À partida não se consideram quaisquer condicionamentos derivados de limitações da
quantidade dos jogos de cofragem
 Para cumprir o principio da regularização da mão-de-obra a cofragem de vigas e lajes
do edifício vermelho inicia-se imediamente a seguir à conclusão dessa mesma
actividade no edifício preto. Como consequência as actividades anteriores e

VERSÃO de FEV 2009 56


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

posteriores à cofragem de vigas e lajes são iniciadas para que se cumpram as


precedências, mas também a data de início desejada para essa mesma cofragem.
 Analisando o planeamento elaborado até esta fase já podemos concluir que:
 A equipa de armadores de ferro que se previu inicialmente não será só
uma, pois já se apresenta regularizada executando apenas as actividades
de armaduras dos pilares
 A terceira cofragem de vigas e lajes a executar não poderá ser a do piso 2
do edifício preto, porque para se cumprir a data de inicio dessa cofragem
estaríamos a colocar as armaduras dos pilares desse piso antes da
betonagem da laje do piso 1. Teremos então que executar a seguir ao
edifício vermelho um outro que vamos considerar verde. Verificamos
então que após a execução do piso 1 do edifício verde, poderemos
executar o piso 2 do edifício preto.
 Como para cumprimento dos condicionamentos iniciais podemos executar
as vigas e lajes do mesmo nível em três edifícios, consideraremos duas
frentes de trabalho, para se executarem os seis edifícios que constituem a
obra.
 O corte e dobragem de aço para vigas e lajes será executado por uma
equipa de armadores de ferro, tirando partido do facto destas actividades
não terem outras antecedentes e poderem ser executadas numa data
mais cedo
 A equipa de carpinteiros de pilares tem apenas um dia de folga, que numa
fase mais adiantada da obra pode ser utilizado para a descofragem das
vigas e lajes, ou para a limpeza e reparação das cofragens
 A equipa de armadores de ferro que executa a armação e aplicação do aço
nas vigas e lajes, nos três dias de folga realiza o mesmo trabalho, mas nso
edifícios da segunda frente.

VERSÃO de FEV 2009 57


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

VERSÃO de FEV 2009 58


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

VERSÃO de FEV 2009 59


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

VERSÃO de FEV 2009 60


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

VERSÃO de FEV 2009 61


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

VERSÃO de FEV 2009 62


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CONTROLO DA PRODUÇÃO
 Avaliação do desempenho do empreendimento ou de actividades
 Controlo de custos
Definir qual o tipo de custo a controlar
Valor de Venda
Custo Directo
Custo de Fabrico
Etc.
De uma forma geral:
Desvio = Quantidade prevista x Custo previsto - Quantidade real x Custo real

 Controlo de prazos
 Controlo técnico
Métodos de execução
Soluções construtivas
 Controlo integrado (custos, prazos e técnico)
Earned Value Management (EVM)
 Qualquer tipo de controlo deve estar adaptado ao empreendimento e à empresa que
o executa
 O planeamento e as actividades consideradas devem permitir uma fácil
verificação do seu grau de execução nas datas de controlo
 Devem estabelecer-se as regras a seguir na quantificação das variáveis do controlo
 Quantidades do trabalho executado
Medição
Percentagem
 Custos
Acompanhamento directo da execução
Elementos contabilísticos
Atender aos stocks existentes em obra
 O controlo deve ser efectuado com uma periodicidade que permita a aplicação das
medidas correctivas em tempo útil

Controlo de actividades
 Custos previstos
 São os do orçamento (preço unitário de venda na proposta)
Reverter o preço unitário até aos custos de fabrico
Mão-de-obra
Materiais
Equipamentos
Subempreitadas
Decompor a actividade descrita no artigo da lista de preços
unitários nas sub-actividades necessárias

VERSÃO de FEV 2009 63


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Exemplo:

Fornecimento e colocação de betão C20/25 em sapatas,


incluído armaduras de aço A400.

Para um efectivo controlo de custos esta actividade seria


considerada constituída pelas seguintes sub-actividades:
 Fabrico de betão
 Transporte de betão
 Colocação de betão
 Fabrico de armaduras
 Transporte de armaduras
 Colocação de armaduras
Para cada uma das sub-actividades são determinados os
custos de fabrico (MO+MAT+MÁQ+SUB), a partir do valor de
venda da proposta
 Custos reais
 Para cada sub-actividade são determinados pela observação directa da
execução (rendimentos reais) e pelos registos dos custos de aquisição
de materiais, equipamentos, contratos de subempreitadas e custos de
utilização ou aluguer de máquinas.
 Controlo de prazo
 Do controlo de custos obtêm-se os rendimentos para este controlo.

Earned Value Management


(Gestão do Valor Adquirido ; Gestão dos Proveitos)
 Método de análise de desempenho de empreendimentos, referido a uma
determinada data de controlo, baseado no PERT/Custo
 Desenvolve-se a partir da análise das curvas de custos previstos e reais acumulados
 Permite calcular factores de desempenho usados para
 Comparar diferentes empreendimentos
 Prever a evolução do empreendimento estimando a duração e custo
finais
 Definições
Custos Reais ACWP - Actual Cost of Work Performed AC – Actual Cost Custo Real
A custos de orçamento

Previsto BCWS - Budgeted Cost of Work Scheduled PV– Planed Value Custo Previsto

Proveitos
Executado BCWP - Budgeted Cost of Work Performed EV - Earned Value ou
Valor Adquirido

VERSÃO de FEV 2009 64


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Representação gráfica

CONTROLO DA EXECUÇÃO
Mês 5
300.000

250.000

200.000
Custo Previsto
VALOR

150.000 Custo Real


Proveitos
100.000

50.000

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
MESES

1 2 3 4 5 OBSERVAÇÕES
Custos Reais

Mensal 11000 15000 30000 38000 46000 Custos efectivamente dispendidos


para a execução dos trabalhos
Acumulado 11000 26000 56000 94000 140000 concluídos até à data do controlo

Previsto Mensal 10000 12000 20000 30000 35000 Custos previstos, correspondentes
A custos de orçamento

ao planeamento e orçamento, de
acordo com o cronograma
Previsto Acumulado 10000 22000 42000 72000 107000 financeiro

Quantificação dos trabalhos


Executado Mensal 8000 10000 14000 23000 31000 concluídos à data do controlo,
aplicando às quantidades
Executado Acumulado 8000 18000 32000 55000 86000 executadas os preços do
orçamento

 Análise do desempenho
 Variação de prazo (Schedule Variance)
SV = Proveitos – Custo Previsto
Valores negativos representam atraso do empreendimento;
Deve analisar-se o planeamento para determinar quais as
actividades atrasadas e qual a sua influência no desempenho futuro,
em função das suas precedências e folgas
 Índice de desempenho do prazo (Schedule Performance Índex)
SPI = Proveitos / Custo Previsto

VERSÃO de FEV 2009 65


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Valores inferiores à unidade representam atraso do


empreendimento;
 Em termos aproximados podemos considerar:
Valor médio do custo previsto – Custo Final / Prazo
Variação de prazo = SV / Valor médio do custo previsto
 Variação do custo (Cost Variance)
CV = Proveitos – Custo Real
Valores negativos representam custos acima do previsto;
Devem analisar-se os custos, procurando as actividades que
concorrem para a variação, para se tomarem as medidas correctivas
adequadas
 Índice de desempenho do custo (Cost Performance Índex)
CPI = Proveitos / Custo Real
Valores inferiores à unidade representam sobre custo do
empreendimento;
 Índice de desempenho do custo/prazo (Critical Ratio)
CR = SPI x CPI
Valores inferiores à unidade representam um alerta sobre o
desempenho do empreendimento;

 Estimativa do prazo e custo finais


 Estas estimativas pressupõem que se manteêm os níveis de
desempenho anterior
 Estimativa de prazo final (Time Estimate at Completion)
TEAC = Prazo previsto / SPI
 Estimativa do custo final (Estimate at Completion)
EAC = Custo final previsto / CPI
Custo Final Previsto – Budget at Completion (BAC)

Controlo da produção proposto


 Utilizar Earned Value Management para uma análise global do desempenho da obra
ou empreendimento, conjugado com o controlo das actividades que o justifiquem
 Estabelecer a periodicidade do controlo
 Analisar os desvios de custos e prazo
 Para os custos, sendo superiores às previsões, identificar as actividades que
mais contribuem para os desvios e efectuar o seu controlo
(MO;MAT;MÁQ;SUB), tomando as medidas correctivas adequadas
 Alterando os métodos de execução

VERSÃO de FEV 2009 66


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Alterando as soluções construtivas


 Minimizando os desperdícios de materiais
 Para os prazos, existindo atrasos, identificar as actividades que contribuem
para esses desvios, (atendendo ao planeamento; se são criticas; se têm folga;
quais as antecedentes e as subsequentes), procurando actuar também nos
métodos de execução e nas soluções construtivas. Não sendo possível, actuar
ao nível da mão-de-obra, reforçando-a para que se mantenham os prazos de
conclusão do plano inicial.
Exemplo:
Uma actividade de execução de assentamento de lancil tinha uma duração inicial
prevista de 15 dias, sendo a mão-de-obra prevista de 2PD+1SV.
Numa data de controlo intermédia, correspondente ao dia 9 de execução da
actividade, verificou-se que o trabalho realizado era de 40 %.
Para manter o dia 15 como data de conclusão e actuando na quantidade de mão-de-
obra:
Trabalho a realizar em função do rendimento previsto:
3H x 15d x 8h/d = 360 Hh
Trabalho já realizado no dia 9:
360 Hh x 0,40 = 144 Hh
Trabalho a realizar nos 6 dias restantes, para conclusão da actividade.
360 Hh – 144 Hh = 216 Hh
Equipa necessária:
XH x 6d x 8h/d = 216 Hh
X = 4,5 H
Mantendo a mesma composição da equipa:
2PD+1SV --- 67% PD + 33% SV
4,5 x 0,67 = 3 PD
4,5 x 0,33 = 2 SV

IMPLANTAÇÃO DO ESTALEIRO
VERSÃO de FEV 2009 67
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Aspectos gerais e condicionamentos a ter em conta na implantação:

Terreno de implantação

 Características geológicas
 Desmatação e vegetação a preservar
 Movimentos de terra necessários
 Condições locais de pluviosidade, existência de linhas de água e drenagem da área de
implantação

Acessos e circulações
 Natureza do solo, necessidade de pavimentação

 Vias de acesso externas — largura, altura, pavimento

 Transportes públicos

Depósitos de terras e resíduos, ambiente envolvente


 Vazadouros ou locais com terras de empréstimo
 Destino e tratamento do resíduos
 Envolvente do estaleiro — ruído, poeiras

Infraestruturas locais
 Abastecimento de água
o Origem do abastecimento
o Pressão disponível
o Características da água
 Abastecimento de energia eléctrica
o Origem do abastecimento
o Tensão e potência disponíveis
 Rede telefónica
 Drenagem de águas residuais
 Levantamento da localização de infraestruturas enterradas

VERSÃO de FEV 2009 68


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

DELIMITAÇÃO E VEDAÇÃO DO ESTALEIRO

Materiais
 Recuperáveis, permitindo reutilização
 Madeira
 Metal
 Plástico

Definição dos acessos


 Preferencialmente só um acesso
 Se forem mais que um a circulação deve ser num só sentido
 Acessos independentes para viaturas e pessoas
 Adaptados em função das circulações internas, do tipo das viaturas e dos
condicionamentos externos

Interferência com o existente


 Desvios de transito
 Desvios pedonais
 Sinalização (Decreto Regulamentar 33/88)
 Protecção colectiva

INSTALAÇÕES FIXAS DO ESTALEIRO

 Portaria  Cozinha
 Casa do guarda  Refeitório
 Escritório  Ferramentaria
 Posto primeiros socorros  Armazéns
 Instalações sanitárias  Telheiros
 Dormitório  Instalações sub-empreiteiros
 Oficinas  Laboratórios
 Vestiários  Fiscalização, segurança, qualidade

VERSÃO de FEV 2009 69


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

Características das construções

 Fácil montagem e desmontagem


 Permitir a reutilização
 Garantir condições de higiene e conforto
o Térmico
o Acústico
o Luminosidade
o Ventilação
o Estanquidade
o Limpeza
 Serem moduladas

Materiais
 Madeira
 Metálicas
 Alvenaria

ÁREAS DE TRABALHO

 Cofragem  Armaduras
 Pré-fabricados  Carpintaria
 Canalizações

EQUIPAMENTOS

FIXOS MÓVEIS
 Gruas  Dumpers
 Centrais de fabrico de betão  Compressores
 Betoneiras  Multicarregadores telescópicos
 Elevadores/Monta cargas  Camiões
 Silos  Escavadoras
 Máquina de moldar aço  Andaimes
 Abre-valas  Gruas móveis

VERSÃO de FEV 2009 70


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

CIRCULAÇÕES
 Pessoas
 Equipamentos
 Movimentação de cargas

ÁREAS DE ARMAZENAGEM
(Ao ar livre)

INSTALAÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS

Escritório

 Localizado junto da entrada do estaleiro


 Integrado com a área de construção
 Acesso identificado e sinalizado
 Dimensões e serviços adaptados à obra e à organização da empresa,
podendo incluir:
 Direcção de obra
 Secretaria
 Arquivo
 Reuniões
 Serviços técnicos auxiliares
 Preparação e estudos
 Planeamento
 Controlo de custos e prazos
 Topografia
 Medições e orçamentos
 Desenho
 Cópias
 Encarregados
 Serviços administrativos
 Pessoal
 Aprovisionamentos
 Contabilidade
 Instalações sanitárias próprias

Fiscalização da obra

 Área para a fiscalização residente


 Sala de reuniões
 Outras características particulares de acordo com as condições
do caderno de encargos

VERSÃO de FEV 2009 71


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

INSTALAÇÕES SOCIAIS

 Se possível devem localizar-se fora da área de influência das gruas


 Permitir o conforto e descanso dos utilizadores (dormitórios)
 Localização de acordo com os locais de trabalho (instalações sanitárias)

Dormitórios
 Devem prever-se sempre que haja pessoal deslocado, nos termos do
CCTV, ou por necessidade específica da obra
 Dimensões:
o Pé-direito 3,00 m
o Cubagem 5,5 m3 por ocupante
o Camas afastadas 1,00 m entre si
o Coxias com 1,50 m
 Devem possuir armários para guarda de roupas
 Devem possuir instalações sanitárias contíguas
o 1 lavatórios por cada 5 ocupantes
o 1 chuveiro por cada 20 ocupantes
o 1 urinol por cada 25 ocupantes
o 1 retrete por cada 15 ocupantes

Refeitório
 Área adequada ao numero de utentes (cerca de 70% do total de
trabalhadores)
 Pé-direito de 2,50 m
 Iluminação natural – 1/10 da área de pavimento
 Devem possuir um lavatório por cada 10 utilizadores

Cozinha
 Área adequada ao numero de utentes
 Com condições para preparar refeições
o Fogão e chaminé para fumos
o Lava-loiça
 Pé-direito de 2,50 m

Instalações sanitárias
 Simples ou agrupadas
 Se forem agrupadas devem ter baias separadoras entre os aparelhos
com pelo menos 1,70 m de altura
VERSÃO de FEV 2009 72
GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Dimensionamento.
o 1 retrete por cada 25 operários
o 1 urinol por cada 25 operários

ÁREAS DE TRABALHO

Armaduras
 Localização:
o Junto da entrada para facilitar as descargas
o Na área de influência dos meios de elevação (as zonas
de armazenamento)
 Acessos amplos para descarga
 Zonas para:
o Armazenamento de varões – 15 x 6 m
o Corte, dobragem e armação – 6 x 6 m
o Armazenamento de armaduras acabadas – 6 x 6 m
 Área de corte, dobragem e armação coberta

Cofragem

 Área em função do tipo de cofragem


o Tradicional
 Armazenamento de madeiras
 Fabrico de taipais
 Cofragens acabadas
o Modulada
 Armazenamento de elementos
 Localizada na zona de influência dos meios de elevação
 Área para limpezas e reparações

Armazenagem

 Tijolo
o Paletes com 0,90 x 1,20 x 1,20
 Cimento
 Material de canalizações
 Material eléctrico
 Azulejos e mosaicos
 Componentes dos elevadores

VERSÃO de FEV 2009 73


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

 Loiças sanitárias
 Armários de cozinha
 Caixilharias
 Carpintarias
 Ferragens
 Tintas

EQUIPAMENTOS FIXOS
Grua
 Localização
o Abrangendo a área da construção
o Minimização da amplitude dos movimentos
o Cargas e descargas
 Cofragens
 Armaduras
 Central de betão / Betoneira
 Tijolo
 Afastamento da construção
o Caves
o Andaime
o Circulação
 Altura
o Edifícios a servir
 Pisos
 Cobertura
 Correntes
 Flecha
 Folga
o Outras gruas
o Edifícios vizinhos
o Outros condicionamentos
 Vias de circulação
 Redes aéreas
 Amarração
 Capacidade de carga

VERSÃO de FEV 2009 74


GESTÃO DE OBRAS E ESTALEIROS

o Betão
o Armaduras
o Tijolo

Central de betão
 Localização
o Acessos e circulação
o Grua
o Dumper
 Drenagem águas lavagem (caixa retenção de areias)
 Fabrico de betão e argamassas
 Capacidade de fabrico
 Armazenamento de materiais
o Inertes
o Cimento (silo)

VERSÃO de FEV 2009 75

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