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Centro Universitário de Brasília- UniCEUB

Resenha sobre o livro “Elementos de


Semiologia”- Roland Barthes
Lucas Mayon Neiva Flores- 21801566

Brasília - Distrito Federal


10 de abril de 2019
Resumo

A seguinte resenha tem por objetivo explicar e resumir, dentro dos parâmetros
do autor original, os conceitos e elementos estabelecidos para a análise semiológica.
Os elementos são abordados na mesma sequência estabelecida na obra: língua e fala,
significante e significado, sistema e sintagma, conotação e denotação e pesquisa
semiológica. No fim, é apresentada a opinião sobre a obra.

Elementos de Semiologia
Barthes, Roland Elementos de semiologia I Roland Barthes tradução de lzidoro
Blikstein. -- 16. ed. -- São Paulo : Cultrix, 2006. Título original : Éléments de sémiologie.
Bibliografia. ISBN 85-3 16-0142-8

O autor começa buscando distinguir os conceitos de ​Língua ​e ​Fala dentro do


campo da linguística. Sua primeira aproximação parte dos conceitos estabelecidos por
Ferdinand de Saussure, conhecido como fundador da semiologia, em seu Curso de
Linguística Geral​.

Saussure estabelece a ​Língua como a parte coletiva da linguagem, estabelecida


por um conjunto de indivíduos como parte do contrato social para que a comunicação
seja possível. Ao mesmo tempo, ela se caracteriza como um conjunto de valores que
compõem um sistema. Já a ​Fala​, para Saussure, é a ação individual da comunicação.
É o ato individual de exteriorização da mensagem, fruto dos mecanismos físicos e
psicológicos que permitem realizar combinações de termos e valores estabelecidos
pela ​Língua. Por se tratar de uma ação individual e abstrata, não é possível estabelecer
uma ciência específica para a ​Fala​. Já a ciência da ​Língua​ é a chamada ​Linguística​.

Em seguida, Barthes aborda o conceito de ​Língua ​na percepção de Louis


Hjelmslev. Hjelmslev preserva o conceito estabelecido por Saussure, mas passa a
classificar a ​Língua em três categorias: o ​Esquema (forma pura da ​Língua​, o mesmo
conceito abordado por Saussure), a ​Norma (​Língua adotada no plano material, já
passando a sofrer os efeitos de seu uso prático) e o ​Uso (​ ​Língua formalizada em
determinado contexto social. O autor dá o exemplo das diferenças de pronúncia da
letra “​R” nas diferentes regiões da França). As classificações estabelecidas por
Hjelmslev permitem uma análise de meio-termos entre a ​Língua ​em sua forma pura
(​Esquema)​ e a ​Fala​, que fica então ao lado da ​Norma​ e do ​Uso.​

Para encerrar a discussão acerca de ​Língua ​e ​Fala​, Barthes introduz dois


conceitos. O primeiro deles é o ​Idioleto​, amplamente estudado por Roman Jakobson.
Trata-se da linguagem individualizada. Pode se tratar, na ordem da mais para a menos
pura, de uma linguagem individual, que impossibilita o ato de comunicação; o estilo de
um escritor em suas obras ou por fim a linguagem adotada por um pequeno grupo
linguístico dentro de uma sociedade. O segundo conceito é o de ​Estruturas Duplas​, que
se trata da relação estabelecida entre o código e a mensagem.

Barthes fecha o capítulo demonstrando que os conceitos de ​Língua ​e ​Fala não


se aplicam apenas à linguagem verbal. Em diversas situações fora da linguagem existe
uma sistematização de normas de como transmitir a mensagem, que será transmitida
de diferentes formas conforme o agente e a situação, e gerar diferentes percepções ao
receptor.

A segunda parte já busca distinguir os conceitos de ​Significante ​e ​Significado.


Esses dois elementos juntos compõem o ​Signo​, que é o principal objeto de estudo da
Semiologia. Para isso, Barthes aborda primeiro os conceitos de ​Forma e ​Substância
adotados por Hjelmslev. Em ​Forma,​ encontra-se tudo que pode ser descrito em sua
totalidade com as ferramentas fornecidas pela linguística, enquanto que a ​Substância
já requer elementos extralinguísticos para ser descrita. Essa distinção é importante
para compreender a interação do ​Significante c​ om o ​Significado​, uma vez que essa
relação constantemente foge do campo exclusivo da linguística.

Antes de abordar propriamente os conceitos do escopo do capítulo, Barthes


ainda faz a distinção entre o ​Signo Linguístico ​e o ​Signo Semiológico.​ Enquanto o
​ ossui sua significação inserida diretamente na forma; o ​Signo
Signo Linguístico p
Semiológico j​ á requer uma compreensão da substância que o tornou signo. Deve haver
uma interpretação de seu uso dentro da sociedade e do conjunto de convenções,
regras e utilidades atribuídas pelo emissor e receptor para que sua significação seja
possível.

Barthes começa a abordar então a noção de ​Significado:​ a representação


psíquica daquilo que é demonstrado pelo ​Signo.​ Aponta então a dificuldade para que
se consiga classificar os diferentes tipos de ​Significados​, e fazer uma análise objetiva
destes. Um mesmo significante pode gerar diversos significados diferentes conforme o
contexto e conforme seu receptor, e muitas vezes a linguística não é capaz de analisar
um ​Significado ​com suas próprias ferramentas sem interferências causadas pelas
experiências e vocabulário de seus analistas.

Em seguida, explica a natureza do ​Significante. ​Ao contrário do ​Significado,​ o


Significante ​sempre se manifesta no plano material, pois trata-se do meio com que o
Signo se manifesta diante do receptor. É quem faz a mediação, no plano material, entre
​ o ​Significado​.
o ​Signo e

Abordadas as características do ​Significante ​e ​Significado​, o autor começa a


abordar o processo de união dos dois, que dá origem ao ​Signo:​ a ​Significação​. Cada
analista possui diferentes métodos para descrever e realizar esse processo,
​ os conceitos
abordando-o em diferentes aspectos e permitindo compreender o ​Signo e
relacionados em uma ótica diferente. Essas compreensões permitem estabelecer duas
categorias para os sistemas de ​Signos​: os ​Sistemas Arbitrários​, em que os signos são
estabelecidos e se relacionam por uma decisão unilateral; e os ​Sistemas Motivados​,
em que existe uma convenção coletiva que cria o sistema de ​Signos (como é o caso da
linguagem).

O capítulo é encerrado com a conceituação de ​Valor​. Trata-se do grau de


​ stabelece
semelhança e diferença entre diferentes signos. Enquanto a ​Significação e
uma relação substancial entre ​Signo,​ ​Significante e ​Significado,​ o ​Valor ​é quem vai
relacioná-los no campo da forma.
A terceira parte do livro diz respeito às duas modalidades de combinações de
signos estabelecidas por Saussure: o ​Sintagma ​e o ​Sistema.​ Tratam-se de dois planos
frutos de seus próprios processos psíquicos para que seja feito o arranjo dos signos,
podendo haver ou não uma sobreposição de um dos dois arranjos em relação ao outro.

​ , segundo Jakobson, fruto do discurso metonímico. Nele, os


O ​Sintagma é
Signos s​ ão dispostos em uma sequência pré-estabelecida, sem haver a possibilidade
de dois ​Signos ​ocuparem a mesma posição e havendo o risco de todo o discurso ser
alterado caso uma das posições seja alterada. É o que ocorre por exemplo na
linguagem verbal, em que a disposição das palavras estabelece o sentido do discurso,
e duas ou mais palavras não conseguem ocupar a mesma posição. O ​Sintagma está
presente no estabelecimento da forma com que o discurso vai assumir.

O ​Sistema ​já é fruto do discurso metafórico. Nele, dois ou mais ​Signos diferentes
podem ocupar uma posição em comum, e assumir posições diferentes sem que haja
alteração discursiva. Ao se analisar o ​Sistema,​ não se busca olhar para a forma do
discurso, e sim descrever seu conteúdo. Um exemplo disso são as diferentes formas
que um edifício pode ser projetado sem que se perca sua essência de edifício.

O último capítulo trata das duas modalidades de ​Significação:​ a ​Denotação ​e a


Conotação. ​A ​Conotação ​é a interpretação do ​Sistema l​ evando em consideração seus
aspectos subjetivos, e suas diversas possíveis interpretações conforme o contexto e
conforme o discurso que ele se encaixe e/ou esteja encaixado nele. Já a ​Denotação
analisa o ​Signo ​de forma metalinguística, analisando não os discursos ao redor dele,
mas sim suas características enquanto objeto semiológico. Por via de regra, é a
segunda modalidade que se costuma utilizar ao realizar uma análise.

Barthes encerra sua obra explicando em linhas gerais como funciona uma
pesquisa semiológica. Explica a importância de analisar o objeto somente em seu
aspecto semiológico, sem permitir a interferência das demais ciências. Aborda também
como que se estabelece o objeto de análise, o chamado ​Corpus:​ um conjunto limitado
de objetos para serem interpretados à luz da Semiologia.
Ao longo de toda a obra, Roland Barthes manteve uma linguagem prolixa e
desconexa com os assuntos que busca tratar. Não há uma abordagem direta aos
conceitos que busca explicar em sua obra, e constantemente exige que o leitor tenha
conhecimento de conceitos e elementos explicado ao final da obra para explicar os
conceitos do início. Falha tanto ao tentar introduzir os elementos utilizados na análise
semiológica de forma objetiva quanto ao tentar manter uma linguagem didática.

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