Sei sulla pagina 1di 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA

CETENS - FEIRA DE SANTANA


BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

Experimento: Queda Livre

AIRAN MAGALHÃES
EDIELCIO JÚNIOR
ELIAS MARQUES
ITAMARA FERREIRA
JOÃO PEDRO

Data do experimento: 27/05/2019

Feira de Santana
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA
CETENS - FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

INTRODUÇÃO TEÓRICA
As características do movimento de queda livre foram objeto de estudo desde
os tempos remotos. O grande filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) acreditava que havia
uma dependência entre o tempo de queda dos corpos com a massa dos mesmos.
Essa crença perdurou durante quase dois mil anos, sem que houvesse uma
investigação de sua veracidade através de medidas experimentais, cujo agravante
seria a grande influência dominante do pensamento aristotélico em várias áreas
do conhecimento. No entanto, Galileu Galilei (1564-1642 d.C.) que é considerado o
introdutor do método experimental na Física, reforçando a idéia de que qualquer
afirmativa a cerca das leis da física deveriam estar embasada em medidas
experimentais e observações cuidadosas, chegou a conclusão de que um corpo
“leve” e um “pesado”, abandonados de uma mesma altura, caem simultaneamente,
atingindo o chão ao mesmo instante. Em outras palavras, desprezando a resistência
do ar, os corpos caem com a mesma aceleração independentemente de sua massa.

Em torno da Terra existe uma região chamada campo gravitacional, os corpos


que estão nesta região são atraídos para o centro da Terra. A Queda livre é o
movimento de subida ou descida que os corpos realizam no vácuo quando estão nas
proximidades da Terra. Desprezando a resistência que o ar exerce sobre o
movimento dos corpos, quando estes estão subindo ou descendo, podemos também
considerá-los em queda livre. Todos os corpos, independentemente de sua massa,
forma ou tamanho, quando em queda livre, caem com aceleração constante e igual,
ou seja, o movimento de queda livre independe da massa. A aceleração constante
de um corpo em queda livre é denominada aceleração da gravidade e é
representada pela letra 𝑔. A aceleração da gravidade diminui com a altitude e, ao
nível do mar, na latitude 45°, tem o valor aproximado de 9,8 𝑚/𝑠 2 ou 10 𝑚/𝑠 2 . O
movimento de queda livre é um movimento uniformemente variado (MUV) seu
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 e 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑛ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜.

O movimento de queda livre dos corpos próximos à superfície da Terra pode


ser descrito pela equação para um movimento uniformemente acelerado (aceleração
g constante) dada por:

1 2
ℎ(𝑡) = ℎ0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡
2

onde h0 e v0 são a posição e velocidade iniciais (t = 0) do movimento e escrevemos


h(t) tomando um referencial vertical com sentido positivo para baixo. Com essa
convenção para h(t) a aceleração g tem sentido positivo, o que resulta no sinal
positivo no termo quadrático em t.
Se o corpo começar em repouso, 𝑣0 = 0 e se tomamos como origem de ℎ a
posição inicial do corpo ℎ0 = 0 temos a seguinte relação
1 2
ℎ(𝑡) = 𝑔𝑡
2

Feira de Santana
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA
CETENS - FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

OBJETIVO:

 Determinar experimentalmente a aceleração da gravidade;


 Caracterizar o movimento de queda livre como um caso particular de um
MRUV;
 Trabalhar com linearização de curvas experimentais e o método dos mínimos
quadrados.

MATERIAIS UTILIZADOS

 Uma base em forma de tripé;


 Trena ou régua;
 Um trilho;
 Dois sensores;
 Interface Lab 100-USB ou multicronômetro; e
 Uma esfera Metálica

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Após a verificação da montagem do equipamento, foram feitos testes com os sensores


para verificar o funcionamento do cronômetro, logo após o eletroímã foi ligado, a
esfera foi presa e o primeiro sensor foi ajustado de forma que conseguíssemos realizar
o experimento. A esfera foi solta de várias posições diferentes para se familiarizar com
o equipamento, logo em seguida utilizamos cinco alturas diferentes, onde foram feitas
cinco medidas diferentes para cada altura.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos através das medidas realizadas no


experimento:

𝑥(𝑐𝑚) 𝑡1 (𝑠) 𝑡2 (𝑠) 𝑡3 (𝑠) 𝑡4 (𝑠) 𝑡5 (𝑠)


10 0,16 0,17 0,17 0,17 0,17
20 0,23 0,23 0,22 0,22 0,23
30 0,27 0,27 0,27 0,27 0,27
50 0,34 0,33 0,34 0,33 0,33
60 0,37 0,37 0,37 0,37 0,37

Tabela 01- Tempo de queda da esfera de aço.

Feira de Santana
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA
CETENS - FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

𝑥(𝑐𝑚) < 𝑡 > (𝑠) 𝜎 < 𝑡 > (𝑠) < 𝑡 >2 (𝑠 2 )


10 0,17 2,42 × 10−3 0,029
20 0,22 2,42 × 10−4 0,048
30 0,27 8,01 × 10−3 0,073
50 0,34 3,04 × 10−3 0,12
60 0,37 4,30 × 10−4 0,14
Tabela 02- Valores médios e desvio padrão.

A anamorfose é um método de linearização utilizado quando se conhece a priori o tipo


da função que relaciona as grandezas envolvidas, ou quando se pode especular sobre
esse tipo. É preciso fazer uma mudança de variável de modo a transformar uma
função não linear numa função linear. Logo, considerando 𝑡 2 = 𝑡 ′ de um gráfico de
𝑔
semi-parábola obteve-se uma reta. O coeficiente angular dessa reta corresponde a .
2
Ao linearizar a curva do gráfico H versus
< t >, com comportamento quadrático, obtivemos o gráfico H versus < 𝑡 >2
correspondente a uma função do 1º grau. Ao analisar a reta 1 do gráfico 2 que segue
em anexo, foram encontrados 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = 4,5 e 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 = 0,95.

A partir do cálculo dos mínimos quadrados através dos dados obtidos na tabela H
versus < 𝑡 >2 foi encontrada uma reta 2 de 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = 4,4 e
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 = − 0,02 , conforme mostra os cálculos abaixo:

∑(𝑋𝑖 𝑌𝑖 ) ∑𝑋𝑖 ∑𝑌𝑖 ∑𝑋𝑖 2 (∑𝑋𝑖 )2


17,84 0,41 170 0,042 0,16

𝑛∑(𝑋𝑖 𝑌𝑖 ) − ∑𝑋𝑖 ∑𝑌𝑖


𝐴= = 4,40
𝑛∑𝑋𝑖 2 − (∑𝑋𝑖 )2

∑𝑋𝑖 2 ∑𝑌𝑖 − ∑𝑋𝑖 ∑(𝑋𝑖 𝑌𝑖 )


𝐵= = −0,02
𝑛∑𝑋𝑖 2 − (∑𝑋𝑖 )2

Feira de Santana
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA
CETENS - FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

Como mostra o método da anamorfose, o coeficiente angular de uma reta


𝑔
corresponde a . Comparando as equações pode-se inferir que na reta 1 a aceleração
2
da gravidade é 𝑔1 = 9,0 𝑚/𝑠 2 e na reta 2 𝑔2 = 8,8 𝑚/𝑠 2 .

𝑟𝑒𝑡𝑎 1
𝑔1
= 4,5 ⇒ 𝑔1 = 9,0 𝑚/𝑠 2
2

𝑟𝑒𝑡𝑎 2
𝑔2
= 4,4 ⇒ 𝑔2 = 8,8 𝑚/𝑠 2
2

Logo após determinar a aceleração da gravidade com os valores encontrados, foi


calculado o erro relativo, considerando 𝑔 = 9,783 𝑚/𝑠2 .

|𝑔1 − 𝑔|
× 100 ≃ 8%
𝑔

|𝑔2 − 𝑔|
× 100 ≃ 10%
𝑔
∆𝐻
Ao calcular o coeficiente angular da reta 1 através da equação 𝑡𝑔𝜃 = ∆𝑡′ foi possível
perceber que o erro relativo encontrado foi menor que o da reta 2, visto que a equação
da tangente utiliza apenas 2 pontos, enquanto a equação dos mínimos quadrados
utiliza todos os pontos possíveis. Enquanto o resultado com menor erro relativo foi
encontrado pela tangente, o melhor método para determinar a aceleração da
gravidade é pelos mínimos quadrados.

A equação horária do movimento também poderia ser determinada através do método


de linearização logarítmica, conforme mostra os cálculos abaixo:

𝑔𝑡 2 𝑔𝑡 2
ℎ= ⇒ log ℎ = log ( )=
2 2
𝑔
log ℎ = 2(log 𝑡) + log =
2
ℎ′ = 𝐴𝑡 ′ + 𝐵

𝑜𝑛𝑑𝑒:

ℎ′ = log ℎ
𝐴=2
𝑡 ′ = log 𝑡
𝑔
𝐵 = log
2

Feira de Santana
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA
CETENS - FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE – BES
FÊNOMENOS MECÂNICOS
PROF: ANDREIA SIMÕES
TURMA: 2019.1 - T01

𝑔
Sendo 𝐵 = log 2 , então 𝑔 = 2 × 10𝐵 .

CONCLUSÃO:

No experimento, pode-se concluir que a esfera de aço realizou queda livre, caso
particular do movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V.). Ao trabalhar com
linearização de curvas por anamorfose e método dos mínimos quadrados, verificou-
se que a aceleração na queda livre corresponde à aceleração da gravidade.
Comparando os valores encontrados com a aceleração da gravidade local, que
equivale a 9,783 𝑚/𝑠 2 . Constatou-se um erro relativo de 10%, no método dos mínimos
quadrados (M.M.Q.), e de 8% na linearização por anamorfose. Apesar do erro relativo
encontrado através da linearização obtido ser menor que o erro encontrado pelo
método dos mínimos quadrados, esse valor possui uma precisão maior, o M.M.Q.
encontrou a melhor reta e a posição desta é influenciada pelo desvio das
coordenadas. Na linearização, a reta ajustada passa por dois dos pontos encontrados,
sem considerar a posição dos outros pontos.

REFERÊNCIAS

TAYLOR, John R. Introdução à análise de erros: o estudo de incertezas em medições


físicas. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

RODRIGUES, C. Acetatos das aulas teóricas de Cálculo Numérico. Disponível em:


<https://www1.univap.br/spilling/CN/ExRes_MMQ.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2019

COSTA, Alexandre Barreto; CABRAL, Francisco Clodorian Fernandes. Teoria de


erros. SALVADOR, BAHIA, 2013. Disponível em:
<http://www.fis.ufba.br/sites/fis.ufba.br/files/teoria_dos_erros.pdf>. Acesso em: 29
mai. 2019

Feira de Santana
2019

Potrebbero piacerti anche