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RAFAEL CLEMENTE

Advocacia e Consultoria

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL


DO MEIER DA COMARCA DA CAPITAL/RJ.

0 7071. 0 1620 CU O3 23 633


MAURICIO ALVES DE ARAUJO, brasileiro, casado, A.O.F.D. Atendimento ao
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Público, CPF n° 45.240.627-04, RG 4108155-5 (IFP - RJ) residente e
domiciliada nesta capital, na Rua Monsenhor Jerônimo, n° 213 — Casa 101 —
Engenho de Dentro, CEP.: 20.730-110, por seu advogado, com escritório no
município do Rio de Janeiro, na Av. Rio Branco, n° 109 — 12° andar — CEP.:
20.040-004, onde recebe intimações, vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c POR DANO MORAL.


PELO RITO SUMÁRIO.

em face de

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n°
60.444.437/0001-46, com endereço nesta comarca, na
Avenida Marechal Floriano, n° 168, Rio de Janeiro, Cep:
20.080-002

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. Av. Rio BOnco, n° 109:— 12° andar Centro — Rio de Janeiro/RJ — 20.040-004
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pelas razões fáticas e de direito a seguir aduzidas:

DOS FATOS:

O autor adquiriu um computador no valor de R$ 2.200,00


(Dois mil e duzentos reais), no ano de 2005, conforme NF em anexo, para o uso
em sua residência e para o gozo de toda a sua família.

Todavia, tendo um vista há um "apagão" ocorrido em


07/02/2010, ocasionou a danificação de algumas peças de seu computador,
conforme laudo técnico em anexo, o que impedia de usa-lo em sua residência.

Pois bem, o autor encaminhou-se até a empresa ré para


requerer o ressarcimento das peças que foram danificadas no "apagão" ocorrido
na data declinada acima, na data de 10/02/2010, tendo sido informado que
estava faltando documentação, e que o mesmo deveria retornar após estar com
toda a documentação.

Destarte, o autor compareceu a duas empresas


especializadas no ramo, para realização dos laudos técnicos requeridos pela
empresa ré, conforme laudos em anexo.

Pois bem, o autor voltou a comparecer a empresa ré, em
12/03/2010, conforme Doc. em anexo, tendo sido informado por um dos

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prepostos da ré, que ainda faltava uma documentação para o deferimento de


ressarcimento das peças danificadas.

O autor sabedor de sua necessidade de ter o computador


em casa, agilizou o documento que faltava para ter deferido o seu pedido de
ressarcimento pelos danos causados pelo o "apagão" . O autor retornou a
empresa ré em 11/05/2010, conforme Doc. em anexo, não tendo sido deferido o
seu pedido de ressarcimento sob a alegação de que havia expirado o prazo
para ressarcimento de seus danos.

Ademais, V. Exa, cabe esclarecer que a ré somente


entregou o modelo de como deveria ser a solicitação do autor, no ultimo dia, em
que o autor compareceu a sua filial, mediante requerimento do autor.

Data vênia, V. Exa, como poderia ter expirado o prazo


do autor para ter seu pedido de ressarcimento deferido, uma vez que a
própria regulamentação da parte ré, somente estipula prazo para a entrada
da solicitação, quedando-se inerte sobre prazo para entrega de
documentação faltante.

Pois bem, os laudos das empresas que o autor entregou a


empresa ré, são conclusivos sobre os danos ocorridos a peças do computador
do autor, conforme doc. em anexo, em virtude do "apagão" ocorrido no dia
07/02/2010, cabe ainda, que os "apagões" são freqüentes na área onde o autor
reside, inclusive em dias sem chuvas, ventos, etc....

Data vênia V. exa, cabe esclarecer que o autor até a


presente data, se encontra impedido de usufruir seu equipamento,
porquanto a empresa ré não deferiu o pedido de ressarcimento de danos

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do autor, sobre a fraca alegação de que havia expirado o prazo para o


autor requerer seu ressarcimento, sendo certo que a própria
regulamentação da ré refere-se somente ao prazo para a entrada da
solicitação, sendo silente sobre prazo de entrega de documentação
faltante.

Assim sendo, V. Exa, fica assim caracterizada a boa fé do


autor em por fim ao conflito, uma vez que entrou por diversas vezes em contato
com a ré, sem lograr êxito, uma vez que a ré não deferiu o ressarcimento dos
danos causados ao autor.

Assim, o Autor se viu vítima da desorganização da ré


que, por reiteradas vezes, entrou em contato para retirada das instalações
elétricas, não obtendo êxito em seu pedido, revelando o descaso e a
desídia dispensados ao consumidor.

DO DIREITO:

Ultrapassado este ponto, há que se considerar a clara


relação de consumo instalada e a hipossuficiência do consumidor, ensejando a
aplicação do Código Consumerista, em toda a sua abrangência

Importante, ainda, destacar que o direito ao fornecimento


de serviços e produtos de forma segura constitui direito básico do consumidor,
na esteira do art. 6° do CDC, neste caso esquecido pela ré, afinal, o não
ressarcimento de danos causados pela ré, tendo em vista a falha na prestação

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,

do serviço, impedindo que o autor de realize o conserto de seu computador,


configura um total descaso da ré para com o autor.

Forçoso concluir que a incoerência e a desorganização são


corriqueiras no trato da ré para com os consumidores de seus serviços, fato que
resta incontroverso diante das provas que instruem a peça de ingresso.

Saliente-se, outrossim, que a inversão do ônus probatório


(at. 6°, VIII do CDC) também deve se aplicar ao presente caso, muito embora,
pelos documentos acostados pela autora, seu direito surge de maneira cristalina
e incontroversa.

O Código de Defesa do Consumidor estabelece a


responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, assim como impõe a
devida reparação pelos danos causados ao consumidor, sobretudo nos casos
em que há defeito/vício na prestação dos serviços/produtos postos à disposição
dos clientes, independente de culpa.

Assim, não é raro, como no caso sub judice, que a justa a


expectativa do consumidor não se confirme, sobrevindo situações vexatórias e
indesejáveis em razão da má qualidade dos serviços e produtos ofertados.

Vejamos:
4:.>

Art. 14 (CDC) "O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos."

§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a


segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes, entre as quais:

(-3

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li - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se


esperam;

(Grifou-se).

O dispositivo acima invocado adequa-se à realidade dos


fatos narrados, devendo a ré responsabilizar-se pelos danos causados à Autora,
não havendo qualquer excludente que justifique a barbárie revelada pela não
deferimento de ressarcimentos de danos causados ao autor, apesar de
solicitada, por diversas vezes, em desfavor do consumidor.

O caso em tela mostra evidente falha da ré, que por


diversas vezes, fora solicitado a ressarcir o autor dos danos causados em seu
computador, tendo seu pedido indeferido sob a fraca alegação de que havia
expirado o prazo do autor em ter seus danos ressarcidos.

Alem disso, garante o código de defesa do consumidor em


seu artigo 27, que o autor tem o direito a pretensão de reparação de danos
causados por fato do produto ou serviço, prescreverá em 5 (cinco) anos, senão
vejamos:

"Art. 27 — Prescreve em cinco anos a pretensão à


reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço
prevista na Seção II deste capitulo, iniciando-se a contagem do prazo a
partir do conhecimento do dano e de sua autoria"

Aliás, afirma o Código Civil, em seu artigo 927, que


"Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo."

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Outrossim, a Lei Adjetiva Civil, igualmente, impõe ao


transgressor do direito alheio a devida sansão, de modo a garantir ao lesado a
tutela do bem juridicamente protegido.

Mister salientar a regra contida no artigo 186 do Código


Civil:

Art. 186 (CC) "Aquele que , por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito."

Fica patente a falha na prestação dos serviços da ré,


assim como o descaso e a negligência com que conduzem as relações travadas
com o consumidor pois, entregar correspondências de outrem na residência da
autora, constitui ato merecedor da chancela condenatória.

Além disso, o abalo psíquico e moral mostra-se


incontroverso, levando o Autor a passar por uma situação indesejada, injusta e
ilícita, ferindo-lhe o íntimo sobremaneira, sobretudo calçada em evidente erro do
demandado.

Na lição do Prof. Carlos Alberto Bittar:

"os danos morais plasmam-se, no plano fático, como


lesões às esferas da personalidade humana situadas
no âmbito do ser como entidade pensante, reagente e
atuante nas infrações sociais e deve suportar a mais
veemente repulsa do Direito, que com razão, procura
realizar a defesa dos valores básicos da pessoa e do
relacionamento social."

Ademais, a ré, instituição privada de grande porte e


abrangência internacional, vincula-se aos RISCOS DO EMPREENDIMENTO,
inerentes às atividades desenvolvidas, e deve chamar para si a
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responsabilidade de seus atos, reparando os danos causados aos


consumidores.

Ora, atividade desenvolvida pela ré, por demais


especializada, deveria seguir critérios rigorosos de modo a oferecer ao
consumidor/contratante a segurança e a confiabilidade vendias pelas grandes
instituições, como no caso.

Há que se considerar, ainda, que o ilícito praticado pela


ré, consistente no não deferimento do ressarcimento dos danos causados
pelo autor, além do mais, já tendo sido solicitada por diversas vezes.

Por derradeiro, destaca-se que as atitudes da ré mostra-se


em total desarmonia com o sistema de proteção de defesa do consumidor (art.
51 XV), face à flagrante abusividade do ato, posto que viola norma de ordem
pública e de caráter protetivo àquele considerado hipossuficiente, merecendo a
chancela jurisdicional na reparação ao dano sofrido injusta e ilicitamente pelo
consumidor.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:

O autor, sob as penas legais, declara não ter condições de


arcar com as custas processuais e demais ônus, inclusive honorários
advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família, pelo que requer à
Vossa Excelência a concessão dos benefícios da assistência judiciária (doc.j).

Outrossim, informa que o patrocínio da presente causa dá-


se gratuitamente, conforme declaração anexa.

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DOS PEDIDOS:

ISTO POSTO, requer à Vossa Excelência:

1. A citação da Ré para, querendo, apresentar sua defesa, em


audiência de instrução, conciliação e julgamento a ser designada por este juízo,
sob pena de revelia.

2. A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6 , VIII do CDC.

3. Seja deferida a Gratuidade de Justiça à Autora, considerando a


impossibilidade de arcar com os ônus advindos da prestação jurisdicional, sem
prejuízo de seu sustento e de sua família, nos termos da lei.

4. Sejam julgados totalmente procedentes os pedidos, para condenar a


empresa ré a ressarcir o autor no valor das peças que foram danificadas,
que somam o valor de R$ 1.350,00 (Mil trezentos e cinqüenta reais) ,
conforme laudos em anexo ou na entrega de um novo computador do
mesmo modelo do autor, conforme Nota Fiscal em anexo, a titulo de
reparação de danos materiais, e para condenar a Ré ao pagamento de
R$ 20.400,00 (Vinte Mil reais) ou do quantum ser determinado por este
douto Juízo, a título de reparação por danos morais, considerando-se

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não só o caráter educativo da reparação, mas também o de cunho


punitivo, coibindo práticas desta natureza e trazendo o equilíbrio para as
relações de consumo.

5. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos,


sobre tudo pelo depoimento pessoal do Réu, sob pena de confesso quanto à
matéria de fato, juntada de documentos, pericial, entre outras que se mostrarem
necessárias.

Dá-se à causa o valor de R$ 20.400,00.

Termos em que pede deferimento.

Rio de Janeiro, 24 de Junho de 2010.

é,1- ceo"-uldtib'
RAFAEL IORUBANI ALVES CLEMENTE

OAB/RJ 158.032

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