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CURSO DE PSICOLOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I

SALVADOR – BAHIA
2019
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO – FIB


CURSO DE PSICOLOGIA
Adrianne Mendes
Ailson Cardoso
Crislaine Santos
KauanaSotero
Vanessa Luz

Estágio Supervisionado Básico I

Atividade avaliativa da disciplina


Estagio básico I, entrevista com
Um profissional da psicologia clinica.

Salvador-Bahia
2019
3

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO I

Atividade avaliativa da disciplina


Estagio Supervisionado Básico I em psicologia, Centro
Universitário Estácio da Bahia, como
Pré-requisito parcial para aprovação na
Disciplina.
Orientadora Prof.ª Ana Paula
Sobral Araujo – CRP 03/9478

Salvador-Bahia
2019
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RESUMO

O presente trabalho visa nos colocar em contato com os profissionais de duas


abordagens diferentes, a saber, TCC e Psicanálise, e nos mostrarquais os
percalços, as limitações, os objetivos e as principais atribuições de um
psicólogo clinico.
As entrevistas com os psicólogos clínicos, da abordagem TCC e da abordagem
Psicanálise, teve como objetivo apresentar aos discentes o funcionamento
prático para os conteúdos teóricos abordados durante o curso. Foi de grande
valor para nós discentes, demonstrando como é a relação do profissional com
os pacientes e a rotina de trabalho em uma clinica.

Palavras chave: estágio; psicólogo clínico; entrevista; TCC; relatório;


Psicanálise.

ABSTRACT

The present work aims to put us in contact with the professionals of two
different approaches, namely, CBT and Psychoanalysis, and to show us the
mishaps, limitations, objectives and main attributions of a clinical psychologist.
The interviews with clinical psychologists, the CBT approach and the
Psychoanalysis approach, aimed to present to the students the practical
operation for the theoretical contents addressed during the course. It was of
great value to us students, demonstrating how the professional relationship with
patients and the routine of work in a clinic.

Keywords: stage; clinical psychologist; interview; TCC; report; Psychoanalysis.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 6

2. CARACTERISTICAS, OBJETIVOS E FUNCIONAMENTO ............................ 8

2.1. PSICOLOGIA CLÍNICA............................................................................ 8

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 10

3.1. METODOLOGIA – ABORDAGEM TCC................................................. 14

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 16

4.1. METODOLOGIA – ABORDAGEM PSICANÁLISE ................................ 20

5. CONCLUSÃO............................................................................................... 22

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 23
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1.INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado Básico tem como objetivo geral o desenvolvimento


de um conjunto de competências básicas que envolvem práticas articuladoras
do saber/fazer psicológico. A proposta do Estágio Básico é, portanto, que o
aluno tenha uma primeira inserção no campo profissional da psicologia, ter um
contato direto com um profissional atuante na psicologia e acrescentar saber
acadêmico e experiências ao discente. O Estágio Básico propõe o
desenvolvimento de três competências gerais: a capacidade de intervir em um
campo psicológico, a capacidade de integralização dos eixos do curso (saúde,
processo de ensino aprendizagem e relações de trabalho) e a capacidade
autocrítica. O estágio é considerado o momento em que as teorias aprendidas
pelos acadêmicos são aliadas à prática bem como o momento em que o futuro
profissional experimenta e atua efetivamente em seu campo de formação.

De acordo com Castro (05/2011)

“De aprendiz a proficiente. E do inicio dessa


transformação que se trata o estagio :uma etapa no
processo de aprendizagem ,da verdadeira formação
profissional na vida real.Talvez ate um ritual de passagem
de jovens estudantes a profissionais .Estes estudantes
que deixam o ambiente protegido das salas de aula para
enfrentar a barra pesada da vida profissional .É nesse
momento que reunimos tudo que estamos vivendo e
repartimos com o próximo ,para auxilia - lo num ato de
transferência .O importante e que aprendemos .nos
transformamos e nos tornamos pessoas melhores,a partir
do momento em que vamos para campo ,expor nosso
aprendizado e ir em busca da experiência e do novo”.

É no estágio também que o acadêmico conhece, analisa e reflete sobre seu


futuro ambiente de trabalho. O aluno de estágio precisa enfrentar a realidade
munido de teorias que aprendeu ao longo do curso, da prática que observa,
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das experiências que vivenciou e que vive enquanto aluno, além das
habilidades que aprendeu a desenvolver ao longo do curso de licenciatura que
escolheu. O Estágio Supervisionado Básico I é um componente curricular
importante no desenvolvimento do estagiário, devido ao fato que ele
proporciona a interação dos conhecimentos teórico-práticos, não visando
apenas o conceito da aprendizagem, mas sim as experiências do aluno no
campo de estágio ao qual ele escolheu que não se apresenta apenas como um
treinamento, mas como um processo de questionamento diante de diversos
assuntos devido a um conhecimento teórico adquirido.

O estágio, devidamente supervisionado, como


componente curricular favorecendo a interação teórica –
pratica,mais do que aprendizagem, compreende uma
vivencia, não podendo ser reduzido a um treinamento
para aprender o “como fazer” sem que o entendimento
acompanhe o ” porque” e” para que” da cão .
Daí entendemos que, no estagio, o aluno vivencia as
práxis profissional e ao vivenciá-la aprende a utilizar o
instrumento e a interagir numa rede institucional e
pessoal, em situações concretas e desafiadoras.
(BARBOSA, 10/2004).

O presente relatório tem como proposta descrever as atividades de Estágio


Supervisionado Básico realizadas através de entrevistas com psicólogos
clínicos de duas abordagens diferentes, a saber, TCC e Psicanálise. As
atividades desenvolvidas na primeira etapa do processo correspondem ás
relações interpessoais de pacientes em ambas as abordagens, visando
trabalhar as relações dos pacientes com o seu diagnostico, bem como um
pouco das experiências profissionais, pessoais e vivências clinica da Psicóloga
Valeria Canielo, que atua na abordagem Terapia Cognitivo Comportamental e a
Psicóloga Tânia Porto que atua na abordagem Psicanálise. Este relatório trás
também as características, objetivos e funcionamentos, os métodos a serem
utilizados e uma fundamentação teórica das abordagens escolhidas.
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2. CARACTERISTICAS, OBJETIVOS E FUNCIONAMENTO


2.1. PSICOLOGIA CLÍNICA

A história da psicologia clínica remonta desde o final do século XIX. O termo


psicologia clínica foi usado pela primeira vez pelo americano Lightner Witmer,
aluno do conceituado psicólogo, médico e filósofo alemão Wilhelm Wundt.
Witmer fundou a primeira clínica de psicologia na Universidade da Pensilvânia
nos Estados Unidos em que eram tratadas algumas crianças com queixas
escolares. Em 1917 foi fundada a Associação Americana de Psicologia Clínica,
que em 1919 fundiu-se com a Associação Psicológica Americana, na qual
passou a ter a seção clínica. O psiquiatra Emil Kraeplin, aluno de Wundt,
buscou transferir o método científico experimental para as questões
psiquiátricas, opondo-se á abordagem baseada em especulações, típica da
psicopatologia de então, e deu assim um grande impulso á psicologia clínica.O
significado do termo clinica, que segundo Doron&Parot (1988), "(...)
originariamente, a atividade clínica (do grego klinê - leito) é a do médico que, à
cabeceira do doente, examina as manifestações da doença para fazer um
diagnóstico, um prognóstico e prescrever um tratamento" (Doron e Parot, 1998,
pp.144-145), ou seja, a psicologia clinica está relacionada ao modelo médico,
onde o profissional observa e compreende o paciente, para posteriormente
intervir.A Psicologia Clínica é a parte da psicologia que se ocupa em estudar
transtornos mentais e suas manifestações psíquicas. Essa área inclui
(prevenção, promoção, psicoterapia, aconselhamento, avaliação, diagnóstico,
encaminhamentos, dentre outros). Fundamentalmente, o que diferencia a
Psicologia Clínica das outras áreas da Psicologia é a maneira de atuar sobre
cada caso. A prática clínica pressupõe uma abordagem específica, que utiliza o
método da fala e da escuta, em um espaço previamente preparado e adequado
a esse fim. Inquietações, medos, conflitos e sofrimentos: todas essas questões
são expostas nas consultas aos psicólogos clínicos, que usam seu
conhecimento para levar alívio emocional e psicológico a seus clientes por
meio de psicoterapias.
9

"Entendemos que a psicologia clínica se distingue das demais


áreas psicológicas muito mais por uma maneira de pensar e
atuar, do que pelos problemas que trata. O comportamento, a
personalidade, as normas de ação e seus desvios, as relações
interpessoais, os processos grupais, evolutivos e de
aprendizagem, são objeto de estudo não só de muitos campos
da psicologia como também das ciências humanas em geral"
(MACEDO, 1984, p.8).

A Psicologia clinica pode ser considerada como uma prática em constante


mutação, podemos nos basear de fato em uma técnica, porém a forma como
essa técnica será aplicada no paciente é objetiva a ele, ou seja, é subjetiva de
paciente para paciente. Sempre com o intuito de prover a saúde e a qualidade
de vida das pessoas. Meiras (1987, p.186) traz uma definição para a finalidade
da Psicologia Clinica, segundo ele, a Psicologia Clinica busca definiras
capacidades e características de comportamento de um indivíduo através de
testes de medição, análise e observação e, integrando esses resultados e
dados recebidos de exames físicos e histórico social, fornecer sugestões e
recomendações, tendo em vista o ajustamento apropriado do indivíduo. Por
todos esses aspectos pode-se afirmar que a Psicologia Clínica, que nasceu com a
pratica em doentes em sofrimento, e que se recusou, naquela época, a extrema
objetivação induzida pelo método cientifico, tenta produzir seu próprio
conhecimento, buscando respeitar simultaneamente as singularidades do
sujeito e o rigor cientifico, trazendo uma diversificação nas intervenções e
métodos usados e os tratamentos das informações e das produções teóricas,
renunciando assim, à adesão a modelos únicos e dogmáticos.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

TCC (TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL)

A Terapia Cognitiva Comportamental ou TCC é uma abordagem da


psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Behaviorismo radical
com teorias cognitivas. A TCC entende a forma como o ser humano interpreta
os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si,
ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação a uma
situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra
sensação negativa.A história da terapia cognitiva inicia-se em 1956 quando
Aaron Beck realizou um trabalho de pesquisa com o intuito de verificar os
pressupostos psicanalíticos acerca da depressão. Para Freud (1917), pessoas
deprimidas apresentavam uma “hostilidade retrofletida” ou seja, uma espécie
de masoquismo ou necessidade de sofrer. Os estudos de Beck o levaram a
deparar-se com resultados de outra natureza: alguns pacientes apresentaram
melhoras em resposta a algumas experiências bem sucedidas e não resistiram
a estas mudanças, contrariando o esperado (Beck &Alford,2000). Isto fez com
que Beck e demais pesquisadores iniciassem uma seqüência de novos e
diversos estudos sobre a depressão que passou a ser vista como um
transtorno cuja principal característica seria uma tendência negativa onde a
pessoa deprimida apresenta, muito freqüentemente, expectativas negativas
com relação ao resultado de seus comportamentos e uma visão também
negativa de si mesma, do contexto em que está inserida e de seus objetivos
(Beck, Rush, Shaw &Emery, 1979). A partir disso, os demais estudos
desenvolveram-se de forma a testar estratégias de modificação de tais
tendências negativas existentes na depressão bem como a extensão da
testagem deste novo modelo a outros transtornos. Os termos terapia cognitiva
(TC) e o termo genérico terapia cognitivo-comportamental (TCC) são usados
com freqüência como sinônimos para descrever psicoterapias baseadas no
modelo cognitivo. O termo TCC também é utilizado para um grupo de técnicas
nas quais há uma combinação de uma abordagem cognitiva e de um conjunto
de procedimentos comportamentais. A TCC é usada como um termo mais
amplo que inclui tanto a TC padrão quanto combinações teóricas de estratégias
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cognitivas e comportamentais. Aaron Beck, formulou uma base teórica


coerente antes do desenvolvimento de estratégias terapêuticas. As diretrizes
para desenvolver e avaliar o novo sistema de psicopatologia e psicoterapia
foram:1 1) construir uma teoria abrangente de psicopatologia que dialogasse
bem com a abordagem psicoterápica; 2) pesquisar as bases empíricas para a
teoria; e 3) conduzir estudos empíricos para testar a eficácia da terapia. As
pesquisas subseqüentes envolveram diversos estágios:5 a tentativa de
identificar os elementos cognitivos idiossincráticos derivados de dados clínicos
em vários transtornos; desenvolver e testar medidas para sistematizar essas
observações clínicas; e preparar planos de tratamento e diretrizes para terapia.

“A terapia cognitiva busca aliviar as tensões psicológicas


por meio da correção das concepções errôneas. Ao
corrigir as crenças errôneas, podemos acabar com as
reações excessivas.”Aaron Beck

De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a


acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com
base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes
hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de
formas variadas a uma situação específica podendo chegar a conclusões
também variadas. Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma
característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, em outros
momentos estas respostas podem ser idiossincráticas derivadas de
experiências particulares e peculiares a um indivíduo. Em qualquer situação
estas respostas seriam manifestações de organizações cognitivas ou
estruturas. Uma estrutura cognitiva é um componente da organização cognitiva
em contraste com os processos cognitivos que são passageiros (Beck, 1963;
1964). Assim, a teoria cognitiva tem como objeto de estudo principal a natureza
e a função dos aspectos cognitivos, ou seja, o processamento de informação
que é o ato de atribuir significado a algo.O objetivo da Teoria Cognitiva é
descrever a natureza de conceitos (resultados de processos cognitivos)
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envolvidos em determinada psicopatologia de maneira que quando ativados


dentro de contextos específicos podem caracterizar-se como maladaptativos ou
disfuncionais e tem como principio fundamental o conceito que diz que a
maneira como os indivíduos percebem e processam a realidade influenciará a
maneira como eles se sentem e se comportam. Desta forma, a base
terapêutica da TC, desde seus primórdios, tem sido reestruturar e corrigir esses
pensamentos distorcidos e colaborativamente desenvolver soluções
pragmáticas para produzir mudança e melhorar transtornos emocionais.
Tanto Bahls, Biggs & Rush (1999) como Beck &Alford,(2000) apontam que o
fundamento da terapia cognitiva é fornecer estratégias capazes de corrigir
conceitos idiossincrásicos, ou seja, incomuns e impróprios. Provavelmente foi
Beck que denominou Terapia Cognitiva, por considerar introspecção, insight,
testar a realidade e aprendizagem como processos cognitivos. Para ele, os
problemas psicológicos podem ser resolvidos corrigindo concepções falsas,
aguçando discriminações e aprendendo atitudes mais adaptativas. Beck trás,
junto com a sua teoria, técnicas para modificar a percepção que o cliente tem
do seu diagnostico, ele ressalta a importância de, em primeiro lugar,
estabelecer uma boa relação de trabalho com o paciente, e chama
esseprocedimento de empirismo colaborativo, onde paciente e terapeuta
trabalham como uma equipe para avaliar as crenças do paciente, testando-as
para verificar se estão corretas ou não e modificando-as de acordo com a
realidade. Em segundo lugar, o terapeuta usa o questionamento socrático
como um meio de guiar o paciente em um questionamento consciente que
permitirá que este tenha um insight sobre seu pensamento distorcido, um
procedimento chamado descoberta guiada.Ao longo de todo tratamento, utiliza-
se a abordagem colaborativa e psicoeducativa, com experiências específicas
de aprendizagem desenhadas com o intuito de ensinar os pacientes a: 1)
monitorar e identificar pensamentos automáticos; 2) reconhecer as relações
entre cognição, afeto e comportamento; 3) testar a validade de pensamentos
automáticos e crenças nucleares; 4) corrigir conceitualizações tendenciosas,
substituindo pensamentos distorcidos por cognições mais realistas; e 5)
identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas subjacentes a padrões
disfuncionais de pensamento.A eficácia clinica da TCC tem sido bem
estabelecida em estudos controlados, no tratamento de quadros depressivos
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unipolares, tanto em adultos quanto em crianças, no transtorno do pânico, com


ou sem agrofobia, na fobia social, no transtorno de estresse pós - traumático
(TEPT), no transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e em estudos não
controlados na esquizofrenia e na bulimia nervosa. A TCC está sendo testada
em numa série de outras condições psiquiátricas, como na dependência
química, especialmente na prevenção de recaídas, nos transtornos de
personalidade, no transtorno delirante, no transtorno do humor bipolar, no
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, nos transtornos de impulsos,
no tratamento de problemas conjugais, em problemas médicos como a dor
crônica, entre outros.Além disso, a Terapia Cognitiva Comportamental auxilia
nas diversas questões que envolvem nossa vida como um todo, como:
dificuldades nos relacionamentos, escolhas profissionais, luto, separações,
perdas, estresse, dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e
muitos outros.
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3.1. METODOLOGIA – ABORDAGEM TCC


PSICÓLOGA VALÉRIA CANIELO

A atividade foi realizada em modelo de entrevista com a psicóloga Valéria


Canielo, CRP 03.IPI5255, Terapeuta Cognitiva Comportamental.
A entrevista foi realizada na própria instituição no dia 02 de abril de 2019 às
16h30min.
A psicóloga Valeria Canielo, CRP: 03/5255compareceu ao Centro Universitário
Estácio Da Bahia para realização da entrevista; foi utilizado um questionário
formado pelos alunos e avaliado pela orientadora da disciplina; recebemos a
profissional em uma sala onde todos poderiam ter acesso visual umas das
outras, quando a entrevista fosse iniciada.A profissional falou um pouco sobre
seu trabalho e a abordagem, a mesma atua em clinica há 10 anos, além de ser
professora, escritora e já foi coordenadora de faculdade. A psicologia foi sua
segunda formação. A profissional escolheu a Psicologia por se interessar pelo
comportamento do ser humano e área de testes, já tinha trabalhado em Rh e
entrou com foco em psicologia organizacional.
Escolheu a TCC por achar uma abordagem mais técnica e instrumental,
ressaltou que sempre gostou muito de ler as teorias de Freud e Lacan, mas
acha que são teorias que servem apenas como bases por serem mais antigas,
e, segundo ela, não respondem todos os questionamentos da atualidade.
Porém deixou claro que isso não interfere no uso de outras técnicas quando
necessário.Valeria relatou um desafio no primeiro atendimento quando atendeu
um caso de abuso sexual na infância e confessou que teve dificuldade em
conseguir separar a dor do paciente da dor dela.Hoje em dia a sua maior
dificuldade é conseguir tempo para se dedicar a divulgação do seu trabalho e
na busca de clientes, por ter dois filhos e ter que dividir o seu tempo em tarefas
maternais e domesticas. O diagnóstico mais comum recebido em sua clínica é
o de ansiedade, na sua grande parte mulheres. Também recebe clientes com
transtorno alimentar, depressão, luto, e ainda não teve dificuldade em relação à
demanda apresentada (nunca precisou encaminhar clientes).
A profissional que entrevistamos também nos deixou esclarecida que podemos
nos aprofundar em uma abordagem, mas sempre que for necessário (isso
vamos perceber de acordo com a demanda) devemos fazer uso de outras
15

abordagens; a psicóloga entrevistada também nos orientou que ter uma


supervisão é imprescindível para a saúde mental do profissional.
Conseguimos observar que a experiência e o contato com os pacientes nos
darão a segurança que precisamos para seguir em frente.
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PSICANÁLISE

A psicanálise é um método terapêutico criado por Sigmund Freud( 1856-1939)


que trata os transtornos metais. O objetivo de Freud é liberar emoções e
experiências reprimidas, ou seja, trazer o inconsciente ao consciente.
Freud, através de suas ideias inovadoras, conseguiu elaborar uma teoria do
psiquismo humano, dando origem à psicanálise.
Freud fez a diferença e sua teoria é um paradigma no desenvolvimento do
pensamento cientifico. Depois de Freud tudo mudou, foi a virada do século com
a maior mudança no entendimento do ser humano e o maior impacto que
causou na humanidade
Sigmund Freud, fundador da psicanálise e da abordagem psicodinâmica da
psicologia, enfatizava a influência da mente humana, que segundo ele, era
composta de três elementos: o id, o ego e o superego.Na psicanálise Freud
pedia para seu paciente ficar em um sofá e relaxar e o psicanalista sentava-se
atrás dele tomando nota enquanto o paciente contava sobre seus sonhos e
memórias de infância.
No processo terapêutico o convite feito pelo analista é que o cliente diga tudo
que lhe vier à mente sem restrições, essa ação empreende o inicio de uma
ação psíquica. A essa ação se contrapõe uma força psíquica oposta e de igual
intensidade, fato esse que implica na ocorrência de uma resistência ao avanço
das associações e da emergência do material inconsciente que os clientes
possam permitir emergir. Neste momento é que a instauração da transferência
se apresenta como uma tentativa de resolução para esse conflito entre forças
opostas: o material inconsciente que procura vir à tona e a resistência a essa
possibilidade. Com isto fica determinada a dupla face da transferência, já que
ao mesmo tempo em que sua instauração assinala a emergência de um
material proveniente do inconsciente aponta para um momento de fechamento
do mesmo.
Devido à natureza do mecanismo de defesa e a inacessibilidade das forças
deterministas que operam no inconsciente, a psicanálise em sua forma clássica
é um processo demorado, muitas vezes ocorrendo durante vários anos.
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A abordagem da psicanálise assume que a redução de sintomas por si só é


relativamente inconsequente, já que o conflito subjacente não é resolvido os
sintomas neuróticos serão simplesmente substituídos. O analista é tipicamente
uma tela em branco revelando muito pouco sobre si mesmo a fim de que o
cliente possa usar o espaço no relacionamento para trabalhar em seu
inconsciente, sem interferência do exterior.
O psicanalista utiliza varias técnicas como incentivo para o paciente
desenvolver insights sobre seu comportamento e os significados de sintomas,
incluindo borrões de tinta, atos falhos, associações livres, interpretação
(incluindo analise dos sonhos), analise de resistência e analise de
transferência.

‘’Freud chegou a comparar sua descoberta do


inconsciente com dois outros golpes desferidos pela
ciência sobre o amor próprio da humanidade: se
Copérnico retirou a terra do centro do universo e Darwin
mostrou que o homem não esta no centro da criação, a
psicanálise, por sua vez descentrou o homem de si
mesmo ao mostrar que o eu não é o senhor nem mesmo
em sua própria casa. ’’ (Fundamentos da Psicanálise de
Freud e Lacan, 2014, p17)

As teorias de Freud sobre os estágios psicossexuais, o inconsciente e o


simbolismo dos sonhos continuam sendo um tema popular entre os psicólogos.
Muitas das observações e teorias de Freud foram baseadas em casos clínicos
e estudos de casos, as teorias de Freud mudaram a forma como pensamos
sobre a mente e o comportamento humanos e deixaram uma marca duradoura
na Psicologia e na cultura.
Outro teórico associado à psicanálise é Erik Erikson, ele expandiu as teorias de
Freud e enfatizou a importância do crescimento ao longo da vida. A teoria do
estagio psicossocial da personalidade de Erikson permanece influente hoje em
nossa compreensão do desenvolvimento humano.
De acordo com a American PsychoanalyticAssociation, a psicanálise ajuda as
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pessoas a se entenderam explorando os impulsos que muitas vezes não


reconhecem porque estão escondidos no inconsciente, hoje a psicanálise
engloba não apenas a terapia psicanalítica, mas também a psicanálise
aplicada, que aplica os princípios psicanalíticos a configurações e situação do
mundo real. Bem como a neuropsicanálise que aplica a neurociência a tópicos
psicanalíticos como sonhos e repressão.
Enquanto as abordagens freudianas tradicionais podem ter caído em desuso,
as abordagens modernas da terapia psicanalítica enfatizam uma aproximação
não critica e empática. Os pacientes são capazes de se sentir seguros
enquanto exploram sentimentos, desejos memórias e estressores que podem
levar as dificuldades psicológicas. Pesquisas também demonstram que o auto-
exame utilizado no processo psicanalítico pode ajudar a contribuir para o
crescimento emocional a longo prazo.
Com sua capacidade de observação através das maneiras pelas quais as
pessoas se comportavam (no caso seus pacientes) ele pode defender alguns
conceitos científicos completamente estranhos para época, rompendo com a
barreira do moralismo e ceticismo.
Na França as idéias de Freud puderam ser mais bem encaminhadas graças ao
movimento de Lacan, outro impar nesta área, porque conseguiu fazer a teoria
freudiana as suas origens, seja por uma melhor tradução do alemão, seja por
captar a essência da mente do medico com mais lucidez e discernimento.
Somente uma pessoa com alta sensibilidade para ver o outro consegue
entender a teoria psicanalítica.

‘’Depois de um século de existência da teoria e da pratica


psicanalíticas, tal pergunta poderia de fato parecer
irrisória. Não é essa a posição que defendo: tal questão
insiste exigir de nos uma maior elaboração desde que
Freud introduziu em seus primeiros trabalhos
psicanalíticos o conceito de inconsciente. De fato a
questão sobre o que é o inconsciente foi continuamente
sustentada por Lacan (1998) enquanto enigma que exige
decifração. ’’ (Fundamentos da Psicanálise de Freud e
Lacan, 2014, p.9)
19

Em outros casos a psicanálise pode ser tornar a protagonista, evitando o


recuso aos produtos farmacêuticos e seus inevitáveis efeitos colaterais. Podem
também levar as pessoas a entenderem que os conflitos internos são inerentes
ao ser humano normais. Auxiliando-os a conviver com eles.
Além disso, vários conceitos desenvolvidos por Freud serviram a diversos
ramos da psicologia e possibilitaram o avanço dessa ciência que não se limita
a tratar de distúrbios, mas a de tentar explicar os processos psíquicos do ser
humano. O tratamento psicanalítico de diversos transtornos mentais continua a
ser revelar eficaz e ajudar uma grande quantidade de indivíduos a ficarem com
maior equilíbrio na vida, melhorando o relacionamento consigo mesmo e com
os outros.
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4.1. METODOLOGIA – ABORDAGEM PSICANÁLISE

PSICÓLOGA TANIA M. DO S. N. PORTO

A atividade foi realizada em modelo de visita técnica, no dia 13 de maio de


2019 as 14h00min, os discentes compareceram no endereço para realizar a
entrevista com a psicóloga Tania M. do S.N. Porto CRP 03-0799.
Foi utilizado um questionário formado pelos alunos e avaliado pela orientadora
da disciplina e durante a entrevista os discentes se permitiram a fazer outras
perguntas também relacionadas ao referido tema conforme surgiam às
demandas. A profissional nos recebeu em ambiente discreto, onde todos se
sentaram em cadeiras confortáveis tendo contato visual direto com psicóloga.
Iniciada a entrevista, a psicóloga falou como virou psicanalista, a mesma disse
que sempre gostou de Psicologia e que sempre gostou de ler, ate que um dia
ela se deparou com um livro de Freud, na mesma época em que a mesma iria
prestar vestibular, foi a partir daí que resolveu prestar vestibular para
Psicologia. No inicio do curso, relata que perdeu total
interesse pelo curso e pensou em desistir varias vezes, foi então que conheceu
a psicanálise, porém, teve a principio, uma resistência, mas depois começou a
se aprofundar mais no assunto, foi quando se apaixonou pela
psicanálise.Através de grupos de estudos e analise achava que a psicanálise
tinha uma profundidade que as outras abordagens não tinham, teve seu
primeiro atendimento no COFAN- Centro de Orientação Familiar na qual ela
relata que apesar do nervosismo foi fantástico. Relata também que a demanda
maior na clinica é ansiedade.Ela trabalha diretamente com neurótico por
escolha própria, mas acontece de atender psicóticos. A profissional relatou a
importância do Setting Terapêutico, onde é necessário que seja um ambiente
acolhedor, onde o paciente se sinta confortável e a vontade, sem ter muitas
interferências ou algo que tire a atenção do paciente, um ambiente que propicie
um relaxamento. A mesma atende seus pacientes
em media de tempo de 45 minutos, mas, dependendo da demanda exposta
pelo paciente, pode acontecer de aumentar ou diminuir o tempo de
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atendimento.
O nosso questionário foi elaborado e ditado por todos os integrantes da equipe,
respeitando o limite de tempo do profissional que nos foi confiado. A Psicóloga
que entrevistamos estava muito solicita a ajudar e responder nossos
questionamentos da melhor forma possível.
Toda a entrevista foi bastante esclarecedora, nos permitiu ter uma noção ampla
de como funciona um atendimento em uma clinica de psicanálise, de como
podemos buscar novos pacientes, de como podemos lidar com algumas
questões que surgirem durante o de um atendimento.
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5. CONCLUSÃO

O objetivo dessa atividade avaliativa foi colocar o aluno em contato com os


profissionais da área de Psicologia Clinica, tivemos o rico contato com essas
profissionais, que nos mostrou de forma bem clara e sucinta como funciona
uma clínica, bem como as dificuldades encontradas nesse campo e a sua
forma de trabalho.
Foi muito satisfatório para todos os membros da equipe o contato direto com
psicólogas tanto da abordagem TCC, quanto da abordagem Psicanálise, nos
permitiu ver de forma concreta a atuação nessas áreas da psicologia. Com
esse contato direto conseguimos ter claramente a visão de como será nossa
vida como profissionais, e cada abordagem vista nos proporcionou um
momento de reflexão em torno do conteúdo que foi aprendido.
Tivemos a rica experiência de visitar o ambiente de trabalho e ver como
funciona literalmente um atendimento em psicanálise, a profissional foi enfática
ao dizer que o ambiente precisa ser tranquilo e calmo para que a escuta ocorra
de maneira tranquila, pois o paciente precisa estar relaxado, por isso, as luzes
baixas são necessárias e o silêncio é primordial.
Com base na nossa experiência, podemos observar a importância de estarmos
buscando o contato com profissionais atuantes em Psicologia para enriquecer
nosso conhecimento e trazer novas experiências a nossa caminhada como
discentes desse curso.
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6. REFERÊNCIAS

1. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932001000400009https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigo
s/psicologia/psicanzzzalise-clinica-o-papel-do-psicanalista-que-atua-na-
area-clinica/48133
2. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932007001200004
3. https://pt.scribd.com/doc/58954328/Breve-Historia-da-Psicologia-Clinica
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