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A NECESSIDADE DE SE PRESERVAR
RESUMO
Esta dissertação parte de uma análise minuciosa e crítica a respeito do patrimônio
histórico-cultural, e de como se encontra banalizado e esquecido esses objeto que
hoje neste trabalho passa a ser a pedra angular de minha discussão, com base em
artigos, revista e livros, que nos diz respeito a um tempo onde presenciamos a
nossa história sendo destroçada e enterrada pouco a pouco, pois não se consegue
uma harmonia entre o velho e o novo, o antigo e o moderno uma sintonia que ambas
possam ser útil sem ter que extinguir uma a outra. Pois a nossa formação da
identidade necessita de um conjunto sólido de memórias passadas e presentes.
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Aluno do 5º Período de Licenciatura plena em História pela Faculdade de Formação de Professores da Mata
Sul – FAMASUL.
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como intuito o despertar de um olhar diferenciado daqueles
que olham com desprezo e desdém edificações de outrora as quais para muitos
parecem “feias”, pois esses não sabem o seu real valor, também daqueles que
desconhecem sua história e cultura e tampouco preserva o seu patrimônio natural. É
com esse objetivo que venho escrever esse trabalho, para propor de forma passiva
a permanência e preservação desses patrimônios, pois nossa identidade depende
do que nos rodeiam.
Para entendermos melhor tal contexto temos que aprofundarmos na essência
termológica e significativa das palavras como “patrimônio, historia e cultura” que
darão significado ao termo patrimônio histórico-cultural.
1. PATRIMÔNIO E DEFINIÇÕES
Segundo a historiadora Françoise Choay (2001, p.11), o termo “patrimônio”
Em sua origem, estava ligado às estruturas familiares, econômicas e jurídicas de
uma sociedade estável, enraizada no espaço e no tempo, o qual hoje toma novas
proporções englobadas por outros adjetivos (genético, natural, histórico, entre
outros) que fazem dele um conceito “nômade”, ou seja, passando a não ter uma
determinação fixa ampliando assim sua significância, passando agora a ser com
freqüência empregado cotidianamente para designar um conjunto de bens, materiais
ou não, direitos, ações, posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa, ou seja
suscetível de apreciação econômica.
Contudo podemos notar a proporção tomada desde a gênese da termologia
“Patrimônio” até os dias atuais. Hoje podemos encontrar novas divisões da
expressão antes citada como “patrimônio material e imaterial”.
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divididos em bens imóveis como os núcleos urbanos, sítios
arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis como
coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais,
bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e
cinematográficos.(IPHAN, 2014)
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Podemos notar no que expressou Tylor que a Cultura é passada
empiricamente de geração a geração, é algo que esta ligada diretamente a
identidade de um povo.
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3. BONITO E SEUS PATRIMÔNIOS
Bonito uma cidade localizada a 133 km da capital de Pernambuco, a cidade
possui três micro regiões, Mata Úmida, Mata Seca e a Zona de Transição. Seu clima
é quente-úmido bastante agradável. A cidade é rica geograficamente, pois assim o
faz seu bioma, sendo Bonito um brejo de altitude. E não apenas estas coisas a torna
rica, mas também sua historia, a qual é de grande importância para o Pernambuco e
até mesmo para o Brasil.
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sobrado da esquina da rua da Matriz entre outros casarios localizados na mesma a
pouco referida.
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Foto: Casario localizado na Av. Agamenon Magalhães
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Esse fenômeno não ocorre apenas com os casarios antigos, mas também
com as casas comerciais de mesmas estruturas, assim como o sobrado antigo,
construído na primeira década do século XX, e que era uma casa comercial, hoje
pertence a prefeitura da cidade.
Podemos notar pela primeira foto, que no lugar onde são hoje janelas, na sua
arquitetura de origem eram todas portas, isso, pois como acima referido o mesmo
era uma casa comercial.
Posso dizer que as edificações não são os únicos a sofrerem esse processo
de alterações ocorrido com o passar do tempo, talvez pela falta de interesse coletivo
em preservar ou meramente descaso com a história e o que podemos deixar para as
futuras gerações. Outro que sofrem com essas transformações é Patrimônio natural,
O qual engloba a fauna, flora e sua hidrografia, segundo o livro Bonito Pernambuco:
História e Ecologia de Kleber de Burgos, antes de sua colonização, o lugar possuía
uma cobertura vegetal que correspondia a três sucessões florísticas: floresta
perenifólia, floresta subperenifólia e floresta caducifólia. Porém esta encontra-se
bastante degradada, pela ação antrópica, causada para proporcionar o avanço da
agricultura, como poderemos observar na foto a baixo.
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Foto: barragem do INCRA no Engenho Barra Azul.
Podemos reparar na parte inferior do lado direito da imagem, que não há mais
vegetação nativa, porém um plantio de inhame como também em outro lugares
podemos encontrar bananeiras, alfaces, tomates entre outros.
Este acima ocorre em área visível, mas há caso onde entram na mata e em
seu interior cortam as arvores para em seus lugares plantarem bananeiras ou outro
tipo de agricultura.
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Foto 2: Praça de São Sebastião reconstruída no inicio do século XXI.
Vemos de certo modo, que a cada dia mais o novo esta sobrepujando
edificações que outrora foram de grande significado para o consciente coletivo. Isso
ocorre, pois como ressalta a historiadora Lúcia Lippi de Oliveira:
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A historiadora Stanger no que diz respeito à preservação e valorização do
patrimônio cita Custódio:
Talvez esse conhecimento e orgulho acima citado, seja o que nos falta, pois
como podemos preservar algo que não conhecemos, e como poderemos sentir
orgulho se não sabemos o seu valor sentimental ou histórico, pois nem tudo em que
se há valor é monetário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como podemos observar este trabalho tem como base fundamental a
preservação do patrimônio histórico-cultural, pois percebo a cada dia o descaso
ocorrido onde não se tem mais o sentimento pelas coisas de outrora, de que modo
poderemos nos abster de nossos deveres para com as futuras gerações, o hoje
reflete raios resplandecidos pelas lutas e buscas por melhores tempos do passado,
outros combateram por nós, agora vem a questão que não quer calar, será que
estamos combatendo, pelas próximas gerações, ou meramente deixando o tempo e
as coisas passarem para que os que há de virem façam o que nossa geração não foi
capaz de fazer? Pense nisto e preserve o nosso patrimônio e história mantendo
assim a nossa identidade e integridade, pois são pequenos gestos que fazem toda a
diferença, como um simples ato de não jogar lixos nas ruas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL, Flavio José Gomes, Bonito: Das Caçadas às Indústrias. Recife: FIAM-
CEHM. 1988. 306 p.
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CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Ed. Unesp, 2001.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi de. Cultura é Patrimônio. Um guia. RJ: Fundação Getúlio Vargas,
2008. p.114.
TAVARES, Rejane. São Sebastião Nas Águas da Fé. Recife: Scala Gráfica e
Editora Ltda, 1995. 100 p
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