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06/11/2018 Estudantes de Teologia: Pena de morte: o que a Bíblia diz?

Pena de morte: o que a Bíblia diz?


A impunidade aumenta a criminalidade. Isto
é um fato! Será que as nossas leis são
suficientemente duras a ponto de corrigirem,
ou inibirem a desordem social? Seria a pena
de morte uma punição justa e até necessária
em nosso contexto brasileiro? Este é um
assunto polêmico que apresenta dificuldades,
e algumas questões precisam ser levantadas
e respondidas em nosso estudo sobre o assunto. Primeiro, a Bíblia
proíbe, ordena ou autoriza a pena de morte? Segundo, a pena de
morte seria justamente aplicável e promoveria a segurança em
nosso contexto social? E terceiro, quem seria responsável pelo
julgamento e aplicação da pena capital?

A proposta desta lição é de estudarmos o tema, assumindo que a


Bíblia nem ordena, nem proíbe a pena capital, mas a permite como
dispositivo punitivo caso o nosso país decida adotá-lo, e que ela
amenizaria a criminalidade em nossa sociedade.

ESCLARECENDO O FUNDAMENTO

A Bíblia, como nossa única regra de fé e prática proíbe, ordena ou


autoriza a pena de morte? Mesmo numa leitura superficial do Antigo
Testamento encontraremos a ordenança de matar pessoas seguindo
alguns critérios da lei civil de Israel entregue por Deus a Moisés. Não
há proibição contra a pena de morte na antiga Aliança. Encontramos
no Antigo Testamento o 6º mandamento “não matarás”. Todavia,
esta lei não significava a proibição de toda morte como sentença
penal. Pode-se perceber que a palavra hebraica rasah traduzida por
“matar”, não expressa a força e significado do verbo original, seria
melhor vertê-la por “não assassinarás”. Assim, deve-se considerar
que a proibição do 6º mandamento é contra o assassinato, ou a
vingança pessoal, e não uma proibição da execução penal de um
criminoso pelo governo instituído por Deus.

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O Catecismo Maior de Westminster quanto à significação do 6º


mandamento esclarece que a sua proibição envolve “Quais são os
pecados proibidos no sexto mandamento? Resposta: Os pecados
proibidos no sexto mandamento são: o tirar a nossa vida ou a de
outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa
necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários
para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o
desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados
demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e
recreios; as palavras provocadoras, a opressão, a contenda, os
espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da
vida de alguém. (At 16.28; Gn 9.6; Nm 35.31,33; Hb 11.32-34; Êx
22.2; Mt 25.42,43; Mt 5.22; 1 Jo 3.15; Pv 14.30; Rm 12.19; Tg 4.1;
Mt 6.31,34; Lc 21.34; Êx 20.9.10; 1 Pe 4.3,4; Pv 15.1; Pv 12.18; Is
3.15; Nm 35.16; Pv 28.17).”[1] Assim, desde o suicídio, o
assassinato, a guerra justa, a defesa pessoal, a negligência da
segurança, sentimentos maus, palavras ferinas, a intemperança e a
agressão física são todos aspectos implícitos ordenados ou proibidos
no 6º mandamento.

Lemos algumas vezes no Antigo Testamento a ordenança de


executar pessoas, famílias, ou os habitantes de Canaã (Êx 21:23-24;
Js 7:1-26; Dt 21:18-21). A pena de morte foi socialmente
sancionada por Deus nos casos de “assassinato premeditado (Êx
21:12-14); sequestro (Êx 21:16; Dt 24:7); adultério (Lv 20:10-21;
Dt 22:22); incesto (Lv 20:11-12, 14); bestialidade (Êx 22:19; Lv
20:15-16); desobediência aos pais (Dt 17:12; 21:18-21); ferir ou
amaldiçoar os pais (Êx 21:15; Lv 20:9; Pv 20:20; Mt 15:4; Mc
7:10); falsas profecias (Dt 13:1-10); blasfêmia (Lv 24:11-14;
16:23); profanação do sábado (Êx 35:2; Nm 15:32-36); e sacrifícios
aos falsos deuses (Êx 22:20).”[2] A intenção da pena de morte no
Antigo Testamento era de frear pecados sociais de um povo que
viveu mais de 400 anos como escravo, influenciado pela cultura
pecaminosa egípcia e sem uma referência clara da justiça divina.
Deus ordenou a pena de morte na Lei, porque Ele é o soberano sobre
tudo e sempre justo juiz em punir.
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O processo e a aplicação da pena não era arbitrária, mas


criteriosamente estabelecida por Deus. D.W. Van Ness escreve que
“lendo o AT revela que se aplicavam proteções evidenciais e
processuais para abordar casos que mereceriam a pena de morte.
Estas medidas incluem a proporcionalidade (Êx 21:23-35); a certeza
da culpa estabelecida por duas testemunhas (Dt 17:6; Nm 35:30); a
intencionalidade (Nm 35:22-24); as provisões processuais incluíam
as cidades refúgio que protegiam o acusado até o momento do seu
julgamento (Nm 35); a responsabilidade individual (Dt 24:16); a
justiça do procedimento legal, independentemente do status
econômico do acusado dentro da comunidade (Êx 23:6-7); e, a
limitação da hora de se aplicar a pena de morte (Ez 33:11).”[3] Aqui
vemos Deus estabelecendo a ordem e a sua santidade e justiça no
meio do seu povo. Ao matar ou causar dano grave o assassino
perderia o direito à vida. Moisés declarou que “quem ferir o outro, de
modo que este morra, também será morto” (Êx 21:12), e este é o
mesmo princípio básico para a aplicação da pena de morte
anteriormente ordenado por Deus à Noé após o dilúvio (Gn 9:6).

A lei civil e cerimonial entregue a Israel não é válida para hoje,


embora o princípio moral, ou a lei moral tem a sua continuidade no
Novo Testamento. Isso significa que não podemos interpretar as
ordens de execução como estão no Antigo Testamento e aplicá-las
literalmente hoje. As leis civis regularam Israel enquanto nação
teocrática, e as leis cerimoniais tiveram validade até a morte de
Cristo. Mas, a lei moral que são os Dez Mandamentos tem plena
validade para hoje. Assim, os juristas brasileiros poderiam, como no
passado o fizeram, se valer dos princípios absolutos da Escritura
Sagrada para formular as doutrinas penais, decidindo por um
sistema judiciário por princípios bíblicos e menos antropocêntrico. O
princípio moral para se criar uma lei que exija a morte do criminoso
é atual, e teria autorização tanto no Antigo Testamento, como no
Novo Testamento.

No Novo Testamento a pena de morte continua como uma prática


comum, no entanto, aplicada pelo império romano e não mais pelos
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juízes de Israel. O Sinédrio de Jerusalém participava do processo de


condenação levantando as provas, fazendo a denúncia e entregando
o criminoso às autoridades romanas para a sentença final e execução
do criminoso. A partir daí dentro da hierarquia do governo romano,
desde a administração municipal até o governador da província, se
fosse um nativo julgado a sentença terminaria na opinião do
governador. Se o réu fosse cidadão romano poderia recorrer à última
instância apelando a César, ou seja, seria julgado pela república, ou
pelo próprio imperador. Por exemplo, Jesus valida a pena de morte,
com a sua própria morte (At 2:22-24; At 4:26-30), bem como Paulo,
em Rm 13:1-5, fala do uso da espada pelo magistrado em punir com
morte, e ele mesmo durante o seu julgamento se sujeita à pena
capital, caso a merecesse (At 25:8-11). Sabemos pelos relatos
históricos que o apóstolo foi executado sob a ordem do imperador
Nero. Segundo a tradição todos os apóstolos, com exceção de João,
foram executados. A pena de morte produziu os mártires da Igreja, e
o seu sangue foi a semente missionária para a expansão do
Cristianismo primitivo.

Não há na Escritura Sagrada qualquer proibição ou oposição à pena


de morte. Entretanto, ela não exige o seu uso incondicional. A Bíblia
autoriza a pena capital, caso algum país queira aprová-la, e sanciona
a sua aplicação como legítima diante de Deus.

CONCLUSÃO

Concluímos que a Bíblia nem ordena, nem proíbe a pena capital, mas
a permite como dispositivo punitivo caso o nosso país decida adotá-
lo. Assim, podemos protestar a seu favor, caso entendamos que seja
necessário a aplicação de penas mais rígidas, como a pena de morte
em nossos tribunais.

A pena de morte promove a vida de quem quer viver. O “não


matarás” é uma advertência para quem não quer se tornar um
assassino. Isto significa que se o indivíduo matou, perdeu o direito
de viver. A autoridade instituída por Deus tem o dever de proteger
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com a espada, e com este mesmo instrumento punir o criminoso


impedindo-o de ser uma possível ameaça aos cidadãos de bem.

A pena capital não é algo realizado por vingança familiar, nem sem
critérios objetivos da gravidade do crime em que se dará a
condenação. A sentença será dada pelo Estado, um juiz
especializado, leis específicas, e sobre um crime doloso e hediondo
em que envolve assassinato ou a desonra com dano irreparável do
indivíduo, como por exemplo, o estupro.

Talvez, alguém seja contra a pena de morte no Brasil argumentando


que sempre é possível um inocente morrer injustamente. De fato,
este é a melhor objeção à pena capital. Todavia, a resposta a este
argumento é satisfatoriamente dada por Gordon H. Clark quando ele
questiona “a pena de morte é inviável pela possibilidade de erro
judiciário ou o erro do judiciário deve ser minimizado ao máximo? A
continuidade de crimes deve ser garantida por lei?”[4] O sistema
legal brasileiro deve ser aperfeiçoado e corrigido e não afrouxar as
penas por ter falhas.

Três motivos deveriam nos levar a considerar como necessária a


aplicabilidade da pena de morte em nosso sistema judiciário.
Primeiro, a influência geral, ou seja, a teoria de que quando uma
pessoa é castigada outros criminosos em potencial estariam menos
dispostos a cometer os mesmos crimes. Segundo, a influência
específica, que é a teoria de que o criminoso castigado não cometerá
mais crimes estando morto. E terceiro, a retribuição legal, isto é, a
teoria de que o crime exige um castigo com uma pena que lhe seja
proporcional. A pena de morte supre perfeitamente a estas
exigências. Quando o Estado não castiga o criminoso com uma
punição equivalente ao seu crime, ele penaliza a vítima, protege o
criminoso, e fomenta a insegurança na sociedade.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:

1. Se um ladrão entrasse em sua casa, estuprasse e matasse os seus


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familiares, seria uma pena suficientemente justa a sentença de


alguns anos de prisão?
2. Aceitando que o Estado como autoridade é instituído por Deus
(Rm 13:1-7) e que ele é portador de espada, isto é, instrumento de
pena de morte “pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o
que pratica o mal” (Rm 13:4b), ele não se torna injusto ao negar-se
executar a pena capital sobre os que a merecem?
3. Se existisse a aplicação da pena de morte em nosso sistema penal
seria possível que houvesse menos grupos de extermínios, execução
por parte da polícia, vinganças entre famílias e outros efeitos
colaterais causados pela omissão e impunidade?

NOTAS:
[1] Catecismo Maior de Westminster pergunta/resposta 136.
[2] Hans Ulrich Reifler, A ética dos dez mandamentos (São Paulo,
Edições Vida Nova, 1992), p. 116.
[3] D.W. Van Ness, “pena capital” in: David J. Atkinson, org.,
Diccionario de Ética Cristiana y Teologia Pastoral (Barcelona, CLIE,
2004), pp. 894-896.
[4] Gordon H. Clark, “pena de morte” in: Carl F.H. Henry, org.,
Dicionário de ética cristã (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2007), p.
441.

Escrito por Ewerton B. Tokashiki às 4:43 PM


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