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Cubismo sintético
Cor regressa às telas (cores mais vivas), mas também se juntam
novos materiais (objetos comuns: papéis, cartão, tecidos, madeira,
corda…) – técnica assemblage;
criava novos planos no quadro, enriquecia as
tonalidades do colorido, mas sobretudo, acentuava
a essência e a verdade das representações
Abstracionismo
Desde o fim do século XIX, a arte foi-se tornando mais abstrata, uma vez
que se libertou do pormenor representativo. No entanto, ela representou
sempre objetos concretos. A ideia de desassociar a pintura da
representação do real constituiu uma novidade, originando-se assim o
abstracionismo (movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade
concreta).
Abstracionismo geométrico
Mondrian procurou fazer da pintura um meio de expressar a verdade
essencial e inalterável das coisas. Impressionado com a violência e o
sofrimento de um mundo em guerra, Mondrian procurou para o seu
trabalho, uma função social além de uma nova dimensão estética. Por
isso, não deve ser objetivo do artista expressar o seu íntimo, mas sim
procurar as verdades universais. Isto implica a eliminação, na obra de arte,
de toda a emotividade pessoal e também de tudo o que é breve.
Pretende-se atingir uma pintura liberta de tudo o que não é essencial,
circunscrita aos elementos básicos: a linha, a cor, a composição e o espaço
bidimensional.
Artistas: Piet Mondrian, Theo van Doesburg
O futurismo
Surgiu em 1919, criado por Marinetti. Caracteriza-se pela rejeição total do
passado (passadismo) e glorifica o futuro (daí o nome futurismo) que
antevê prodigioso graças ao progresso da técnica. A máquina assume
lugar central de ídolo dos futuristas e, com ela, a velocidade a que
devotam um verdadeiro culto.
Principais características:
Representação do mundo industrial: a cidade, a máquina, a
velocidade, o ruído;
Representação do dinamismo universal: a obra de arte não pode ser
estática porque nada o é. Na Natureza tudo se transforma
constantemente;
Diluição das formas e uso de cores intensas;
Justaposição das imagens fugazes que passam na retina em frações
de segundo;
Decomposição da realidade em segmentos representando pontos
de vista simultâneos que se interpenetram, numa combinação de
movimento, som e cintilações de luz.
Com esta última solução, os futuristas aproximam-se dos cubistas e com
eles partilham o simultaneísmo e a decomposição fragmentada.
Pintores: Boccioni, Marinetti, Severini e Giocomo Balla
Dadaísmo
Surge em 1916, na Suíça (Zurique) e atinge o apogeu em França
cerca de 1920;
Está ligado ao desencanto de uma geração educada na crença da
bondade dos valores da civilização industrial pela brutalidade da
guerra mundial;
O seu único princípio é a incoerência, o acaso, o irracional, o jogo e
a provocação;
Utiliza a inovação, a troca, o insulto para destruir a ordem e
estabelecer o caos;
Eleva os objetos comuns à categoria de obras de arte;
Pintores: Duchamp, Kurt Schwitters, Max Ernst e Hans Arp
Surrealismo
Estilo dominante na Europa nas décadas de 1920 e 1930;
O seu principal impulsionador foi André Breton que publicou em
1924 o primeiro Manifesto do Surrealismo;
Defendem:
A libertação das imagens e da energia contida no inconsciente;
São influenciados pela psicanálise de Freud;
Cada pintor exprime-se à sua própria maneira, cada um encontra
sua via pessoal de acesso ao seu psiquismo;
As pinturas representavam universos absurdos, cenas grotescas e
estranhas, sonhos e alucinações, objetos representados de uma
forma enigmática, misturando objetos reais com objetos
imaginados;
Pintores: Hans Arp, Juan Miró, Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí
Os caminhos da literatura
O início do século XX correspondeu, no campo das letras a uma verdadeira
revolução que pôs em causa os valores e as tradições literárias.
A literatura percorreu, nesta época, todas as vias que a expressão escrita
permite percorrer. Nas primeiras décadas do século XX, tal como na
pintura, foi abandonada a descrição ordenada e realista da sociedade e
dos acontecimentos. As obras voltam-se para a vida psicológica e interior
das personagens e numa linha complementar proclamam a liberdade total
do ser humano, o seu direito de tudo ousar (desde que o façam por
convicção), rejeitando as regras da moral, da família e da sociedade.
As obras, além das alterações a nível do tema destacam-se também pela
introdução de novas formas de expressão ao nível de linguagem e
construção frásica.
Portugal no primeiro pós-guerra
A 1º República Portuguesa (1910-1926) esteve longe de proporcionar a
acalmia de que o país necessitava. O parlamentarismo contribuiu para a
instabilidade governativa. Em 16 anos de regime, houve muitas eleições. O
parlamento interferia em todos os aspetos da vida governativa exigindo
constantes explicações aos membros do Governo e seguindo até, pela via
dos ataques pessoais. O laicismo da República, assente na separação da
Igreja e do Estado, originou um violento anticlericalismo. A proibição de
congregações religiosas, as humilhações impostas a sacerdotes e a
excessiva regulamentação do culto conquistaram à República a hostilidade
da Igreja e do país conservador e católico.
Dificuldades económicas e instabilidade social
Em março de 1916, Portugal entrou na Guerra, integrando a causa dos
Aliados. A sua participação no conflito mundial acentuou os desequilíbrios
económicos e o descontentamento social.
Consequências da entrada na guerra:
Falta de bens de consumo;
Racionamentos;
Especulação;
Produção industrial em queda;
Aumento do défice da balança comercial;
Dívida pública disparou;
Levou os governos ao expediente da
Diminuição das receitas orçamentais; multiplicação da massa monetária em circulação
que desvalorizou a moeda e originou uma
Aumento das despesas;
inflação galopante