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AULA 1

MÚSICA - SOM - NOTAS MUSICAIS

Olá. Seja bem vindo ao curso intensivo de música. A música por definição
é também uma forma de comunicação, dentre várias outras coisas, e como tal,
possui suas ferramentas de linguagem. Para entrar no universo da música,
precisamos entender estas ferramentas de linguagem. neste capítulo, vamos
aprender algumas destas ferramentas.
Música: “é a arte de combinar os sons e silêncios em uma ordem lógica e
agradável, através do temp. É também uma forma de comunicação, e como tal,
possui símbolos usados para escrita, leitura e conversação. Vamos começar
com o som. Todo corpo físico emite vibrações. Ao vibrar com frequência
suficiente, acaba por vibrar também o ar, que por sua vez, viaja até os nossos
ouvidos. Estas ondas de vibração são convertidas em impulsos nervosos e
interpretadas pelo cérebro como som.
Os sons podem ser musicais ou não musicais. Sons musicais são aqueles
que podem ser facilmente interpretados pelo cérebro e que possuem
características específicas, tais como: altura, intensidade, duração e timbre. Os
sons de instrumentos musicais ou da voz humana são exemplos de sons
musicais. Sons não musicais deixam de possuir algumas destas características
como a altura por exemplo e por tanto não são facilmente interpretados. Estes
são chamados de “ruído”. Sons de motores de automóveis, ferramentas de
construção, explosões, são exemplos de sons não musicais.
Os sons musicais recebem nomes de acordo com sua afinação. Em nossa
música como um todo, fazemos uso de 12 sons musicais, sendo 7 sons naturais
e 5 ajustes ou também conhecidos como acidentes. Os 7 sons naturais são
estes:
Dó; Ré; Mi; Fá; Sol; Lá; Si.

Estas 7 notas musicais devem ser memorizadas e compreendidas. Sem


elas não será possível ir adiante, por tanto, memorise estes nomes nesta
sequência mesmo. 1-Dó; 2-Ré; 3-Mi; 4-Fá; 5-Sol; 6-là; 7-Si.
EXERCÍCIOS AULA 1
1. Escreva por extenso o nome de todas as 7 notas naturais.
2. Qual o nome da quarta nota natural, na sequência que estudamos
anteriormente?

3. qual o nome das quatro notas que se encontram em posições


ímpares na sequência estudada anteriormente?

4. qual o nome das três notas que se encontram em posições pares na


sequência estudada anteriormente?

5. defina som musical.

6. defina ruído.
AULA 2
NOTA - TOM - SEMITOM

Vimos que a música dentre outras definições é também uma forma de


linguagem e comunicação. Assim como a escrita tem ferramentas como as
letras, acentos, pontuações dentre outras, a música também possui ferramentas
semelhantes. Estas ferramentas vão aparecer ao longo de todo o curso, de
acordo com o assunto abordado na aula. Vejamos então as ferramentas desta
aula.
Nota: é tudo aquilo que escrevemos em música. É costume chamar os
sons musicais de notas.
Tom: Podemos entender como o espaço físico entre um som musical e
outro, em outras palavras, a unidade de medida dos sons musicais. Assim como
a distância usa o metro, o peso usa o quilo, fluidos usam litros, os sons musicais
usam o tom como unidade de medida.
Semitom: é a metade de um tom. Podemos imaginar uma laranja como um
tom inteiro, ao dividir a laranja ao meio, teremos duas semi laranjas, ou seja,
dois semitons. Assim como o centímetro em uma régua tem o seu meio
centímetro, o tom tem seu meio tom.
Intervalo: é a distância entre um som musical e outro, medidos em tons e
semitons. Nesta aula você deverá memorizar estes termos. Estas ferramentas
são muitíssimo importantes para o entendimento da música.
EXERCÍCIO AULA 2
1. Defina: Nota, Tom, Semitom, Intervalo.

2. Qual a unidade de medida do som musical?

3. Como é chamada a distância entre uma nota e outra?


AULA 3
SUSTENIDOS E BEMÓIS

Foi dito anteriormente, que os sons musicais são 7 naturais e 5 ajustes ou


acidentes. Estes tais ajustes ou também conhecidos como acidentes, são os tais
“semitons”, que chamaremos de sustenidos e bemóis.
Sustenido: é o nome que se dá ao semitom que estiver indo em sentido
crescente em relação às notas. Seu símbolo é #.
Bemol: é o nome que se dá ao semitom que estiver indo em sentido
decrescente em relação às notas. Seu símbolo é ​♭
Para fazer mais sentido, vamos ver um exemplo de escala musical. No
exemplo a seguir temos as notas:
Dó-Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si-Dó. Lendo da esquerda para a direita, temos o
sentido crescente. Entre cada uma das notas teremos um “Sustenido “#”, exceto
entre as notas Mi - Fá e entre Si - Dó. Assim:
Dó-​Dó#​-Ré-​Ré#​-Mi-Fá-​Fá#​-Sol-​Sol#​-Lá-​Lá#​-Si-Dó.

Lendo da direita para a esquerda, temos o sentido decrescente. Entre


cada uma das notas teremos um “Bemol “​♭​”, exceto entre as notas Fá - Mi e
entre Dó - Si. Assim:
Dó-​Ré​♭​-Ré-​Mi​♭​-Mi-Fá-​Sol​♭​-Sol-​Lá​♭​-Lá-​Si​♭​-Si-Dó.
Si-​Si​♭​-Lá-​Lá​♭​-Sol-​Sol​♭​-Fá-Mi-​Mi​♭​-Ré-​Ré​♭​-Dó-Si.

A esta altura você já deve ter percebido que entre as notas temos um
sustenido e um bemol, que devem ocupar o mesmo lugar. Sim, Dó# e Ré​♭ ​são
a mesma nota. Este fenômeno se chama enarmonia. Veremos o motivo disto
mais adiante. Por hora você deve memorizar os 7 sons musicais naturais e os 5
ajustes:
Naturais: Dó-Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si
Ajustes: Dó# e Ré​♭-​Ré# e Mi​♭​-Fá# e Sol​♭​-Sol# e Lá​♭​-Lá# e Si​♭.
EXERCÍCIOS AULA 3
1. Defina ajuste (acidente)

2. Em que direção o sustenido será lido?

3. Em que direção o bemol será lido?

4. Quais as duas notas que no texto anterior não possuem sustenido?

5. Quais as duas notas que no texto anterior não possuem bemol?

6. Quais os símbolos do bemol e sustenido simultaneamente?

7. Escreva por extenso as cinco notas que recebem sustenido em sua


ordem crescente ( da esquerda para a direita )

8. Escreva por extenso as cinco notas que recebem bemol em sua


ordem decrescente (da direita para a esquerda)
AULA 4
INTERVALOS - 1
Como vimos anteriormente, Intervalo é a distância entre um som musical e
outro, e sua unidade de medida é o tom. Um intervalo de tom é formado por dois
semitons. Vimos que entre todas as notas existem semitons exceto entre Mi e
Fá e entre Si e Dó. Assim fica fácil entendermos a relação dos intervalos.
Note que entre Dó e Ré temos um acidente: Dó# e Ré​♭, ​por tanto, a
distância entre Dó e Ré é de “tom”. Entre Mi e Fá não temos acidente, por tanto,
a distância entre Mi e Fá é de ”semitom”.
As notas possuem intervalos específicos de acordo com sua posição em
uma escala e estes intervalos classificam a distância entre estas notas. Veremos
com mais detalhes mais adiante. Por hora você deve memorizar que entre Mi e
Fá e entre Si e Dó não existem acidentes.
EXERCICIOS AULA 4
1. Defina intervalo

2. Defina Tom e Semitom

3. Quais as quatro nota que não possuem ajuste (acidente) e quais


seriam estes respectivos ajustes caso tivessem?
AULA 5
ESCRITA MUSICAL - PARTITURA -1
Como vimos, a música é também uma forma de comunicação e como toda
linguagem, possui seus símbolos e suas formas de escrita. Na língua
portuguesa nós temos letras que formam sílabas, sílabas que formam palavras,
palavras que formam frases e orações, frases e orações que formam textos,
assim também será com a música. Notas formam escalas, que formam
melodias, acordes, harmonias, e dispostas em uma frequência rítmica temos
uma música. E como a língua portuguesa a música também pode ser escrita.
Existem diversas formas de escrita musical. As mais usadas são: Partitura,
Tablatura, Partitura cifrada, Grade harmônica e Cifragem popular. Vamos
começar pela partitura
A partitura é talvez a mais completa forma de escrita musical usada aqui
no ocidente. Com ela é possível escrever todas as informações que envolvem
uma peça musical, tais como ritmo, melodia, harmonia, técnicas instrumentais,
dinâmica, velocidade, dentre outras informações. Para isso a partitura utiliza
uma espécie de diagrama esquemático. vamos entender um pouco mais este
diagrama.
Começamos pela pauta ou pentagrama. É um conjunto de 5 linhas e 4
espaços que darão nome as notas musicais de acordo com sua altura. Cada
linha e cada espaço é responsável por uma nota.
Na sequência temos a Clave. São inúmeros os instrumentos musicais e
classificações de voz humana, o que acaba tornando difícil utilizar uma única
forma de escrita para todos. Seriam necessárias muitas linhas e espaços que
dificultariam muito a leitura. Para resolver este problema usamos um símbolo
que nos dará uma referência de acordo com a linha em que ele for escrito.
Assim, podemos representar sons muito graves e muito agudos, sem
precisarmos de adicionar linhas de mais a pauta. Este símbolo é a “Clave”.
Atualmente usamos 3 tipos de clave. São elas:

Clave de Dó: Esta clave é usada principalmente para voz. Pode ser
escrita na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas.

Clave de Sol: Esta clave é usada pela grande maioria dos instrumentos
e também para voz. Sem dúvida é a clave mais usada e conhecida. É escrita na
2ª linha.

Clave de Fá: Esta clave é usada por diversos instrumentos de sopro


e por instrumentos mais graves. Vozes com registros mais graves como o Baixo
e o Barítono também utilizam esta clave. O piano utiliza esta clave para as notas
tocadas pela mão esquerda e a clave de Sol para as notas tocadas pela mão
direita. É escrita na 3ª e 4ª linhas.
A clave por tanto dará seu nome para as notas que forem escritas em sua
linha de referência. Isso fará com que as outras linhas e espaços recebem os
nomes de acordo com a referência dada pela clave. Sendo assim, se a clave de
Sol é escrita na segunda linha, então toda nota escrita na segunda linha será
Sol, o espaço imediatamente acima será a nota Lá e o espaço imediatamente
abaixo será a nota Fá. Assim, podemos saber o nome de todas as notas de
acordo com a referência dada pela clave.

A clave de Sol e escrita na segunda linha, Por tanto, todas as notas


escritas na segunda linha serão Sol, as demais linhas e espaços recebem os
nomes segundo a referência desta nota Sol. Sendo assim, temos
Notas nas linhas: 1ª Mi; 2ª Sol; 3ª Si; 4ª Ré; 5ª Fá.
Notas nos espaços: 1º Fá; 2º Lá; 3º Dó; 4º Mi.
Você deverá memorizar o seguinte:

LInhas = Mi Sol Si Re Fa,

Espaços = Fa La Do Mi.
EXERCÍCIOS AULA 5
1. O que são claves?

2. Quais e quantas são as claves mais usadas?

3. Em qual linha a clave de Sol é escrita?

4. Defina pauta (pentagrama)

5. Qual o número de linhas e espaços de uma pauta?

6. Quais as notas escritas nas linhas segundo a clave de Sol?

7. Quais as notas escritas nos espaços segundo a clave de Sol?


AULA 6
NOMENCLATURA UNIVERSAL

A música é uma arte existente em tudo o que é sociedade. Todas as


nações do mundo fazem música. Para facilitar a comunicação entre todos os
povos, existe uma forma de escrita, que nos permite entender e comunicar a
mesma coisa, independente da língua falada. Esta é a Nomenclatura Universal.
Cada nota neste sistema é representada por uma letra do alfabeto
romano, de A a G. partindo da nota Dó, a sequência das notas fica assim:

Nota Nomenclatura universal


Dó C
Ré D
Mi E
Fá F
Sol G
Lá A
Si B

Você deve se perguntar por qual motivo a primeira nota da escala “Dó” é
representada pela letra “C” e não pela letra “A” para se manter uma ordem
perfeita. A resposta a esta pergunta é bastante extensa, envolvendo os
experimentos de pitágoras com o monocórdio, e o trabalho de Guido D’arezzo
com o hino a São João Baptista, bem como diversas lendas. Farei um conteúdo
específico sobre história da música onde este assunto será abordado mais
profundamente. Por hora você deve apenas memorizar as informações desta
tabela.
EXERCÍCIOS AULA 6

1. Defina nomenclatura universal

2. Quais letras do alfabeto são usadas na nomenclatura universal?

3. Qual a ordem das letras partindo da nota Dó?


AULA 7
RITMO

Estamos quase prontos para começar nossa primeira experiência com a


música em sua forma prática. Já sabemos o nome das 7 notas musicais, o nome
de seus ajustes, a definição de tom e semitom, a nomenclatura universal destas
notas, como escrevê-las na partitura através da clave de sol. Agora
entenderemos como dar ritmo a estas notas e finalmente fazermos música.
Primeiro precisamos entender o que é ritmo.
Ritmo: É o fundamento organizador da música. É a forma em que a
música se dispõe no tempo. A duração dos sons e silêncios da música. O
balanço, a levada. O ritmo é que te faz dançar.
Está intimamente ligado com um parâmetro chamado “pulsação”. Imagine
o ponteiro dos segundos de um relógio. Durante um minuto este ponteiro
marcará 60 pulsações, 30 tics e 30 tacs por assim dizer. Cada batida desta é um
pulso. Ao conjunto de pulsos se dá o nome de pulsação. Assim é com a música.
A música tem um conjunto de pulsos que são contados e organizados de formas
específicas que nos permitem organizar os incontáveis ritmos existentes. Para
entendermos como isso funciona, vejamos quais ferramentas vamos usar.
Pulso​: Batidas de uma música. Fluxo constante de uma contagem
qualquer. Sua unidade de medida é o BPM (batidas por minuto). Um conjunto de
pulsos chama-se pulsação.
Tempo​: Figura rítmica. Define a duração do som ou do silêncio. Sua
unidade de medida é Unidade de tempo. Divide o pulso de diversas formas
possíveis através das figuras rítmicas também chamadas figuras de tempo.
Compasso​: Ciclo de pulsação que se repete. Um determinado conjunto de
unidades de tempo formam o que chamamos de unidade de compasso. São
representados por uma barra vertical na partitura.
Fórmula de compasso​: Define quantos pulsos o compasso deve ter e
qual figura rítmica deverá ser usada como referência destes pulsos. Aparece
logo após a clave, escrita em forma de fração.
EXERCÍCIOS AULA 7

1. Defina ritmo, pulso, tempo, compasso.

2. O que é fórmula de compasso?


AULA 8
FIGURA RÍTMICA

As figuras rítmicas irão representar nossas unidades de tempo, que irão


dividir os pulsos da música compasso por compasso. Temos 7 figuras rítmicas
que nos permite dividir os pulsos de diversas formas possíveis. Cada figura
recebe um nome e um número representativo que serão imutáveis, ou seja,
serão os mesmos nomes e números representativos em qualquer situação
musical. vejamos estes símbolos:

Semibreve: É a figura com maior duração, seu número


representativo é o 1

Mínima: Vale a metade da Semibreve, seu número representativo é o 2

Semínima: Vale a metade da Mínima e ¼ da Semibreve, é usada como


padrão de pulsação na maioria das músicas mais simples, seu número
representativo é o 4

Colcheia: Vale a metade da Semínima, ¼ da Mínima e ⅛ da


Semibreve, seu número representativo é o 8

Semicolcheia: Vale a metade da Colcheia, ¼ da Semínima, ⅛ da


​ ​ Semibreve, seu número representativo é o 16
mínima, ​ /16
1​

Fusa: Vale a metade da Semicolcheia, ¼ da Colcheia, ⅛ da


​ ​da Mínima, 1​​ /​32 ​da Semibreve, seu número representativo é o 32
Semínima, ​ /16
1​
Semifusa: Vale metade da Fusa, ¼ da Semicolcheia, ⅛ da Colcheia,
1​
​ da Semínima, 1​​ /​32 da Mínima; 1​​ /64
/16 ​ da Semibreve, seus número representativo
é o 64

A primeira vista parece uma matemática super complicada, mas quando


aplicarmos estas figuras na prática, veremos que é extremamente fácil entender
seu funcionamento. Por hora, ignore os valores em fração e apenas memorize o
desenho, o nome e o número representativo de cada uma delas.
EXERCÍCIOS AULA 8

1. O que são figuras rítmicas?

2. Quantas são as figuras rítmicas?

3. Quais os nomes e respectivos números representativos das figuras


rítmicas?
AULA 9
FÓRMULA DE COMPASSO

Assim como a clave de Sol é a referência para as demais notas na pauta,


a fórmula de compasso será nossa referência rítmica. Podemos encontrar
diversas fórmulas de compasso. São escritas logo após a clave em forma de
fração. O número de cima (numerador) representa a unidade de compasso,
indica quantos tempos cada compasso deve ter. O número de baixo
(denominador) representa a unidade de tempo, indica qual figura de tempo
deveremos usar como referência, é referente ao número representativo da figura
rítmica. As fórmulas de compasso mais usuais são:

Binário simples​: Representado pelo numerador 2 (número de cima) ou pela


letra C cortada quando o denominador (número de baixo) também for 2. Indica
que o compasso deve ter 2 tempos e que a figura que representará 1 tempo
sera a Mínima no caso do denominador 2 (número de baixo), ou a Semínima no
caso do denominador 4 (número de baixo)

Ternário simples: ​Representado pelo numerador 3 (número de cima). Indica


que o compasso deverá ter 3 tempos. No caso do denominador 4 (número de
baixo), a figura que deve valer 1 tempo é a Semínima.

Quaternário simples​: Representado pelo Numerador 4 (número de cima).


Indica que o compasso deve ter 4 tempos. Quando o denominador (número de
baixo) também for 4, pode ser substituído por uma letra C não cortada. O
numerador 4 indica que a figura que vale 1 tempo é a Semínima.
Existem ainda os compassos compostos. Estes veremos um pouco mais
adiante. Por hora, memorize a função do numerador e do denominador da
fórmula de compasso, e o número representativo de cada figura de compasso
descritos na aula anterior.
EXERCÍCIOS AULA 9

1. Defina fórmula de compasso

2. Quais são as fórmulas de compasso mais utilizadas?

3. O numerador (número de cima) que dizer o que exatamente?

4. O denominador (número de baixo) Nos indica o que?


AULA 10
SOLFEJO RÍTMICO E MELÓDICO

A esta altura você já tem todas as informações que precisa para ler sua
primeira música em partitura. Vamos relembrar todas estas informações em
ordem
1. Nome das 7 notas naturais: Dó; Ré; Mi; Fá; Sol; Lá; Si.
2. Clave de Sol escrita na segunda linha.
3. Notas nas linhas: Mi; Sol; Si; Ré; Fá.
4. notas nos espaços: Fá; Lá; Dó; Mi.
5. O nome das figuras rítmicas e seus números representativos
6. Fórmula de compasso e o significado de seus números.

Com estas informações podemos começar a ler nossas primeiras


melodias. Daremos a este tipo de leitura o nome de Solfejo rítmico e solfejo
melódico.
Melodia: É uma sequência de notas emitidas uma após a outra, seguindo
um ritmo. É um dos quatro fundamentos estruturais da música. Estes
fundamentos são: Harmonia, Ritmo, Melodia e letra. Quando você escuta uma
música no rádio, a voz do cantor está precisamente efetuando a melodia.
Vamos começar do começo. O fundamento estrutural mais importante da
música é o ritmo. Sem ele não se pode fazer música. Vamos começar com uma
série de exercícios de leitura rítmica e na sequência, uma série de exercícios de
leitura melódica.
EXEMPLO 1
LEITURA RÍTMICA

Para entender como o ritmo funciona na partitura, basta seguir as regras


que já vimos nas aulas anteriores. A fórmula de compasso nos diz quantos
tempos tem o compasso e qual figura rítmica usaremos como referência. Os
detalhes para nossa primeira leitura são:
1. O compasso é Quaternário simples, quatro tempos por compasso.
2. A Semínima será nossa unidade de tempo de referência
3. Usaremos as figuras Semínima e Colcheia para esta leitura.
4. Para as figuras que aparecerão de forma isoladas (Semínimas)
usaremos o fonema Tá.
5. Para as figuras que aparecerão agrupadas (Colcheias), usaremos o
fonema Táta

= 1 tempo; fonema Tá

= 2 meio tempos; fonema Táta.

=
​ ​Fonema Táta

I
​ I I​I
Tá Tá Tá Tá I Tá Tá Tá Táta I Tá Tá Táta Táta I​I
Leitura 1

♩♩ ♩I♩♩ I♩♩♩ I♩ ♩♩I ♩♩I


Leitura 2

♩ I ♩ ♩I♩ ♩ I ♩I
Leitura 3

♩♩ I♩ ♩I ♩♩I♩♩ I

EXEMPLO 2
LEITURA RÍTMICA

1. O compasso é Ternário simples, Três tempos por compasso.


2. A Semínima será nossa unidade de tempo de referência
3. Usaremos as figuras Semínima e Colcheia para esta leitura.
4. Para as figuras que aparecerão de forma isoladas (Semínimas) usaremos
o fonema Tá.
5. Para as figuras que aparecerão agrupadas (Colcheias), usaremos o
fonema Táta

Leitura 4

♩♩♩I♩♩ I♩ ♩I ♩♩I
Leitura 5

♩ I ♩ I ♩I♩♩♩I I
EXEMPLO 3
LEITURA MELÓDICA

Agora que já entendemos como funciona a divisão rítmica na partitura,


vamos unir os sons musicais aos ritmos e criarmos a melodia. O raciocínio é o
mesmo. Antes de começarmos vamos entender as partes das figuras rítmicas,
assim vamos entender como elas se prendem as notas músicais. A figura
rítmica é composta por cabeça, haste e colchete.

A cabeça da figura se prenderá à linha ou ao espaço da pauta que por sua


vez dá nome às notas musicais de acordo com a referência da clave. quando
escritas da 3ª linha para baixo, as hastes ficam virados para cima e escritos do
lado direito da figura, como na imagem anterior. Quando escritas da 3ª linha
para cima, as hastes ficam virados para baixo e escritos do lado esquerdo da
figura, como na imagem a seguir:

Leitura melódica 1
A PARTIR DAQUI ELABORAR EXERCÍCIOS DE LEITURA MELÓDICA E
RÍTMICA COM TODAS AS FIGURAS ATÉ COMPLETAR O SISTEMA
AULA 11
FIGURAS DE MAIOR DURAÇÃO

Vimos nos textos e exercícios anteriores, que a figura Semínima, costuma


ser a figura de referência da unidade de tempo. Vimos que a colcheia vale
exatamente a metade do tempo da Semínima. Uma alegoria que torna fácil
entender são os fonemas: Tá para Semínima e Táta para duas Colcheias.
Seguindo este raciocínio, podemos facilmente entender como se utiliza as
figuras de maior duração, a Mínima e a Semibreve. Vejamos:
Sabemos que a Semibreve vale o dobro de tempo da Mínima e que a
Mínima vale o dobro de tempo da Semínima, logo, a Semibreve vale 4 vezes o
valor da Semínima: Veja no diagrama abaixo

Nome Figura Duração

Semibreve Esta figura vale 4 tempos. Aqui temos 4


dobro da tempos representados. Uma figura a cada 4
Mínima pulsações

Mínima Esta figura vale 2 tempos. Aqui temos 4


dobro da tempos representados. Uma figura a cada 2
Semínima pulsações.

Semínima Esta figura vale 1 tempo. Aqui temos 4 tempos


representados. Uma figura para cada
pulsação.

Sendo assim, podemos atribuir o fonema Táaaa para a Semibreve, onde


cada “a” representa uma noção de pulso dentro do compasso, ou seja, em um
compasso quaternário simples, a semibreve vai durar o compasso inteiro.
Já para a Mínima, podemos atribuir o fonema Táa para o compasso
quaternário simples, sendo assim, cada compasso deve ter 2 Mínimas valendo
metade do compasso cada uma.
No exemplo a seguir temos um compasso quaternário simples e as
divisões possíveis desde a Semibreve até a Colcheia:

1234 ​​ 12 34 ​ ​ 1 2 3 4 ​ ​ 1 2 3 4

I​
​ I​ ♩♩♩♩I​
​ ​ I​I

AULA 12
A SEMICOLCHEIA

A esta altura o raciocínio da divisão rítmica está bem mais simples de


entender. Para enxergar a divisão da Semicolcheia não teremos muito
problema, uma vez que ela vale a metade da Colcheia. Sendo assim, serão
precisas 4 Semicolcheias para ocupar uma unidade de tempo. Na tabela abaixo
podemos ilustrar isso melhor:

Figura Duração
1 Semicolcheia
¼ de tempo

2 semicolcheias
♬ ½ de tempo

4 semicolcheias
1 tempo
Na tabela a seguir podemos ver a relação da Semicolcheia com as demais
figuras de tempo na referência de 1 compasso inteiro.

Nome Figura Duração


Semibreve 4 pulsações por figura
1

Mínima 2 pulsações por figura


2

Semínima 1 pulsação por figura


4

Colcheia 2 figuras por pulsação


8

Semicolcheia 4 figuras por pulsação


16

Podemos atribuir o fonema TágaDàga para o agrupamento das


Semicolcheias.
Estudamos até aqui, todas as figuras rítmicas mais usadas e os
compassos simples mais usados. Estudamos as notas musicais e suas
localizações na pauta segundo a referência da clave. Até aqui você precisa
saber:
1. Nome das 7 notas naturais
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si,
2. Definição de Tom e Semitom
3. Não há semitom entre Mi - Fá e entre Si - Dó
4. Nomenclatura universal
C, D, E, F, G, A, B,
5. Clave de Sol escrita na 2ª linha
6. Notas nas linhas
Mi, Sol, Si, Ré, Fá,
7. Notas nos espaços
Fá, Lá, Dó, Mi,
8. Sustenido # e Bemol ♭
9. Compasso
10. Fórmula de compasso e o significado dos números
Numerador: Tempos por compasso (pulso)
Denominador: Figura de tempo (número representativo)
11. Figuras rítmicas, seus nomes e seus números representativos
Semibreve 1
Mínima 2
Semínima 4
Colcheia 8
Semicolcheia 16
12. Divisão de cada figura no compasso
Semibreve 1 figura por 4 tempos
Mínima 1 figura por 2 tempos
Semínima 1 figura por 1 tempo
Colcheia 2 figuras por 1 tempo
Semicolcheia 4 figuras por 1 tempo
13. Fonemas de cada agrupamento de figuras
Semibreve Táaa
Mínima Táa
Semínima Tá
Colcheia Táta
Semicolcheia TágaDága

a partir daqui trabalhar exercícios de leitura rítmica e melódica com todas


as figuras estudadas. Todos os exercícios de leitura devem ser praticados
diariamente por pelo menos 30 minutos por dia, para que se haja uma boa
absorção do conhecimento. Estudar por 10 minutos antes de dormir é uma boa
estratégia para melhor absorção do conhecimento.
AULA 13
LINHAS SUPLEMENTARES

Como vimos anteriormente, existe uma infinidade de sons e instrumentos


musicais, de forma que ficaria impossível a leitura a leitura de uma pauta com
muitas linhas. Para resolver este problema usamos as claves em diferentes
linhas e com diferentes notas referenciais. Uma outra forma de resolvermos a
grande gama de notas e alturas que existem em música, é fazermos uso de
linhas suplementares. Como o próprio nome diz, linhas suplementares, são
linhas adicionadas à pauta para adicionar notas mais graves ou mais agudas.
Os dois tipos de linhas suplementares são: as Superiores, adicionadas
acima da 5ª linha da pauta e as Inferiores, adicionadas abaixo da 1ª linha da
pauta.

​ __5
__ __4
__ __ __3
__ __ __ __2
__ __ __ __ __1
_______________________ ​Linhas suplementares superiores
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________

__ __ __ __ __1 ​Linhas suplementares inferiores


__ __ __ __2
__ __ __3
__ __4
__5

As linhas suplementares inferiores são contadas da 1ª linha da pauta para


baixo, e as linhas suplementares superiores são contadas da 5ª linha da pauta
para cima. Apesar disso, a distribuição das notas continua com a mesma
referência da clave, não alterando em nada a leitura, apenas adicionando notas
mais agudas ou mais graves.
Os exercícios a seguir demonstram melhor o uso das linhas
suplementares. Devem ser praticados todos os dias por pelo menos 30 minutos
ao dia.
AULA 14
ESCALA MUSICAL

Vimos anteriormente que existem 12 Sons musicais, separados em 7 sons


naturais e 5 acidentes. Vimos que a distância entre estes sons é chamada de
intervalo e sua unidade de medida é o tom. Vimos que o semitom é a metade de
um tom. Vimos que entre E - F e B - C não existem acidentes, o que dará a
estas notas o intervalo de semitom.
Tendo isto em mente, podemos começar a organizar estes sons em
ordens específicas que chamaremos de escalas. São inúmeras as escalas
conhecidas, cada uma com sua característica específica e uma proposta de uso
diferente na música.
Por exemplo: Se dispormos as 12 notas, uma depois da outra, teremos
uma escala “Cromática”, onde todos os intervalos são de semitom, isto é, cada
nota está distante um semitom da outra:

C; C#; D; D#; E; F; F#; G; G#; A; A#; B; C;

Se pegarmos esta escala cromática e retirarmos todos os acidentes,


teremos uma escala completa e equilibrada, a qual daremos o nome de escala
maior natural.

C; D; E; F; G; A; B; C;

Observe que a distância entre as notas tem uma fórmula bastante peculiar.
Esta fórmula é justamente o que irá definir esta escala como uma escala maior
natural. A fórmula: Tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Também
podemos chamar esta escala de Escala diatônica, por conta da configuração de
seus intervalos.

​T T St T T T St
C​/ \​D​/ \​E​/ \​F​/ \​G​/ \​A​/ \​B​/ \​C

Esta escala será a escala principal em nossos estudos, uma vez que ela
dará origem a todas as demais escalas, dará origem aos acordes e tudo mais
que estudaremos adiante nos assuntos de harmonia.
Escala musical é um assunto bastante extenso. que desenvolvemos com
mais detalhes ao longo deste curso e nos cursos complementares a este.
Temos ao todo 4 escalas do tipo diatônica, que serão profundamente
usadas em toda a música. São elas:
1. Maior natural
2. Menor natural
3. Menor melódica
4. Menor harmônica

Neste curso estudaremos mais profundamente as escalas Maior natural e


Menor natural.
EXERCÍCIOS AULA 14
1. Defina escala musical

2. O que é uma escala diatônica?

3. Qual a característica de uma escala cromática?

4. Qual a configuração da estrutura intervalar de uma escala diatônica


maior natural?
AULA 15
GRAUS DE UMA ESCALA E CLASSIFICAÇÃO DE INTERVALOS

Começamos a aprofundar na parte mais estrutural da música. Você a esta


altura já sabe como ler uma música escrita, a partir deste ponto, iremos nos
aprofundar em como a música de fato é formada. Quais elementos são usados
para se construir uma música.
Vimos na aula anterior acerca das escalas, como são formadas e quais
suas fórmulas estruturais. O próximo passo é classificar cada nota da escala de
acordo com sua posição e com a sua relação intervalar, isto é, a distância em
intervalos da primeira nota até a última. Cada nota possui um lugar na escala e
este lugar recebe um nome específico, que no futuro nos ajudará a construir
acordes e muitas outras coisas.
A primeira nota da escala chamaremos de Tônica, e as demais notas
daremos números ordinários, assim:

Nota Grau
C TÔNICA
D SEGUNDA
E TERÇA
F QUARTA
G QUINTA
A SEXTA
B SÉTIMA
C Oitava
Cada Grau da escala receberá uma qualificação segundo sua estrutura
intervalar, ou seja, a distância do vizinho da direita e da esquerda. No caso
específico da Escala maior natural, teremos o seguinte:

Grau Relação intervalar


Tônica Justa
Segunda Maior
Terça Maior
Quarta Justa
Quinta Justa
Sexta Maior
Sétima Maior
Oitava Justa

Estes termos Justos, maiores, estão diretamente relacionados com um


fenômeno chamado Ciclo de quintas e Ciclo de quartas que não veremos neste
curso. Por hora você deve memorizar estes nomes. Aprofundaremos em sua
origem em um outro curso.
EXERCÍCIOS AULA 15
1. O que são graus de uma escala?

2. O que é relação intervalar?

3. Na escala maior natural, a terça tem qual relação intervalar?

4. Escreva por extenso todos os oito graus de uma escala maior e suas
relações intervalares respectivamente.
AULA 16
ESTRUTURA DA ESCALA MENOR NATURAL

A estrutura da escala menor natural é na verdade bastante simples.


Vamos nos utilizar de um fenômeno chamado “6º grau relativo menor”, para
exemplificar a escala menor natural. Veremos mais a fundo sobre o “6º grau
relativo menor” na aula de campo harmônico, ainda neste curso. Por hora
vejamos a escala menor natural de Lá:

A; B; C; D; E; F; G; A

Observe que assim como a escala maior natural de Dó, esta escala menor
também não possui acidentes. Vejamos sua estrutura intervalar e seus graus:

T St T T St T T
A​/ \​B​/ \​C​/ \​D​/ \​E​/ \​F​/ \​G​/ \​A

Nota Grau Relação intervalar


A Tônica Justa
B Segunda Maior
C Terça menor
D quarta Justa
E quinta Justa
F Sexta Menor
G Sétima Menor
A Oitava Justa
Podemos ver assim, que a estrutura intervalar, isto é, a fórmula da escala,
acaba por alterar a relação dos intervalos, hora o intervalo é maior, hora o
intervalo é menor. É justamente este fenômeno que irá diferenciar uma escala
da outra e nos dar uma infinidade de possibilidades para escalas.
Isso nos leva a entender, que a Escala Maior Natural, assim como toda
escala maior, possui o intervalo de Terça Maior, que vai definir esta escala como
uma escala maior.
Por sua vez, a Escala Menor Natural, Assim como toda escala menor,
possui o intervalo de Terça Menor, que vai definir esta escala como uma escala
menor.
Caso ainda não tenha percebido, a escala maior de Dó e a Escala menor
de Lá, são escalas naturais que não possuem acidentes entre seus intervalos.
Elas foram usadas aqui, para facilitar o entendimento das várias regras e
definições. Ao aplicar estas escalas nas outras notas, teremos uma grande
quantidade de acidentes em muitas delas. Por este motivo devemos estudar e
fazer todos os exercícios propostos para esta aula, a fim de entender
profundamente o funcionamento das estruturas intervalares.
EXERCÍCIOS AULA 16
1. Qual a estrutura intervalar da escala menor natural?

2. Qual grau e seu respectivo intervalo classifica uma escala como


maior ou menor?

3. Qual a característica principal de uma escala menor?

4. Qual a característica principal das escalas de C maior natural e de A


menor natural?
AULA 17
INTERVALOS - 2

Esta parte é bastante importante entender, pois será crucial estes


conhecimentos no momento de construirmos nossos acordes e criarmos nossas
primeiras harmonias.
Como foi possível ver, cada intervalo possui uma classificação de acordo
com o grau da escala. É importante entender que assim como a clave é a
referência para as notas na partitura e a fórmula de compasso é a referência
para a leitura rítmica, o 1º grau de uma escala, ou seja, a Tônica, será o ponto
de referência para definir esta relação dos graus na escala.
Ou seja, A sétima maior, só é sétima maior, por que estamos contando 7
notas a partir da tônica. Obviamente este intervalo terá sua característica
sonora, mas só fará sentido mediante a referência da tonca.
Vamos começar com uma regra básica: Sempre contaremos as notas a
partir da nota de referência, ou seja, se quisermos saber qual é a terça de Dó,
devemos contar 3 notas contando com o Dó. Assim: Dó 1; Ré 2; Mi 3. Se
quisermos saber qual é a Quinta de Dó, precisamos contar 5 notas contando a
partir de Dó: Dó 1; Ré 2; Mi 3; Fá 4; Sol 5; e assim com todos os outros graus.
EXERCÍCIOS AULA 17

1. Encontre os seguintes intervalos:


● Terça maior de C
● Terça menor de A
● Quinta justa de C
● Sétima menor de A
● Quarta justa de C
AULA 18
ACORDES

A música é uma arte que se dá no tempo e que possui Alguns parâmetros


estruturais ou fundamentos para acontecer, são estes: Ritmo, Harmonia,
Melodia, e Letra no caso das canções cantadas.
Ritmo é o parâmetro estrutural mais importante da música, é basicamente
o que nos faz dançar e sentir a música. Melodia é a sucessão de notas que o
cantor faz ao cantar por exemplo, Harmonia é a estrutura de notas agrupadas
que sustenta e dá sentido para a melodia.
Harmonia é um assunto bastante extenso. Nesta aula vamos conhecer um
dos aspectos da harmonia. Os acordes.
A definição de acordes é basicamente um acordo entre sons. Quando se
toca duas ou mais notas musicais, distintas, simultaneamente, temos o efeito de
um acorde.
Os acordes podem ser Maiores, Menores, Aumentados, diminutos e
indefinidos. Este último chamaremos de riff ou power chord e é bastante usado
pelos roqueiros guitarristas.
Os acordes podem ser construídos com 2 sons: Power chord, com 3 sons:
Tríades e com 4 sons: tétrades. Existem obviamente mais maneiras de se
construir acordes, uma vez que a única regra da música é que todas as regras
podem e devem ser quebradas. Mas para este estudo vamos nos concentrar
nesses 3 tipos
Nós já sabemos acerca dos graus de uma escala e de seus intervalos. Os
acordes nada mais são que estes graus e intervalos organizados em um bloco
de uma forma bem específica. Estamos falando de um empilhamento de notas
de uma escala. O empilhamento de terças. Vamos ver isso na escala de Dó por
exemplo. Temos:

T 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
C D E F G A B C
Para montar o acorde com esta escala usaremos a seguinte receita:
1. Pegue a Tônica. Temos ​“C”
2. Pegue a terça acima da tônica. Temos C1; D2; ​“E3;”
3. Pegue a terça acima da terça. temos E1; F2; ​“G3”
Teremos assim as notas: C; E; G; que por sua vez formarão o nosso primeiro
acorde. O acorde de Dó maior.
Vamos analisar a relação intervalar deste acorde: Vemos que a terça
deste acorde é uma terça maior, uma vez que a distância entre a Tônica e a
Terça é uma distância de 2 tons. Vemos que a quinta deste acorde é uma quinta
justa, uma vez que sua distância é de 3 tons e meio
​T T St T ​ T T St
C​/ ​ \​D​/ ​ \​E​/ \​F​/ ​\​G​/ \​A​/ \​B​/ \​C
C - tônica justa
E - terça maior
G - quinta justa
Aqui temos um acorde do tipo maior natural, pois sua configuração é de
Tônica, Terça Maior e Quinta justa.
Vamos fazer o mesmo experimento com a mesma escala , mas desta vez
partindo da nota Ré. Temos
1. Re como tônica = D
2. Terça acima da tônica = D; E; ​“F”
3. Terça acima da terça = F; G; ​“A”

Temos as notas D; F; A; Vamos analisar a estrutura do acorde de Ré a


partir da escala de Dó:

​T ​ ​ ​St ​ ​T​ ​T​ T St


T
C​/ \​D​/ ​ \​E​/ ​\​F​/ \​G​/ ​\​A​/ \​B​/ \​C
D - tônica justa
F - terça menor
A - quinta justa

Vemos que diferente do Dó, Este acorde é um acorde Menor Natural, Sua
terça está a uma distância de 1 tom e meio, por tanto uma Terça Menor. Sua
quinta por outro lado se mantem a uma distancia de 3 tons e meio da tônica,
uma Quinta Justa.
Seguindo este raciocínio, fica fácil construirmos o acorde que quisermos.
Por exemplo, se quisermos o acorde de Ré Maior Natural, basta pegar esta
mesma estrutura, e ajustar a Terça 1 Semitom acima, sua estrutura passaria a
ser: D; F#; A.
Se quisermos um acorde de Dó Menor Natural por exemplo, basta
pegarmos sua estrutura e ajustar a Terça 1 Semitom abaixo, sua estrutura
​ ​.
passaria a ser: C; E​♭; G
A estrutura dos acorde, será tão simples quanto isto, basta seguir as
regras de ajustes citadas aqui abaixo:
1. Acorde maior = Tônica; 3ª maior; 5ª justa
2. Acorde menor = Tônica; 3ª menor; 5ªjusta

O acorde Aumentado é basicamente um acorde Maior com sua quinta


ajustada 1 semitom acima:
Acorde de Dó aumentado = C; E; G#

O acorde diminuto é basicamente um acorde Menor com sua quinta


ajustada 1 semitom abaixo:
Acorde de Ré diminuto = D; F; A​♭

​O Power Chord, ou acorde de 2 sons, basicamente é um acorde com


Tônica e Quinta apenas, como este acorde não possui Terça, não se pode
defini-lo como acorde maior ou menor. O Power Chord por tanto, pode ser
natural, aumentado ou diminuto:

Power chord de Dó em suas formas:


C5 = Dó natural = C; G;
C5+ = Dó aumentado = C; G#
C5- = Dó diminuto = C; G​♭

Os acordes do tipo Tétrade, acordes de 4 sons, basicamente recebem


mais uma nota, que seria a Terça acima da Quinta, neste caso a Sétima. veja
nos exemplos feitos a partir da escala de Dó maior natural:
​T T St T T​ ​T​ St
C​/​ \​D​/ ​ \​E​/ \​F​/​ \​G​/ \​A​/ ​\​B​/ \​C
1. Tônica = ​C
2. Terça acima da tônica = C; D; ​E
3. terça acima da terça = E; F; ​G
4. terça acima da quinta = G; A; ​B;
Temos: C; E; G; B; logo, Acorde Dó Maior com Sétima Maior.
O assunto acordes, além de ser bastante vasto, é bastante denso também.
É muito importante que você estude todos os exercícios complementares e
desenvolva também seus próprios exercícios para que se possa absorver ao
máximo os conhecimentos desta aula.
EXERCÍCIOS AULA 18
1. Defina acorde

2. Quais os tipos de acordes e suas qualidades?

3. O caracteriza um acorde maior ou menor?

4. Como devemos contar os intervalos para obtermos um acorde?

5. Encontre os intervalos empilhados dos seguintes acordes:


● C maior
● D menor
● E menor
● F maior
● G maior
● A menor
● B diminuto
● D maior
● E maior
● F menor
● A maior
● B maior
AULA 18
ESCRITA MUSICAL - SÍMBOLOS DA CIFRAGEM 2

Agora que já conhecemos os acordes, suas estruturas, características,


agora que já conhecemos as escalas e como tudo isso será escrito em uma
partitura, é chegada a hora de escrevermos os acordes com os símbolos
universais que facilitam sua leitura.
Neste curso não aprofundaremos o assunto harmonia. Isso porque
pretendo fazer um curso exclusivo de harmonia, e por este motivo não veremos
detalhes aprofundados sobre os acordes em questão, veremos apenas os
símbolos que existem e como identificá-los.
Já sabemos que os acordes podem ser maiores, menores, aumentados e
diminutos. Sabemos também que um acorde pode ter notas de tensão como as
sétimas por exemplo. Resta-nos aprender qual a ordem correta de cada uma
destas informações ao escrever um acorde. Veja no exemplo a seguir:

G#m7​ I D♭m7​ I E/G# I


(♭5) ​ (9) ​

Observamos aqui, 3 acordes distintos separados por barras de compasso.


Cada um escrito de uma maneira diferente. Os acordes são: Sol sustenido meio
diminuto, também chamado Sol sustenido menor com sétima menor e quinta
diminuta, na sequência temos o Ré bemol menor com sétima menor e nona, e
na sequência temos o Mi maior com Sol sustenido no baixo.
Como você pode ver, escrever estes acordes por extenso tornaria
impossível a leitura de uma música. Por este motivo empregamos os símbolos
de cifragem, que ajudam a escrever estes acordes de forma reduzida e intuitiva.
Parece difícil mas na realidade é bastante fácil, basta que você conheça os
símbolos e a sequência em que eles devem aparecer. Vejamos os principais na
tabela a seguir:
nome símbolo função
Sustenido e bemol # e ​♭ ajuste tonal
Maior e menor M ou m ajuste da terça
Diminuto ou bemol cinco ° ​ou​ ​♭5 ajuste da quinta
Aumentado ou sustenido cinco A ou #5 ajuste da quinta
Numeros de 7 a 14 de 7 a 14 função tétrade, tensão e
ornamento
Nota no baixo ou inversão / (barra inclinada) substituição da nota
mais grave ou inversão
do acorde

A partir desta tabela fica fácil entender a escrita de uma cifra, veja o
exemplo por ordem de importância:
1. A primeira informação deve ser a nota em questão
C por exemplo
2. Depois o seu ajuste tonal caso tenha, nada deve ser escrito caso
não tenha um ajuste tonal
C (sem ajuste)
C# ou C​♭ ​(com ajuste)
3. Depois o ajuste da terça que indicará se o acorde é maior ou menor.
Se for maior, nada deve ser escrito, se for menor usa-se um “m”
minúsculo
C (maior sem ajuste) C# (maior com ajuste)
Cm (menor sem ajuste) C#m (menor com ajuste)
4. Número que indica sua função como tétrade (sua sétima)
C#m7
5. Número que indica alteração em sua quinta ou adição de alguma
tensão
C#m7​(♭5 ♭9)
6. Barra que indica inversão do acorde
C#m/E
EXERCÍCIOS AULA 19
1. Escreva os acordes a seguir em cifra
Dó sustenido menor com sétima
Lá menor com quinta bemol
Ré bemol com sétima e nona

2. Escreva os acordes a seguir por extenso


C#m7​(#5)
D7​(9)
F♭m
Dm/F
AULA 20
CAMPO HARMÔNICO

Harmonia em música é a organização sistêmica de todos os demais


parâmetros da música. Todos os sons musicais se organizam através de
incontáveis formas, dando origem a incontáveis situações musicais. Estas
combinações não surgiram por acaso. Há registros desde a grécia antiga, de
experimentos feitos por matemáticos acerca da origem do som, suas vibrações
e suas correlações matemáticas. Em um curso de história da música, pretendo
falar mais profundamente sobre isso.
Campo harmônico é uma destas maravilhas descobertas através de
séculos de estudos. A esta altura você já sabe como se constrói um acorde
através do empilhamento de terças. Campo harmônico é basicamente isso.
Consiste em um conjunto de acordes formados a partir de uma escala,
empilhando terças sem fazer nenhuma alteração em suas notas e mantendo a
estrutura de acorde que a escala em questão nos entregar.
Sendo assim, é correto afirmar que toda e qualquer escala possui seu
campo harmônico. E são muitos! Mas não há a necessidade de se memorizar
todos, uma vez que o raciocínio matemático do campo harmônico nos permite
construir a partir de qualquer escala bastando saber onde suas notas se
encontram. Vejamos o exemplo com a nossa boa e velha escala de Dó Maior
natural:
C; D; E; F; G; A; B; C;
1. Façamos o empilhamento de terças, partindo de cada nota por vez
2. Organiza-se os acordes em tríades
3. Obtemos assim os 7 acordes do campo harmônico de Dó

Observe a tabela
Nota Grau Empilhamento Intervalos Acorde
C 1º C; E; G T 3ªM 5ªJ Dó maior
D 2º D; F; A T 3ªm 5ªJ Ré menor
E 3º E; G; B; T 3ªm 5ªJ Mi menor
F 4º F; A; C; T 3ªM 5ªJ Fá maior
G 5º G; B; D; T 3ªM 5ªJ Sol maior
A 6º A; C; E T 3ªm 5ªJ Lá Menor
B 7º B; D; F; T 3ªm 5ªdim Si diminuto

Logo temos o campo harmônico de Dó maior natural com os seguintes


acordes: Dó maior; Ré menor; Mi menor; Fá maior; Sol maior; Lá menor; Si
diminuto. Em nomenclatura universal, esses acordes podem ser escritos da
seguinte forma: C; Dm; Em; F; G; Am; Bº.
Podemos perceber portanto que os graus de uma escala, darão origem
aos graus de um campo harmônico, e estes vão obedecer uma regra padrão
que se estenderá para todas as demais escalas.
Vale ressaltar que os graus de um campo harmônico são escritos em
algarismos romanos. Os graus de um campo harmônico maior seguirão sempre
esta ordem:

I maior; ii menor; iii menor; iV maior; V; maior; vi menor; vii diminuto

O mesmo raciocínio se aplica para as tétrades. Com a diferença que os


acordes com Sétima não apenas definirão o campo harmônico, mas vão gerar
acordes com função harmônica. A isso dá-se o nome de Harmonia Funcional,
mas este é um assunto bem extenso e profundo que ficará para um outro
módulo. Por hora dê uma boa olhada na tabela a seguir com todas as 7 notas
naturais, suas escalas maiores e seus respectivos campos harmônicos.
Nota Escala Campo harmônico
C C, D, E, F, G, A, B C, Dm, Em, F, G, Am, Bº
D D, E, F#, G, A, B, C# D, Em, F#m, G, A, Bm, C#º
E E, F#, G#, A, B, C#, D# E, F#m, G#m, A, B, C#m, D#º
F F, G, A, B♭, C, D, E F, Gm, Am, B♭, C, Dm, Eº
G G, A, B, C, D, E, F# G, Am, Bm, C, D, Em, F#º
A A, B, C, D, E, F#, G# A, Bm, C#m, D, E, F#m, G#º
B B, C#, D#, E, F#, G#, A# B, C#m, D#m, E, F#, G#m, A#º
CONSIDERAÇÕES FINAIS

E finalmente chegamos a última aula deste módulo. Até aqui nós já vimos:
1. Os 12 sons musicais divididos em 7 naturais e 5 acidentes
2. Nome das 7 notas naturais
3. Sustenidos e bemóis
4. Intervalos, tom e semitom
5. Pauta, clave e notas musicais na pauta
6. Figuras rítmicas, fórmula de compasso e suas divisões
7. Leitura rítmica e leitura melódica
8. Escalas
9. Acordes
10. Campo harmônico
Agora podemos entender a correlação harmônica que existe entre todos
estes assuntos e finalmente unir todos os parâmetros estruturais de uma
música, a fim de nos prepararmos para entrar de vez no universo da música.
A esta altura você já não é capaz de ver a música como via antes deste
curso. Tudo que ouvir agora irá soar de maneira diferente para você. E quanto
mais se aprofundar neste universo e quanto mais conhecer, mais fascinado por
ele vai se tornar.
Sua missão agora é escolher um instrumento e começar a praticar. Para
aqueles que optarem por estudar o canto, sugiro aprender um instrumento
harmônico que permitirá um melhor suporte para os estudos da voz. Você pode
encontrar meus cursos de violão, guitarra e baixo elétrico. Nos vemos em uma
outra jornada por este mundo maravilhoso da música. Obrigado por estudar até
aqui e até a próxima.

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