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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de
Ananindeua
Faculdade de História
Disciplina: Sociedade Coloniais nas Américas
Turma: 2019/manhã Semestre: 2019.2
Discente: Pietra Gabriella Bastos de Aguiar
Ketlen Letícia Nascimento Silva
Victor Ruan Leal Costa
Rafael Correa Ferreira
Mateus Evaldo Hughes Ferreira
Maria Eduarda Goés Barboza

Mudanças Coloniais hispânicas da 2ª metade do século XVIII

“Mas entre as ideias e ações governamentais específicas há uma grande distância.


Sem negar completamente a influência palpável do clima internacional das opiniões,
estamos mais interessados em mostrar que a série de medidas conhecidas em conjunto
como reformas dos Bourbons também obedeceu a outros imperativos, fatores quase
sempre mais poderosos na determinação do momento exato e da natureza das
reformas do que os ditames iluministas sob quais elas foram vezes propostas”*
Ao estudarmos a América Colonial Espanhola no final do século XVIII, o berço do Iluminismo,
deve-se ter em vista que ela passou a sofrer influência desse movimento. Exploraremos a seguir os
aspectos político-administrativos, socioculturais e econômicos das transformações que aconteceram
neste cenário.
Aspectos socioculturais:
Antes de tudo é preciso ter em mente que as principais mudanças sociais se deram por conta do
crescimento demográfico. O aumento da população teve como característica a ampliação das castas -
que a princípio dividiam a sociedade em espanhóis x indígenas; passando agora a incluir uma nova
classe de pessoas, que se diferenciavam destes dois grupos por sua diversidade étnica. Essa singular
identidade populacional expandiu os grupos presentes no território americano e suas relações entre si.
Por isso, o processo mais universal a sociedade das Índias Ocidentais foi a mistura cultural e
biológica dos povos que a formaram. Porém, como a hierarquia étnica do período colonial intermediário
reconhecia a mistura de certos grupos e levava em consideração atributos culturais na determinação das
categorias, esse esquema estava destinado a extinguir-se. Então, no final do século XVIII, em várias
áreas, esta hora chegou e o sistema entrou em colapso; não uma crise generalizada de organização social,
mas a respeito da classificação dos membros daquela sociedade.
Devido à poucos espanhóis Península Ibérica se mudarem para as colônias, os setores
econômicos, governamentais e eclesiásticos delas foram preenchidos pela diversidade de crioulos que
foi se consolidando ao longo do processo descrito, chegando a fazer parte da elite local. A presença
crioula atingiu um estágio onde as tentativas de intervenção imperial tornaram-se ineficazes em
recuperar esses postos aos espanhóis peninsulares, apesar da criação de novos órgãos administrativos
e cargos exclusivos nas Audiências – instituições mais importantes do governo nas Américas; ocupadas
em maioria por crioulos. Isso gerou conflitos entre os interesses regionais desse grupo e os da Coroa,
que serão descritos no próximo tópico.
Aspectos Político Administrativos:
Esse novo clima intelectual do século das luzes alcançou governo imperial Bourbon, que deu
sequência em diversas reformas para fortalecer a autoridade e influência do Rei nas colônias.
Na administração, as reformas tinham as seguintes finalidades:
 estimular eficiência nos processos jurídicos, com a troca parcial das assembleias por ministérios;
 diminuir o papel de corporações independentes, por meio de propostas para reduzir a influência
e autonomia da igreja;
 selecionar homens flexíveis e sem relações pessoais com região, como na política de preferência
dada a espanhóis da península ao invés dos crioulos, nos cargos das Audiências;
 estruturar um rendimento maior nas unidades, dando independência à vice-reinos com novo
potencial para a exportação e com a criação de um vice-reino voltado para a defesa do Caribe.
Também foi criado o cargo de Intendente, que era assumido em sua maior parte por oficiais do
exército e membros de famílias importantes. Ele teria plenos poderes e responsabilidade geral pela
administração, economia, justiça e forças armadas. Por ser nomeado pelo rei para o representar, ele não
estava sob a autoridade do Vice-Rei, entrando assim em conflito com os poderes locais.
Aspectos econômicos:
Aqui, as principais questões envolvem as haciendas, extração de prata e o livre comércio.
A estrutura das haciendas era piramidal, no topo ficavam os proprietários de terra e na base, os
funcionários. O problema era o que estava no meio dessa pirâmide: um número excessivo de sujeitos
em funções administrativas. Assim surgiram os ranchos, que eram “haciendas compactas” com lugares
para esses intermediários ocuparem.
Também houve a valorização da Região do Prata devido à mudança da rota de escoamento da
mineração, que anos depois se tornou vice-reino com capital em Buenos Aires. Isso deu reconhecimento
às áreas periféricas, antes esquecidas por não serem convenientes para a Coroa.
A coroa espanhola interferiu diretamente na economia das colônias e na cobrança de impostos.
O livre comércio, medida adotada pelos Bourbons no início do século XVIII, que permitia que navios
de espanhóis atracassem em qualquer porto de domínio espanhol. Deu tão certo que, anos depois, o
comércio livre se tornou uniforme em todas as possessões hispano-americanas com mais de 35 portos
liberados.

Portanto, estes foram os aspectos mais relevantes que marcaram o século XVIII na América espanhola,
durante o governo Bourbon.

Referencias bibliográficas:
“SCHWARTZ, Stuart B., LOCKHART, James. “O fim da época colonial nas Índias
Ocidentais espanholas.” A América Latina na Época Colonial. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, pp. 365-422.

Atividade Avaliativa:
Descreva as características dos principais sujeitos históricos destacados no texto e suas
contribuições para as mudanças na sociedade da América espanhola no século XVIII.

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