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Um transtorno solucionável
Instituto A Vez do Mestre
Dislexia
Um transtorno solucionável
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Agradeço aos meus professores que contribuíram para meu conhecimento sobre
este transtorno, e principalmente aos meus familiares que com toda calma e amor
auxiliaram na elaboração desta pesquisa.
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Dedico este trabalho a todos os Disléxicos que se encontram perdidos e
desamparados em suas instituições de ensino, procurando uma luz no fim do túnel
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Resumo
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Metodologia
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Sumário
Introdução ..................................................................................... 08
Capítulo I - O que é?....................................................................... 10
1.1. Histórico .................................................................................. 10
1.2. O que é?................................................................................... 10
1.3. Causa ....................................................................................... 13
1.4. Tipos ........................................................................................ 13
1.5. Reconhecimento ..................................................................... 14
1.6. Como Diagnosticar? ............................................................... 18
Capítulo II – A Dislexia e a Escola ................................................ 20
2.1. Consequências de uma Educação não Especializada ........ 21
2.2. Peça Fundamental ................................................................... 22
2.3. Professores do Primeiro Ciclo ............................................... 23
Capítulo III – Avaliação .................................................................. 25
3.1. A Prova e a Dislexia ................................................................ 26
3.2. Como Elaborar? ...................................................................... 27
Capítulo IV – Soluções .................................................................. 29
Conclusão ...................................................................................... 34
Bibliografia ..................................................................................... 36
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Introdução
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da média, sua dificuldade está em não conseguir identificar símbolos gráficos, tendo
como consequência a dificuldade na leitura e escrita. É neste momento que o
despreparo dos profissionais da área de ensino aparece de forma mais grave, pois
não apresentam e nem aceitam novas formas de aprendizagem para este alunos,
alegando falta de tempo e impossibilidade de modificar sua postura.
Convivendo por quase três décadas de forma pessoal e direta com este
transtorno, trabalhando a uma década dentro de sala de aula, observei o sofrimento
que um aluno pode passar com a falta de conhecimento e o despreparo dos
profissionais da educação, dos quais deveriam receber todo apoio e auxílio.
Sofrimento este que pode acompanhá-lo, de alguma forma, para o resto de sua vida,
onde este cenário acaba por afetar toda uma família, pois eles vivenciam o histórico
de fracasso escolar pelo qual o aluno passa, isso foi o que despertou meu interesse
para procurar entender como lidar com este tipo de dificuldade e buscar soluções
viáveis e criativas para serem utilizadas em sala de aula.
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Capitulo I
O que é?
1.1. Histórico.
1.2. O que é?
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dislexia seria uma disfunção no processo da linguagem; porém este transtorno não
fica preso somente a esta aspecto.
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inesperado em relação a outras habilidades
cognitivas consideradas na fixa etária”.
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Davis coloca que todas as pessoas utilizam as duas formas de pensar,
porém nos disléxicos a forma não-verbal predomina ocasionando problemas no seu
processo de aprendizagem, que explicarei melhor mais à frente.
1.3. Causa
1.4. Tipos
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• Visual: Deficiência na percepção visual, na coordenação
visomotora (não visualiza cognitivamente o fonema)
• Auditiva: Deficiência na percepção auditiva, na memória auditiva
(não audiabiliza cognitivamente o fonema)
• Mista: seria a combinação de mais de um tipo de dislexia
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Inicialmente, como é genético e hereditário, se a criança possuir pais ou
parentes disléxicos, os responsáveis deverão ficar mais atentos aos sintomas, afim
de que surgindo o problema possa rapidamente ser solucionado.
Não sabendo ou não possuindo casos na família, alguns sintomas
poderão ser observados; estes sintomas serão divididos em: Haverá sempre;
Haverá muitas vezes; Haverá às vezes.
Haverá Sempre:
• Disgrafia;
• Discalculia;
• Dificuldades com a memória de curto prazo e
organização
• Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em
executar tarefas complexas;
• Dificuldades para compreender textos escritos
• Dificuldades em aprender uma segunda língua
Haverá às Vezes:
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Dislexia na Pré-escola
• Dispersão;
• Fraco desenvolvimento da atenção;
• Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
• Dificuldades em aprender rimas e canções;
• Pouca coordenação motora;
• Dificuldade com quebra-cabeça;
• Falta de interesse por livros impressos.
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• Desorganização geral, podendo criar os constantes
atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
• Confusão de direita e esquerda;
• Dificuldades em manusear mapas, dicionários, listas
telefônicas;
• Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou
sentenças longas e vagas;
• Dificuldades com memória de curto prazo, com instrução,
recados, etc;
• Dificuldades em decorar seqüências, como meses do
ano, alfabeto, etc;
• Dificuldades em matemática e desenho geométrico;
• Troca de letras;
• Dificuldades com uma segunda língua;
• Problemas de conduta como: depressão, timidez
excessiva ou palhaço da turma;
• Bom desempenho em provas orais.
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• Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo
como conseqüência: depressão, baixa auto-estima e algumas vezes
ingresso para as drogas e alcoolismo.
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Inicialmente devem-se excluir todos os outros distúrbios, pois há
problemas de origem neurológica, sensorial e emocional ou problemas de
aprendizagem devido à falta de ensino adequado, que não são da dislexia.
Segundo a orientação da ABD, o diagnóstico só poderá se realizado após
a alfabetização, entre o segundo e terceiro ano, pois a alfabetização ocorre de forma
precoce, assim algumas crianças não acompanham por falta de maturidade neural.
Este diagnóstico deverá ser feito por uma equipe multidisciplinar (psicólogo,
fonoaudiólogo e psicopedagogo).
Baseado nestes conhecimentos, fica de extrema importância o
reconhecimento deste transtorno logo nas primeiras etapas do processo de
aprendizagem, pois se o disléxico não recebe uma instrução especializada, pode
permanecer analfabeto ou semi-alfabetizado, gerando prejuízos emocionais e
profissionais que o acompanharão para o resto da vida, geralmente ficam excluídos
das profissões e vocações que exijam uma preparação acadêmica. Infelizmente
nosso sistema educacional é deficiente, havendo falta de recursos na maioria das
escolas do país, desta forma não tratam o transtorno da dislexia com a devida
atenção, ocasionando para estes estudantes problemas com a auto-estima e com
sentimento de fracasso forte.
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Capitulo II
A dislexia e A Escola
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aluno específico, optando por ficarem cristalizados numa estrutura de acomodação,
onde não há espaço para mudanças ou crescimento. Somente com o
desenvolvimento de uma nova visão é que o aluno poderá ser visto como único e
individual, com características próprias e não somente mais um na sala de aula.
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Como não recebeu tratamento específico durante sua vida escolar torna-
se quase impossível para um disléxico ser aprovado num concurso público, ou em
empregos que exijam provas avaliativas, porque a estrutura destas avaliações,
devido à formatação dos textos e tamanho das letras, dificulta sua leitura e
conseqüentemente o entendimento do que é desejado. Infelizmente no Brasil não
existem leis que garantam ao portador deste transtorno o direito de fazer uma prova
elaborada e estruturada para dislexia, pois esta, não é considerada uma deficiência,
mesmo tendo base genética; com isto, mesmo que domine o assunto, seu resultado
será abaixo da média, e após inúmeros fracassos em provas desta forma, com sua
auto-estima em baixa, sempre que vierem a participar de concursos, farão as
avaliações com a certeza que não conseguirão sucesso.
Para que o disléxico tenha uma vida adulta “normal”, podendo utilizar toda
sua capacidade, é extremamente importante, que no período correto ele receba uma
intervenção de profissionais especializados sobre a dislexia, a fim de que se torne
uma pessoa resiliente e não sofra com as consequências de um abandono durante
sua vida escolar.
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tratamento, também são eles, que agirão como um verdadeiro termômetro da
evolução ou não deste estudante diante da terapia. É papel de o professor dirigir um
olhar mais atento e flexível para cada aluno que possua uma dificuldade, se
interessando em conhecer seu diagnóstico e buscando orientação de como agir, se
atualizando, se preparando para o trabalho, pois existem muitos profissionais da
área de educação que desconhecem os transtornos de aprendizagem.
No caso específico da dislexia, ao perceber algum sintoma, o professor
deve encaminhar o estudante para um especialista, que por lei, as instituições
devem possuir dentro de seus quadros de funcionários. Após um diagnóstico, é
necessário o envolvimento total do professor com o aluno em sala de aula, durante
seu tratamento. Sua primeira tarefa é resgatar a autoconfiança do estudante,
descobrindo suas habilidades, a fim de que ele possa acreditar em si mesmo e desta
forma desenvolver seu potencial.
O ideal é trabalhar a autonomia da criança, para que ele não comece a se
sentir dependente de tudo; o professor deve acolhê-lo e respeitá-lo, em suas
diferenças, sem jamais cair no sentimento de pena, por que na realidade estes
estudantes não são inferiores, mas somente diferentes, necessitando de auxilio, de
compreensão e de apoio.
É essencial que o professor explique à criança seu problema, que sente
ao seu lado sem fazer pressão, compreendendo que ele possui seu próprio tempo,
evitando criar competições com outros alunos, sendo flexível com os conteúdos,
fazendo criticas somente se elas forem construtivas, estimulando-o a escrever em
linhas alternadas, verificando se as tarefas foram compreendidas, evitando anotar
todos os erros na correção da grafia das palavras (dando mais importância ao
conteúdo), nunca corrigindo com caneta ou lápis vermelho (isso fere a
suscetibilidade da criança com problemas de aprendizagem) e sempre procurando
descobrir seus interesses e as leituras que prendam sua atenção.
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necessário para o resto de vida, assim são estes profissionais que devem estar mais
atentos aos seus alunos.
Desta forma acredito que o professor do primeiro ciclo do segmento do
ensino fundamental deve ele mesmo, buscar conhecimento sobre todos os
transtornos de aprendizagem, a fim de que possa construir os seus instrumentos
pedagógicos (diagnostico informal), com objetivo de elaborar a sua atividade
coerentemente, sendo de suma importância a utilização destes que auxiliam a
detectar precocemente qualquer dificuldade de aprendizagem, pois só assim uma
intervenção psicopedagógica poderá se realizar de forma socialmente útil, e no caso
da dislexia quanto mais tarde for detectada, menor será a probabilidade de controlá-
la.
Fica evidente a importância do envolvimento de todos os participantes do
processo de aprendizagem no tratamento da dislexia, devendo existir um
entendimento entre a instituição e seu corpo docente, ou seja, devem estar de
comum acordo no lidar com alunos com dislexia, seno fundamental que cada um
cumpra seu papel dentro do tratamento de seus alunos.
Nas instituições é necessário um preparo estrutural, onde forneça salas
claras e com quadros brancos e de preferência com poucos alunos. Organizar e
oferecer palestras sobre dislexia com objetivo de oferecer um melhor atendimento
de seus alunos, incentivarem seus professores a se atualizarem, e junto com eles
buscar elaborar um plano de curso especializado para os alunos com transtorno de
aprendizagem.
Os professores não podem mais ficar presos aos métodos tradicionais de
ensino, “cuspe e giz”, devem procurar cursos, livros, palestras, pesquisas e
profissionais da área (psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo) para compreender
e compartilhar experiência. Não se deve cair no processo de acomodação,
buscando sempre novos formatos de aulas para motivar a curiosidade de seus
alunos.
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III Capitulo
Avaliação
Processo Avaliativo
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Professores e instituições de ensino devem começar compreender o
verdadeiro valor do processo avaliativo, que não está, absolutamente, em incentivar
a competição entre os estudantes e, tão pouco, na sua capacidade de memorizar os
conteúdos. O verdadeiro processo avaliativo deve observar a função cognitiva, a
capacidade de solucionar problemas, o raciocínio lógico e a sua capacidade de
interpretação da realidade.
Para que este processo ocorra é importante que professores e instituições
de ensino saiam do tradicionalismo e busquem novas formas de avaliações
buscando analisar a realidade de seus alunos
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banheiros preparados para receber um aluno com esta deficiência, provocando por
muitas vezes o constrangimento e uma resistência para freqüentar as aulas.
Diante destes fatos, toda a sociedade se mobilizaria, compreendendo
como um grande absurdo todas estas dificuldades e fariam que através dos meios
legais ficasse garantida a permanência dos alunos, com adaptações realizadas nas
instituições públicas e privadas. Entretanto, algo similar ao que foi citado
anteriormente acontece com os disléxicos em toda sua vida escolar, sem que nunca
ocorra um movimento a seu favor e, pior, por muitas vezes são colocados de lado,
ignorados.
As avaliações utilizadas nas instituições de ensino, atualmente, têm para
um disléxico o mesmo peso que tem a falta de um livro e avaliações em braile para
um deficiente visual, a falta de um interprete de libras para um deficiente auditivo ou
a falta de adaptações na estrutura das instituições escolares para um deficiente
físico. Ao longo do processo de aprendizagem, que é bem difícil, o momento mais
complicado e estressante para o disléxico é o momento das avaliações, devido a um
histórico de fracassos seguidos em conseqüência destes modelos.
Os estilos de prova utilizados pelas escolas, concursos e universidades
priorizam a grande quantidade de textos como estrutura fundamental de suas
avaliações, o que não favorece a todos os estudantes, pois, conforme já vimos, a
leitura é uma das grandes dificuldades geradas pela dislexia, devido a grande
energia dispersada no processo de leitura, gerando um problema no momento da
compreensão geral o texto, desta forma, para esta parcela de alunos, cerca de 40%,
com dislexia torna-se importante que suas avaliações sejam elaboradas de maneira
a auxiliar a compreensão. Não é necessário retirar os textos ou a elaboração de uma
prova diferenciada dos demais, mas que ocorra uma adaptação na estrutura,
adaptações que não farão diferença para alunos não disléxicos, mudanças estas
que não são onerosas e nem requerem muito tempo dos profissionais e são bem
simples.
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elaboração da avaliação o professor colocar um pequeno roteiro da prova,
informando a quantidade de questões e de páginas, alterar o tamanho da letra e dos
espaços entre as linhas, pois isso já facilita a leitura e compreensão do texto, não
gerando um momento de perturbação; no momento de numerar as questões que se
faça com cores diferenciadas do restante do corpo da prova e acima da pergunta, a
fim de que os disléxicos não se percam na ordem seqüencial de sua prova, evitando
que pule questões ou até mesmo deixe uma folha inteira em branco; o único cuidado
especial em relação aos demais alunos, é ter a preocupação de colocar o estudante
com dislexia num local diferenciado, onde ele terá o silêncio necessário para não
dispersar sua atenção e no momento da realização da avaliação o professor deve ler
toda a prova, isto já auxilia o disléxico em realizar sua avaliação.
Estas soluções aparentemente simples e que num primeiro momento não
apresentam nenhuma modificação, podem solucionar um grande problema que
poderia se arrastar por uma vida toda.
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Capitulo IV
Soluções
O que Fazer?
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• Quando for ensinar a amarrar os sapatos não fique na frente
da criança, coloque-a ao seu lado, com os braços por cima de seus
ombros;
• Marque o relógio, com palavras, as horas das obrigações;
• Para as crianças que tem dificuldades com direita e esquerda,
uma marca é necessária, ex: relógio, pulseira, etc;
• Reforçar a ordem das letras do alfabeto, cantando e dividindo-
as em pequenos grupos;
• Ler histórias que se encontrem no nível de compreensão da
criança;
• Instruir as crianças canhotas precocemente, para evitar que
assumam posturas pouco confortáveis e mesmo prejudiciais, como
encobrir o papel com a mão na hora de escrever;
• Providenciar para que crianças usem lápis ou canetas
grossos, com película de borracha ao redor e que sejam de forma
triangular;
• A criança disléxica confunde-se com o volume de palavras e o
número com que tem de se confrontar. Para evitar este problema deve-se
arranjar um cartão de aproximadamente 8cm de comprimento e 2cm de
largura com um janela no meio da largura de uma linha escrita e o
comprimento de 4cm. Deslizando o cartão sobre a folha à medida que lê
ele bloqueia o acesso visual para linhas de baixo e de cima dirigindo a
atenção da criança da esquerda para direita;
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• Usar vários recursos de apoio para apresentar a lição à
classe, além do quadro-negro: projetor de slides, retroprojetores, vídeos e
outros recursos;
• Colocar novos vocabulários de forma contextualizada;
• Evitar instruções orais e escritas ao mesmo tempo;
• Avisar, com antecedência, quando houver trabalho que
envolva leitura, para que o aluno encontre outras formas de realizá-los;
• Fazer revisões com tempo disponível para retirar as duvidas;
• Autorizar uso de tabuada, calculadoras simples, rascunhos e
dicionários, durante as atividades e avaliações;
• Aumentar o limite do tempo para atividades escritas;
• Ler os enunciados em voz alta de forma calma e pausada e
verificar se todos entenderam o que sendo pedido;
• Usar gravadores;
• Confecção do próprio material para alfabetização, como
desenhar e montar uma cartilha;
• Uso de gravuras e fotografia (imagem é essencial);
• Material dourado (material curisineire);
• Folhas quadriculadas para a matemática;
• Não deve ser forçada a ler em voz alta, em classe, a menos
que tenha vontade;
• Uso da informática, como corretor ortográfico.
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tende a demorar mais a reagir e acreditar nele mesmo. Para que melhore a auto-
estima é necessário que o professor tome algumas medidas como:
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• Quando estiver trabalhando com materiais multimídias,
como Data Show, por exemplo, evite colocar figuras de fundo, pois sua
atenção vai ficar focada na imagem e não no assunto trabalhado;
• Certifique-se de que as tarefas de casa e de aula foram
compreendidas e anotadas corretamente;
• Certifique-se que seu aluno pode ler e compreender
claramente os enunciados propostos nas tarefas e avaliações;
• Leve em conta as dificuldades especificas dos disléxicos e
as dificuldades de nossa língua gramatical quando corrigir seus deveres;
• Estimule as expressões verbais do aluno, realizando
avaliações através de seminários;
• Estimule a imaginação, pois sua capacidade criativa é
muito forte;
• Dê instruções curtas e simples, elas evitam confusões;
• Dê “dicas” específicas;
• Oriente o aluno sobre como ele pode organizar-se no
tempo e espaço;
• Não insista em exercício de fixação repetitivo e numeroso,
pois isso não diminui sua dificuldade;
• Dê explicação de como fazer;
• Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa
é adequado ao seu nível, pois criança com dificuldades são mais sensíveis
a crítica;
• Permita o uso de gravadores:
• “uma imagem vale mais que mil palavras”, utilizem filme,
fotos, quadros e desenhos, assim compreendem melhor e mais rápido.
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Conclusão
Este trabalho não teve como objetivo ensinar aos profissionais de ensino
como ele deve ou não lecionar ou como as instituições devem se colocar diante a
dislexia, mas tem seu foco fundamental centrado em demonstrar o que realmente é
este transtorno e as formas mais corretas e simples para lecionar e avaliar alunos
disléxicos.
Deixando evidente que a dislexia não é somente uma mera dificuldade
com leitura e escrita, caracterizada pelo seu sintoma mais comum, as trocas de
letras, mas que abrange um campo muito maior do processo cognitivo da criança;
demonstrada como uma deficiência de base neurológica, contanto sendo um
transtorno genético e não psicológico, ou como muitos professores afirmam, de base
emocional. Desta forma, não existe remédio, nem cura para a dislexia, o que existe
é um controle sobre sua desorientação e efeitos.
É de extrema importância que as instituições de ensino estejam
preparadas para realizar o processo de inclusão de alunos com dislexia,
promovendo seminários, palestras, cursos de atualização, com intuito de que seus
professores fiquem esclarecidos sobre este transtorno, são estes profissionais as
figuras mais importantes no processo de controle da dislexia devido ao seu convívio
diário com os estudantes. Cabe a instituição buscar conhecimentos e métodos para
auxiliar seus alunos, pois se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos,
temos que ensinar do jeito que ele aprende, ou seja, o papel das escolas é estimular
ao máximo suas capacidades para torná-lo um vencedor.
Os professores são os mediadores da evolução dos disléxicos, devendo
demonstrar-se acessíveis e preparados para atender seus alunos sempre que
necessitarem, assim ganhando sua confiança. Feita esta relação ele transforma-se
em um mediador entre o disléxico e seu transtorno, sempre procurando esclarecê-lo,
de forma que o aluno veja a dislexia como parte dele e não como um problema, pois
quando alguém domina algo, esta passa fazer parte dessa pessoa, e isto se torna
parte do processo criativo do indivíduo, acrescentando a qualidade de sua essência
a todo pensamento subseqüente e a criatividade do indivíduo.
Concluindo, assim, que mudanças são necessárias dentro de todo
processo educacional, a fim de que este processo possa realmente atingir a todos e
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não somente uma parcela de estudantes tidas como normais. É urgente que
instituições e professores olhem para seus alunos não como números, mas sim
como indivíduos capazes que necessitam apenas de atenção e auxílio.
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Bibliografia:
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