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ARTIGOS TEXTO SELECIONADO PELOS EDITORES

Novas regras para alienação fiduciária e a ação de


busca e apreensão, à luz da Lei 13.043/2014 e das
recentes decisões do STJ

Carlos Gondim Neves Braga

Publicado em 01/2015. Elaborado em 01/2015.

229
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E CONTRATOSALIENAÇÃO FIDUCIÁRIAJURISPRUDÊNCIA POR
ÓRGÃOJURISPRUDÊNCIA DO STJ

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A Lei 13.043/2014 dá mais celeridade aos processos de retomadas de bens financiados com
cláusula de alienação fiduciária em garantia, conforme as mais recentes decisões do Superior
Tribunal de Justiça (STJ).

1 - OBJETIVO

Este trabalho visa tecer algumas considerações acerca das principais mudanças na lei que trata
dos contratos de Alienação Fiduciária e da Ação de Busca e Apreensão, fazendo os
comparativos entre a Lei 13.043/2014 e texto antigo, bem como trazendo recentes decisões do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) acerca dos temais mais controversos.

No mais, é válido frisar ao destinatário deste pequeno trabalho que o autor serve-se do presente
apenas para trazer as primeiras impressões auferidas da Lei.
2 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Recentemente, entrou em vigor a Lei 13.043/2014, que alterou significativamente o Decreto Lei
911/69, no tocante aos procedimentos aplicáveis aos contratos de alienação fiduciária e a
respectiva Ação de Busca e Apreensão.

De início, é mister observar o conceito de alienação fiduciária que o Dec. 911/69 traz:

Art 1º O artigo 66, da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, passa a ter a seguinte redação:

"Art. 66. A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse
indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se
o alienante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas as responsabilidades e
encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.

O próprio termo “fidúcia” é sinônimo de algo que é “confiado” a alguém[1]. Assim, em linhas
claras, a alienação fiduciária é a previsão contratual expressa, em que uma instituição financeira
“libera” um financiamento a uma pessoa “confiando” que esta irá pagar as parcelas contratadas,
mas exige também, como prova dessa “confiança”, que o financiado garanta a liquidação total
do valor financiado através do próprio bem objeto do contrato de financiamento.

É, portanto, uma obrigação acessória, do campo dos direitos reais (posse e propriedade), haja
vista que o credor fiduciário (Instituição Financeira) tem a propriedade e posse indireta do bem
financiado, quando, de outro lado, o devedor fiduciante figura como depositário do bem e tem a
posse direta do mesmo (usa) até que a obrigação principal seja integralmente liquidada, qual
seja: a quitação do contrato. Daí o por quê do termo “domínio resolúvel”, pois o contrato já
nasce prevendo a condição de extinção desse domínio (propriedade). 

Ex: A concessionária CARRÕES está vendendo um veículo no valor de R$ 30.000,00. O


consumidor FULANO procura o “BANCO A”, a fim de financiar o referido veículo. O “BANCO A”
então concede a FULANO o financiamento, com previsão contratual de alienação fiduciária do
Bem, através do pagamento de 36 (trinta e seis) parcelas de R$ 1.000,00. Note-se que o “BANCO
A” já quitou o veículo junto a concessionária CARRÕES e, por força da Alienação Fiduciária em
garantia, torna-se proprietário do veículo e permite que FULANO o use diretamente até que quite
integralmente a sua dívida contratual de R$ 36.000,00.

3 – DO DIREITO DE VENDA PARA PAGAMENTO DA DÍVIDA

Note-se o que dispõe o art. 2º do Dec 911/69:

Texto No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas


anterior mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a
coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou
qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em
contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento
de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo
apurado, se houver.

No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas


mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a
Novo
coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou
Texto         
qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em
(Lei
contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento
13.043/2014)
de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo
apurado, se houver, com a devida prestação de contas.

Percebe-se uma alteração sucinta do texto legal, mas não menos importante, uma vez que
reforça que, na hipótese de inadimplemento do devedor fiduciante, o credor fiduciário poderá se
utilizar plenamente do seu direito de propriedade, mais especificamente quanto a venda do bem
dado em garantia a fim de saldar a dívida, mas deixa expresso o dever de prestar contas com o
devedor, a fim de que seja apurado se sobrou saldo positivo ou negativo ao mesmo.

Por sinal, esse primeiro dispositivo traz à tona um tema pouco entendido em matéria de
alienação fiduciária: o chamado saldo remanescente ou saldo negativo. De forma bem objetiva,
ocorre saldo remanescente quando o valor de venda do bem dado em garantia para liquidação
do contrato é insuficiente para quitar integralmente a dívida contratual. E é possível que isso
ocorra, haja vista que, via de regra, o bem financiado sofre depreciação de preço de mercado,
quando, de outro lado, o valor do financiamento é estanque, salvo quando há quitação
antecipada do contrato ou dependendo de negociação com a instituição financeira.

4 – DA CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR

Outro dispositivo que sofreu alteração considerável foi o parágrafo 2º do art. 2º, do Dec 911/69,
conforme disposto abaixo:

A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser


Texto
comprovada por carta registada expedida por intermédio de Cartório de Títulos e
anterior
Documentos ou pelo protesto do título, a critério do credor.
Novo
A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser
Texto         
comprovada por carta registrada com aviso de recebimento, não se exigindo que
(Lei
a assinatura constante do referido aviso seja a do próprio destinatário.
13.043/2014)

A alteração colocou uma verdadeira “pá de cal” num dos temas mais controvertidos em matéria
de Ação de Busca e Apreensão de bens gravados com cláusula de Alienação Fiduciária: a
notificação extrajudicial.

Basicamente, dois pontos sempre foram muito discutidos: a competência para realização da
notificação extrajudicial e a forma de entrega do documento notificatório.

Quanto à competência, a Lei agora revogada trazia a exigência de processamento da notificação


extrajudicial através de cartório de títulos e documentos ou pelo protesto de título, a critério do
credor. Note-se que tal exigência não mais existe, tendo a Lei simplificado o procedimento com
a simples remessa da Notificação pelo próprio credor, através de carta registrada com aviso de
recebimento. Com isso, caiu por terra também a discussão que já vinha sendo pacificada pelo
STJ quanto à necessidade de processamento das notificações por cartório de título e
documentos da comarca do domicílio do devedor[2].

Já quanto a forma de entrega da notificação, novamente a alteração legal trazida pela Lei
13.043/2014 só veio ao encontro daquilo que E. STJ vinha decidindo sobre o tema, qual seja: a
validade da notificação mesmo quando não recebida pessoalmente pelo devedor.[3] Em
verdade, verifica-se que a referida alteração visa reduzir os custos das notificações extrajudiciais
e, como consequência, tornar cada vez mais célere e fácil o procedimento da recuperação do
crédito, seja ele pela via judicial ou extrajudicial.

Portanto, doravante, a notificação extrajudicial pode ser enviada pelo próprio credor, através de
carta registrada com aviso de recebimento, bem como basta que a mesma seja entregue no
domicílio do devedor, podendo ser recebida por qualquer um que ali habite ou esteja.

5 – DA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO / TUTELA DE URGÊNCIA E


APRECIAÇÃO EM PLANTÃO JUDICIÁRIO

Vide a redação do art. 3º do Dec. 911/69 abaixo:

O Proprietário Fiduciário ou credor, poderá requerer contra o devedor ou terceiro a


Texto
busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida
anterior
liminarmente, desde que comprovada a mora ou o inadimplemento do devedor.

Novo O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na


Texto          forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o
(Lei devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual
13.043/2014) será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário.

O texto legal sofreu alterações, mas a sua essência continuou a mesma, salvo com a inclusão
do termo “podendo ser apreciada em plantão judiciário” que veio a ratificar o entendimento
doutrinário e jurisprudências de que os processos de Busca e Apreensão devem ser
processados pelo Judiciário com a maior celeridade possível.
Nesse cotejo, o Juiz plantonista, verificando a existência da inadimplência e comprovação da
mora do devedor fiduciante, deverá apreciar a Ação de Busca e Apreensão e, caso preenchidos
os requisitos legais, conceder a respectiva tutela de urgência.

6 – DO CADASTRO DA RESTRIÇÃO JUDICIAL DO BEM NO


SISTEMA RENAVAM

Assim dispõem os novos §9º e 10º do art. 3º do Dec. 911/69:

Nova §9.  Ao decretar a busca e apreensão de veículo, o juiz, caso tenha acesso à
Previsão base de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM,
inserirá diretamente a restrição judicial na base de dados do Renavam, bem
(Lei como retirará tal restrição após a apreensão.
13.043/2014)
§10. Caso o juiz não tenha acesso à base de dados prevista no § 9o, deverá
oficiar ao departamento de trânsito competente para que:

I – registre o gravame referente à decretação da busca e apreensão do veículo; e

II – retire o gravame após a apreensão do veículo

Mais uma inovação, trazida pela Lei 13.043/2014, foi a possibilidade de o Juiz inserir a restrição
judicial do bem no sistema RENAVAM, logo então decretada a Busca e Apreensão do Bem, seja
através do sistema RENAJUD ou, na falta deste, a requerimento ao departamento do transito
(DETRAN).

Tal medida já era utilizada, mas somente quando o mandado de busca e apreensão não podia
ser cumprido pelo fato de o bem não ter sido encontrado. Doravante, a medida restritiva do
veículo deve ser realizada desde a concessão do mandado de busca e apreensão, mais uma vez
com vista a garantir efetividade e celeridade ao processo.

7 – DA POSSIBILIDADE DE APREENSÃO DO BEM EM OUTRA


COMARCA

Assim consta no §12 e 13, do art. 3º:

Nova § 12.     A parte interessada poderá requerer diretamente ao juízo da comarca


Previsão onde foi localizado o veículo com vistas à sua apreensão, sempre que o bem
estiver em comarca distinta daquela da tramitação da ação, bastando que em
(Lei tal requerimento conste a cópia da petição inicial da ação e, quando for o caso,
13.043/2014) a cópia do despacho que concedeu a busca e apreensão do veículo.

§ 13.  A apreensão do veículo será imediatamente comunicada ao juízo, que


intimará a instituição financeira para retirar o veículo do local depositado no
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.

O dispositivo acima foi uma das mais importantes inserções legais trazidas com a Lei
13.043/2014. Ao intentar a Ação de Busca e Apreensão, é corriqueiro o credor fiduciário se
deparar com situações, em que o bem não é encontrado no endereço do domicílio do devedor
fiduciante, seja porque este mudou de endereço sem informar o credor, ou seja porque o bem
encontra-se sob a posse de terceiros.

Com vistas nisso, o legislador possibilitou ao credor fiduciário a Apreensão do bem em qualquer
comarca em que se tenha a notícia da localização do bem, sem que para isso seja necessário
redistribuir o feito ou expedir carta precatória.

Assim, verificada a localização do bem em comarca distinta daquela onde tramita a ação de
busca e apreensão, basta que o Requerente peticione perante o Juízo da comarca onde
encontra-se o bem, juntando cópia da petição inicial da ação e, quando for o caso, a cópia do
despacho que concedeu a busca e apreensão do veículo.

Um trecho do dispositivo que traz certa dúvida é quando diz que “e, quando for o caso, a cópia
do despacho que concedeu a busca e apreensão do veículo”. Isso dá margem à interpretação de
que seria possível a distribuição dessa “petição”, mesmo sem que o Juízo da Ação de Busca e
Apreensão já tenha concedido o respectivo mandado?

Em que pese a verdadeira dúvida que traz o texto, acredita-se que a prévia concessão da Busca
e Apreensão seja condição sine qua non para a distribuição da petição noutro juízo onde esteja
localizado o bem, uma vez que, do contrário, estar-se-ia possibilitando que dois juízes façam
análise de duas ações com mesmas partes, causa de pedir e pedido – caracterizando, assim, a
litispendência.

Resta, por ora, o entendimento de que o meio mais acertado para distribuição dessa “petição”
seja através de uma espécie de Ação Cautelar Incidental.

8 – DA NECESSIDADE DE QUITAÇÃO DO CONTRATO A QUANDO


DA EFETIVAÇÃO DA BUSCA E APREENSÃO DO BEM

Assim já constava no §1 e 2, do art. 3º:

§ 1º Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade


e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições
competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome
do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária.

§ 2º No prazo do § 1º, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente,


segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe
será restituído livre do ônus.

O dispositivo acima não sofreu nenhuma alteração, mas merece atenção, pois traz um dos
temas mais discutidos em sede Ação de Busca e Apreensão com base no Dec. 911/69.

Ocorre que, durante muito tempo, permeou o instituto da “purgação da mora”. Este instituto,
pautado na antiga redação do §1º do art. 3º e por força da súmula 284-STJ, dava a possibilidade
ao devedor fiduciante, no prazo de três dias após a execução da liminar de Busca e Apreensão
do bem e, desde que já tivesse pago pelo menos 40% (quarenta por cento) do preço financiado,
de pagar tão somente as parcelas atrasadas com os devidos encargos.

Todavia, com a entrada em vigor da Lei 10.931/2004, o instituto da purgação da mora, em


matéria de contratos de alienação fiduciária, foi extinto do ordenamento jurídico. Destarte,
passou-se a exigir do devedor fiduciante, após o cumprimento da liminar de Busca e Apreensão
do bem, que faça o pagamento da “integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial”.

Note-se que a referida previsão legal só veio a coadunar com aquilo que o próprio Dec. 911/69 já
previa, conforme disposto no §3º do art. 2º, in verbis:

§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações contratuais garantidas por alienação fiduciária,


ou a ocorrência legal ou convencional de algum dos casos de antecipação de vencimento da
dívida facultarão ao credor considerar, de pleno direito, vencidas tôdas as obrigações
contratuais, independentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial.

Assim, já era facultado ao credor, em casos de caracterização do inadimplemento do devedor,


considerar vencidas antecipadamente todas as obrigações contratuais, ainda no que se refere
as parcelas vincendas.

Mesmo assim, verificava-se uma série de interpretações divergentes dos Tribunais quanto ao
instituto em comento, o que fomentava o prolongamento das discussões judiciais e, por via de
consequência, a interposição de uma série de Recursos dirigidos aos Tribunais. Este fato
acabara por forçar o Superior Tribunal de Justiça a dar uma decisão no fito de unificar o
entendimento, através do Julgamento do Recurso Repetitivo, conforme disposto abaixo:

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE


CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. DECRETO-LEI N.
911/1969. ALTERAÇÃO INTRODUZIDA PELA LEI N. 10.931/2004. PURGAÇÃO DA MORA.
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE PAGAMENTO DA INTEGRALIDADE DA DÍVIDA NO PRAZO
DE 5 DIAS APÓS A EXECUÇÃO DA LIMINAR. 1. Para fins do art. 543-C do Código de Processo
Civil: "Nos contratos firmados na vigência da Lei n. 10.931/2004, compete ao devedor, no
prazo de 5 (cinco) dias após a execução da liminar na ação de busca e apreensão, pagar a
integralidade da dívida - entendida esta como os valores apresentados e comprovados pelo
credor na inicial -, sob pena de consolidação da propriedade do bem móvel objeto de
alienação fiduciária". 2. Recurso especial provido.(STJ - REsp: 1418593 MS 2013/0381036-4,
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 14/05/2014, S2 - SEGUNDA
SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 27/05/2014) (grifo nosso)

Aliás, a decisão, apesar de ter sido acertada, trouxe, data maxima venia, uma certa incoerência
quanto à aplicabilidade da exigência do pagamento da integralidade da dívida. Diz-se isso, pois a
decisão traz em sua ementa a redação de que “Nos contratos firmados na vigência da Lei n.
10.931/2004, compete ao devedor, no prazo de 5 (cinco) dias após a execução da liminar na
ação de busca e apreensão, pagar a integralidade da dívida (...)”.

Diz-se isso, pois, salvo melhor juízo, entende-se que o Dec. 911/69 e alterações, principalmente
no tocante ao seu art. 3º e §§, traz regras de cunho evidentemente processuais. Nesse cotejo,
em via do princípio da aplicação imediata da norma processual, a regra do §1º do art. 3º deveria
ser aplicada a qualquer Ação de Busca e Apreensão, mesmo aquelas que versem sobre contrato
firmado antes da entrada em vigor da Lei 10.391/2004, do contrário, também seria necessário
aplicar os efeitos da Lei 13.043/2014 somente aos contratos firmados a partir de então, o que é
inconcebível.

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Assuntos relacionados: Jurisprudência do STJJurisprudência por órgão • Alienação fiduciária •


Direito das Obrigações e Contratos •

Autor

Carlos Gondim Neves Braga


Advogado atuante nos ramos de Direito Civil, Bancário e Trabalhista, Pós-graduado
em Direito Tributário e Direito e Processo Trabalhista pela Universidade de
Anhanguera - UNIDERP.

Textos publicados pelo autor

Informações sobre o texto


Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT)

BRAGA, Carlos Gondim Neves. Novas regras para alienação fiduciária e a ação de busca e apreensão, à luz da Lei 13.043/2014 e
das recentes decisões do STJ. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 21, n. 4773, 26 jul. 2016. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/35344>. Acesso em: 13 jun. 2018.

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Comentários 4

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Regras de uso
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0 Ronaldo Santos da Silva


24/10/2017 23:59

O Dr. conhece algum escritório especializado em advogar contra financeiras em Curitiba.


Outra alternativa é leva essa causa para um escritório especializado.

Att.,

0 Ronaldo Santos da Silva


24/10/2017 23:12

Muito bom o artigo Dr.


Tenho uma seria dúvida e se o Dr. puder me dar um esclarecimento eu agradeço.
O fiduciante teve o veículo apreendido, mas no segundo dia do prazo de 5 dias fez o
pagamento para um site falso (foi vitima de uma fraude), por isso somente conseguiu
depositar o valor no oitavo dia. Veiculo apreendido na segunda, prazo venceria na sexta.
Porem somente na sexta descobriu que "… Leia mais

0 Dione Goulart de Lima


29/04/2017 21:01

Muito esclarecedor, bem redigido e de fácil compreensão.


0 Humberto Fabricio
19/11/2015 19:05

Parabéns pelo artigo, e preciso do seu contato, email, Telefone.


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